O PROCESSO MIGRATORIO NO BRASIL

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	O PERFIL MIGRATÓRIO DESTE SÉCULO	�
52.2	A INFLUÊNCIA DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E DOS POLOS EDUCACIONAIS NA MIGRAÇÃO ATUAL	�
62.3	PERSPECTIVAS MIGRATORIAS COM BASE NAS DIFERENÇAS REGIONAIS DE RENDA E SALARIO	�
72.4	PAPEL DO ESTADO FRENTE AOS DESAFIOS MIGRATÓRIOS EM NIVEL GLOBAL	�
83	CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
9REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O termo migração se refere à mobilidade espacial de uma população. Migrar é o mesmo que trocar de país, ou de Estado, região ou domicílio. Esse processo é antigo e acontece desde o começo da história da humanidade.
O ato de migrar torna o indivíduo um emigrante ou imigrante. O individuo é emigrante quando deixa o seu lugar de origem e vai a outro lugar. Já, o imigrante é aquele indivíduo que chega a determinado lugar para ali viver.
Para Francisco (2014):
Os fluxos migratórios podem ser desencadeados por diversos fatores. Dentre os principais fatores que impulsionam as migrações podem ser citados os econômicos, políticos e culturais.
No Brasil, o fator que exerce maior influência nos fluxos migratórios é o de ordem econômica, pois o modelo econômico vigente força indivíduos a se deslocarem de um lugar para outro em busca de melhores condições de vida e à procura de trabalho para suprir suas necessidades básicas de sobrevivência.
Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil migratório deste século, bem como a influência dos avanços tecnológicos e dos polos educacionais na migração atual, além de comentar as perspectivas migratórias com base nas diferenças regionais de renda e salario e o papel do estado frente aos desafios migratórios em nível global.
DESENVOLVIMENTO
O PERFIL MIGRATÓRIO DESTE SÉCULO
	Nesta época de globalização, quando as comunicações, os transportes e a tecnologia se tornam cada vez mais ágeis e eficientes, o horizonte do migrante se torna o próprio mundo.
As políticas de migrações entre os Estados nem sempre facilitam a vida de quem quer migrar. E, uma vez em outro país, o emigrante pode assustar-se com o choque de culturas, línguas, costumes, religiões, quadro que pode conduzi-lo a uma situação de isolacionismo. O emigrante pode ser bem tratado, ampliar a sua bagagem, aprendendo mais um idioma, convivendo com um povo diferente. No entanto, pode também ser discriminado, explorado em seu trabalho, diminuído, enfim.
Quem pensa em mudar-se para um país mais desenvolvido é, em geral, o pobre. Quando a emigração é bem sucedida, o emigrante tem condições de ganhar mais que em sua terra, mandando até dinheiro para sua família. É bom para ele, e isto também colabora com uma melhor distribuição de renda no mundo.
Países ricos precisam de imigrantes. Imigrantes pobres aceitam trabalhos que os ricos não querem fazer, a saber: na agricultura, nas lides domésticas, na construção civil, limpeza e manutenção. 
Há os casos ainda, principalmente de mulheres, que vão para outros países, em grande parte das vezes, enganadas, através de ofertas maravilhosas e, chegando lá, são surpreendidas, tendo de se tornar escravas ou profissionais do sexo. 
Sabe-se é que, nesse ímpeto de migrar, muita gente se aventura, corre risco, entrando num outro país clandestinamente. Caso conte com a sorte, pode ir ali permanecendo livremente. O sonho de muitos, porém, pode acabar numa prisão.
Não é só por necessidade de mão de obra que alguns países abrem as suas fronteiras. Nações, como a Rússia, precisam de gente mais jovem, uma vez que sua população vem ficando reduzida, envelhecida, carecendo de vigor para o trabalho.
A INFLUÊNCIA DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E DOS POLOS EDUCACIONAIS NA MIGRAÇÃO ATUAL
McLuhan já falava dos meios eletrônicos de comunicação, reduzindo o mundo às proporções de uma aldeia, ou tribo, “onde tudo acontece a toda gente ao mesmo tempo”. (McLuhan, 1966). A televisão transforma o mundo numa aldeia: a aldeia global. (Isto, nos anos 60. Quanta coisa veio depois!)
Do ponto de vista comunicacional e tecnológico, as migrações ficaram mais fáceis. Educação a Distância (EaD) não surge junto com a Revolução Tecnológica. Ela vem antes. Todavia, ninguém pode duvidar de que é com essa Revolução que ela ganha maior alcance. Deste modo, o intercâmbio ficou bem maior: gente chegando ao Brasil para estudar, gente também saindo. Universidades que oferecem cursos on-line, presenciais ou semipresenciais devem oferecer suporte ao aluno. Nessas condições, aparecem os polos, podendo o aluno escolher aquele mais próximo do seu domicílio, para fazer as provas presenciais (obrigatórias por lei).
A migração não precisa ser só de um país para outro. Pode ser entre estados ou cidades. Na verdade, a internet rompeu barreiras. Isto é globalização. 
Surgiu um novo tipo de migração. No momento atual, as pessoas podem viajar, como num conto de fadas, para onde quiserem, sem sair do lugar. Esses tripulantes do ciberespaço podem entrar em museus, bibliotecas, assistir a shows... Crescem, cada vez mais, os contatos entre pessoas.
Vieira (2009, apud Saldani) comenta que “a intensificação da socialização global nas últimas décadas tem suas bases na expansão da tecnologia de informação”. E observa também Faria (2002, apud Saldani) 
“... os avanços da tecnologia trouxeram modos inéditos de comunicação e de transmissão cultural entre polos longínquos, o que levou a proximidade física entre as pessoas a ser, gradualmente, substituída pelos efeitos interativos das redes tecnológicas; para ele, isso, ao invés de proporcionar a partilha de um senso de comunidade, acaba por segmentar e despersonificar as relações: quanto mais sofisticadas as formas de vinculação.”
PERSPECTIVAS MIGRATORIAS COM BASE NAS DIFERENÇAS REGIONAIS DE RENDA E SALARIO
O estudo de movimentos migratórios possui um papel muito relevante em meio à literatura econômica, especialmente em relação aos fatores que acabam motivando as pessoas a afastar-se de seu local de origem rumo a outro país ou rumo à outra região, sofrendo o impacto de fluxos sobre a grande desigualdade de renda entre os países ou ainda entre as regiões do mesmo país. 
Em relação ao ponto de vista econômico, as pessoas migram pela expectativa de que sua vida será melhor com novo emprego e melhor renda no local de destino. Sendo assim, a mobilidade espacial vem ocupar um lugar de grande destaque em meio à redistribuição de toda mão de obra e, portanto na reordenação de diferenciais que ocorrem na renda nacional.
Entre as diferentes perspectivas das quais toda migração é tratada, Hollifield e Bettrel (2000) apontam o grande contraste entre todas aquelas que abordam esse problema em um nível macro, analisando as diversas condições estruturais como as políticas, estruturas legais e estruturas econômicas, que configuram os fluxos migratórios e que também se reportam em um nível micro, analisando como tais forças formam ainda, as ações e decisões dos indivíduos e das famílias.
A industrialização leva muito à concentração de atividades econômicas, isso acaba gerando desequilíbrios regionais, tais desequilíbrios motivariam muito as migrações. Sendo assim, o processo migratório contribuiria para está reforçando todas as desigualdades regionais.
Conquanto a migração seja ponderada, na perspectiva do investimento realizado sobre um capital humano, como determinado fator que contribui para que ocorra uma redução dessas desigualdades regionais.
Todo o processo migratório brasileiro é histórico e possui grande importância para que se compreendam as desigualdades regionais. No Brasil há grandes evidências, tanto pela literatura internacional como também na literatura nacional, mostrando que os benefícios em relação aos rendimentos médios se encontram significativos para os migrantes.
PAPEL DO ESTADO FRENTE AOS DESAFIOS MIGRATÓRIOS EM NIVEL GLOBAL
O Brasil entrou em uma rotade grandes fluxos internacionais desse mundo contemporâneo. A discussão em relação à governabilidade dessas migrações internacionais, toda a sua regulação e os seus contornos que carecem assumir acordos multilaterais ou regionais de modo que ocorra a implementação de políticas bem específicas, vem se desenvolvendo intensamente, sobre a questão das remessas e também a questão dos direitos humanos. Isso tudo evidencia a tensão que existe entre a soberania nacional de cada nação e a busca pelo direito que as pessoas possuem pela livre circulação.
Sob a Conferência dos Direitos Humanos (Viena 1993), circunscreve-se o tratamento de todos os migrantes internacionais pela articulação que deve existir entre a soberania nacional, entre a democracia, entre os direitos humanos e também ao desenvolvimento.
No Brasil são diversas e crescentes, as atividades que são voltadas ao enfrentamento da desafiante questão dessas migrações internacionais. O Ministério do Trabalho atualmente sedia o Conselho Nacional de Migração, esse conselho vem lidando com essas imigrantes recentes, bem como com a questão da então, reformulação do Estatuto do Estrangeiro. 
O Ministério de Relações Exteriores também vem desenvolvendo diversas ações sistemáticas para dar apoio consular a todos os brasileiros que residem no exterior em relação à atualização de documentos, estímulo à importante formação de mais conselhos consulares com maior participação dos cidadãos brasileiros que vivem fora do país. As autoridades vêm se manifestando mais abertamente no que se refere ao interesse desse grande montante de divisas que há para a economia.
É importante que se discuta no mundo inteiro o acesso dos migrantes às políticas universalistas, tais como a saúde e a educação, com programa para que ocorra sua regulamentação, possuindo o respaldo pelo atendimento a todos. É necessário mais espaços de discussão e de diálogo com as comunidades mundiais no exterior para que se resolva essa problemática emergente no mundo inteiro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na atual sociedade contemporânea a família é tida como um arranjo que esta sofrendo um processo de constante transformação, onde os atores principais, no caso a serem observados, os pais, têm por destino próprio alternar essa configuração.
Considerando-se que no centro familiar tenha a função de proteção de seus membros diz respeito, principalmente, ao favorecimento de bem-estar, parece que, ao que se referem a suas famílias as características diferenciadas, têm nos mostrado observar experiências estimuladoras de saúde emocional e geradoras de bem-estar.
Contudo em busca desse bem estar, a inserção da mulher no mercado de trabalho, pode ser ponderado como um dos pilares dessa mudança familiar. Nos tempos atuais e modernos a mulher assume a direção e comando tanto no mercado de trabalho quanto na vida social.
Segundo Morgan (apud, Engels: s/d, 27). “Família é o elemento ativo; nunca permanece estacionária, mas passa de uma forma inferior a uma forma superior à medida que a sociedade evolui de um grau mais baixo para outro mais elevado. Os sistemas de parentesco, pelo contrário, são passivos; só depois de longos intervalos, registram os progressos feitos pela família, e não sofrem uma modificação radical, senão quando a família já se modificou radicalmente”.
No entanto, a família de hoje, deve buscar se entender demonstrando serem todos amigos, criando assim laços de amizade. A célula familiar é fundamental na formação e desenvolvimento do ser humano é, sem dúvida, a base do cidadão. Apesar disso, podemos observar que nos últimos anos, mais precisamente, na última década, a instituição da família sofreu uma violenta carga de desintegração. Os motivos podem ser vários como: o fato de vivermos numa sociedade capitalista onde tempo é dinheiro, e obviamente em função dos tipos de personalidades em si, desencadeadas por reflexo da sociedade conturbada.
A família é o princípio da afetividade e encontra espaço para prosperar, encontrando no convívio e no respeito entre seus familiares à fórmula para se sustentar e, assim, tornar-se um elemento indispensável para o saudável desenvolvimento da personalidade humana, sempre buscando o seu melhor interesse, preceituado no princípio da dignidade humana. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Migração e Diferenciais de Rendimento no Brasil: Uma Análise sobre o Efeito do Tempo de Chegada ao Local de Destino. IPEA. 2013. Disponível em: http://www.bnb.gov.br/projwebren/Exec/artigoRenPDF.aspx?cd_artigo_ren=1386. Acesso 06 out. 2014.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Migração. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/geografia/migracao.htm. Acesso 01 nov. 2014.
MCLUHAN, N.; CARPENTER, E. Revolução na Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1966, p. 16.
PATARRA, Neide Lopes. Governabilidade das migrações internacionais e direitos humanos: o Brasil como país de emigração. Disponível em: www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/file/Neide_Patarra.pdf. Acesso 06 out. 2014.
SALADINI, A. P. S. Trabalho e imigração: os direitos sociais do trabalhador imigrante sob a perspectiva dos direitos fundamentais. 2011. 285 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, UENP, Jacarezinho, 2011. Disponível em: <http://uenp.edu.br>. Acesso em: 02 nov. 2014.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
VANIA LUCIA NEPOMUCENO
O PROCESSO MIGRATÓRIO
Influências Na Construção Do Valor Do Trabalho
Betim
2013
VANIA LUCIA NEPOMUCENO
FAMÍLIA E SUA NOVA CONFIGURAÇÃO
Influências Na Construção Do Valor Do Trabalho
Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Fundamentos, Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social; Sociologia; Ciência Política; Filosofia.
Betim
2013