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Plano de Disciplina Teoria Geral dos Contratos Aula 8 Classificação dos Contratos

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PLANO DE DISCIPLINA 
 
DIREITO CIVIL III – TEORIA GERAL DO CONTRATO 
 
AULA 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
d) Contratos típicos e atípicos: trata da existência do contrato em lei. 
 
Contratos Típicos: quando o contrato for uma daquelas descritas e especificadas em lei. 
Leis extravagantes também trazem contratos típicos, como o contrato de incorporação 
imobiliária (Lei n. 4.591/64). 
 
Contratos Atípicos: quando o contrato não estiver descrito e especificado na lei. A 
possibilidade de contratos atípicos tem relação com a liberdade da manifestação de 
vontade, bem como no art. 425, CC. 
 
e) Contratos nominados e inominados: trata da designação dos contratos pelo seu 
nome ou não. 
 
Contratos Nominados: quando o contrato tem proteção específica na lei. Aqui, o contrato 
tem um nomen juris. 
 
Contratos Inominados: quando o contrato tem proteção em lei, mas diluída pelo Código. 
Aqui não tem nomen juris. 
 
f) Contratos consensuais e reais: trata do modo de cumprimento do contrato. 
 
Contratos Consensuais: são aqueles que são cumpridos pelo mero consentimento, pela 
manifestação de vontade contratual, seja formal ou não. 
 
Contratos Reais: são aqueles que só se cumprem com a entrega da coisa. Os contratos 
reais, geralmente, são unilaterais, porque a entrega da coisa não significa um começo de 
execução. Assim, a doação só transfere a propriedade com a entrega da coisa. Até a 
entrega a coisa pertence ao doador. 
 
g) Contratos solenes e não solenes: trata da exigência de formalidade para a 
exteriorização do contrato. 
 
Contratos Solenes: são aqueles contratos cuja validade depender da observância de 
uma forma pré-estabelecida pela lei. 
 
Contratos Não Solenes: são aqueles que não exigem qualquer formalidade. 
 
OBS: A exigência de formalidade é situação excepcional e só decorre de imposição da lei 
(art. 107, CC). 
 
h) Contratos principais e acessórios: trata da relação dos contratos entre si. 
 
Contratos Principais: quando o contrato não depende juridicamente de outro. 
 
Contratos Acessórios: quando o contrato depende da existência de um outro contrato. 
 
i) Contratos de execução instantânea e de duração: trato do cumprimento. 
 
Contrato de Execução Instantânea: quando as partes adquirem e cumprem seus 
direitos e obrigações no mesmo momento da celebração do contrato. 
 
Contrato de Duração: quando o cumprimento se protrai no tempo. Nessa modalidade de 
contratos é que se admite a interferência da Teoria da Imprevisão. 
 
j) Contrato por prazo determinado e por prazo indeterminado: trata da duração da 
vigência do contrato. 
 
Contrato por prazo determinado: quando as partes estipulam prazo certo de vigência de 
um contrato. Se as partes continuam a praticar os atos executórios, mesmo após o fim do 
prazo de vigência, o contrato passará a ser considerado por prazo indeterminado. 
 
Contrato por prazo indeterminado: quando não há data pré-fixada para a extinção do 
contrato. Para finalizar esse tipo de contrato, deve haver a comunicação pela parte 
interessada, que será, salvo estipulação em contrário, de 30 dias. 
 
k) Contratos pessoais e impessoais: trata da pessoa que deverá cumprir o contrato. 
 
Contratos Pessoais: quando para o credor importar a pessoa do devedor do contrato, 
em razão de fator subjetivo de confiança ou qualidade técnica ou artística da parte. As 
obrigações de fazer, geralmente, são pessoais. 
 
Contratos Impessoais: quando não há necessidade de o executor ser aquele que foi 
contratado. As obrigações de dar, geralmente, não precisam ser executados por um 
devedor específico. 
 
l) Contrato Preliminar: essa categoria de contrato engloba todos os acordos que 
antecedem a realização de outro contrato, que, contudo, geram deveres e obrigações. 
Podem as partes já prever as cláusulas que constarão do contrato definitivo (art. 462, 
CC). O objeto aqui é o contrato principal ou definitivo. 
 
m) Autocontrato ou Contrato Consigo Mesmo: todos os contratos se originam de uma 
dupla manifestação de vontades, o que faz parecer impossível o autocontrato. Contudo, a 
situação posta ocorre quando o representante de uma pessoa, e nessa qualidade, 
concluiu com ele mesmo um contrato. O auto contrato pode ocorrer, desde que o 
mandatário receba poderes estritos e delimitados pelo mandante, autorizando-o a fazer 
contrato, em que o contratante será o representante nomeado.

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