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Aula 4 - Nomenclatura e Classificação Estratigráfica - Parte 2

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IGL – 358 ESTRATIGRAFIA
AULA 4 - CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA 
ESTRATIGRÁFICA – PARTE 2
Patrick Fuhr Dal’ Bó
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Geociências 
Departamento de Geologia
UNIDADES BIOESTRATIGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
• Unidade formada por um conjunto de estratos
que pode ser caracterizada e diferenciada de
estratos adjacentes por seu conteúdo fossilífero;
• A unidade fundamental da bioestratigrafia é a
BIOZONA (ZONA).
• A definição de uma biozona é baseada na identificação de um grupo taxonômico
ou de mais de um taxa, suas abundâncias relativas, feições morfológicas ou
variações relacionadas ao conteúdo e distribuição dos fósseis nos estratos;
• A extensão espacial e temporal das biozonas é baseada na distribuição espacial e
temporal dos organismos considerados: quanto maior a distribuição geográfica e
menor a distribuição temporal, maior é o valor estratigráfico das biozonas;
• As unidades bioestratigráficas são únicas. Um táxon particular ou grupo de taxa
sempre ocorrem associados a um intervalo geológico e nunca se repetem,
formando excelentes instrumentos para a análise estratigráfica.
UNIDADES BIOESTRATIGRÁFICAS
SIGNIFICADO FOSSÍLIFERO
• Os fósseis representam a evolução orgânica irreversível dos organismos no
tempo geológico, e são importantes indicadores de condições paleoambientais,
paleogeográficas e paleoecológicas, podendo também ser utilizados como
indicadores temporais de estratos.
• As assembléias fossilíferas normalmente compõem apenas uma pequena porção
dos estratos.
• Os fósseis podem representar restos de
organismos que viveram no mesmo sítio
deposicional em que ocorrem preservados
(tafocenose) ou que foram transportados
para outros sítios (assembleia alóctone).
• Intervalos compostos por fósseis
retrabalhados: consistem em intervalos
com fragmentos de organismos ou
organismos que foram erodidos,
transportados e redepositados. A análise
bioestratigráfica desses intervalos deve
levar em conta a tafonomia dos restos
fósseis.
SIGNIFICADO FOSSÍLIFERO
DEFINIÇÕES
• Biozona é um termo geral usado para designar
qualquer tipo de unidade bioestratigráfica;
• As biozonas variam grandemente em espessura
(de cm a centenas de metros) e extensão
geográfica (de m a milhares de km);
• Horizonte Bioestratigráfico ou Bio-horizonte –
limite estratigráfico ou intervalo de mudança de
caráter bioestratigráfico. Comumente utilizado
para correlação, pode ocorrer também no interior
de uma biozona.
• FAD (First Appearance Datum ou Datum de Primeiro Aparecimento) e LAD (Last
Appearance Datum ou Datum de Último Aparecimento).
• As biozonas podem ser subdivididas em Subzonas e Zônulas (não formal) ou
agrupadas em Superzonas;
• Intervalos afossilíferos (barren intervals) podem ser nominados de Interzona
estéril (situada entre duas biozonas) ou Intrazona estéril (situada no interior de
uma biozona).
ALCANCE BIOGEOGRÁFICO VS 
PERSISTÊNCIA DO TÁXON AO LONGO DO TEMPO
LIMITES DAS BIOZONAS
UNIDADES BIOESTRATIGRÁFICAS
• Principais tipos (NASC, 2005):
Zona de Amplitude; Concorrência; Intervalo; Linhagem; Assembleia; Acme.
Mod. de Coe (2003)
AMPLITUDE (RANGE ZONE)
• Conjunto de estratos contidos no
intervalo dos alcances estratigráficos e
geográficos conhecidos de um táxon.
Os limites correspondem às ocorrências
estratigráficas mais inferiores e
superiores de um táxon.
• NOMINAÇÃO: recebe o nome do
táxon cujo alcance representa (e.g.,
Zona de Amplitude Dictyocha aculeata).
• Zona de Amplitude Local 
ou 
Telizona
MacLeod (2005)
CONCORRÊNCIA (CONCURRENT-RANGE ZONE)
• Conjunto de estratos que engloba a
intersecção dos alcances estratigráficos
de dois taxa. Esta biozona é delimitada
pela porção coincidente das
distribuições temporal e espacial de dois
taxa considerados.
• NOMINAÇÃO: recebe o nome do taxa
que representa (e.g., Zona de
Concorrência Globigerina selli -
Pseudohastigerina barbadoensis).
INTERVALO (INTERVAL ZONE)
• Conjunto de estratos situado entre dois
bio-horizontes. Esta unidade é definida
com base nos seus bio-horizontes
limitantes.
• NOMINAÇÃO: pode ser nominada com
base nos taxa usados para definir seus
limites (e.g., Zona de Intervalo
Globigerinoides sicanus - Orbulina
suturalis) ou por um táxon que ocorra no
interior do intervalo (e.g., Zona
Globigerina ciperoensis).
FAD – taxa A e B
FAD – táxon A e LAD - B
• No trabalho estratigráfico de subsuperfície, em virtude da frequente contaminação
das amostras por recirculação de sedimentos durante a perfuração, recomenda-se
o uso das zonas de intervalo com base nas ocorrências fossilíferas mais superiores
(ZONA DE ÚLTIMA OCORRÊNCIA).
LINHAGEM (LINEAGE ZONE)
• Também conhecida como Filozona (Phylozone) é baseada na amplitude de
distribuição de espécies congêneres, tidas como descendentes. Os limites são
determinados por bio-horizontes representativos do primeiro aparecimento de um
táxon sucessivo em uma linhagem evolutiva.
Gon (2009)
• Ordens de Trilobitas
• NOMINAÇÃO: definida pela linhagem
evolutiva a qual ocorre associada (e.g.,
Filozona Globorotalia foshi; Filozona
Solenopleuropsis thorali).
LINHAGEM (LINEAGE ZONE)
ASSEMBLEIA (ASSEMBLAGE ZONE)
• Também conhecida como Zona de
Associação ou Cenozona, corresponde ao
conjunto de estratos caracterizado pela
ocorrência de três ou mais taxa em uma
assembleia natural (biocenose). Entretanto,
o alcance estratigráfico total de quaisquer
dos taxa escolhidos como diagnósticos
pode se estender além dos limites da zona.
• NOMINAÇÃO: designada pela junção dos
nomes de dois ou mais taxa característicos
(e.g., Zona de Associação Pinzonella
neotropica – Jacquesia brasiliensis)
FAD (A e C) – LAD (D)
• As zonas de assembleia ocorrem
associadas a ecossistemas particulares,
logo, ocorrem limitadas a determinadas
áreas ou regiões. No entanto, em
condições nas quais a assembleia de
organismos possua ampla distribuição
geográfica (e.g., assembleias marinhas
planctônicas), esta biozona pode alcançar
extensões geográficas maiores e assim
possuir grande significado estratigráfico.
ASSEMBLEIA (ASSEMBLAGE ZONE)
ACME (ACME ZONE)
• Também conhecida como Zona de
Abundância (Abundance), Cheia (Flood) ou
Apogeu (Peak), compreende um conjunto
de estratos nos quais a abundância de um
táxon particular ou grupo de taxa é
significativamente maior que o usual ao
longo da seção.
• NOMINAÇÃO: expressa a abundância de
um táxon ou taxa particulares em
determinada área (e.g., Zona de Acme
Didymograptus)
ESTABELECIMENTO DE UNIDADES
• As categorias de Unidades Bioestratigráficas não representam categorias
hierárquicas;
• Divisões: Superzonas, Zonas, Subzonas e Zônulas;
• Descrição: Tipo de Biozona proposta e definição de limites (bio-horizontes);
• Correlação bioestratigráfica não é necessariamente cronocorrelação → Eventos
de especiação ou extinção;
• Sempre que possível, é recomendável a referência ao corpo rochoso no qual a
unidade foi descrita e a um estratótipo;
• A nomenclatura das unidades consiste do nome do táxon ou taxa característicos
(de acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica ou Botânica) ou
parataxa (icnofóssil), precedidos do termo indicativo da natureza da zona.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
• Breet, C.E., 1995. Sequence stratigraphy, biostratigraphy and taphonomy in
shallow marine environments. Palaios 10, 597-616.
• MacLeod, N., 2012. Biozones. In: Selley, R.C., Cocks, L.R.M., Plimer, I.R. (Eds.),
Encyclopedia of Geology. Academic Press, London.
• Buatois, L.A., Mangano, M.G., 2011. Ichnology. Organism-SubstrateInteractions in
Space and Time. Cambridge University Press, New York, pp. 252-264 (Trace
Fossils in Biostratigraphy).
• Zerfass, G.S.A., Andrade, E.J., 2008. Foraminíferos e bioestratigrafia: uma
abordagem didática. Terrae Didática 3, 18-35.

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