2018 adm II aula 1 servicos publicos

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Serviço Publico 
2018 adm II Aula 1
Introdução 
Conceitos: São todas as atividades administrativas executadas pelo Poder Público de forma direta ou indireta, ou por colaboração de particulares sob regime de direito público (concessão ou permissão).
 Ex: segurança pública, transporte, saúde, educação.  Uma obra não é serviço, pois tem tempo limitado.
Serviços “uti universi” ou “uti singuli” 
Serviços Gerais ou “uti universi” - são aqueles que a Administração presta sem Ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo. 
Ex.: polícia, iluminação pública, calçamento. Daí por que, normalmente, os serviços uti universi devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço.
Resumindo :prestado a todos e usufruído por todos. Custeados pela receita geral, não pode ser medido. 
Serviços Individuais ou “uti singuli” - são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário. 
Ex.: o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo quê devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto.
Resumindo: prestado a todos. A Administração sabe quanto cada um gastou. 
Características fundamentais do serviço público
Atividade material = é uma tarefa exercida pelo Estado de maneira concreta e não uma atividade intelectual. Assim, atividade politica e legislativa não se enquadram como serviços públicos 
De natureza ampliativa = o serviço publico não representa limitação ou restrição imposta ao particular, pelo contrario, é uma atuação ampliativa da esfera do interesse do particular, ou seja, é em favor do particular consistindo no oferecimento de vantagens e comodidades aos usuários.
Prestada diretamente pelo Estado ou por seus delegados= como regra, é prestada diretamente pelo Estado. Mas por opção do legislador, a prestação do serviços pode ser repassada, delegada a particulares por meio de concessão ou permissão. Os particulares serão responsáveis diretamente e objetivamente pelos eventuais danos causados aos usuários.
Sob regime de direito publico = baseada nas regras do direito administrativo ou regime parcialmente publico, onde se admite algumas regras do direito privado. Ex. CDC
Satisfação de necessidades essenciais da coletividade= relevância social
TITULAR DO SERVIÇO PUBLICO 
É da pessoa jurídica de direito publico . 
A CF determina as competências para a União, Estados, DF, Município, Território, autarquias , associações publicas ou fundações publicas. ( art 21-31)
 Mas os documentos que delegam o serviço publico a particulares – concessão ou permissão – transfere apenas a prestação e NUNCA a titularidade.
EX. Correio ECT – empresa publica federal de direito privado ela não tem a titularidade do serviço postal, ela tem somente a prestação. A titularidade é da União( art 21, X). 
A Constituição Federal faz a repartição das competências dos serviços públicos.( arts. 21, 25, §§ 1º e 2º, e 30 da CF)
 SERVIÇOS PÚBLICOS POR DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL
Serviços Públicos da União na Constituição Federal: (21,X a XII, CF88)
- Serviço postal e Correio Aéreo Nacional 
- Serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços de telecomunicações, 
- Radiofusão sonora, de sons e imagens 
- Serviços e instalações de energia elétrica 
- Navegação aérea, aeroespacial e infraestrutura aeroportuária, transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham limites de estado ou território, 
- Transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros 
- Exploração dos portos marítimos, fluviais e lacustres (art. 21, XI, letras "a" a "f")
- Seguridade social (art. 194) Educação (arts. 205 e 208). 
SERVIÇOS PÚBLICOS POR DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL
 Serviços Públicos dos Estados na Constituição Federal: 
- Serviços locais de Gás canalizado (art. 25, §2º, CF)
Serviços Públicos do DF na Constituição Federal: 
- competências legislativas reservadas aos estados e municípios, assim, pode o DF prestar serviço publico de competência estadual e municipal (art. 32, §1 CF)
SERVIÇOS PÚBLICOS POR DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL
Serviços Públicos dos Municípios na Constituição Federal: 
- Serviços Públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo (art. 30 CF88)
Serviços Públicos Comuns da União dos Estados e dos Municípios na Constituição Federal: (art. 23, CF88) 
- Saúde e Assistência Pública, incluído o de transporte coletivo Proporcionar meios de acesso à cultura, à educação e à ciência
- Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
- Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico
- Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
PRINCÍPIOS QUE REGEM O SERVIÇO PÚBLICO. 
Adequação : aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, generalidade, cortesia, ( art. 6, par. 1, lei 8987/95)
Obrigatoriedade: o estado tem o dever jurídico de promover a prestação do serviço publico, não se tratando de uma discricionariedade. 
Atualização, modernidade ou adaptabilidade: a técnica empregada na prestação do serviço publico não precisar ser a mais avançada possível , mas precisa ser compatível com o estagio de desenvolvimento tecnológico vigente a época. É proibido o retrocesso da técnica. 
Ex. não se pode substituir ônibus por bondes com tração animal.
Universalidade ou generalidade: a prestação do serviço publico deve ser estendida a maior quantidade possível de usuários. 
Modicidade das tarifas : o valor exigido do usuário deve ser o menor possível; deve ser algo barato, acessível.
PRINCÍPIOS QUE REGEM O SERVIÇO PÚBLICO.
Continuidade do Serviço Público: serviço público não pode parar, sofrer interrupção, deve ser um serviço continuo e intermitente. Mas há exceções : em situações de emergência: 
I – motivada por razoes de ordem técnica ou de segurança das instalações 
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade = há muita polemica, mas a lei Concessões admite expressamente, observada a necessidade .
Cortesia: o serviço e as informações de interesse do usuário devem ser prestadas com polidez e educação. 
Transparência: o usuário tem o direito de receber todas as informações para a defesa dos seu interesses individuais e coletivos. 
Igualdade: o serviços publico deve ser prestado de modo isonômico a todos os usuários, sem privilégios ou discriminação
Segurança: a prestação do serviço publico não pode colocar em risco a integridade dos usuários ou a segurança da coletividade.
SERVIÇOS ESSENCIAIS 
A lei 7783/89 ao disciplinar o direito de greve definiu o que se entende por serviços essenciais:
a) tratamento e abastecimento de agua e, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis.
b) assistência medica hospitalar
c) distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos
d) funerários
e) transporte coletivo
f) captação e tratamento de esgoto e lixo
g) telecomunicações
h) guarda, uso e controle de substancias radioativas e materiais nucleares
i) processamento de dados ligados a serviços essenciais
j) controle de trafego aéreo
k) compensação bancaria
 Em caso de greve os sindicatos, empregadores e trabalhadores ficam obrigados a garantir a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
FORMA DE PRESTAÇAO
A prestação do serviço público quanto a forma de EXECUÇÃO: (direta ou indireta)
Execução Direta: É realizada pelos próprios meios da pessoa responsável pela sua prestação ao público, seja esta pessoa estatal, autárquica, paraestatal, empresa privada ou particular. 
O serviço centralizado é o que perma­nece integrado na Administração Direta(art. 4º do Decreto-Lei nº 200/67). A competência para a prestação destes serviços é da União e/ou dos Estados e/ou dos Municípios. 
Considera-se serviço em execução direta sempre que o encarregado de seu oferecimento ao público o realiza pessoalmente, ou por seus órgãos, ou por seus prepostos (não por terceiros contratados). Pode ser de 2 modos:
Pessoalmente pelo Estado: quando promovida por órgãos públicos da Administração direta. EX. varrição de ruas - 
Com auxilio de particulares: os prestadores são selecionados por procedimento licitatório, celebrando um contrato de prestação de serviço. Ex. coleta de lixo feita por empresa terceirizada. 
A prestação direta com auxilio de particulares é feita em nome do Estado, e não em nome próprio pelo prestador , assim a reparação é exclusiva do Estado.
FORMA DE PRESTAÇAO
A prestação do serviço público quanto a forma de EXECUÇÃO: (direta ou indireta)
Execução indireta do serviço por outorga: havendo uma lei especifica a realização do serviço poderá ser realizada por pessoa jurídica especializada criada pelo Estado. É o que ocorre com as autarquias, fundações publicas, sociedade de economia mista. A remuneração paga pelo usuário será a taxa e as responsabilidade é direta do prestador e é objetiva. 
O Estado responde subsidiariamente. Ex serviço postal = correios
 
A execução indireta do serviço por delegação: é realizada após a licitação, por meio de concessão e permissão, desde que tenha lei que permita e autorização legislativa, respectivamente. Só pode acontecer em serviços públicos uti singuli (individuais) . 
A responsabilidade é direta e objetiva do concessionário e permissionário, e o Estado é subsidiário. São regras de direito publico. A remuneração é de tarifa ou preço publico. A fiscalização continua sendo do Estado (poder concedente) 
FORMA DE PRESTAÇÃO
Direta 
- pessoalmente pelo próprio Estado ( por seus órgãos e agentes) 
Ex. varrição de ruas
 - com auxilio de particulares, em nome do Estado
Ex. coleta de lixo 
indireta
por outorga ( usando pessoas jurídicas criadas pelo Estado) 
Ex. autarquia
Por delegação 
Ex. concessionaria e permissionária de serviços públicos 
Ex. oi, claro
Responsabilidade do Prestador de Serviço publico
Responsabilidade objetiva = pelos danos causados a usuários ou a terceiros, não importando quem efetivamente esteja realizando o serviço.
Independente de quem seja o prestador, a responsabilidade objetiva é um direito do usuário.