Buscar

Unidade 2 Microeconomia Parte 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade 2
Microeconomia - Parte 1
28
Ponto de partida
A partir de agora conheceremos mais a Microeconomia e os comportamentos 
de demanda e oferta. Assim, ao final da unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender o que é o mercado e sua importância para a Economia;
• compreender o comportamento do consumidor por meio da curva da 
demanda;
• conhecer o comportamento do produtor ou empresário pela curva da 
oferta;
• discutir sobre a elasticidade dos bens e serviços.
>> Refletindo
Lembre-se: a sua reflexão é individual! Não precisa ser enviada aos tutores.
29
Roteiro do conhecimento
Você viu, na Unidade 1, que uma das áreas de estudo da Economia é a Microe-
conomia. Dentro desta área, estudamos o comportamento do consumidor, por 
meio da demanda ou procura por bens e serviços, além do comportamento do 
produtor, por meio do estudo da oferta de bens e serviços. Perceba, portanto, 
que Teoria da Empresa, Teoria do Consumidor e Microeconomia estão estreita-
mente relacionadas. Siga adiante e conheça mais sobre esse assunto.
2.1 Mercado
Entende-se por mercado um local ou contexto em que compradores (que com-
põem o lado da procura ou demanda) e vendedores (que compõem o lado da 
oferta) de bens, serviços ou recursos estabelecem contatos e realizam transa-
ções (PASSOS & NOGAMI, 2006).
O funcionamento dos vários mercados é fundamental para a existência do sis-
tema econômico. A importância que eles têm está refletida no próprio sistema 
capitalista que tem na economia de mercado, a sua essência e razão de ser. Para 
se ter uma ideia do papel dos mercados no sistema econômico, avalie a impor-
tância que o coração tem para o ser humano. Isso diz tudo!
Podem ser identificados cinco elementos fundamentais para que um mercado 
exista: o local, a demanda, a oferta, os bens e serviços e o preço.
Basicamente tudo o que é produzido em uma economia tem seu respectivo mer-
cado. Os automóveis vão para o mercado de automóveis, os alimentos são nego-
ciados no mercado de alimentos (feiras, sacolões, supermercados), as ações das 
empresas vão para o mercado de ações (bolsa de valores), as transações finan-
ceiras são realizadas no mercado financeiro (bancos) etc. Existe ainda o merca-
do de bens finais, de bens intermediários, de trabalho, de fatores de produção. 
Pode-se ainda identificar o mercado local, regional, nacional, internacional, en-
fim, tudo no mundo econômico acontece devido à existência dos mercados.
30
A economia de mercado está baseada no confronto entre suas duas forças, a 
demanda e a oferta. É neste jogo de interesses, regulados pelo preço, que a eco-
nomia funciona. Cada força, municiada pelo preço procura levar vantagem da 
seguinte forma: a demanda busca o preço mais baixo possível enquanto a oferta 
busca o preço mais alto possível. É neste cabo de guerra que as relações eco-
nômicas acontecem, mediadas pela intervenção do governo nos momentos em 
que alguma desordem ou falha ocorre.
Um exemplo explica o jogo de interesses entre demanda e oferta: Suponha que 
você vai vender o seu carro e suponha que o preço que você pede é de, digamos, 
R$ 35.000,00. Este é o preço de venda. Agora você encontra um interessado que 
lhe oferece R$28.000. Este é o preço de compra. Observe que há uma diferença 
entre o preço de venda e o preço de compra. Por quê? Nos mercados o preço de 
venda sempre é maior que o preço de compra, pois os vendedores esperam o 
maior valor possível, enquanto os compradores esperam o menor preço possí-
vel.
Este exemplo demonstra a queda de braço entre a demanda e a oferta e dá início 
ao processo de negociação, na medida que quem vende abaixa o preço e quem 
compra aumenta o preço. Se o negócio foi realizado neste exemplo do mercado 
de veículos a um preço de, digamos, R$ 31.000,00, tanto a demanda quanto a 
oferta estão satisfeitas com o preço final da negociação, e este pode ser consi-
derado o preço de mercado.
A liberdade do indivíduo, a livre concorrência e o respeito à propriedade privada 
são o tripé que fundamentou o nascimento do Capitalismo e que enalteceu o 
sistema do livre mercado na moderna sociedade pós-industrial.
Nos próximos itens você aprenderá um pouco mais sobre as duas forças que 
atuam no mercado (demanda e oferta) por meio do modelo de mercado.
2.2 Demanda
A demanda ou procura por certo bem é a quantidade de determinado produto 
ou serviço que os consumidores estão dispostos a comprar em um período de 
tempo (MANKIW, 2010). Os principais determinantes da demanda são: o preço 
31
do bem, os preços dos outros bens, a renda do consumidor, os gostos ou as pre-
ferências do indivíduo. 
Figura 2.1 – Exemplo de demanda
 
Legenda: A demanda por ventiladores aumenta no verão.
Imagem: 123RF (2014).
O comportamento da demanda é determinado pela Lei da Demanda que mostra 
que a relação entre o preço do produto ou serviço e a quantidade procurada 
ou demandada é inversa: quando o preço diminui, a quantidade demandada 
aumenta, pois tal bem fica mais barato em relação aos bens concorrentes (ROS-
SETTI, 2003). O inverso acontece quando o preço aumenta.
A queda do preço de um produto significa que você poderá comprar maior quan-
tidade com o mesmo gasto de antes. Por exemplo: com R$ 5,00 você pode com-
prar dois cachorros-quentes quando seu preço unitário for R$ 2,50, mas, quando 
o preço baixar para R$ 1,25, você poderá comprar quatro.
Por outro lado, quando o preço do bem aumenta, ele fica mais caro em relação 
aos demais produtos, o que gera uma redução na quantidade demandada. Su-
pondo que a tabela 2.1 abaixo representa a demanda por refrigerantes, observe 
o que acontece com a quantidade demandada quando o preço dos refrigerantes 
sobe. como você pode notar na Tabela 2.1. 
32
Tabela 2.1 – Escala de demand
Preço unitário ($) Quantidade Demandada
2 18.000
3 14.000
4 10.000
5 6.000
6 2.000
Fonte: Adaptada de Rossetti (2003).
A forma mais comum de representarmos a demanda é por meio de um gráfico, 
no qual o eixo vertical representa o preço do bem, e o eixo horizontal, a quanti-
dade demandada (ROSSETTI, 2003). Os dados da Tabela 2.1 estão representados 
na Figura 2.2. Perceba que a curva mostra a relação inversamente proporcional 
da quantidade demandada de refrigerantes em relação às variações no seu pre-
ço. As outras variáveis devem permanecer constantes: renda e preferências do 
consumidor, preço dos outros bens etc.
Figura 2.2 – Curva de demanda de refrigerantes
Figura 2.2 – Curva de demanda de refrigerantes
Fonte: Adaptada de Rossetti (2003).
Note que, ao ocorrer um aumento do preço do bem, há uma diminuição da 
quantidade demandada. Essa diminuição é definida pela soma dos efeitos substi-
tuição e renda. O efeito substituição ocorre quando o bem possui um outro que 
33
pode substitui-lo. Ao aumentar o preço do bem, o consumidor passa a adquirir o 
substituto, reduzindo, assim, a quantidade demandada (VASCONCELLOS, 2011). 
O bem substituto é aquele que pode substituir o bem X, satisfazendo a 
mesma necessidade básica.
Um exemplo de bem substituto é a troca de marcas. A margarina X aumenta seu 
preço. Parte dos consumidores, então, passa a consumir a margarina Y, reduzin-
do, assim, a procura pela margarina X. Resultado: a quantidade demandada de 
margarina X cai. 
Figura 2.3 – Exemplo de bem substituto
 
Legenda: Um produto é trocado pelo outro em função do preço.
Imagem: 123RF (2014).
O efeito renda é uma taxa que mede a variação da demanda quando houver uma 
alteração na renda do consumidor, mantendo constantes todas as outras variá-
veis. Assim, quando há um aumento do poder aquisitivo, ocorre também um au-
mento na demanda da maioria dos bens (VASCONCELLOS, 2011). Mas, se ocorrer 
34
o contrário, a perda do poder aquisitivo, haverá uma diminuição da quantidade 
demandada da maioria dos bens disponíveis.Há ainda outras variáveis que tendem a afetar a demanda, tais como (VASCON-
CELLOS, 2011):
• os preços dos bens substitutos;
• os preços dos bens complementares;
• os gostos;
• a disponibilidade de crédito;
• as expectativas; 
• o número de compradores.
Observe que nessa lista de variáveis apresentamos tanto bens complementa-
res, quanto substitutos, pelo impacto que apresentam em relação à demanda. 
Caso um bem possa ser substituído facilmente por outro, que oferece o mesmo 
benefício a um custo menor, a demanda por aquele bem substituível cairá. Os 
períodos de safra e entressafra permitem este tipo de observação: uma verdura 
é substituída por outra, uma fruta por outra e assim por diante. Os bens comple-
mentares são aqueles que complementam o consumo do bem, seja porque um 
necessita do outro, seja porque juntos geram maior satisfação (VASCONCELLOS, 
2011). Um exemplo é o consumo de sorvete mais a cobertura. A cobertura é um 
bem complementar do sorvete. Assim, um aumento no preço do sorvete dimi-
nuirá não só a quantidade demandada por sorvete, mas também pode diminuir 
a quantidade demandada de cobertura.
Na prática
Faça uma lista dos produtos ou serviços que terão um aumento 
na sua quantidade demandada, caso você tenha um aumento 
de salário.
35
2.2.1 Deslocamento na curva de demanda
Quando consideramos uma mudança na quantidade demandada, causada pelo 
preço do produto, temos um deslocamento interno de cada ponto na curva de 
demanda. Observe a Figura 2.4 que mostra o deslocamento na curva de deman-
da.
Tomemos novamente como exemplo, a demanda por refrigerantes. O aumento 
do preço forçou a diminuição na quantidade demandada, quando uma mudança 
de ponto seu, contudo, gerar um deslocamento da curva de demanda.
Figura 2.4 – Deslocamento na curva de demanda
 
Fonte: Elaborada pela autor (2017). 
Perceba que, no ponto A, o preço do refrigerante é de R$ 4,00 e a quantidade de-
mandada é de 10 unidades. Com o aumento do preço em R$ 1,00, há um desloca-
mento para o ponto B, em que o preço é de R$ 5,00 e a quantidade demandada é 
de 6 unidades.
2.2.2 Deslocamento da curva de demanda
Quando temos uma alteração em decorrência das outras variáveis, ocorre uma 
mudança da curva de demanda. Observe a Figura 2.5, que ilustra esse conceito.
36
Figura 2.5 – Deslocamento da curva de demanda
Fonte: Elaborada pela autor (2017).
Vamos supor que tenha ocorrido um aumento na renda dos consumidores. Se o 
preço do refrigerante continuar o mesmo, os consumidores ficarão estimulados 
a adquirir mais unidades de refrigerante. Resultado: aumenta a quantidade de 
refrigerantes vendidos, o que, por sua vez, leva a um deslocamento da demanda 
para a direita (curva D2). 
Por outro lado, a diminuição na renda, por exemplo, resultará em queda na 
quantidade demandada, isto é, um deslocamento da curva de demanda para a 
esquerda.
Conforme já vimos, nos casos em que ocorre o aumento da renda do consu-
midor, ocorre um aumento da demanda e, consequentemente, o aumento da 
quantidade demandada do bem. No exemplo, com aumento da renda do consu-
midor há um aumento na demanda por refrigerantes. Nesse caso, chamamos o 
produto ou serviço de bem normal. O processo recebe esse nome porque há um 
comportamento normal da curva de demanda. 
Vale lembrar que, se houver uma redução da renda do consumidor, o efei-
to é o inverso (VASCONCELLOS, 2011).
37
Por outro lado, se com o aumento da renda do consumidor ocorrer a redução na 
quantidade demandada por um determinado produto, temos um bem inferior. 
Um exemplo desse caso é o consumo de carne de segunda (VASCONCELLOS, 
2011). Com uma renda maior, o consumidor tende a reduzir a quantidade de-
mandada de carne de segunda e a aumentar a quantidade demandada de carne 
de primeira. Novamente, vale ressaltar que, se for uma redução da renda, o efei-
to é inverso – diminui a demanda por carne de primeira e aumenta a por carne 
de segunda.
Você se lembra da lista que fez anteriormente dos produtos que teriam um au-
mento na quantidade demandada, caso a sua renda ficasse maior? Observe que 
existem alguns produtos para os quais a quantidade demandada permanece a 
mesma, ainda que ocorra aumento da renda. Por exemplo, o arroz e o feijão: 
se com a nossa renda atual já satisfazemos a necessidade por arroz e feijão, o 
aumento da renda não resultará em aumento de quantidade demandada para 
tais produtos. Esses produtos são chamados de bens de consumo saciado, pois 
o seu consumo já está satisfeito, e o aumento de renda não afetará a quantidade 
demandada (VASCONCELLOS, 2011). 
Figura 2.6 – Exemplo de bens de consumo saciado
Legenda: Arroz e feijão: exemplos de bens de consumo saciado.
Imagem: 123RF (2014).
A partir de agora, você já está pronto para entender como funciona a análise da 
oferta de produtos e serviços em uma determinada economia.
38
2.3 Oferta
A oferta demonstra o comportamento do vendedor no que se refere às escolhas 
das quantidades de produtos ou serviços que colocará à venda, sempre com o 
objetivo de aumentar ao máximo seu lucro (MANKIW, 2010). 
Assim como vimos na demanda, a oferta também tem relação com o preço, 
porém essa relação é direta: quanto maior o preço do produto, maior será a 
quantidade que o vendedor estará disposto a oferecer e vice-versa. A lei econô-
mica que regula o comportamento da oferta é a Lei da Oferta. Note, no exemplo 
da Tabela 2.2, como se relacionam as variáveis preço e quantidade ofertada de 
refrigerantes. Observe o que ocorre com a oferta de refrigerante quando o seu 
preço aumentar.
Tabela 2.2 – Escala de oferta de refrigerantes
Preço unitário ($) Quantidade ofertada
2 6.000
3 8.000
4 10.000
5 12.000
6 14.000
Fonte: Adaptada de Rossetti (2003).
 
Assim como na demanda, a oferta também é normalmente representada por 
um gráfico. Na Figura 2.7, você visualiza como os aumentos de preço afetam 
diretamente a quantidade demandada de refrigerantes.
Figura 2.7 – A curva de oferta de refrigerantes
Fonte: Adaptada de Rossetti (2003).
39
2.3.1 Deslocamento na curva de oferta
Quando há uma alteração na variável preço, temos o deslocamento entre os 
pontos da curva de oferta. A figura 2.8 mostra isso.
Figura 2.8 Deslocamento NA oferta
Fonte: Adaptada de Rosseti (2003)
Observe que assim como na demanda, uma alteração de preço altera o ponto 
sobre a curva de oferta, sem contudo, deslocar a curva de oferta.
2.3.2 Deslocamento da curva de oferta
Porém, se ocorre uma alteração de uma variável externa, acontece, então, no-
vamente, o deslocamento da curva (VASCONCELLOS, 2011). As variáveis externas 
que podem causar deslocamento na curva de oferta são:
• preço dos insumos;
• tecnologia;
• expectativas;
• número de produtores; 
• disponibilidade de crédito;
• clima.
Essas alterações podem ser visualizadas na forma gráfica apresentada na Figura 
2.9. Vamos utilizar novamente o exemplo dos refrigerantes. Se aumentar o preço 
de algum insumo utilizado na produção de refrigerantes, sem haver alteração 
40
das demais variáveis, o custo de produção aumentará, acarretando uma dimi-
nuição na oferta de refrigerantes. A curva da oferta se deslocará para a esquerda.
Figura 2.9 Deslocamento DA oferta 
Figura 2.9 Deslocamento DA oferta
Fonte: Adaptada de Rosseti (2003)
Você pode notar pela Figura 2.9 que o aumento no preço dos usuários, ocasiona 
a redução da quantidade ofertada de refrigerantes de x para y unidades, com o 
preço constante de z. Porém, você verá na Unidade 3 que essas alterações são 
corrigidas pelo equilíbrio quando se analisa o mercado. 
Ampliando os horizontes
Há um vídeo que ilustra o que você acabou de ver sobre as leis 
da demanda e da oferta. Clique aqui e confira.
2.4 Elasticidade
A elasticidade, de acordo com Vasconcellos (2011), reflete o grau de reação de 
umavariável quando ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus. As 
alterações nas quantidades demandadas e ofertadas, em decorrência das alte-
rações dos preços dos produtos e da renda dos consumidores, produzem uma 
medida muito importante para o mercado e para os governos. 
Ao medirmos a reação da quantidade demandada ao alterar o preço do bem ou 
serviço, estamos analisando a elasticidade-preço da demanda (ROSSETTI, 2003). 
41
A elasticidade-preço da demanda é calculada pelas variações percentuais da 
quantidade demandada em função da variação percentual do preço do produto. 
Quando essa variação é maior do que 1, temos uma demanda elástica: as altera-
ções de preço nesse produto geram grande reação nas quantidades demandadas 
pelos consumidores. 
Como exemplo, suponha que o ingresso para o teatro seja um produto com 
demanda elástica, pois quando ele aumenta ocorre uma redução significativa 
na quantidade de ingressos demandados pelos consumidores. Esses podem, por 
exemplo, substituir a ida ao teatro por idas ao cinema. O mesmo princípio se 
aplica quando há uma redução no preço do ingresso.
Figura 2.4.1 – Exemplo de demanda elástica
Legenda: A demanda por ingressos para cinema é elástica.
Imagem: Stock.xchng (2014).
Chamamos de demanda inelástica quando a variação na quantidade demanda-
da pelo preço é menor do que 1: os consumidores reagem pouco às alterações de 
preço desse produto (ROSSETTI, 2003). Por exemplo, ao ter uma redução de 8% 
no preço do produto feijão, a quantidade demandada por esse produto aumenta 
3%.
42
Quando a variação na quantidade demandada pela variação no preço é igual a 
1, tem-se uma elasticidade unitária (ROSSETTI, 2003). Neste caso, o preço e a 
quantidade variam na mesma magnitude, só que em sentido oposto.
O grau de elasticidade-preço da demanda dependerá dos seguintes fatores:
• existência de bens substitutos para o produto analisado. Por exem-
plo: quanto mais substitutos para o teatro, mais elástica será sua 
demanda; 
• o quanto esse bem é essencial para o consumidor: quanto mais es-
sencial, menos sensível será a demanda; 
• a importância do bem no orçamento do consumidor: quanto mais 
representativo for o gasto dentro do orçamento, mais elástica será 
a demanda. Por exemplo: o preço da carne em relação à pimenta. 
Por gastarmos mais com carne do que com pimenta, a elasticidade 
da carne será maior, pois uma parte maior do orçamento é destina-
da a sua compra.
Refletindo
Pense nos bens que você costuma consumir. Que tipos de elas-
ticidade você consegue identificar? Liste exemplos.
O conceito de elasticidade é importante para as empresas, pois ele fornecerá 
dados para a tomada de decisão quanto às alterações futuras de preços. Por 
meio do valor da elasticidade, podemos prever qual será a reação dos consumi-
dores às alterações no preço dos produtos ou serviços, o impacto dos preço dos 
produtos dos concorrentes e das alterações de salário, por exemplo. Esse con-
ceito também é importante para a administração pública, para se verificar, por 
exemplo, a repercussão de alterações na taxa de juros ou nos impostos sobre os 
investimentos privados.
43
O que aprendemos
Nesta unidade, você aprendeu que:
• a importância do mercado para a Economia;
• a demanda é obtida pela soma das demandas dos indivíduos;
• as alterações da curva de demanda se dão por causa das expectativas dos 
consumidores, disponibilidade de crédito, renda, entre outros fatores;
• a oferta é obtida pela soma das ofertas individuais;
• a quantidade ofertada impacta no preço do produto;
• a elasticidade é uma medida importante, pois orienta futuras altera-
ções de preço. 
>> Sua vez
Agora é o momento de ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e par-
ticipar do Fórum de Discussão. Você irá interagir com seus colegas e com 
o seu tutor, assim, ampliará o seu conhecimento, debatendo um tema po-
lêmico. Sua opinião é muito importante! Lembre-se, também, de realizar a 
atividade de fixação do conhecimento.
 
Referências da unidade
MANKIW, N. G. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia: 
texto básico nas melhores universidades. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

Outros materiais