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INTENSIVO ESTADUAL FEDERAL COMPLEMENTAR Disciplina: Direitos Difusos e Coletivos Prof. Fernando Gajardoni Teoria Geral do Processo Coletivo 1.1. Evolução histórica metodológica do Processo Coletivo. � Onde e quando nasceu o processo coletivo? → Fases metodológicas do Direito Processual Civil • Fase sincrética ou civilista (Direito Romano +- 1868) • Fase autonomista ou conceitual (1868 – Von Bullow até +- 1950) • Fase instrumentalista (o processo deve ser visto como um meio de acesso à justiça) – reaproximação do direito processual com o Direito material. É necessário observar 3 ondas renovatórias (Garth + Cappellett) 1. Justiça aos pobres (assistência judiciária) 2. Representação em juízo dos Direitos metaindividuais (nascimento do processo coletivo) a) Mas porque é necessária a tutela dos direitos metaindividuais? 1° Porque eles têm titularidade indeterminada em regra (free riding – efeito carona) – o processo coletivo tem o poder de neutralizar o efeito carona. 2° Porque eles podem ser economicamente desinteressantes do pondo de vista individual. 3° Porque isto é recomendável do ponto de vista da facilidade e utilidade do sistema Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com INTENSIVO IiI TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO Data: 10-03-2012 b) Mais porque não utilizar o processo civil clássico (individual) para a tutela desses direitos metaindividuais? Não é possível porque institutos clássicos como a legitimidade ordinária e a coisa julgada “intra partes”, entre outros são incompatíveis com o processo coletivo. c) Mais porque não acabar com o processo individual então? O processo coletivo não nega a importância do processo individual para determinadas situações. Mas reconhece nele um caráter egoístico,com o individuo pensando só em si. Já no processo coletivo o caráter é altruístico, porque sempre se tem em mente o bem comum 1.2. Gerações de direito fundamentais a) Direitos civis e políticos (séc. XVII e XIX) – liberdades b) Direitos sociais e econômicos (séc. XIX e XX) – igualdade c) Direitos da coletividade (séc. XX e XXI) - Fraternidade 3. Efetividade do processo (processo civil de resultados) 1.3. Evolução do processo coletivo no Brasil � Origem real, na ação popular (ordenações reino), o objeto é muito limitado (na origem só cabia contratos do poder público. � A origem efetiva nasceu a partir da ação civil pública (art. 14 da lei 6938/81) e foi regulamentada pela lei 7347/85. � Potencialização (CF/88 art. 129) + (8078/90-CDC) � Futuro 2. Natureza dos direitos metaindividuais � Summa Divisio 1. Público � Estado X Individuo � Estado X Estado 2. Privado � Individuo X individuo Obs. Hoje essa divisão já esta superada hoje se fala em natureza metaindividuais � Processo coletivo como um processo de interesse público (primário) 3. Classificação do processo coletivo 3.1. Quanto ao sujeito Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com o Ativa o Passiva (a coletividade é ré) 1° posição estabelece que não exista no direito brasileiro ação coletiva passiva, sustentam que alem de não haver previsão na lei, que só fala em legitimado ativo (art. 5° da lei ação civil pública) não haveria quem pudesse representar a coletividade ré. 2° posição diz que existe sim ação coletiva passiva que é inspirada na “defensont clon actio (EUA)” não é o fato de não ter previsão legal que impede o reconhecimento do instituto no sistema 3.2. Quanto ao objeto o Especial (aquele dedicado ao controle abstrato da constitucionalidade das leis e atos normativos em geral. (ADI, ADC, ADPF) o Comum (é composto por todas as ações para a tutela dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos não relacionados ao controle abstrato de constitucionalidades � Ação civil pública � Ação Coletivo (ação para tutela do individuais homogêneos do CDC) – ação civil pública � Ação popular � Ação civil de improbidade administrativa (para alguns –inclusive STJ) é uma ACP � Mandado de segurança coletivo � etc... 4. Princípios de Processo coletivo (comum) 4.1. Principio da indisponibilidade mitigada da ação coletiva � Previsão no art. 5, §3° da ação civil pública 4.2. Principio da indisponibilidade da execução coletiva � Previsão no art. 15 da lei da ação civil pública Obs. Não tem a palavra mitigada 4.3. Principio do interesse jurisdicional no conhecimento do mérito � Por ele se apregoa que deve haver uma maior flexibilização dos requisitos de admissibilidade da ação, de modo à sempre ser evitada a extinção do processo sem julgamento do mérito. 4.4. Principio da prioridade na tramitação. 4.5. Principio do máximo beneficio da tutela jurisdicional coletivo � Previsão legal é art. 103, §3° e §4° do CDC Há coisa julgada coletiva desde que benéfica, pode ser aproveitada pelos titulares das pretensões individuais decorrentes ou correspondentes 4.6. Principio da máxima efetividade do processo coletivo ou do ativismo judicial � Reconhece-se ao juiz uma maior gama de poderes de decisão e condução ao processo Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com � Julgado STF Resp. 577836/SC – relator ministro Luiz fux 4.7. Princípio da máxima amplitude ou atipicidade ou da não taxatividade � Art. 83 do CDC 4.8. Principio da ampla divulgação da demanda coletiva � Art. 94 do CDC 4.9. Principio da integratividade ou do micro sistema processual coletivo � Começar na próxima aula 2. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 2.1. STF - AI 737104 AgR / PE Relator: Min. Luiz Fux Órgão Julgador: Primeira Turma Julgamento: 25/10/2011 Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. CONCURSO. ISENÇÃO DE TAXA DE INSCRIÇÃO DE CANDIDATOS CARENTES. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. DECISÃO RECORRIDA EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. 1. A legitimação do Ministério Público para o ajuizamento de ação civil pública, não se restringe à defesa dos direitos difusos e coletivos, mas também abarca a defesa dos direitos individuais homogêneos, máxime quando presente o interesse social. Nesse sentido, o RE 500.879 – AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma. 2. In casu, não houve violação ao princípio da reserva de plenário, conforme a tese defendida no presente recurso, isso porque a norma em comento não foi declarada inconstitucional nem teve sua aplicação negada pelo Tribunal a quo, ou seja, a controvérsia foi resolvida com a fundamento na interpretação conferida pelo Tribunal de origem a norma infraconstitucional que disciplina a espécie. Precedentes: Rcl. 6944, Pleno, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 13.08.2010; RE 597.467-AgR, Primeira Turma, Dje de 15.06.2011 AI 818.260-AgR, Segunda Turma, Dje de 16.05.2011, entre outros. 3. Agravo Regimental a que se nega provimento. 2.1. STF - RE 599529 AgR / RS Relator: Min. Cármen Lúcia Órgão Julgador: Primeira Turma Julgamento: 14/06/2011 Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. 1. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO. PRECEDENTES. 2.LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA A DEFESA DE DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS E HOMOGÊNEOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com
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