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RELATO PESSOAL DA TRAJETÓRIA ESCOLAR DE ALESSANDRO VALÉRIO TRABALHO (2)

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TRABALHO EM GRUPO – TG
 Aluno(s):1603849
	 RA 	Adriana de Oliveira
1612425
		 RA 			Alessandro Valério
		RA	Claudiana da Silva Blans
1613443
			 Julieli Sorjoani Pereira 
1601886
 RA1616943
Paula dos Santos Amorim
 		 RA 	1613487
Andressa Barreto
	 RA 	Leneilda Ferreira da Cruz
 RA 1619509
POLO 
DOURADOS – MS
2016
	
RELATO PESSOAL DA TRAJETÓRIA ESCOLAR DE ALESSANDRO VALÉRIO
O presente relato é requisito atribuído na disciplina de História da Educação, ministrada pela professora Mara Solange Menna Moura Leal. O mesmo refere-se como está ressaltado no título meu relato pessoal referente minha trajetória escolar, que posso definir como uma descrição escrita de minhas experiências pessoais e interpessoais obtidas por todo o período da minha vida, mais explicitamente as vivências percorridas no universo estudantil.
Conforme nos foi exigido na proposta de orientações do trabalho, poderíamos elaborar esse de forma integrada, trocando experiências incomuns, ou ser escolhido um componente do grupo para a elaboração do mesmo, desse modo, aqui estou Alessandro Valério, buscando trazer à tona por meio dessa oportunidade, minhas memórias e experiências vividas em anos que dediquei e ainda dedicando à minha formação escolar.
Minha iniciação estudantil acontece por volta da faixa de idade de seis para sete anos, ingressando diretamente no primeiro ano do primeiro grau, ou seja, o antigo primário que nos dias atuais, temos como primeiras séries do ensino fundamental.
Essa minha iniciação estudantil deu-se na Escola Estadual Arcênio Rojas, na cidade de Caarapó- MS, a escola fazia divisão com o fundo do quintal da minha casa. Um fato que relembro, é que nossa casa e a escola eram separadas por tão somente uma cerca, já que nessa época, quase não se existiam muros como em nossos dias, o que facilitava e muito o nosso acesso ao ambiente escolar, meu e de meus irmãos. 
A real marca dessa recordação se dá, porque nunca nos utilizávamos do portão frontal de entrada, o que deixava a diretora escolar aborrecida conosco, sempre nos chamando à atenção, no entanto, nem suas muitas interpelações nada agradáveis nos faziam mudar nosso trajeto, que era a cerca dos fundos de nossa casa.
 Minha fase inicial de ensino, de primeira à quarta série, ocorreu de maneira tranqüila, não tive dificuldades de aprendizagem, reprovações, minhas notas eram sempre satisfatórias, realizava minhas atividades de casa regularmente.
Nesse ponto, desejo registrar algo, que tenho como marcante em minha trajetória estudantil, intercalando-se com minha história de vida, a importância do meu pai, nessa fase de formação.
 Meu empenho totalmente satisfatório nessa fase de minha vida, não se constituía por um total interesse nos estudos, mas, em grande parte em uma maneira de alegrar meu querido pai, que já é falecido, porém, expressou o desejo dos meus esforços na escola, a fim de que me tornasse um doutor, título esse que as pessoas daquela época atribuíam àqueles que conseguiam um certificado universitário, algo não tão comum entre a maioria das pessoas.
Essa sua atitude incentivava-me a dedicar-me com afinco às atividades escolares que me eram exigidas, e sempre ao chegar em casa, demonstrava-lhe meus afazeres escolares, notas de provas, trabalhos, compartilhava aprendizados adquiridos, causando satisfação à mim e à ele. 
Pensando dessa forma, chego até concluir ou supor que nesse período meu estímulo estudantil, não estava direcionado exatamente aos fins escolares, mas, sim deixar meu pai satisfeito, uma vez, que sempre fui apaixonado por esse meu maior incentivador enquanto comigo esteve.
No que se refere às experiências de aprendizagem marcantes desse período, não são muitas, porém, recordo-me de um professor nessa fase de primário, o professor Adão Carlos, que se aposentou e atualmente é escritor. O fato de citá-lo dá-se devido sua forma diferenciada de nos levar a interagir com as disciplinas tais como o português, matemática, ciências, história, deixando-me à impressão de querer passar algo além do conteúdo sistemático exigido.
Esse professor realizava a inserção do conhecimento a nós alunos, por meio, do estímulo da leitura, um instrumento de aprendizagem, que nos leva a compreender, questionar, reelaborar, com isso, criavam-se um contexto favorável para a abstração do que nos era repassado em todas as disciplinas exigidas no currículo estudantil do momento. 
Recordo-me nesse período da apresentação do poema de Gonçalves Dias, meu primeiro contato com esse gênero literário e que foi marcante, pois o poema dizia “Minha terra tem palmeiras, onde cantam os sabiás, as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá”, um clássico de nossa literatura brasileira, isso me foi passado com tal intensidade, que ficou registrado em minha memória, mesmo porque nossa acessibilidade á textos literários naquela época, não eram como nos dias atuais, que temos a nosso favor os avanços tecnológicos, que nos traz à mão com agilidade os mais diversos níveis de informações que necessitamos em apenas um clique.
Passou meu período de primário e ingressei no que era denominado ginásio, a quinta série ou como podemos denominar a segunda fase do meu primeiro grau, essa fase tem como fato marcante, o falecimento do meu pai, o perdi com dez anos de idade, ou seja, aquele entusiasmo existente por conta dele e seus estímulos, aqueles momentos da chegada em casa, mostrar para ele minhas atividades, provas, notas, já não existiam, sentia-me como se não tivesse um sentido, pois, para quem eu estaria fazendo aquilo, para quem iria mostrar minhas notas boas, tarefas, atividades e com isso uma dificuldade para ir à escola.
O falecimento do meu pai foi marcante para mim e influenciou em minha trajetória escolar, principalmente nesse período, afinal tive de lidar com a dor da perda de quem tinha como meu incentivador para meu caminhar estudantil, posso dizer que com sua partida, por um período, muito da alegria de estudar partiu com ele, trazendo-me desânimo e conseqüentemente queda no meu rendimento escolar.
Para mim, era dolorida a chegada em casa com atividades realizadas, tarefas para fazer e experiências a serem compartilhadas e a pessoa com quem contei até aquele momento para experimentar essa relação de interação ali já não mais estava, as conseqüências emocionais e consecutivamente psicológicas vieram, trazendo consigo o problema no rendimento escolar, por conta de faltas, bagunça em sala, deixava de assistir aulas, o que desencadeou os déficits em minhas atividades escolares.
Esse fato pode ser mais bem percebido por volta da sexta ou sétima séries, não há certeza em qual série ocorreu, porém, por conta da ausência nas aulas, queda nas notas, resultou em um momento delicado para mim em termos escolares, pois, fiquei para recuperação em História, na qual me era necessário nota dez no exame de avaliação de recuperação. O conteúdo era extenso, a ponto de o professor desacreditar de mim e dizer que era melhor à minha desistência do exame de recuperação, causando assim minha reprovação naquele ano. Minha mãe, sempre nos prometera uma surra, em caso de reprovação, ou seja, as situações me pressionavam.
No entanto, a atitude do professor de desistir de mim e me induzir a desistir também, me causou uma reação de desafio e pensei comigo “Não, eu sou capaz, eu vou fazer”, estudei de tal forma os conteúdos, que até hoje me recordo dos mesmos, porém, o que foi muito determinante para mim nessa situação, foi a decisão de persistir e batalhar, empenhando-me e conseguindo minha aprovação mesmo com todas as improbabilidades e dificuldades que me foram apresentadas.
Com o falecimento do meu pai, surgiu a necessidade que eu trabalhasse para ajudar no orçamento doméstico. Trabalhava em um mercado no período matutino, saía do trabalho e já me dirigia à escola, pois eram distantes os trajetose não possuía nem bicicleta, sem contar que me dirigia à escola sem almoçar ou lanchar, mesmo assim conclui à oitava série e com o isso o Primeiro Grau. 
Após o término dessa fase estudantil, vinha a seguir o que era denominado Segundo Grau, ou nosso Ensino Médio dos dias atuais. No entanto, naquela época, eram oferecidos três cursos que eram: curso técnico em contabilidade ou administração, Magistério ou Colegial.
Escolhi para minha formação o curso técnico em contabilidade, porém, as dificuldades aumentaram como o curso era voltado para a área profissional em contabilidade, existia muitas matérias de cálculos, a minha atividade funcional prejudicava a atividade estudantil, uma vez que, sempre que precisava optar entre trabalho/escola, tinha de optar pelo trabalho, já que necessitava do salário para ajudar no sustento da casa. Sem contar, que na maioria das vezes, chegava com uma hora de atraso, o que muito prejudicava na minha compreensão e apreensão dos conteúdos ministrados.
Devido a essas dificuldades de possibilidade de conciliar trabalho com estudos, acabei por desistir nesse meu primeiro ano. Mas, no ano seguinte, retornei ao curso técnico de contabilidade e mesmo com todas as dificuldades concluí o primeiro ano. No segundo ano, tentei dar continuidade ao curso, porém sem mérito, pois, os desafios foram mais fortes.
No entanto, uns anos adiante, quando surgiu o EJA, que era um curso denominado Educação para Jovens e Adultos, nessa modalidade de ensino, era fornecido uma forma mais flexível para os estudos e com relação a horários, desse modo, pude dar continuidade aos estudos e concluir o Ensino Médio.
Nessa fase estudantil de Ensino Médio, no que diz respeito à aprendizagem ou experiências, uma pessoa que não passou despercebida foi a professora Lucilene, que nos ministrava aulas de química, física e biologia, sua peculiaridade era seu conhecimento diversificado, uma vez que, sempre que nós alunos tínhamos dúvidas, questionamentos que não eram esclarecidos devidamente pelos nossos demais professores, nos dirigíamos à ela, que com maestria sempre nos orientava e ensinava.
Minha admiração por essa professora deu-se, pela sua forma culta e dedicada, demonstrando ter um domínio de sala e conteúdo surpreendentes, sem contar, que era uma pessoa atualizada, dirimindo até mesmo dúvidas relacionadas a conhecimentos gerais, não deixando seu conhecimento limitado às disciplinas que atuava lecionando, sua forma de conduzir nossa aprendizagem de maneira singular.
Concluído meu Ensino Médio, casei-me e fui morar no interior do estado de Mato Grosso, mais precisamente em uma cidade denominada Vila Bela da Santíssima Trindade. Nessa cidade, tive oportunidade de ministrar aulas para quinto e sexto anos do ensino fundamental, já que, minha esposa é professora, tem formação em Geografia e com isso foi me sendo oferecidas essas oportunidades de atuar como professor.
	Por conta das oportunidades de trabalhos serem diminutas, atuei em comércio e meu desenvolvimento estudantil, restringiu-se a cursos profissionalizantes diversos, não havendo em mim uma necessidade de retomada de estudos, agora a critério de formação superior.
Porém, ao retornarmos aqui para o Mato Grosso do Sul, já que, minha esposa conseguiu ser aprovada em um concurso em nossa cidade de origem, retomei a pensar e refletir sobre o retorno aos estudos. O fato de minha esposa possuir uma graduação superior incentiva-me a buscar a formação universitária.
Sendo assim, nesse ano de 2016, com 37 anos, aqui estou realizando e ingressando novamente no universo estudantil, agora em nível acadêmico, o que não deixa de ser de certa forma, apesar de tantos desafios à retomada e quem sabe a realização de um sonho que foi sendo procrastinado, no entanto, o que importa de fato é que estou ingresso nesse curso de Pedagogia, ao qual tenho tomado gosto e tenho comigo o desejo enorme de concluí-lo e porque não pensar além, como, meus mestres que me ensinaram a entender que sempre podemos um pouco mais.
Afinal, o que posso concluir como lição de vida pessoal, que desafios podem e devem ser rompidos, por mais adversos que possam ser se assim não fosse, jamais aqui estaria, mas, por enquanto, meu desejo maior é a conclusão de meu primeiro Curso Acadêmico a nível Superior, que é esse de Licenciatura Plena em Pedagogia.
Agradeço aos meus colegas de grupo e também a professor/a, que me disponibilizou essa oportunidade de aqui expor essas vivências, memórias, o que posso afirmar, é que para mim teve um sentido ímpar, pois, trouxeram á tona sentimentos, lembranças especiais de minha vida, que é muito prazeroso compreender ao longo dos anos, que nem mesmo os dissabores que vivemos, pode tornar nossos passos lentos na caminhada ou às vezes protelar alguns desejos ou anseios em detrimentos de outros, mas que, acima de tudo temos de manter firme a esperança de continuar sempre, haja vista, que a vida é um aprendizado constante e cada aprendizado traz consigo à maravilhosa sensação de descoberta.

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