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Gisele Mano e Lucianna Schmitt
Disciplina 
Saúde Coletiva
03
Sumário
CapítuLo 3 – Disciplina Saúde Coletiva ...................................................................................... 05
3.1 o normal e o patológico .......................................................................................................... 05
3.1.1 Conceitos de saúde ......................................................................................................... 10
3.2 Racionalidade médica ............................................................................................................... 12
3.3 práticas alternativas de Saúde (paS) .................................................................................... 16
3.3.1 política Nacional de práticas Integrativas e Complementares (pNpIC) ............... 17
05
Introdução
o que é ser normal? possivelmente, você já tenha se perguntado isso ou se deparado com 
situações que te fizeram repensar o conceito de normalidade. Pois bem, nesse capítulo veremos 
os conceitos de normalidade em saúde e como foram formados ao longo do tempo. além disso, 
veremos também como o conceito de patológico se modificou.
3.1 o normal e o patológico
Normal: aquilo que é usual, regular, conforme a norma, 
exemplar. 
Patologia: parte da medicina que estuda as doenças. 
Desvio do que é considerado normal; desvio do ponto 
de vista fisiológico e anatômico e que constitui ou 
caracteriza uma doença.
Fonte: FERREIRa, aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curiti-
ba: Positivo, 2010. 2222 p. ISBN 978-85-385-4198-1.
Usualmente, é mais fácil refletirmos sobre o que o conceito de doença representa na nossa 
sociedade ou para nós. Definir o que é saúde torna-se um pouco mais difícil, pois levamos em 
consideração diferentes faces da realidade em que estamos inseridos ou em que contexto o que 
queremos definir como saudável está inserido. Logo, saúde não tem o mesmo significado para 
todos. para considerar o que é normalidade parte-se da situação mais positiva ou benéfica e 
mais frequente, ou seja, do que é mais comum.
Desde que a humanidade existe, a doença a acompanha. tentamos sempre, incansavelmente, 
encontrar meios de detê-la. o mundo passou por ondas de epidemias e pandemias que, 
na verdade, ainda nos atingem. Será que a doença estaria restrita somente a estes casos 
“contagiosos”?
Na literatura, é mais comum encontrar a história do conceito doença do que a do conceito 
saúde. primeiramente, o conceito doença era entendido como resultado de fatores externos, 
e a saúde como uma recompensa. Em razão disso, compreendia-se a vontade dos deuses ou 
Capítulo 3Disciplina Saúde 
Coletiva
06
Disciplina Saúde Coletiva
Laureate International Universities
de seres místicos e das forças sobrenaturais. A leitura que se faz é a da unicausalidade, isto 
é, uma única causa definiria a saúde ou a doença de uma comunidade inteira. Na ausência 
de conhecimentos que permitissem elaborar terapias, era a cultura que mais determinaria a 
percepção de doença. 
Na Antiguidade Clássica, houve um afastamento da ideia religiosa ou de fé sobre o surgimento 
das enfermidades. As doenças eram percebidas ainda como resultado do desequilíbrio entre os 
elementos calor, frio, água, terra e ar; ou eram ainda relacionadas às estações do ano. Surge 
também neste período a observação entre o trabalho, a posição social e a doença. Observe 
que, de certa forma, a humanidade percebia a relação entre qualidade da água e do ar com 
a situação de saúde e, por essa razão, atribui-se a este período o surgimento da ideia de 
contágio. No entanto, não havia ainda nessa época sequer o conceito de microrganismos para 
que se pudesse fazer uma relação mais direta. É importante ressaltar que, na Antiguidade 
Clássica, aparece a consciência sobre a condição social do indivíduo, que já estudamos ser um 
dos determinantes sociais de saúde. 
Os gregos tinham como ponto forte a pesquisa, a ciência e o estudo. Por essa razão, buscavam 
a causalidade dos problemas que acometiam a saúde da população na época. É no ápice 
da civilização grega que surge o rompimento com a superstição e a magia. A medicina 
grega cultuava a divindade de asclépius. Suas práticas, no entanto, iam além da ritualística, 
envolvendo o uso de ervas medicinais e de métodos naturais. Na mitologia grega, asclépius 
teve duas filhas a quem ensinou a sua arte: Hygeia (de onde deriva ‘higiene’) e Panacea (deusa 
da cura). Os médicos eram filósofos que procuravam entender a relação da doença do homem 
com a natureza. 
Hipócrates foi um médico e filósofo grego considerado o pai da medicina. Ele elaborou a 
teoria miasmática e escreveu sobre as endemias, classificando-as como doenças que ocorrem 
de maneira regular e contínua entre habitantes de uma comunidade. Depois descreveu as 
epidemias como o surgimento repentino de um grande número de casos na população. Na 
época da medicina hipocrática, os médicos eram notórios observadores. Eles registravam 
meticulosamente as relações com o quadro de doença e, também, realizavam avaliação médica 
que consistia em: exploração do corpo (ausculta e manipulação sensorial); conversa com o 
paciente (anamnese); entendimento sobre o problema (raciocínio diagnóstico); e estabelecimento 
de procedimentos terapêuticos ou ações indicadas para as queixas mencionadas (prognóstico). 
Teoria miasmática: teoria que entende como causa das doenças as impurezas e odores fétidos contidos no ar, 
conhecidos como miasmas.
07
Hipócrates postulou a existência de quatro fluidos (humores) principais no corpo: bile amarela, 
bile negra, fleuma e sangue. Desta forma, a saúde era baseada no equilíbrio desses elementos. 
Ele via o homem como uma unidade organizada e entendia a doença como uma desorganização 
desse estado.
Teoria miasmática: teoria que entende como causa das 
doenças as impurezas e odores fétidos contidos no ar, 
conhecidos como miasmas.
Os romanos eram conhecidos por seu excelente planejamento de cidades e organização 
urbana. Eles construíram notórios aquedutos que abasteciam a cidade e tinham um sistema de 
esgotamento de dejetos conhecido como cloaca máxima. além disso, uma marca cultural desta 
civilização eram os banhos públicos, que demonstravam a preocupação com a higiene.
Figura 1 - aquedutos romanos
fonte de 
água
entrada
câmaras de inspeção
tanque de 
sedimentação
canal coberto
tanque de 
distribuição
cidade
apesar dos avanços feitos por gregos e romanos, a Idade Média (500 d.C. – 1500 d.C.) herdou 
práticas supersticiosas que recomendavam aos doentes utilizar amuletos com a palavra mágica 
abracadabra e que os reis tocassem as pessoas para que elas fossem curadas. Claro que essa 
última prática era apenas privilégio da monarquia. 
O cristianismo pregava que a doença era uma forma de expiação dos pecados, de purificação 
da alma e, por esse motivo, inicialmente, era considerado a religião dos pobres. Essa forma de 
interpretação da doença dava sentido ao sofrimento. Certamente, surgiram epidemias nessa 
época, que eram explicadas como formas de livrar os pecados do mundo. algumas doenças 
tinham estigma social, como a lepra (a impureza), cujos pacientes ficavam reclusos em lugares 
distantes das cidades conhecidos como leprosários. antes de serem enviados para esses locais, 
os doentes eram considerados como mortos e tinham rezada uma missa de corpo presente. Essa 
forma de “tratamento” dos doentes nos lembra a primeira medida de controle epidemiológico 
que vimos na unidade 2, usada até hoje: o isolamento. por não dar conta da redução das 
enfermidades, a Igreja reforça as instituições de caridade que cuidarão dos excluídos, das 
viúvas e dos indigentes. Muitas instituições de caridade são hoje hospitais do nosso país – a 
exemplo das Santas Casas de Misericórdia–, legados do período pós-colonial. outras doenças 
que assolavam este período histórico foram sífilis, varíola, rubéola, sarampo, influenza, erisipela 
– doenças que existem até os dias de hoje. 
08
Disciplina Saúde Coletiva
Laureate International Universities
“Cultura pode ser definida como um conjunto de elementos 
que mediam e qualificam qualquer atividade física ou 
mental, que não seja determinada pela biologia, e que seja 
compartilhada por diferentes membros de um grupo social. 
Trata-se de elementos sobre os quais os atores sociais 
constroem significados para as ações e interações sociais 
concretas e temporais, assim como sustentam as formas 
sociais vigentes, as instituições e seus modelos operativos. 
A cultura inclui valores, símbolos, normas e prática.” Fonte: 
Langdon EJ, Wilk FB. Antropologia, saúde e doença: uma 
introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da 
saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem 18(3):[09 telas] 
mai-jun 2010.
Toda essa pestilência serviu para alguns avanços sanitários, como canalização das águas, 
ampliação das ruas, restrição da circulação de animais perto de rios e fontes de água. É na 
Idade Média que surge a quarentena como medida de vigilância e a notificação de casos 
suspeitos às autoridades. Cabe lembrar que, nesse período, as crenças de cura relacionadas a 
outras religiões eram vistas como bruxaria e sofreriam as consequências da Inquisição. 
Perto de 1500, surge o Renascimento com suas descobertas acerca de contaminação e formas 
de contágio. Nessa época, iniciou a expansão comercial, que levou ao descobrimento do Brasil. 
Nosso país contém muitas crenças sobre doença que são oriundas de índios e escravos, que 
construíram muito da nossa cultura. No período Colonial, os feiticeiros, pajés e xamãs foram 
grandes curandeiros que utilizavam benzeduras, rezas, chás e feitiços. Para um grupo de 
índios que vive na fronteira entre Brasil e Venezuela, os Sarrumá, nenhuma morte é por causas 
naturais. Para eles, em casos de morte, basicamente algum feitiço tem que ter sido feito contra 
a pessoa, mas não necessariamente outra pessoa faz o feitiço, pois ele pode ter sido realizado 
por algum desentendimento, um espírito maligno ou espírito do animal que a pessoa comeu. 
Passaram a ser desenvolvidos estudos de anatomia, fisiologia e de individualização da descrição 
das doenças, fundados na observação clínica e epidemiológica. A experiência acumulada pelos 
médicos forneceu elementos para a especulação sobre a origem das epidemias e o fenômeno 
do adoecimento humano.
Na Idade Moderna, com a introdução da máquina a vapor intensifica-se o ritmo produtivo, as 
fábricas passam a demandar mais mão de obra e as cidades crescem nas periferias. Assim, as 
péssimas condições de trabalho começam a chamar a atenção dos administradores. O corpo, 
tomado como meio de produção pelo capitalismo emergente, torna-se objeto de políticas, 
práticas e normas, surgindo as primeiras regulações visando à saúde nas fábricas. 
No século XIX, há um grande avanço nas descobertas bacteriológicas com Louis Pasteur, com 
a descoberta de microrganismos, vacinas e soros. A era bacteriológica causou uma grande 
revolução, pois pela primeira vez em séculos surge uma nova explicação para a causa do 
adoecimento, o qual tinha agora também prevenção e cura. Concomitantemente a esses 
progressos surge a epidemiologia e a estatística e o entendimento de que, se a saúde de um 
indivíduo pode ser mensurada em números de batimentos, de respiração e de temperatura, o 
mesmo deveria poder acontecer com a dimensão social das pessoas por meio de indicadores. 
09
Em 1779, surge na Alemanha a ideia de intervenção estatal na saúde por meio da polícia 
sanitária. Na França, surge a saúde urbana, entendida como um planejamento da cidade para 
evitar aglomerados de pessoas, sobretudo próximo às águas, e para controlar a higiene de 
cemitérios e matadouros. Na Inglaterra, o desenvolvimento do proletariado industrial leva a 
medicina inglesa a tornar-se social por meio da ‘lei dos pobres’. Caracterizada pela assistência 
e pelo controle autoritário dos pobres, a implantação de um cordão sanitário que impunha o 
controle do corpo da classe trabalhadora por meio da vacinação, do registro de doenças e do 
controle dos lugares insalubres visava tornar a pessoa mais apta ao trabalho e menos perigosa 
para as classes ricas. 
Em 1860, surgiram estudos de Louis Pasteur com hipóteses sobre a relação entre doenças e 
microrganismos, e em 1870 os estudos de Robert Koch estabeleceram as regras de investigação 
desse tipo de hipótese. No decorrer da segunda metade do século XIX, a teoria microbiana das 
doenças foi gradualmente aceita pela maioria dos médicos e pelo público. A era bacteriológica 
conviveu durante algum tempo com a teoria dos miasmas, sendo influenciada por ela. Em meados 
do século XIX, houve grandes epidemias de cólera na Europa, matando milhões de pessoas. 
Autoridades médicas, como William Farr, tinham certeza de que sua causa era um miasma. 
Pasteur fez parte de uma comissão que procurou identificar o modo pelo qual essa doença 
era transmitida. Provavelmente influenciado pela teoria dos miasmas, tentou encontrar no ar 
algum microrganismo que fosse responsável pela doença. Nada encontrou. Depois, descobriu-se 
que o cólera era transmitido principalmente pela água. Na era bacteriológica, os índices de 
mortalidade por doenças contagiosas reduzem drasticamente e muitas doenças têm sua cura 
descoberta ou, ao menos, sua forma de prevenção revelada. Por descobrir-se a prevenção, 
muitas modificações nas condições de vida das pessoas foram indicadas.
As explicações de cunho microbiológico estavam tão fortes que começou a surgir crítica sobre a 
ignorância em relação aos fatores sociais que causam as doenças. Os contagionistas enfatizavam 
a busca de uma causa verdadeira e específica da doença. Os anticontagionistas, apesar de 
também estarem tentando precisar a especificidade da doença e sua etiologia, enfatizavam 
a importância de estudar a predisposição do corpo e do ambiente para o surgimento da 
doença. a predisposição, noção originalmente relacionada à teoria da constituição epidêmica, 
10
Disciplina Saúde Coletiva
Laureate International Universities
denotava, no contexto desta teoria, um estado, uma totalidade que não se expressava como 
um conceito. 
A partir de 1970, surge o modelo multicausal de doença. A determinação social da saúde/
doença procura articular as diferentes dimensões da vida envolvidas nesse processo. assim, 
são considerados os aspectos históricos, econômicos, sociais, culturais, biológicos, ambientais e 
psicológicos que configuram uma determinada realidade sanitária.
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação.”
(Constituição Federal, 1988)
3.1.1 Conceitos de saúde
A saúde como ausência de doença resulta dos pensamentos racionais e objetivos que buscam 
causa e tratamento – um agente causador e um agente de cura. Esse modelo foi vencido por 
outros, mas ainda permeia o imaginário das pessoas. após a Segunda Guerra Mundial, a oMS 
define a saúde como o bem-estar físico, psíquico e social. Esse conceito trouxe muitas polêmicas, 
porque implica uma definição do que é esse bem-estar e, portanto, do que é normal ou não. 
Assim, tudo que foge a esse conceito está passível de ser medicalizado. Essa é a realidade que 
observamos com o ritmo frenético de vida da nossa sociedade, que resulta no surgimento de 
várias novas doenças do mundo moderno e para as quais há sempre novas medicações.
a saúde como direito social é o conceito mais ampliado de saúde. Constitui-se como resultado 
da garantia de acesso a diferentesoutros direitos como: condições de alimentação, habitação, 
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e 
posse da terra e acesso aos serviços de saúde.
Neste capítulo, vimos como o conceito de saúde mudou ao longo do tempo. Vimos também sobre 
a representação social da doença que, por vezes, era vista como uma punição, um estigma que 
excluiu e afastou milhares de doentes ao longo dos anos. 
NÃo DEIXE DE VER...
Artigo: Alma mente e cérebro nas primeiras civilizações humanas. Fabiano dos Santos Castro & 
J. Landeira-Fernandez. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(1), p. 37-48.
Disponível em: http://www.redalyc.org/html/188/18815254017/ .
11
CuRIoSIDaDE
o mundo das modelos foi por muitos anos dominado por mulheres 
brancas, magras e caucasianas. Essa realidade vem mudando para 
ser inclusiva e representativa do mundo que vivemos. 
Duas modelos acometidas por uma doença rara, mas bem conhecida, 
chamada vitiligo, estão quebrando paradigmas e fazendo o mundo 
questionar o que é ser normal e o que é ser belo. 
Winnie Harlow é uma modelo canadense que participou do America’s 
Next Top Model, um programa de televisão que prepara meninas 
para o mundo da moda. após sua aparição no programa, sua car-
reira de fato começou, e ela é hoje uma modelo de sucesso. 
Winnie Harlow No Brasil, também temos uma modelo que quebra 
paradigmas e desafia os padrões. Eliane Medeiros é de tocantins 
e foi escolhida pela rede C&A para estrelar o lançamento de sua 
campanha. 
Winnie Harlow
Eliane Medeiros
Medicina Tradicional Chinesa
O Oriente possui milênios de conhecimento sobre saúde, 
que foram desenvolvidos como no Ocidente. No entanto, 
não ouvimos falar com tanta frequência desse tipo de 
visão de saúde-doença. 
A China concentra a maior parte do conhecimento 
oriental de medicina produzido. 
Parte-se do princípio do equilíbrio entre os estados Yin e 
Yang. O Yin é representado pela parte escura do 
símbolo e significa luz fraca, e o Yang representa o 
contrário. O ideal é que haja o perfeito equilíbrio entre 
essas duas partes. Entre esses dois estados, existem cinco 
elementos: madeira, terra, metal, água e fogo. A 
madeira alimenta o fogo; o fogo, por meio da cinza, 
forma a terra; a terra gera o metal; o metal derrete e 
vira água; e a água alimenta a madeira. Mas, ao 
mesmo tempo em que um elemento produz o outro, eles 
também se anulam: o fogo derrete o metal, que corta a 
madeira; a madeira invade a terra, que represa a 
água; a água finalmente apaga o fogo. Dessa forma, 
uma doença que afeta um órgão está afetando todos os 
outros porque bloqueia a transformação de energia e 
seu fluxo. Fogo
TerraMadeira
MetalÁgua
12
Disciplina Saúde Coletiva
Laureate International Universities
3.2 Racionalidade médica
NÃo DEIXE DE VER...
Holístico ou holista é um adjetivo que classifica alguma coisa relacionada com o holismo, ou 
seja, que procura compreender os fenômenos na sua totalidade e globalidade.
Paradigma é um modelo ou padrão a seguir.
Iatrogenia é um resultado negativo decorrente de um tratamento médico.
Médico: pessoa que exerce medicina; o que cura um mal (físico ou moral); 
 Médico espiritual: confessor; relativo à medicina. 
A partir dos anos 1960 – no movimento a favor do naturismo e de contracultura –, começa a 
surgir um discurso a favor do fortalecimento da natureza. Nessa época, as características mais 
marcantes eram os Estados unidos e a Europa voltados para impulsionar a tecnologia, a ciência 
e a inteligência artificial. No campo da saúde, esse movimento de contracultura gesta a ideia 
da promoção de saúde e de práticas terapêuticas naturistas, ao contrário da prevenção de 
doenças ou de tratamentos com remédios. 
Nos anos 1970, a crítica à farmacologia foi impulsionada pelas publicações de autores como 
Foucault e Illich. um dos destaques desses discursos eram a iatrogenia médica e farmacêutica, 
a medicalização social como forma de controle dos cidadãos, os deslocamentos da saúde para 
a lógica de produção de mercado. acontecia ainda no campo saúde a redução da saúde ao 
seu aspecto biológico, usando, por meio da lógica farmacêutica, uma maneira de reduzir os 
sofrimentos, como se eles fossem de origem biológica apenas. 
Em 1972, a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano 
destaca como condição de nossa sobrevivência a preservação do meio ambiente, nele 
compreendida a nossa fonte de bem-estar biológico e social. Em 1978, a Conferência de Alma-
Ata, realizada na antiga União Soviética, aponta que os cuidados primários em saúde são o 
mínimo para que as nações alcancem um nível de saúde aceitável. o próprio diretor da oMS 
na época declarou que a medicina tecnológica era insuficiente para resolver os problemas de 
saúde da população mundial, os quais acometiam dois terços da população. 
Em 1986, a I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada em Ottawa, 
Canadá, afirmou que não apenas os fatores biológicos, mas também os políticos, econômicos, 
sociais, culturais, de meio ambiente e de conduta podem intervir a favor ou contra a saúde. Entre 
outros aspectos, a Carta de ottawa defendeu que os serviços de saúde adotem “uma postura 
abrangente, que perceba e respeite as peculiaridades culturais” e incentivem “a participação e 
a colaboração de outros setores, outras disciplinas e, mais importante, da própria comunidade”. 
Esse entendimento de saúde aparece traduzido no texto da Constituição Federal que menciona 
“atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas”, entendendo-se que 
pela integralidade seriam proporcionados todos os níveis de saúde à população. os anos 
1970 e 1980 são marcados por um resgate popular de práticas orientais de saúde, como a 
medicina ayurvédica, a medicina tradicional chinesa, e as práticas religiosas vinculadas ao 
xamanismo e a religiões afro-indígenas. Foram denominadas práticas alternativas as terapias 
13
que utilizavam como métodos o que fosse holístico, energético, natural, ou que, frequentemente, 
derivavam de conhecimentos anciãos de curandeiros, xamãs, rezadores, parteiras, pajés, etc. 
O que se percebeu foi a necessidade de poder estabelecer uma relação entre a medicina 
biomédica e as demais que existiram e existem em paralelo. Assim, observou-se que existe uma 
lógica comum a esses raciocínios médicos, ao que se deu o nome de racionalidade médica.
ATENÇÃO PARA OS CONCEITOS A SEGUIR!
Morfologia humana: define a estrutura e a forma de 
organização do corpo.
Dinâmica vital humana: define o movimento da 
vitalidade, seu equilíbrio ou desequilíbrio no corpo, suas 
origens ou causas.
Doutrina médica: define, em cada sistema, o que é o 
processo saúde-doença, o que é a doença ou 
adoecimento, em suas origens ou causas, o que é passível 
de tratar ou curar. 
Sistema de diagnose: determina se há ou não um 
processo mórbido, sua natureza, fase e evolução 
provável, origem ou causa.
Sistema terapêutico: determinam-se as formas de 
intervenção adequadas a cada processo mórbido (ou 
doença) identificado pela diagnose.
Cosmologia: são os sentidos, símbolos, metáforas que 
sustentam o imaginário das demais dimensões das 
racionalidades médicas.
NÃo DEIXE DE VER...
Racionalidade médica é um sistema médico estruturado com as cinco dimensões de forma siste-
matizada em maior ou menor grau. Isso não é uma comparação entre melhor ou pior entre as 
racionalidades. 
Existe o paradigma entre o biomédico e o vitalista. Biomédico é aquele que enfatiza questões 
materiais, mecânicas, centradas na doença e no controle do corpo biológico e social, tendo, 
dessa forma, controle também sobre a natureza. Essa visão deriva do período renascentista e 
do discurso racional posterior à idade média. A natureza passa a ser objeto dominado pelo 
ser humano,que pensa poder controlá-la pela tecnologia. Entende-se, assim, que as doenças 
podem ser do nosso controle. Muitas críticas surgem ao fato de esta racionalidade reduzir o 
processo saúde-doença a critérios biológicos ou catalogados, que excluem a subjetividade da 
pessoa atendida e enfraquecem – desmancham – o vínculo entre profissional e paciente, sendo, 
assim, pouco integral. Já a visão vitalista busca a harmonia entre meio ambiente social, natural 
14
Disciplina Saúde Coletiva
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e a pessoa. Nessa harmonia, é entendida a saúde. Existe a valorização da subjetividade das 
pessoas, a prevenção e promoção da saúde e a integralidade do cuidado. Dessa forma, a 
sustentabilidade é uma das premissas deste ponto de vista, que cresce a partir dos anos 1960 
como resultado da contracultura. 
Em todas as racionalidades médicas estudadas, foi observada a coexistência de duas formas 
de interpretação das situações de saúde-doença: uma baseada na teoria e regida pela razão, 
outra baseada no empirismo, ou seja, na sensibilidade do profissional ou terapeuta. 
Práticas Integrativas Complementares (PIC) 
O campo das práticas integrativas e complementares 
contempla sistemas médicos complexos e recursos 
terapêuticos, os quais são também denominados, pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS), medicina 
tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA). Tais 
sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam 
estimular os mecanismos naturais de prevenção de 
agravos e recuperação da saúde por meio de 
tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta 
acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e 
na integração do ser humano com o meio ambiente e a 
sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas 
abordagens abrangidas nesse campo são a visão 
ampliada do processo saúde-doença e a promoção 
global do cuidado humano, especialmente do 
autocuidado.
as pICs foram entendidas como parte de uma racionalidade médica, um instrumento ou um 
método que, com certa frequência, é utilizado isoladamente. Você já deve ter ouvido falar de 
várias PICs, como acupuntura, reiki, iridologia, florais e fitoterapia. 
A visão mais convencional é a biológica, que necessita se fazer comprovada, executada, testada. 
Dessa forma, houve uma resistência no mundo ocidental para que as outras racionalidades 
médicas se inserissem e fossem aceitas. Cada vez mais se encontram profissionais de saúde 
que utilizam PICs e outras racionalidades médicas como forma de ofertar um atendimento 
mais amplo, mais holístico. o mundo esquece que as terapias ditas “alternativas” são milenares 
e ancestrais ao modelo biomédico. De acordo com Luz (1997): “[...] a racionalidade médica 
esqueceu-se de que era mais do que um saber científico, isto é, de que era também a arte de 
curar sujeitos doentes, distanciando-se da sua dimensão terapêutica, na busca de investigar, 
classificar, e explicar antigas e novas, sobretudo novas, patologias através de métodos 
diagnósticos crescentes e sofisticados”.
Essa maneira unilateral e caolha de ver a saúde reflete-se no meio acadêmico pela epidemia 
de estudos e pesquisas sem relevância e aplicabilidade social; pesquisas que existem para 
comprovar o que não é necessário. 
No campo da integralidade, o paciente é um ser biopsíquico e social, que é singular, devendo 
ser ele o objetivo final e não o seu tratamento. Essa visão está presente nas racionalidades 
médicas orientais e ditas alternativas. A formação do profissional de saúde voltado para o 
paciente ao invés de para a doença é o que fará a demanda pela integralidade crescer. 
15
O profissional com visão biomédica excludente gera pacientes que demandam tratamento, 
medicação, exames e cura sem se preocupar em primeiro lugar com o diagnóstico. Da mesma 
forma, um diagnóstico centrado na doença não poderia encontrar outros recursos de tratamento 
senão os medicamentosos e químicos, posto que não se conhece o paciente, sua vida, seu meio 
social e suas crenças. 
Doutor, tô com muita dor 
nas costas.
Vou pedir uma ressonância 
pra descobrir o que é.
Na medida em que se dispõe de altas tecnologias diagnósticas acompanhadas da sedução 
tecnicista da precisão do acerto, a relação terapeuta-paciente fragiliza-se. O diagnóstico 
médico envolvia como parte importante do exame o toque físico do paciente, lógica que 
está ameaçada pela visão fragmentada da saúde. Nas medicinas alternativas, o aspecto 
psicológico do paciente é elemento importante de cura. Isso expõe a questão da eficácia 
e da resolutividade do tratamento convencional: a satisfação do paciente com relação ao 
tratamento faz parte do sucesso. 
O crescimento das práticas alternativas resulta de outra vantagem: o baixo custo tecnológico 
que apresentam, sobretudo em países que enfrentam dificuldades financeiras para organização 
e funcionamento dos seus serviços de saúde. Essas práticas envolvem o paciente/cidadão no 
processo de cura, o tornam participativo, autônomo e ator do seu processo de saúde. Essa 
lógica aproxima-se mais da visão da atenção primária à saúde, que tem como um de seus 
atributos a participação social. 
Certamente, é vantajoso que as racionalidades médicas não sejam excludentes, mas sim 
complementares entre si. O eixo biológico é fundamental, como vimos na história do conceito 
saúde, mas ele passa a ser essencial se integrado às práticas holísticas que vão otimizar a 
integralidade do cuidado e a resolutividade do atendimento à saúde.
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NÃo DEIXE DE VER...
Lembre que falar de racionalidades médicas nada tem de exclusivo aos profissionais que 
se formaram em medicina. Os profissionais que restringem sua visão de atendimento a uma 
questão biomédica estão também utilizando a racionalidade que tem este nome. 
Considerar as dimensões culturais, afetivas, psíquicas do que as pessoas comem, sentem, dor-
mem, vivem, enfim, de como a vida delas transcorre é ter uma visão ampliada de saúde..
Holismo x Individualismo
Individualismo é aquela ideologia que valoriza 
indivíduos e negligencia o social, ou subordina este social 
ao homem. A visão holística é aquela que considera o 
todo, a sociedade e seu meio. Na sociedade atual, 
vivenciamos a ideologia individualista que ignora o 
coletivo e fica centrada no indivíduo.
3.3 práticas alternativas de Saúde (paS)
Várias racionalidades médicas insistem que o cuidado com a saúde é um meio para o objetivo 
final de realização enquanto ser humano (discurso também da promoção da saúde), concebendo 
um processo de transformação e realização pessoal como trajetória individual, ainda que seja 
para religar e re-harmonizar a pessoa com o cosmo, o mundo, os outros. Esse é o objetivo do 
caminho das práticas tradicionais do yoga ou do tai chi chuan, inseridas nas racionalidades 
médicas tradicionais da índia e da China.
“É usual que essas racionalidades ofereçam práticas, valores e técnicas de promoção de 
saúde que se realizam também coletivamente em pequenos grupos e valorizam e fomentam a 
solidariedade, a troca entre os praticantes, o empoderamento comunitário. as meditações, as 
massagens e automassagens, os exercícios psicofísicos ou energéticos, se bem que voltados para 
o indivíduo, mostram repercussões positivas na sociabilidade, na construção de redes de apoio 
social, na discussão da participação social e política. Não é por acaso que profissionais do SUS 
envolvidos com atividades coletivas de tipos variados, inclusive usando técnicas complementares, 
não raro testemunham que os grupos costumam fomentar cidadãos mais atuantes e mesmo 
conselheiros locais de saúde. portanto, é no polo individual e grupal, numa perspectiva 
relacional microssocial, que as práticas complementares podem contribuir para a promoção da 
saúde.” (tesser, C.D. práticas complementares, racionalidadesmédicas e promoção da saúde: 
contribuições poucos exploradas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):1732-1742, ago, 
2009) 
Existem racionalidades médicas (ayurveda, medicina tradicional chinesa, homeopatia, etc.) e 
existem as práticas (yoga, tai chi chuan, cupuntura, meditação, reiki, acupuntura, biodança, 
automassagem, homeopatia). 
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A utilização das PAS tem mostrado resultados que vão para além do indivíduo. Estudos 
apontam que a criação de grupos que exercem estas práticas promove a autonomia individual, 
a participação social e a vinculação entre os participantes dos grupos. além disso, gera uma 
percepção positiva de saúde, em que o indivíduo deixa de se perceber como portador de uma 
doença para se enxergar como próprio instrumento de cura. Essas racionalidades e práticas 
carecem de pesquisas científicas, especialmente por terem muito ligadas a si os conhecimentos 
populares, empíricos e nem sempre verdadeiros. as políticas de fomento a estas práticas já 
existem no SUS (veremos a seguir), mas cabe aos profissionais, e sobretudo aos cidadãos, 
demandar que elas sejam ofertadas por meio da participação nos conselhos locais de saúde.
3.3.1 política Nacional de práticas Integrativas e Complementares 
(pNpIC) 
Em virtude da crescente demanda da população brasileira, por meio das conferências nacionais 
de saúde e das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) aos Estados-
Membros para formulação de políticas visando à integração de sistemas médicos complexos e 
recursos terapêuticos (também chamados de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa 
(MT/MCA) ou Práticas Integrativas e Complementares (PIC)). Aos sistemas oficiais de saúde, 
além da necessidade de normatização das experiências existentes no SUS, o Ministério da 
Saúde aprovou a política Nacional de práticas Integrativas e Complementares (pNpIC) no SuS, 
contemplando as áreas de homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, medicina tradicional 
chinesa/acupuntura, medicina antroposófica e termalismo social – crenoterapia. 
No texto da PNPIC, o Ministério da Saúde coloca sobre cada prática integrativa a sua história 
e como ela funciona.
NÃo DEIXE DE VER...
acesse aqui a pNpIC:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/pnpic 
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Síntese
 • A política nacional de práticas integrativas e complementares (pnpic) tem como objetivos:
 • Incorporar e implementar as práticas integrativas e complementares no sus, na perspectiva 
da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção 
básica, voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral em saúde.
 • Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso à pnpic, 
garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso.
 • Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e 
socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades.
 • Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento 
responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias 
de efetivação das políticas de saúde.
 • Entre suas diretrizes, destacam-se:
 • Estruturação e fortalecimento da atenção em pic no sus.
 • Desenvolvimento de estratégias de qualificação em pic para profissionais do sus, em 
conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos para educação permanente.
 • Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da pic para profissionais de saúde, 
gestores e usuários do sus, considerando as metodologias participativas e o saber popular 
e tradicional.
 • Estímulo às ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento 
integral das ações.
 • Fortalecimento da participação social.
 • Provimento do acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos na perspectiva da 
ampliação da produção pública, assegurando as especificidades da assistência farmacêutica 
nestes âmbitos na regulamentação sanitária.
 • Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos da pnpic, com qualidade e segurança 
das ações.
 • Incentivo à pesquisa em pic com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde, avaliando 
eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados.
 • Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da pic para instrumentalização 
de processos de gestão.
 • promoção de cooperação nacional e internacional das experiências da pic nos campos da 
atenção, da educação permanente e da pesquisa em saúde.
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 • Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo sistema nacional de 
vigilância sanitária.
VAMOS VER COMO FUNCIONA!
Aqui estão vídeos e notícias sobre as PICs no SUS. Na sua cidade, você já viu alguma dessas 
práticas?
Programa desenvolvido pelo grupo Estratégia Saúde da Família no bairro Jardim Sofia 
https://www.youtube.com/watch?v=4LhdUUSDiFg
arteterapia no SuS
 http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2353
o SuS das práticas Integrativas: Naturopatia
http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2361
o SuS das práticas Integrativas: Medicina tradicional Chinesa
http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2375
o SuS das práticas Integrativas: Fitoterapia
http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2372
o SuS das práticas Integrativas: Meditação
http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2356
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