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IMUNOLOGIA VETERINÁRIA IMPORTÂNCIA NA MEDICINA VETERINÁRIA Saúde Pública – Médicos veterinários são frequentemente requisitados pelos organismos internacionais, OMS (WHO) – OPAS(PAHO) – CPFA – CDC - CPANZO, OEA, para participar de atividades destinadas às soluções de problemas relacionados à saúde pública. Zoonoses – Participação em pesquisas multidisciplinares e multiprofissionais, integradas, para estudo das doenças infectocontagiosas de interesse em medicina animal e humana. Responsabilidade Técnica na Produção e Controle de Alimentos e na indústria de produtos biológicos. Base para estudos primários de inovações técnico-científicas visando aplicação na saúde animal e humana. Biotecnologia – Diagnósticos Laboratoriais, Eng. Genética, Nanobiotecnologia. BIBLIOGRAFIA LIVROS ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H Imunologia Básica - 3ª ed., Editora Elsevier ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. P.; JORDAN, S. Imunologia Celular e Molecular. 6ª ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 544p. JANEWAY,. KENNETH MURPHY, PAUL TRAVERS & MARK WALPORT Imunobiologia. 7ª ed.. Editora ArtMed ROITT, I.; BROSTOFF, J.; MALE, D. Imunologia. 6 ed., São Paulo: Manole, 2003. 481p. TIZARD, I.R. Imunologia Veterinaria - Uma Introdução. 8ª ed., São Paulo: Editora Roca, 2008. 520p. MADRUGA, C.R. ; ARAÚJO, F.R.; SOARES, C.O. Imunodiagnóstico em Medicina Veterinária. 1a Ed., Campo Grande, Embrapa, 2001. 360p. PERIÓDICOS Nature Immunology Nature Reviews in Immunology Immunity Immunology Journal of Immunology Trends in Immunology Infection and Immunity Microbes and Infection Annual Reviews of Immunology HISTÓRIA DA IMUNOLOGIA Século XII – China - VARIOLAÇÃO - Indivíduos que recuperavam de processo infeccioso ficavam resistentes. Varíola na China. 1754 – Peste Bovina – barbante embebido em secreção nasal usado em fendas podais. 1798 – Inglaterra - Edward Jenner. Varíola bovina usada nos humanos. Observou-se que produzia infecção sub-clinica nos homens e promovia a imunização. Em 1970 erradicada no mundo. – Internacionalizou o TERMO VACINAÇÃO. 1818-1865 – Semmelweis - Aceitação do conceito de doença infecciosa. Anti-sepsia em Febre puerperal - Uso de cloro Pasteur (1879 ) – Antígenos vivos atenuados – Calor(Bacillus anthracis) Raiva, secagem da medula - Tempo(Pasteurella multocida) envelhecida não provocou doença e produziu imunidade nas galinhas em desafio posterior com amostra patogênica. Daniel Elmer Salmon (1850-1914) – E.U.A - observou que antígenos mortos por aquecimento também imunizavam. Salmonella Kitasato e Von Behring (1890) - Alemanha – filtrado do bacilo do tétano protegia contra a manifestação clínica do tétano. Portanto o produto do agente também poderia proteger. APLICAÇÕES DA IMUNOLOGIA. Estudo das doenças infecciosas através de técnicas usuais de diagnósticos e de novas tecnologias baseadas na biologia molecular. Produção de vacinas através de técnicas já bem definidas e pela engenharia genética – Ex. VP1 da aftosa em plasmídeo de E.coli. e FeLV GP 70. Vacinas geneticamente modificadas (amostras deletadas) – Retira-se do antígeno o gene responsável pela replicação e não pela capacidade de indução da imunidade. Vacina viva contra Raiva - recombinante com vírus da Vaccinia ou pox vírus bovino - geneticamente modificada para carrear a proteína G do vírus da raiva que é imunogênica. Vacinas Sintéticas – produzidas a partir da identificação de epítopos de interesse e sintetizá-los através modelos computadorizados ou usando de anticorpos monoclonais. Utilização do conhecimento sobre o citoesqueleto celular e como pode atuar para ajudar funções de defesa. IMPORTANCIA DA IMUNOLOGIA PARA MEDICINA VETERINÁRIA Campo para pesquisas imensurável e fantástico. Conhecimento diferenciado entre espécies e raças, para definição de conduta de controles. Desenvolvimento de Produtos Biológicos (Antígenos, Técnicas de Diagnósticos e Vacinas). Ferramenta poderosa para o diagnóstico de diversas doenças veterinárias e humanas. (Saúde Pública) Em Medicina Veterinária, a Imunologia possibilita a profilaxia e o diagnóstico de doenças economicamente relevantes tais como a febre aftosa, raiva, IBR, brucelose, clostridioses, babesioses e várias outras. – Reflexos no PIB brasileiro. INTERAÇÕES ENTRE MICROORGANISMOS E HOSPEDEIROS O corpo animal é quente, úmido e rico em nutrientes é, portanto, um meio de cultura de alta qualidade. Tem tudo que é necessário para instalação de processos infecciosos → doenças pelos patógenos. Patogenicidade capacidade do patógeno em provocar doença. Patógenos primários são os agentes externos que têm a capacidade de provocar as doenças. Patógenos oportunistas – antígenos externos ou da flora normal que se tornam patogênicos porque houve queda de resistência do organismo permitindo a multiplicação do agente patogênico. A patogenicidade depende da virulência que é o grau ou capacidade, maior ou menor, de um patógeno provocar doença ou dano ao organismo. Fatores de virulência: Resistência às defesas do organismo. Capacidade de adesão e de multiplicação invasão enzimática e produção de doença. Adesão fímbrias(pili) – glicocálice – flagelos e produtos da parede celular – pêlos (EIEC). Cápsulas Invasão enzimática penetração em superfícies mucosas, pele e disseminação através das enzímas e outras substâncias. Hialuronidase – Destrói o ácido hialurônico presente entre as células Colagenase – Destroi o colágeno componente importante na integridade epitelial. Coagulase (Staphylococcus aureus) – Reage com a protrombina Hemolisinas – Responsável pela lise de eritrócitos e outras c Liberação de toxinas: Exotoxinas – função específica – Presente em bactérias Gram positivas Endotoxinas(LPS)– efeito genérico - Presentes na parede de bactérias Gram negativas. Infecção presença do microorganismo no organismo animal com ou sem produção de alterações patológicas. Doença desequilíbrio entre microorganismo e hospedeiro onde a virulência do agente vence as defesas do hospedeiro. Resistência Resistência inespecífica ou natural – animal não susceptível Resistência específica ou imunidade – depende da resposta Fatores de resistência: Espécie e Raças Fatores individuais Temperatura corporal. Muco, secreções, pH baixo da pele Acidez do estômago e alcalinidade dos intestinos. Mucosas + muco + lisozima que lisa a parede bacteriana Sebo – presença de ácidos graxos que são tóxicos para os patógenos Antagonismo microbiano exercido pela microbiota endógena, Inflamação. Susceptibilidade: O organismo torna-se susceptível quando perde a capacidade de resistência a ação de um patógeno. Fatores de susceptibilidade: Estresse físico Estresse emocional Idade Estado nutricional Suco gástrico – pH do estômago pH vaginal Presença ou ausência de Lactoferrina e transferrina forma quelatos com o ferro impedindo sua utilização pelos microorganismos. Diferença de temperatura corporal entre as espécies.
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