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Aula 01 Noções de Gestão de Pessoas p/ TRTs - Técnico Judiciário - Área Administrativa Professor: Carlos Xavier Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 55 AULA 01: Liderança. SUMÁRIO PÁGINA 1. Palavras iniciais. 2 2. Liderança. 3 2.1. Estilos de liderança autocrática, democrática e liberal. 9 2.2. Os quatro sistemas de liderança de Likert. 11 2.3. Teorias dos Traços. 12 2.4. Teorias Comportamentais da Liderança. 15 2.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton. 17 2.5. Teorias Contingenciais da Liderança. 19 2.5.1. Modelo de Liderança de Fiedler. 20 2.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House. 22 2.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard. 23 2.5.4. O continuum do comportamento do líder. 26 2.6. Teoria de troca entre líderes e liderados (LMX). 27 2.7. Liderança Carismática. 28 2.8. Liderança Transformacional. 29 2.9. Liderança Autêntica. 31 2.10. Liderança Servidora. 31 3. Questões comentadas. 33 4. Lista de questões. 47 5. Gabarito. 54 6. Bibliografia principal. 55 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 55 1. Palavras iniciais. Oi pessoal! A aula de hoje será focada nos vários conceitos de liderança existentes, sempre com foco no que é efetivamente pedido nos concursos públicos de tribunais Ao final da aula trouxe questões das mais diferentes bancas para você praticar! Um forte abraço e bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. 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Diferentemente do chefe, o líder é a pessoa que guia o comportamento das outras para algo além de seus próprios objetivos pessoais, fazendo com que eles queiram executar aquilo que o líder acha que deve ser feito. - E o chefe pode ser líder? R.: Sim, claro! Na verdade, espera-se que o ocupante de um cargo de chefia consiga influenciar as pessoas para que elas busquem a realização dos REMHWLYRV�RUJDQL]DFLRQDLV�FRP�³ERD�YRQWDGH´��2�SUREOHPD�p�TXH�QHP�VHPSUH� isso acontece, então muitos chefes terminam não sendo verdadeiros líderes. - E qualquer pessoa pode ser líder, independente de possuir um cargo de chefia? R.: Sim! Nos grupos informais de uma organização surgem muitos líderes, que mesmo não possuindo autoridade formal conseguem influenciar o comportamento de outras pessoas para algo além de seus próprios interesses. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 55 Podemos traçar algumas diferenças entre o chefe e o líder: Chefe/Gerente Líder Dá ordens aos subordinados Atua como facilitador das ações organizacionais Exerce o controle dos subordinados Trabalha com base em mudanças Responde aos questionamentos do funcionário Antencipa-se aos questionamentos e incentiva as pessoas Estabelece limites para os funcionários Potencializa as competências individuais no trabalho Assegura a disciplina dos funcionários Estimula a criatividade do grupo Realiza avaliação de desempenho dos funcionários Negocia ações e resultados com os membros da organização Atua com base na estrutura hierárquica da organização Atua com base nas situações que se apresentam. Administra Inova Tem visão de curto prazo Tem visão de longo prazo É uma cópia É o original Pergunta como e quanto Pergunta o que e por quê Tem visão limitada Observa os horizontes Dá as limitações Dá as origens Aceita o status quo Desafia o status quo É um bom soldado É a própria pessoa Faz certo as coisas Faz as coisas certas! Outra forma de perceber essas diferenças vem da comparação que pode ser feita entre a influência por meio da autoridade formal e da liderança. Vejamos algumas diferenças: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 55 Autoridade Formal Liderança A autoridade formal está fundamentada em leis aceitas de comum acordo que criam figuras de autoridade possuidoras de poder para comandar. A liderança está fundamentada nas crenças dos seguidores a respeito das qualidades do líder e da sua vontade de segui-lo. O seguidor obedece às leis e regras que dão o poder ao cargo com autoridade, e não a pessoa que o ocupa. O liderado segue o líder e busca a missão que o líder representa. A lei (regras) é o instrumento para possibilitar o convívio entre os membros do grupo. O líder resolve os problemas do grupo. É limitada no tempo e no espaço, tendo sua área de atuação definida por limites. É limitada apenas pelo grupo que o segue por acreditar ou precisar dele. Os limites da liderança definem a sua área de influência. A pessoa que tem autoridade formal a possui em caráter temporário. A liderança dura pelo tempo que for útil para o grupo de seguidores. Usa a força do cargo para impor obediência. O poder do líder está nos próprios liderados, não sendo necessária imposição. É um atributo singular, que deriva da lei (regras). É produto de vários fatores, não sendo qualidade pessoal singular. Devo destacar que é possível dizer que a chefia está baseada na autoridade formal que lhe é concedida por meio da aceitação da estrutura organizacional e das regras que determinam o poder de comando do chefe. Assim, comandar é fazer com que as pessoas façam o que o chefe deseja que seja feito. Enquanto isso, a liderança está mais ligada à capacidade de influenciar o comportamento dos outros para que eles realizem (com vontade!) ações que vão além dos próprios interesses individuais. Pode-se dizer que liderar é fazer com que as pessoas tenham vontade de realizar aquilo que o líder acredita que deve ser feito. Para os humanistas, a liderança pode ser vista de diferentes ângulos: 59330735711 Gestão de Pessoas paraTJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 55 1. A liderança como um fenômeno de influência interpessoal. Sob essa visão, a liderança decorre dos relacionamentos entre as pessoas, sendo resultado da influência que efetivamente se exerce em uma determinada situação para que determinados objetivos sejam realizados. Algumas coisas são fundamentais para o exercício da liderança: a. A comunicação humana, pela qual a influência é exercida; b. O controle, que representa as tentativas de influência bem sucedidas; c. O poder, que é o potencial de influência que pode ser exercido. d. A autoridade, que é o poder que se tem em virtude do cargo. É o poder legítimo. 2. A liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo. Sob essa visão, a liderança seria consequência da capacidade do líder de dar maior assistência e orientação para que os liderados alcancem seus objetivos. 3. A liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados (liderança funcional). Neste caso, o grupo de liderados perceberia no líder a capacidade de satisfazer suas necessidades, proteger seus interesses, aliviar tensões e manter o equilíbrio. Por isso, os liderados resolvem seguir o líder. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 55 4. A liderança como um processo que relaciona o líder, dos seguidores e variáveis da situação. (liderança situacional) Sob essa visão, a liderança dependeria do seguinte: x Características do líder. O líder pode adotar uma postura básica autocrática (orientada para as tarefas) ou democrática (orientada para as pessoas), surgindo variações. Há várias teorias nesse sentido, como veremos mais à diante; x Características dos liderados. Os liderados podem agir de diferentes maneiras e influenciar a liderança. Uma das classificações propõe que eles podem ser fiéis (quando seguem a liderança por razões morais, ideológicas ou de fé), ou mercenários (quando seguem os líderes em busca de alguma recompensa pela qual se interessa). x Características da tarefa (e da organização). A tarefa ou missão é o que liga o líder aos liderados. Podem existir dois tipos: a tarefa moral (trata-se de uma missão que gera apelo pelos valores, vontades, desejos, moral ... dos liderados. Há uma missão a ser cumprida com compromisso e comprometimento pelos liderados, que podem agir como fiéis); e a tarefa calculista (se refere a uma missão na qual os seguidores obedecem ao líder em troca de benefícios). x Conjuntura econômica, social e política. São os aspectos mais amplos que envolvem a tarefa e a organização como um todo. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 55 Apenas combinando-se essas características é que se chegaria à liderança. Como vimos, sob determinada ótica, as lideranças exercem, de fato, determinado tipo de poder sobre as pessoas para influenciá-las. Geralmente a ênfase é sobre um dos tipos de poder existentes, que podem ser: 1. Poder de recompensa: é o poder de dar alguma recompensa por determinado tipo de comportamento ou meta atingida, servindo como reforço; 2. Poder legítimo: é o poder inerente ao cargo ou função na estrutura organizacional; 3. Poder de coerção (coercitivo): representa a possibilidade de agir coercitivamente na aplicação de punições, visando eliminar, reduzir ou controlar comportamentos e atitudes indesejados pela organização; 4. Poder de especialização/perito/competência: quando o líder possui algum tipo de especialização para o trabalho, por meio de experiências, conhecimento, talento, etc., essa especialização serve como mecanismo de poder dentro da organização em relação aos liderados. 5. Poder de referência: é um tipo de poder que está diretamente associado ao fato de determinada pessoa (o líder) ser tido como referencia em algum assunto. É a legitimidade do conhecimento detido por uma pessoa e é também associado ao carisma pessoal do líder, afeição e respeito por suas opiniões; 6. Poder de informação: trata-se do poder que se pode exercer por deter informações que orientem processos decisórios, 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 55 escolhas e que ajudem a organização em determinadas situações. Para que haja esse poder, a informação detida pelo líder tem que ser pouco ou nada conhecida. Agora que você já entendeu o fenômeno da liderança de uma forma mais ampla, vamos partir para as teorias da liderança propriamente ditas. De forma geral, vários autores agregam as teorias de liderança em: x Teorias de traços: dão relevo aos traços que os líderes possuem naturalmente; x Teorias dos estilos de liderança: enfocam os estilos que os lideres podem adotar e que os levaria a serem líderes. x Teorias comportamentais da liderança: consideram a liderança um comportamento que pode ser aprendido. Há autores que classificam de outras formas, incluindo ainda o grupo das teorias contingenciais da liderança e destacando algumas outras teorias em separado. Para evitar confusões, o melhor é agregarmos as teorias conforme feito por autores consagrados. Vamos então estudar as teorias de liderança! 2.1. Estilos de liderança autocrática, democrática e liberal. Com base nos estudos de Kurt Lewin, da década de 1930, foi proposta a existência de três estilos de liderança distintos: a liderança autocrática, a democrática e a liberal (laissez-faire). A liderança autocrática está ligada a líderes mais autoritários no exercício da liderança. Está voltada para o líder. Pode-se dizer que ela produz mais resultados, porém a frustração dos indivíduos e sua agressividade 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 55 tendem a ser maiores. A liderança democrática se refere ao estilo que considera a opinião e participação dos liderados no processo de liderança. Esta voltada para os liderados e o líder. A liderança liberal dá grande liberdade ao grupo ± apresenta as alternativas para o grupo mas cabe a eles tomar decisões. O líder só participa quando solicitado pelo grupo. Trata-se de uma liderança voltada para os liderados. Vejamos uma tabela organizada com base nas características de cada um desses tipos de liderança: Liderança Autocrática Liderança Democrática Liderança Liberal (laissez-faire) Tomada de decisões O líder toma decisões sozinho, sem a participação do grupo. As decisões são coordenadas pelo líder em conjunto com o grupo. O grupo toma suas próprias decisões, com mínima intervenção do líder. Programação dos trabalhos O líder dá ordens e determina providências para a realização das tarefas, sem explicar ao grupo. Aconselha e dá orientação para que o grupo possa desenvolver objetivos e ações. As tarefas ganham perspectiva atravésde debates. A participação do líder na programação dos trabalhos é limitada. Informações e orientação são dadas quando solicitadas pelo grupo. Divisão do trabalho O líder realiza a divisão do trabalho, indicando, a cada um, o que deve ser feito e com quem. O grupo é responsável por decidir sobre a divisão das tarefas. Cada membro da equipe tem liberdade para escolher seus colegas. O líder não participa do processo. O próprio grupo é quem divide as tarefas e escolhe os colegas. Comportamento do líder Adota uma postura dominadora e pessoal nos elogios e críticas aos liderados. O líder adota uma postura objetiva, limitada aos fatos, no que diz respeito a críticas e elogios. O líder só comenta sobre as atividades quando solicitado pelo grupo. Fonte: Elaborado pelo autor com base em Chiavenato (2007) 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 55 2.2. Os quatro sistemas de liderança de Likert. Outra visão sobre o comportamento dos líderes é a dada por Likert. Para ele, a organização pode adotar diferentes estilos de liderança em relação aos seus subordinados. Neste sentido, os sistemas organizacionais podem ser quatro: x Sistema I - Autoritário-coercitivo: os líderes são autocráticos, muito arbitrários e organizam e controlam tudo que acontece na organização. O processo decisório é bastante centralizado e as comunicações são fortemente verticais e descendentes. As relações interpessoais podem gerar desconfiança e a organização informal chega a ser indesejada. O foco do líder está nas punições e medidas disciplinares como forma de controlar o desempenho, e não em recompensas, que são raras. x Sistema II ± Autoritário-benevolente: os líderes são autoritários e impositivos, mas atuam de forma menos rígida do que no sistema autoritário-coercitivo. Neste caso, a decisão ainda é concentrada, mas já há delegação das tarefas mais simples. As comunicações funcionam um pouco melhor do que no sistema I, mas ainda são precárias. As relações interpessoais são toleradas, mas a existência de uma organização informal é tida como uma ameaça à organização formal. As recompensas salariais começam a aparecer, mas as recompensas sociais são raras. Além disso, as punições e medidas disciplinares são utilizadas com menor frequência e intensidade do que no sistema I. x Sistema III ± Consultivo: neste estilo, há menos arbitrariedades do que nos anteriores, pois as pessoas da organização são ouvidas pela liderança. Na tomada de decisão, 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 55 a liderança consulta a opinião de sua equipe e realiza delegação em alguns casos. As comunicações fluem ainda melhor, tanto verticalmente quanto horizontalmente. As pessoas recebem mais confiança e os relacionamentos que geram uma organização informal eficaz são estimulados. As punições aos FRPSRUWDPHQWRV�³HUUDGRV´�GHL[DP�GH�VHU�R�IRFR��e�GDGD�JUDQGH� ênfase às recompensas materiais, havendo também certo nível de recompensas sociais. x Sistema IV ± Participativo: trata-se de um sistema organizacional com estilo democrático. Nesse estilo, a liderança enfoca o controle dos resultados, definindo políticas e objetivos e deixando as demais decisões para serem resolvidas de forma descentralizada. Trabalhando de forma mais orgânica, as comunicações são centrais para o sucesso, sendo a base para o compartilhamento de informações. O trabalho é realizado em equipe e a existência de uma organização informal se torna muito positiva para o bom funcionamento da organização. Ao recompensar sua equipe, os gestores dão ênfase às recompensas sociais, mas também oferecem recompensas materiais com certa frequência. As punições são raras e, para que ocorram, a opinião do grupo é fundamental. 2.3. Teorias dos Traços. A Teoria dos Traços diz que os lideres possuem traços que os ajuda a exercer a liderança. Ela tenta explicar o que destaca os grandes líderes, como Napoleão Bonaparte, Moisés, Jesus Cristo, etc., do resto da população. Neste sentido, a premissa central é que certos traços se relacionam ao sucesso de uma pessoa enquanto líder. Assim, as pessoas detentoras dos 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 55 traços corretos poderiam ser identificadas pelas organizações e selecionados para serem lideres. De qualquer forma, diferentes autores argumentam estruturas diferentes para a Teoria dos Traços. Bryman (1992, apud Limongi-França e Arellano, 2002) cita a existência de três grandes tipos de traço: x Fatores físicos: que tem relação com as características físicas do indivíduo, como peso, altura, aparência, etc. Esses aspectos marcam as pessoas de formas distintas. Pessoas altas e com voz firme são percebidas de forma diferente do que pessoas mais baixas e com vozes mais fracas. x Habilidades: as habilidades que cada um possui, como sua inteligência, fluência ao falar, nível de escolaridade, conhecimentos específicos e formas de aplicá-los, etc. x Aspectos da personalidade: aqui se encontram questões como a forma de agir, a extroversão, a autoconfiança, a sensibilidade pessoal e o controle emocional. Outra classificação é proposta por Robbins et al (2010). Esses autores acredita que o foco da teoria dos traços está sobre os traços de personalidade, que são os últimos apresentados na lista anterior. Esses autores propõem que os traços de personalidade podem ser apoiados no modelo de personalidade dos cinco fatores (Big Five), apresentado a seguir: x Extroversão: é a dimensão que se refere ao nível de conforto de uma pessoa com seus relacionamentos. Quanto mais confortáveis, mais extrovertidos. As pessoas extrovertidas costumam ser mais agregadoras, assertivas e sociáveis do que as introvertidas. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 55 x Amabilidade: trata-se de uma dimensão que se refere à propensão que um indivíduo tem de aceitar as ideias dos outros. Pessoas amáveis costumam ser mais cooperativas, receptivas e confiáveis do que as pessoas pouco amáveis, que são mais frias, desagradáveis e geradoras de conflitos. x Conscienciosidade: é o nível de confiabilidade das ações que uma pessoa toma. Alguém consciencioso é persistente e responsável quando vai realizar determinada tarefa, ao contrário dos que não possuem essa característica, que são distraídos, desorganizados e pouco confiáveis quanto à sua realização. x Estabilidade emocional: é uma dimensão ligada ao quão calmas, autoconfiantes e seguras as pessoas são. O oposto disso seria o nervosismo, a depressão e insegurança. x Abertura para experiências: trata-se de uma dimensão que se refere ao interesse de um individuo por novidades. As pessoas mais abertas costumam ser mais criativas e curiosas do que as pouco abertas, que tendem a ser convencionais e conservadoras. As características que parecem termaior importância para o surgimento da liderança é a extroversão, pois sem ela é difícil manter um alto nível de interação entre lideres e liderados de modo que aquele influencie o comportamento destes. O enfoque dado pela teoria dos traços foi a principal forma de explicar a liderança até a década de 1950. Várias limitações dessa teoria fizeram com que ela não fosse bem aceita nos dias de hoje. Algumas limitações são as seguintes: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 55 x Não há traços universais que possam prever a liderança em todas as situações; x Os traços são melhores em prever o surgimento da liderança em situações pouco relevantes do que em situações de grande importância; x Não há claras evidências entre causa e efeito dos traços sobre a capacidade de exercício da liderança; x Os traços funcionam melhor para prever o surgimento da liderança do que para distinguir entre líderes eficazes e ineficazes. Vamos ver agora como funciona o conjunto de teorias comportamentais da liderança. 2.4. Teorias Comportamentais da Liderança. As teorias comportamentais da liderança se opõem radicalmente à teoria dos traços. Enquanto para a teoria dos traços a liderança se explica por traços inatos, para as teorias comportamentais a liderança se explica por comportamentos típicos de líderes. - E como isso coloca as duas em campos opostos? R.: Deixem que eu explique: A teoria dos traços, quando posta em prática, faria com que a organização procurasse por pessoas com traços HVSHFtILFRV�� SRLV� HODV� VHULDP� ³OtGHUHV� QDWXUDLV´�� Mi� TXH� QmR� KDYHULD� D� possibilidade de alguém aprender a liderar. Já as teorias comportamentais consideram que a liderança se explica pelos comportamentos adotados pelo líder, e não por seus traços inatos. Com isso, os comportamentos típicos de 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 55 um líder poderiam ser ensinados e aprendidos por qualquer pessoa, diferentemente do que acontecia com a Teoria dos Traços. Duas grandes correntes se destacam nas teorias comportamentais da liderança: x O pensamento da Universidade Estadual de Ohio (Ohio State University). Para essa corrente de pensamento os líderes possuem dois tipos de comportamentos: o Estrutura de iniciação: trata-se da capacidade do líder de estruturar não só o trabalho de seus subordinados, mas também o seu próprio trabalho. Líderes com alta pontuação nessa dimensão definem o padrão de desempenho dos trabalhos, delegam tarefas específicas e enfatizam o cumprimento dos prazos acordados. o Consideração: essa dimensão se refere a capacidade de uma pessoa manter relacionamentos de trabalho de mútua confiança, de respeito as ideias dos outros e respeito pelos seus sentimentos. x O pensamento da Universidade de Michigan. Assim como no caso anterior, a o grupo de pesquisadores que estudavam liderança na Universidade de Michigan propôs a existência de duas dimensões comportamentais dos lideres. Para eles os lideres poderiam adotar os seguintes comportamentos: o Liderança orientada para a produção: é o tipo de liderança que dá maior ênfase aos aspectos práticos das tarefas a serem realizadas no trabalho. O foco está em fazer com que as pessoas realizem a tarefa, mesmo que não compreendam o porquê de fazê-lo. É semelhante à 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 55 GLPHQVmR� ³HVWUXWXUD� GH� LQLFLDomR´�� GD� 8QLYHUVLGDGH� Estadual de Ohio. o Liderança orientada para as pessoas: a liderança deste tipo dá maior ênfase às relações interpessoais no trabalho, sendo pautadas pelo interesse nos funcionários e suas necessidades e na aceitação das diferenças entre as pessoas. É importante que os funcionários compreendam o significado das tarefas realizadas. É semelhante à GLPHQVmR� ³FRQVLGHUDomR´� GD� 8QLYHUVLGDGH� (VWDGXDO� GH� Ohio. 2.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton. Com base nos estudos das duas correntes teóricas da liderança comportamental, foi desenvolvida a teoria da Grade Gerencial de Blake e Mouton que buscava caracterizar o estilo de liderança adotado na organização com base em duas dimensões: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção. Vamos visualizar a Grade Gerencial de Blake e Mouton: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 55 Como vocês observaram na Grade, das várias possibilidades de gestão 5 se destacam como formas típicas de gestão/liderança: x Gestão Clube de Campo, ou country club (1,9). Trata-se da um tipo de gerencia que se preocupa muito com a necessidade das pessoas na organização em busca de relacionamentos amigáveis, mas que dá foco muito baixo à produção. x Gestão de equipes (9,9). É o estilo de liderança que leva em consideração máxima tanto as pessoas na organização quanto os trabalhos a serem realizados. x Gerencia de Organização Humana, ou gestão meio-termo (5,5). É um estilo de liderança equilibrado que busca manter a moral do pessoal elevada, ao mesmo tempo em que consegue 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 55 um nível satisfatório de desempenho, já que há uma preocupação média tanto com as pessoas quanto com a produção. x Gestão empobrecida ou enfraquecida (1,1). Trata-se do estilo de liderança que possui pouca preocupação com as pessoas e com as tarefas. É um tipo de gestão que busca o mínimo esforço para o desempenho do trabalho esperado com o menor nível de conflitos. x Obediência-Autoridade, autoridade-submissão, ou tarefa (9,1). A forma de trabalho do líder está mais ligada à produção do que a eventuais preocupações com as pessoas, de modo que o foco está na busca de mínima interferência do elemento humano sobre a produção. 2.5. Teorias Contingenciais da Liderança. As teorias contingenciais da liderança representam uma importante mudança em relação às teorias dos traços e comportamentais. Isso porque as teorias contingenciais partem do principio de que para cada situação apresentada haverá um estilo de liderança com comportamentos adequados, ao contrário das anteriores, que consideravam que traços ou características absolutas eram suficientes para caracterizar a liderança. Neste sentido, o primeiro modelo abrangente da liderança contingencial foi o modelo de Fiedler. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 55 2.5.1. Modelo de Liderança de Fiedler. Segundo o Modelo de Liderança de Fiedler, o desempenho do grupo depende não só do estilo de liderança, mas também do grau de controle proporcionado ao líder pela situação, conforme apresentadoa seguir: x Estilo do líder: o Orientado para o relacionamento: quando o foco do líder está nos relacionamentos interpessoais. o Orientado para a tarefa: quando o foco do líder está no desempenho das tarefas na organização. x Grau de controle proporcionado pela situação: o Relação líder-liderados: trata-se da avaliação de se os membros do grupo confiam, acreditam e respeitam o líder. Pode ser classificada como boa ou ruim. o Estrutura da tarefa: as tarefas e procedimentos a serem executados possuem estruturação e formalização alta ou baixa. o Poder da posição: trata-se de uma avaliação sobre o grau de poder que o líder possui em virtude de sua posição para intervir sobre os liderados por meio de demissões, contratações, ações disciplinares, etc. Pode ser forte ou fraco. Combinando-se o estilo do líder com as três variáveis contingenciais, chega-se ao modelo de contingência de Fiedler propriamente dito, que apresenta como resposta o resultado do desempenho previsto, podendo ser bom ou fraco. Apresento, a seguir, o referido modelo, conforme apresentado por Robbins et al (2010): 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 55 Fonte: Robbins et. al. (2010). Com base nessa figura, é possível perceber que, em determinadas condições, a liderança orientada para a tarefa apresentará melhores resultados do que a liderança orientada para o relacionamento, enquanto em outras será o contrário! 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 55 2.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House. A Teoria do Caminho-Meta foi desenvolvida por Robert House e é também conhecida como Teoria da Liderança em Passos Gradativos, Teoria Caminho-Objetivos, entre outros. Para ela, o líder deve esclarecer o caminho que seus seguidores deverão tomar para que possam atingir determinados objetivos do trabalho. Com isso, pretende-se reduzir obstáculos e barreiras à execução dos objetivos, aumentando a motivação dos funcionários para que eles possam atingir seus próprios objetivos e os objetivos da organização. House visualizava a existência de quatro diferentes tipos de liderança que poderiam ser praticadas pelo mesmo líder a depender de cada situação. Trata-se, deste modo, de uma perspectiva ampla e dinâmica da liderança contingencial. Os quatro tipos de liderança são: x Líder apoiador: é aquele que trata os subordinados igualmente, se preocupando com o bem-estar de seus liderados. Mostra respeito e consideração para com eles, atuando para construir um clima positivo. Gera melhor desempenho quando os funcionários realizam tarefas estruturadas. x Líder diretivo: é extremamente objetivo, usando a comunicação para dizer exatamente o que pretende. Planos e padrões são os seus objetos de trabalho e a base de seu comportamento. Leva a uma maior satisfação quando as tarefas são ambíguas e estressantes do que quando são estruturadas e planejadas. Pode ser percebida como redundante. x Líder participativo: valoriza e encoraja os subordinados a participarem da tomada de decisões. x Líder orientado para objetivos ou resultados: é o líder que prepara objetivos desafiadores e que se preocupa com o desempenho atingido, buscando os melhores resultados. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 55 2.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard. A Teoria Situacional de Hersey e Blanchard enfoca os liderados. Nesse sentido, o estilo de liderança a ser utilizado depende da maturidade dos funcionários, que pode atingir um dos quatro estágios seguintes: x Maturidade 1: as pessoas demonstram pouca capacidade e disposição para realizar as tarefas e assumir responsabilidades (motivação e capacidade baixas). x Maturidade 2: as pessoas possuem motivação para o trabalho mas não possuem as competências necessárias para realizá-lo (baixa capacidade e alta motivação). x Maturidade 3: as pessoas possuem as competências necessárias para a realização da tarefa, mas não estão motivadas para tal (alta capacidade e baixa motivação). x Maturidade 4: as pessoas possuem as competências necessárias para a realização do trabalho e desejam realizar as tarefas que lhe são passadas (alta capacidade e alta motivação). Como se vê, o foco está na prontidão dos seguidores para definir como o líder deverá agir. A prontidão é caracterizada por duas dimensões: 1) o desejo dos seguidores cumprirem determinada tarefa; 2) a capacidade dos seguidores cumprirem as tarefas. Com base nessas duas dimensões é possível elaborar a seguinte matriz a respeito de como os lideres devem agir em cada situação: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 55 Funcionários capazes Funcionários incapazes Funcionários motivados O líder não precisará fazer muita coisa, dado que os funcionários já estão motivados e são capazes de desempenhar as tarefas. O líder deverá oferecer orientação para a realização das tarefas, demonstrando apoio para conquistar o grupo. Funcionários desmotivados O líder deverá dar apoio aos funcionários e permitir sua participação, como forma de melhorar a motivação do grupo. O líder precisará dar orientações claras e específicas para cada tarefa. Em outras palavras, considerando o estágio da maturidade do grupo, o líder deverá adotar uma das formas de liderança possíveis, considerando tanto o comportamento de relacionamento (ou foco no apoio às pessoas), quanto o comportamento de tarefa (ou foco nas tarefas/produção), conforme apresentado a seguir: x Estilo 1: Narrar/Determinar/Dirigir (Alto comportamento de tarefa e baixo comportamento de relacionamento): é o estilo para grupos com a menor maturidade (M1). Nesse caso, o líder orienta claramente as tarefas a serem realizadas. x Estilo 2: Vender/Guiar/Persuadir (alto comportamento de tarefa e alto comportamento de relacionamento): Quando a maturidade está entre baixa e moderada (M2), esse é o estilo ideal. Nele, o líder, ao mesmo tempo em que convence as pessoas, apoia o seu desenvolvimento, pois elas possuem baixa capacitação; 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 55 x Tipo 3: Participar (baixo comportamento de tarefa e alto comportamento de relacionamento): é o estilo correto para a maturidade de média a alta (M3). Aqui, o papel do líder é muito mais de apoiar as pessoas, enfatizando a criação de motivação, do que de dirigi-las para a realização das tarefas, já que elas são capazes; x Tipo 4: Delegar (baixo comportamento de tarefa e baixo comportamento de relacionamento): trata-se do estilo adequado para liderar pessoas com o maior nível de maturidade (M4). Nessa condição, a maturidade dos liderados permite que eles executem os planoscom maior liberdade e menor controle, possibilitando ao líder a delegação das tarefas. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 55 2.5.4. O continuum do comportamento do líder. Essa Teoria, de Tannenbaum e Schimidt, afirma que os lideres assumem comportamentos que variam em um continuum entre dois extremos: x De um lado, a liderança é focada no administrador, que utiliza seu poder de autoridade para liderar; x De outro lado, a liderança focada nos funcionários, que recebem delegações para trabalhar livremente dentro de certos limites. Referindo-se a essa teoria, Chiavenato �������DILUPD�TXH�³FDGD�WLSR� de comportamento está relacionado com o grau de autoridade utilizado pelo líder e o grau de liberdade concedido aos subordinados na tomada de decisões, dentro de um continuum de padrões de liGHUDQoD´� Para este autor, o administrador deverá escolher seu estilo de liderança para cada um dos subordinados e para cada situação, partindo das seguintes forças: x Forças no administrador (sua personalidade e convicções); x Forças nos subordinados (sua personalidade e experiências); x Forças na situação (tipo de organização e de tarefa/missão a ser cumprida). Com base nisso, o estilo de liderança será escolhido conforme o continuum apresentado a seguir: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 55 Fonte: Chiavenato (2007) 2.6. Teoria de troca entre líderes e liderados (LMX). Quem anda lendo jornais e revistas viu a sigla pode ter pensado: - será uma Teoria do Eike Batista sobre liderança?! É que as empresas dele tem siglas assim: MMX, OGX, EBX, ... Não é pessoal! Mas você pode tentar associar com o Eike Batista para ajudar a memorizar! =) 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 55 Na verdade, essa sigla significa Leader-Member Exchange, cuja WUDGXomR� OLYUH� VHULD� ³7URFD� /tGHU-0HPEUR´�� UHSUHVHQWDQGR� DV� WURFDV� TXH� ocorrem entre o líder e os membros do seu grupo de liderados. Neste sentido, o argumento central dessa teoria é que, por conta da pressão do tempo no dia a dia, os líderes estabelecem um relacionamento mais próximo com alguns de seus liderados, constituindo um pequeno grupo de confiança, chamado de grupo de dentro. As pessoas que participam desse grupo geralmente são escolhidas inconscientemente pelo líder com base em sua competência e no fato de possuírem atitudes e características similares às do líder. Os membros desse grupo costumam receber atenção desproporcional por parte do líder e podem até receber privilégios adicionais aos que os outros recebem. Os que não participam do grupo de dentro estão no grupo de fora. Trata-se do grupo de pessoas com quem o líder costuma manter uma postura mais centrada nas interações formais de autoridade. Essa teoria tem recebido bastante respaldo em estudos recentes, confirmando que essa categorização realmente tende a acontecer. 2.7. Liderança Carismática. Segundo Robbins et. al. (2010) o primeiro pesquisador a considerar a liderança carismática e sua relação com o comportamento organizacional foi Robert House. Para essa teoria, os seguidores atribuem características heroicas ou extraordinárias quando observam determinados comportamentos de seus lideres. As características centrais para a liderança carismática são: 1. Visão do líder e articulação para tornar clara essa visão. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 55 2. Risco pessoal que o líder está disposto a tomar para atingir sua visão. 3. Sensibilidade às necessidades dos liderados. O líder percebe a capacidade dos outros e é sensível às suas necessidades e sentimentos. 4. Comportamentos não convencionais. Os líderes apresentam comportamentos que são tidos como inovadores e contra as normas vigentes. A liderança carismática é potencializada por traços inatos que o individuo possui naturalmente, mas também pode ser aprendida. Para isso, é preciso desenvolver uma aura de carisma, estar rodeado de pessoas, criando vínculos inspiradores e trazer a tona o potencial dos seguidores, mexendo com suas emoções. 2.8. Liderança Transformacional. Trata-se de um modelo de liderança que busca complementar uma visão de liderança transacional. A liderança transacional é aquela na qual o líder realiza transações com os liderados cotidianamente, com o objetivo de fazer com que cada tarefa seja realizada conforme solicitado. É através dela que os líderes esclarecem quais são os requisitos para as tarefas e os papeis a serem desempenhados, orientando e motivando seus seguidores em direção às metas. Os modelos da Universidade de Ohio, de Fiedler e a teoria do caminho-meta descrevem lideranças transacionais. A liderança transformacional�� SRU� RXWUR� ODGR�� SRVVXL� ³OLGHUHV� TXH� inspiram seus seguidores a transcenderem os próprios interesses e que são 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 55 capazes de causar um impacto profundo e extraordinário HP�VHXV� OLGHUDGRV´� (Robbins et. al., 2010). É importante entender que a liderança transacional não é o oposto da transformacional. Na verdade, a liderança transformacional é construída com base na liderança transacional, produzindo um desempenho bastante superior ao que seria conseguido apenas com essa última abordagem. Líderes transacionais e transformacionais apresentam características distintas, como pode ser observado no quadro a seguir: Liderança Transacional Liderança Transformacional x Recompensa contingente: negocia a troca de recompensas por esforço, promete recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas. x Administração por exceção (ativa): procura e observa desvios das regras e padrões, tomando as atitudes corretivas necessárias. x Administração por exceção (passiva): intervém apenas quando os padrões não são alcançados. x Laissez-faire: abdica das responsabilidades, evita tomar decisões. x Influência idealizada: oferece uma visão e o sentido da missão, estimula o orgulho, ganha respeito e confiança. x Motivação inspiracional: comunica suas altas expectativas, utiliza símbolos para focas os esforços, expressa propósitos importantes de maneira simples. x Estímulo intelectual: promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de problemas. x Consideração individualizada: dá atenção personalizada, trata cada funcionário individualmente, aconselha, orienta. Fonte: adaptado de Bass (apud Robbins et al., 2010). 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.brPágina 31 de 55 2.9. Liderança Autêntica. A teoria da liderança autêntica considera que os lideres verdadeiros agem de forma honesta e aberta perante seus liderados, conhecendo de si a ponto de saber quem são e poder agir exatamente conforme seus valores e crenças. Além disso, esse líder tem bastante consciência sobre o ambiente onde atua, sendo também confidente, esperançoso, otimista, resiliente e de ótimo caráter. Por terem elevada consciência de si próprio, do ambiente e dos outros, o líder encoraja diferentes pontos de vista e cria um ambiente de trabalho com maior colaboração, credibilidade, respeito e confiança entre os subordinados. Perceba que essa teoria considera os seguintes fundamentos da liderança: x Ética: os líderes devem ser modelos de conduta ética para os seus liderados, conhecendo profundamente a si próprios e ao ambiente. x Confiança: é o que acontece quando uma pessoa está de acordo em se tornar vulnerável a outra, tomando por base as expectativas de como a situação irá evoluir. O líder deve estimular um ambiente de confiança mútua. 2.10. Liderança Servidora. Acontece quando o OtGHU�DJH�FRPR�³VHUYR´�GRV�OLGHUDGRV. Ele favorece o trabalho dos liderados, ajudando-os sempre que necessário, removendo as barreiras e dificuldades que possam dificultar a realização do trabalho e o 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 55 serviço ao cliente. Em essência, o líder-servo, conforme proposto por James Hunter no livro O Monge e o Executivo, é aquele que trata as pessoas como gostaria de ser tratado. Para finalizar o conteúdo de hoje, vamos responder umas questões de concurso sobre os assuntos estudados! Um abraço! Prof. Carlos Xavier. www.facebook.com/professorcarlosxavier 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 55 3. Questões comentadas 1. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa/2014) A respeito das características de líderes carismáticos e transacionais, assinale a opção correta. a) Os líderes que causam forte impressão inspiradora em seus seguidores são reconhecidos como líderes transacionais. b) Os líderes religiosos são exemplos de líderes transacionais. c) Os líderes que ameaçam seus seguidores para obter o que precisam são chamados de carismáticos. d) Os heróis mitológicos são exemplos de líderes transacionais. e) Denominam-se transacionais os líderes que apelam às necessidades primárias de seus seguidores. Comentário: Vamos olhar cada uma das alternativas com cuidado: a) Os líderes que inspiram são os carismáticos, e não os transacionais. b) Líderes religiosos são exemplos de liderança carismática, e não transacional. c) a ameaça numa relação de troca pode acontecer na liderança transacional, mas não na carismática. d) Os heróis são exemplos de carisma, e não de transações. e) Certo. Eles fazem trocas com seus seguidores, baseadas em suas necessidades. GABARITO: E. 2. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa/2014) Um líder que exerce influência sobre seus subordinados, motivando-os a realizar o trabalho em função de sua autoridade em puni-los ou recomendar-lhes punição, utiliza como base de poder a a) competência. b) referência. c) coerção. d) legitimidade. e) recompensa. Comentário: O poder de punir é o coercitivo, pessoal! GABARITO: C. 3. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) A teoria da liderança transformacional baseia-se em traços de personalidade. Comentário: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 55 A liderança transformacional é aquela para a qual o líder inspira seus seguidores de modo a causar impactos profundos. É uma visão mais contemporânea, que acredita que a liderança pode ser desenvolvida. Neste caso específico, a liderança estaria ligada à comunicação, ao estímulo, à consideração, e a outros fatores, que não dependem de traços inatos da personalidade. PS.: em geral, para as questões de concurso, a liderança com base em traços de personalidade é uma ideia antiquada. A visão contemporânea é de que a liderança pode ser aprendida! GABARITO: Errado. 4. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Nas organizações, tanto as características individuais quanto as condições organizacionais referentes às interações entre líder e liderado ou supervisor e subordinado determinam o exercício do poder. Comentário: Pode-se considerar que tanto as características do líder, dos liderados, das tarefas e da conjuntura influenciam a liderança. É o que está no item avaliado, só que com outras palavras. GABARITO: Certo. 5. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Se uma pessoa exerce influência sobre outra por saber fazer o trabalho de forma exemplar, então, nesse caso, a relação de poder entre ambas baseia-se na referência que uma é para a outra. Comentário: A influência que se exerce por conta de saber fazer o trabalho de forma exemplar caracteriza o poder de especialização/de perito. O poder de referência é aquele que se dá por conta da legitimidade do conhecimento e por conta do carisma. GABARITO: Errado. 6. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Os enfoques comportamental e contingencial enfatizam os comportamentos do líder. A liderança, sob esses enfoques, relaciona-se à adoção, pelo líder, de comportamentos tidos como adequados. Comentário: As teorias comportamentais da liderança se opõem radicalmente à teoria dos traços. Enquanto para a teoria dos traços a liderança se explica por traços inatos, para as teorias comportamentais a liderança se explica por comportamentos típicos de líderes. As teorias contingenciais da liderança representam uma importante mudança em relação às teorias dos traços e comportamentais. Isso porque as teorias contingenciais partem do principio de que para cada situação 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 55 apresentada haverá um estilo de liderança com comportamentos adequados, ao contrário das anteriores, que consideravam que traços ou características absolutas eram suficientes para caracterizar a liderança. Assim, o que está previsto pelo item está correto! GABARITO: Certo. 7. (CESPE/STJ/Analista-Psicologia/2012) Teorias baseadas em traços de personalidade visam determinar as características pessoais de bons líderes. Comentário: A Teoria dos Traços diz que os lideres possuem traços que os ajuda a exercer a liderança. Ela tenta explicar o que destaca os grandes líderes, como Napoleão Bonaparte, Moisés, Jesus Cristo, etc., do resto da população. Neste sentido, a premissa central é que certos traços se relacionam ao sucesso de uma pessoa enquanto líder. Assim, as pessoas detentoras dos traços corretos poderiam ser identificadas pelas organizações e selecionados para serem lideres. É exatamente o que está dito pelo item! Vale lembrar que além dos traços de personalidade, traços físicos também são considerados para este enfoque do estudo da liderança.Além disso, para futuras questões, lembre-se que esta não é uma perspectiva aceita como correta no mundo atual! GABARITO: Certo. 8. (CESPE/TJ-ES/Analista-Administração/2011) Em qualquer situação, o estilo de liderança positiva, participativa e cordial é o mais apropriado. Comentário: De acordo com a visão situacional, o estilo de liderança decorrerá da situação enfrentada pelo líder. Não existe um único estilo adequado para todas as situações. Assim, o que está dito pelo item analisado está incorreto. GABARITO: Errado. 9. (CESPE/TRE-ES/Analista-RP/2011) Os líderes informais influenciam o ambiente de trabalho em menor grau do que os líderes formalmente designados. Comentário: Os lideres informais exercem grande influência sobre o ambiente de trabalho, muitas vezes maior até do que a influência dos lideres designados pela estrutura organizacional. GABARITO: Errado. 10. (CESPE/TRT-10/Analista Judiciário ± Administração/2013) Quando uma chefia valoriza de modo mais evidente as habilidades interpessoais de um subordinado em detrimento de sua capacidade de realização e entrega de desempenho, pode estar havendo 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 55 a predominância de um estilo de liderança que se baseia na execução de tarefas e atividades. Comentário: Vamos lá: os dois estilos típicos que a questão alude são 1) Voltado para as tarefas; 2) Voltado para o relacionamento. Quando a liderança está mais preocupada com características interpessoais dos subordinados, buscando agradá-los para que as tarefas sejam bem executadas se estará tratando da liderança baseada no relacionamento. Caso o foco seja no trabalho em si e em como desempenhá- lo, o foco será nas tarefas. Nesta questão, fala-se na valorização de aspectos interpessoais e depois se associa com a liderança voltada para a tarefa! É exatamente o contrário! A questão trata de aspectos da liderança voltada para os relacionamentos interpessoais! GABARITO: ERRADO. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Gestão de Pessoas/2008) Em um processo de redução de quadro em uma organização pública, equipes foram reestruturadas, o que levou à composição de novas equipes, com membros oriundos de áreas diferentes, tais como a de gestão de pessoas e a de gestão de recursos patrimoniais. Tendo em vista tal situação hipotética e a atuação adequada do líder de equipe, visando ao alcance dos resultados pretendidos, julgue os itens seguintes. 11. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Gestão de Pessoas/2008) O foco do líder deve estar nas tarefas que devem ser realizadas e nos processos envolvidos na realização delas, tais como motivação e competências dos membros da equipe. Comentário: Esta questão combina conhecimentos sobre liderança com a motivação dos funcionários e até mesmo o trabalho em equipe ± tendo uma ampla visão sobre o tópico. Com um Edital que mencione qualquer desses tópicos você poderia esperar uma questão como esta! Conforme a situação descrita, não há elementos claros que remetam a alguma teoria de qualquer um dos tópicos. Trata-se, na verdade, de uma interpretação mais ampla sobre todos eles em conjunto. Numa situação conforme a descrita, diferentes pessoas estarão formando uma nova equipe, que deverá ter os seus interesses comuns estabelecidos e um claro direcionamento para que a equipe possa produzir mais do que a simples soma de indivíduos. Assim, o líder deverá ter a preocupação geral de estabelecer a equipe e o senso de equipe, além de definir os objetivos a serem atingidos. No que diz respeito a um foco de liderança (mais voltado para tarefas ou relacionamentos), não há elementos específicos que indiquem uma provável resposta. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 55 Como não existem elementos que garantem que o foco deve estar nas tarefas e nos processos, a questão está errada. GABARITO: Errado. 12. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Gestão de Pessoas/2008) A atuação do líder deve buscar o comprometimento dos membros da equipe, a interdependência por meio do interesse comum e a preservação dos valores de confiança e respeito. Comentário: Esta alternativa utiliza o mesmo texto de referencia da anterior. Como o líder deverá se preocupar, ao menos nesse primeiro momento, com o estabelecimento de um senso de equipe, integração e com os objetivos da equipe, ele deverá buscar que as pessoas se comprometam, tenham confiança uma na outra, respeito, e que os trabalhos estejam integrados (interdependente). Assim, a questão está correta! GABARITO: Certo. 13. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Gestão de Pessoas/2008) Uma vez que a equipe necessita se consolidar como integrante da nova área, o estilo de liderança mais indicado é o autocrático, que permite ampla participação dos membros da equipe nas decisões. Comentário: Para que haja integração das pessoas em uma equipe, o melhor é que elas possam participar das decisões. Os estilos de liderança mais adequados seriam o liberal e o democrático. O autocrático é exatamente o oposto: é o que não permite participação dos liderados no processo decisório! Assim, a questão está errada! GABARITO: Errado. 14. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Gestão de Pessoas/2008) O líder deve observar as características dos membros de sua equipe e atuar de acordo com o nível de conhecimento e de motivação de cada um deles, entre outras variáveis. Comentário: A questão faz uma clara referência às teorias contingenciais da liderança, em especial à teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard! Para ela, o comportamento do líder deverá variar de aordo com o conhecimento e a motivação de cada um dos funcionários. Como existem outras teorias que falam em outras coisas, a banca foi HVSHUWD� H� FRORFRX� R� ³HQWUH� RXWUDV� YDULiYHLV´�� SDUD� R� FDQGLGDWR� VH� FRQIXQGLU�� Mesmo assim, a questão está certíssima! GABARITO: Certo. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 55 15. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Gestão de Pessoas/2008) Independentemente do tipo de trabalho a ser realizado pela nova equipe, uma das preocupações do líder deve ser a construção dos canais de comunicação e de relacionamento entre seus membros. Comentário: O tipo de trabalho influencia no fato do líder buscar construir canais de comunicação com os liderados? Não mesmo! Ele irá buscar construir canais de um modo ou de outro! Além disso, o tipo do trabalho influencia na preocupação do líder com o relacionamento entre os membros? Também não! Independentemente do tipo do trabalho, o líder pode buscar que o relacionamento entre os membros seja bom (o que é o padrão) ou um pouco mais instável, gerando competitividade (o que é aceito por algumas teorias sobre conflito entre as pessoas). Deste modo, questão certa! GABARITO: Certo. 16. (CESPE/TCU/Analista de Controle Externo ± Tecnologia da Informação/2009) O administrador público, buscando atuar alinhado com um estilo de liderança pautado em pressupostos de motivação propostos por Maslow, deve assegurar, como primeiro aspecto que motivará o seu subordinado, a garantia de atendimento dasnecessidades que geram o comprometimento e a satisfação do grupo no trabalho. Comentário: A teoria de Maslow diz que as pessoas irão ter comportamentos para buscar satisfazer suas necessidades, conforme uma hierarquia pré- estabelecida. A questão faz pensar: se o gerente garantir a satisfação das necessidades dos membros do grupo, eles irão trabalhar ativamente para buscar satisfazê-las? Não, pois elas já vão estar satisfeitas! A máxima é: necessidade satisfeita não motiva comportamento! GABARITO: Errado. 17. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) No Grid Gerencial, propostos por Blake e Mouton são identificados cinco estilos de liderança: country club; enfraquecido; meio- termo; tarefa e a) equipe. b) democrático. c) autoritário. d) submisso e) carismático. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 55 Comentário: Esta questão busca apenas que você se lembre dos 5 estilos de liderança típicos da Grade Gerencial de Blake e Mouton. Vamos lembrar quais são: x Gestão Clube de Campo, ou country club (1,9). x Gestão de equipes (9,9). x Gerencia de Organização Humana, ou gestão meio-termo (5,5). x Gestão empobrecida ou enfraquecida (1,1). x Obediência-Autoridade, ou tarefa (9,1). GABARITO: A. 18. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) A autoridade formal e liderança nem sempre andam e nem precisam andar juntas. A pessoa que ocupa uma posição de autoridade formal pode não ter liderança informal sobre seus colaboradores. Uma característica da autoridade formal é de que a) a liderança é produto de inúmeros fatores. b) o líder é instrumento para resolver os problemas da comunidade. c) o colaborador participa ativamente na definição das metas de trabalho. d) a liderança tem duração de utilidade do líder para o grupo de colaboradores. e) se fundamenta em leis aceitas de comum acordo, que criam figuras de autoridades dotadas do poder de comando. Comentário: A autoridade formal é aquela exercida pelas gerências das organizações, que representam estruturas formais de autoridade e são RFXSDGDV� SHORV� ³FKHIHV´�� $� OLGHUDQoD�� SRU� VXD� YH]�� p� XPD� FDSDFLGDGH� PDLV� ampla de influenciar o comportamento das pessoas para que elas façam aquilo que a organização deseja. Esse tipo de questão da FCC é melhor resolver por eliminação, já que é difícil decorar todos os conceitos que diferenciam liderança e autoridade, entre as várias outras coisas que você tem que estudar para o concurso: $V�DOWHUQDWLYDV�$��%��H�'�WHP�UHODomR�FRP�³OLGHUDQoD´��SRU�LVVR�GHYHP� ser esquecidas. A alternativa C diz que os colaboradores devem participar ativamente na elaboração de metas. Isso é verdade, mas só que num contexto mais amplo. Considerada apenas a autoridade formal, o colaborador não é necessariamente ouvido, o que torna a alternativa incorreta. A alternativa E, por sua vez, afirma que a autoridade formal está IXQGDPHQWDGD� QDV� ³OHLV´� �UHJUDV�� TXH� FULDP� DV� ILJXUDV� GH� DXWRULGDGH� TXH� SRVVXHP�SRGHU�GH�FRPDQGR��e�D�HVVrQFLD�GD�DXWRULGDGH�IRUPDO�GDV�³FKHILDV´� que está baseada na estruturação da organização. GABARITO: E. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 55 19. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) Não se deve enxergar a liderança apenas como habilidade pessoal, mas como um processo interpessoal dentro de um contexto complexo, no qual outros elementos estão presentes. A liderança não é apenas um atributo da pessoa, mas uma combinação de quatro variáveis ou elementos: as características do líder; as dos liderados; as da missão ou tarefa a ser realizada e a) a conjuntura social, econômica e política. b) os elementos imponderáveis apresentados na estrutura organizacional. c) o conjunto de regras estabelecido a ser cumprido por cada colaborador na empresa. d) os fatores socioambientais presentes na comunidade em que a empresa está instalada. e) as crenças religiosas e culturais praticadas pelos colaboradores de uma dada comunidade. Comentário: A liderança, sob uma perspectiva contingencial/situacional, pode ser considerada, segundo McGregor, uma combinação das seguintes variáveis: x Características do líder; x Características dos liderados; x Características da tarefa (e da organização); x Conjuntura econômica, social e política. GABARITO: A. 20. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) O que liga o líder aos seguidores é a existência de uma tarefa ou missão. As missões que o líder propõe ao grupo podem ser classificadas em dois tipos: moral e calculista. Na missão calculista o líder a) lança desafios e apela ao senso de responsabilidade, valores, desejos e aptidões dos seus seguidores. b) usa palavras de ordem como comprometimento, engajamento para enfatizar a importância de todos no cumprimento das metas. c) dá valor aos seguidores que se dedicam a atividades em que encontram recompensas psicológicas intrínsecas. d) atua com promessas de recompensas em troca da obediência dos seguidores. e) acredita que a recompensa que seu liderado recebe é a satisfação no cumprimento de uma dada missão. Comentário: As missões ou tarefas podem ser classificadas em moral e calculista: A tarefa moral é uma missão que gera apelo pelos valores, vontades, desejos, moral... dos liderados. Há uma missão a ser cumprida com compromisso e comprometimento pelos liderados, que podem agir como fiéis; 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 55 A tarefa calculista se refere a uma missão na qual os seguidores obedecem ao líder em troca de benefícios e recompensas pela missão, conforme está previsto na alternativa D. GABARITO: D. 21. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) O líder orientado para as pessoas tende a apresentar os seguintes comportamentos: a) enfatiza o cumprimento de prazos e busca sempre superar a concorrência para obter resultados superiores. b) esclarece as responsabilidades individuais; focaliza o trabalho do colaborador e do grupo e focaliza o cumprimento de metas. c) apoia os colaboradores; focaliza o próprio colaborador ou grupo, enfatizando as relações humanas e o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe e é amigável. d) busca sempre superar desempenhos passados; focaliza a necessidade do cumprimento dos padrões de qualidade e cria controles de supervisão sobre os trabalhos realizados por cada colaborador. e) identifica o que cada colaborador deve realizar no trabalho; atua com controles de qualidade bem estabelecidos e promove foco em resultados no grupo. Comentário: A palavra chave para a liderança orientada às pessoas é ³DSRLR´�às pessoas. De forma geral, a única alternativa que se relaciona com o apoio típico que o líder desse tipo dá aos liderados para que eles possam se desenvolver e ter boas relações interpessoais no trabalho para trabalhar de forma amigável e em equipe está na alternativa c. GABARITO: C. 22. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) Segundo Hersey e Blanchard existem quatro estilos ou formas de liderança. O Estilo 2 compreende a) alto nível de comportamentos orientados para a tarefa e baixo nível de relacionamento. b) alto nível de comportamentos orientados simultaneamente para a tarefa e relacionamento. c) baixo nível de comportamentos orientados para a tarefa e baixo nível de relacionamento. d) alto nívelde comportamentos orientados para a tarefa e alto nível de produção. e) baixo nível de comportamentos orientados para a tarefa e alto nível de relacionamento. Comentário: Questão chata, hein!? Você teria que ter decorado os estilos... Não lembra? Então volte nessa parte da aula e decore! Esse modelo é um queridinho da FCC e de outras bancas também! 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 55 Vamos rever cada um deles: x Estilo 1: Narrar/Determinar/Dirigir (Alto comportamento de tarefa e baixo comportamento de relacionamento): é o estilo para grupos com a menor maturidade (M1). Nesse caso, o líder orienta claramente as tarefas a serem realizadas. x Estilo 2: Vender/Guiar/Persuadir (alto comportamento de tarefa e alto comportamento de relacionamento): Quando a maturidade está entre baixa e moderada (M2), esse é o estilo ideal. Nele, o líder ao mesmo tempo dirige as pessoas (por terem baixa maturidade) e apoia o seu desenvolvimento, pois elas possuem baixa capacitação; x Tipo 3: Participar (baixo comportamento de tarefa e alto comportamento de relacionamento): é o estilo correto para a maturidade de média a alta (M3). Aqui, o papel do líder é muito mais de apoiar as pessoas, enfatizando a criação de motivação, do que de dirigi-las para a realização das tarefas, já que elas são capazes; x Tipo 4: Delegar (baixo comportamento de tarefa e baixo comportamento de relacionamento): trata-se do estilo adequado para liderar pessoas com o maior nível de maturidade (M4). Nessa condição, a maturidade dos liderados permite que eles executem os planos com maior liberdade e menor controle, possibilitando ao líder a delegação das tarefas. Veja que a FCC ainda tentou confundir o candidato que lembrasse que o 2� HUD� ³DOWR-DOWR´�� $� DOWHUQDWLYD� '� IDOD� HP� ³DOWR� QtYHO� GH� FRPSRUWDPHQWRV� RULHQWDGRV�SDUD�D�WDUHID�H�DOWR�QtYHO�GH�SURGXomR´��(VWi�HUUDGD� 2� JDEDULWR� p� D� DOWHUQDWLYD� %�� TXH� IDOD� HP� ³RULHQWDGRV� VLPXOWDQHDPHQWH´���� IRL� XPD� IRUPD� GH� QmR� IDODU� ³DOWR-DOWR´� SDUD� dificultar a vida do candidato! GABARITO: B. 23. (FCC/TRE-CE/Analista/2012) O modelo de liderança situacional proposto por Hersey e Blanchard considera não só o estilo do líder, mas inclui o conceito de maturidade do colaborador que é avaliada em termos do grau de a) desenvolvimento emocional e competências técnicas para fazer um bom trabalho. b) conhecimento e experiência para fazer um bom trabalho. c) capacidade e interesse para fazer um bom trabalho. d) relacionamento com pares e superiores e competências técnicas para fazer um bom trabalho. e) maturidade emocional e experiência para fazer um bom trabalho. Comentário: 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 55 Pessoal! A maturidade do colaborador é o foco da Teoria Situacional de Hesey e Blanchard, pois o estilo de liderança irá variar em função desta. A maturidade é uma função de duas variáveis: x A capacidade do liderado de realizar as tarefas; x O interesse (motivação) que o liderado possui em realizar as tarefas. GABARITO: C. 24. (FCC/TRF-1/Analista/2011) Exercer a liderança numa organização é a) colocar os funcionários para trabalharem. b) obter dos funcionários os resultados acordados e esperados. c) fazer com que os funcionários façam algo que você está convencido que deva ser feito. d) fazer com que os funcionários tenham vontade de fazer algo que você está convencido que deva ser feito. e) manter funcionários que ajam e trabalhem como funcionários. Comentário: Pode-se dizer que a chefia está baseada na autoridade formal que lhe é concedida por meio da aceitação da estrutura organizacional e das regras que determinam o poder de comando do chefe. Assim, comandar é fazer com que as pessoas façam o que o chefe deseja que seja feito. Exercer a liderança, por outro lado, está mais ligado à capacidade de influenciar o comportamento dos outros para que eles realizem (com vontade!) ações que vão além dos próprios interesses individuais. Pode-se dizer que liderar é fazer com que as pessoas tenham vontade de realizar aquilo que o líder acredita que deve ser feito. GABARITO: D. 25. (FCC/TRT-8/Analista/2010) Um líder que conduz e orienta sua equipe, incentivando a participação das pessoas e desenvolvendo comunicação espontânea, franca e cordial, é classificado como um líder com estilo de liderança a) liberal. b) autocrática. c) democrática. d) situacional. e) centralizadora. Comentário: O líder democrático é aquele que leva em consideração as opiniões de seu grupo de liderados, dando importância ao que as pessoas dizem. Nesse contexto, a comunicação é aberta e franca, considerando a existência de uma organização informal algo positivo. GABARITO: C 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 55 26. As teorias sobre liderança apresentadas por autores humanistas podem ser classificadas em três grupos: a) inteligência geral; interesses e atitudinais. b) contingenciais; reforço e motivacionais. c) traços de personalidade; estilos de liderança e situacionais. d) traços de caráter; contingenciais e aprendizagem. e) estilos de poder; sistêmicas e comportamentais. Comentário: Existem três grandes grupos de teorias de liderança: x Teorias de traços: dão relevo aos traços que os líderes possuem naturalmente; x Teorias de estilos de liderança: enfocam os estilos que os lideres podem adotar e que os levaria a ser líderes, ou seus comportamentos típicos. x Teorias contingenciais da liderança: consideram a liderança uma contingência (ou situação) que depende das características do líder, dos liderados, da tarefa e da conjuntura. GABARITO: C. 27. (FCC/TCE-GO/ACE/2009) Em relação à diferença entre liderança e poder. I. Os líderes não devem confundir liderança com prestígio e credibilidade, evitando a qualquer custo o uso do poder. II. O poder é a influência potencial, a liderança envolve o exercício atual do poder. A liderança não deixa de ser um fenômeno de poder. III. O poder é a capacidade de um agente em produzir determinados efeitos, sendo uma decorrência da relação social entre indivíduos, grupos ou organização em que uma das partes controla a outra. IV. O poder se define como a capacidade de forçar as pessoas a fazerem coisas apenas por respeito à posição exercida pelo líder, mesmo contra a vontade destas. V. A autoridade se define como a habilidade de levar as pessoas a fazerem o que o líder quer, mas estas entendem e aceitam suas decisões. a) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. b) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. c) Estão corretas APENAS as afirmativas I, III e V. d) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. e) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III, IV e V. Comentário: Questão mal feita, com o objetivo de se tornar superdifícil, mas terminou pecando um pouco... Vamos analisar cada um dos itens. ITEM I. O prestígio e credibilidade constituem o poder de referência. De fato, os líderes não devem confundir liderança e poder de referência. 59330735711 Gestão de Pessoas para TJAA de TRTs Curso Regular - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 01 Prof. Carlos Xavier
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