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A Química dos Agrotóxicos dhm (2)

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A Química dos Agrotóxicos
Daiane Hoffmann Mumbach
Orgânica II
Mara Elisa Fortes Braibante 
Janessa Aline Zappe
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Objetivos:
Estudo da história dos Agrotóxicos e sua relação com os conteúdos de química do Ensino Médio;
Sua utilização no meio ambiente;
Consequências para a saúde do trabalhador.
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A história dos agrotóxicos
São considerados agrotóxicos qualquer substância ou mistura de substâncias utilizadas para prevenir, destruir ou controlar qualquer praga. (p.10)
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A história dos agrotóxicos
Apesar de poucos conhecimento a respeito da natureza e das pragas que atacavam a agricultura, há relatos sobre métodos de combate as mesmas;
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Por meio de observações e experimentos baseados no método de tentativa e erro, foram identificados vários compostos químicos eficazes no combate a insetos e fungos. Não eram conhecidas ainda as fórmulas e a composição dos compostos químicos utilizados. 
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A história dos agrotóxicos
400 a.C era utilizado piretro para o combate de piolhos;
2500 a.C utilizavam enxofre no combate a insetos;
Chineses usavam compostos de arsênio para controlar insetos;
Outros métodos de controles de pragas era o uso de ervas, óleos e cinzas.
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A história dos agrotóxicos
Desenvolvimento da agricultura;
Utilização de fertilizantes em larga escala;
Uso de maquinário agrícola;
Esses fatos agravaram o problema com as pragas na agricultura na metade do século XIX.
Surgiu assim os primeiros estudos científicos sistemáticos sobre o uso de compostos químicos, visando o controle das pragas agrícolas;
Compostos inorgânicos e extratos vegetais eram utilizados nessa época.
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A história dos agrotóxicos
Foram sintetizados vários compostos a fim de controlar diferentes pragas como:
 misturas de enxofre e cal;
mistura de sulfato de cobre e cal; 
arsenito de cobre;
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A história dos agrotóxicos
No final do século XIX e inicio do século XX foram desenvolvidos inseticidas orgânicos sintéticos.
Um marco importante foi a transformação do composto inorgânico cianato de amônio em ureia.
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A história dos agrotóxicos
Os inseticidas orgânicos sintéticos começaram a ser utilizados em grande escala na década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, a fim de proteger os soldados das regiões tropicais e subtropicais da África e da Ásia, das pragas transmissoras da doença-do-sono, malária, dentre outras. 
Devido à necessidade de proteger o exército, as pesquisas de novos inseticidas foram impulsionadas, o que resultou no desenvolvimento de vários agrotóxicos que são usados ainda hoje. 
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A história dos agrotóxicos
1,1,1-tricloro-2,2-di(ρ-clorofenil) etano 
Formula estrutural do DDT
dicloro-difenil-tricloroetano
Esse inseticida foi utilizado pela primeira vez em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, para combater piolhos que infestavam tropas norte-americanas na Europa e que transmitiam uma doença chamada tifo exantemático(Branco,2003. 
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A história dos agrotóxicos
O DDT é classificado como um organoclorado, composto por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e cloro (Cl). Outros exemplos de inseticidas organoclorados desenvolvidos nessa época são aldrin, dieldrin, heptacloro e toxafeno. 
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As principais características dos organoclorados são:
insolubilidade em água;
solubilidade em líquidos apolares como éter, clorofórmio e, consequentemente, em óleos e gorduras, o que ocasiona o acúmulo do DDT no tecido adiposo dos organismos vivos; 
e alta estabilidade, pois demora muitos anos para ser degradado na natureza devido à baixa reatividade das ligações químicas presentes no composto em condições normais. 
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Houve a necessidade de serem desenvolvidos novos compostos com eficiência no controle de pragas, sendo sintetizados os organofosforados e os carbamatos. 
Os organofosforados foram desenvolvidos primeiramente nas décadas de 1930 e 1940 para serem utilizados como armas químicas durante a Segunda Guerra Mundial. 
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São compostos derivados do ácido fosfórico, que podem conter em sua estrutura átomos de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), enxofre (S), nitrogênio (N) e fósforo (P). 
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A toxicidade aguda dos inseticidas organofosforados é maior que a dos organoclorados.
O herbicida glifosato e os inseticidas malation, paration e dissulfoton são alguns exemplos de compostos organofosforados. 
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De acordo com Castro Neto et al. (2010), estudos comprovam que os agrotóxicos contaminam os alimentos, o meio ambiente e causam danos à saúde humana, sendo que “a contaminação química associada aos processos produtivos se caracteriza como um dos mais complexos problemas de saúde pública e ambiental no país” (Peres, 2009, p. 2002). 
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A crítica ao uso dos agrotóxicos causa progressivamente o aumento de procura da agricultura orgânica, que está em ascensão atualmente. 
Com início na década de 1970, hoje a agricultura orgânica ou agroecológica pode representar uma estratégia competitiva frente às grandes propriedades agroexportadoras, e é considerada uma saída para a sustentabilidade ecológica (Castro Neto et al., 2010). 
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Agrotóxicos e o ensino de química 
O termo agrotóxico inclui:
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Agrotóxicos e o ensino de química 
Elementos químicos que podem estar presentes nas formulações de agrotóxicos: 
Conferem características específicas aos agrotóxicos. 
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Agrotóxicos e o ensino de química 
Segundo Cavalcanti et al. (2010), podemos contextualizar diversos conteúdos de química do ensino médio utilizando a temática agrotóxicos. 
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Agrotóxicos, saúde e meio ambiente 
A aplicação indiscriminada de agrotóxicos afeta tanto a saúde humana quanto ecossistemas naturais (Soares e cols., 2003).
 Considerando que a capacidade de determinada substância causar morte ou algum efeito sobre os animais depende da sua concentração no corpo do indivíduo, a dose letal é expressa em miligrama da substância por quilograma da massa corporal. 
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Agrotóxicos, saúde e meio ambiente
Os agrotóxicos podem ser classificados em quatro classes de acordo com os perigos que eles podem representar para os seres humanos. 
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Agrotóxicos, saúde e meio ambiente
Quando é necessário a utilização de agrotóxicos deve-se ter muito cuidado,utilizar equipamentos de proteção individual (EPI). 
Os EPI utilizados são jaleco, calça, botas, avental, respirador, viseira, touca árabe e luvas. 
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Os agrotóxicos também podem ser classificados de acordo com sua periculosidade ambiental, em classes que variam de I a IV: 
Classe I:produtos altamente perigosos ao meio ambiente , como a maioria dos organoclorados; 
Classe II produtos muito perigosos ao meio ambiente, como o malation;
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Classe III produtos perigosos ao meio ambiente como o carbaril e o glifosato;
 
Classe IV produtos pouco perigosos ao meio ambiente , como os derivados de óleos minerais. 
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Conclusão 
A utilização de temas sociais, como os agrotóxicos, no ensino da química é um poderoso mecanismo para auxiliar no desenvolvimento da cidadania, com o incremento de valores éticos, solidariedade e compromisso social (Santos e Schnetzler, 2003). 
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Agrotóxicos é uma temática rica conceitualmente, o que permite desenvolver conceitos químicos, biológicos, ambientais, entre outros, proporcionando aos estudantes compreender sua importância, de forma a conscientizá-los sobre a necessidade de uso correto dos agrotóxicos, e também favorecer o seu desenvolvimento intelectual, despertando-lhes espírito crítico, para que, dessa forma, possam interferir nos seus cotidianos. 
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Referências
BENITE, A.M.C. e BENITE, C.R.M. O laboratório didático no ensino de química: uma experiência no ensino públicobrasileiro. Revista Iberoamericana de Educación, n. 48(2), 2009.
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