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Formação de Imagem na TC

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Formação de Imagem na Tomografia Computadorizada 
 
1- O que é Tomografia? 
A tomografia é derivada da palavra grega “Tomos”, que significa corte 
ou fatia, e “Grafos”, que significa desenhar uma imagem ou gráfico, emprega 
os mesmos princípios da radiografia convencional com o objetivo de criar uma 
representação anatômica baseada na quantidade de atenuação sofrida pela 
radiação incidente. O nome Tomografia Computadorizada (TC) deve-se ao fato 
dessa técnica ser altamente dependente de computadores para realizar os 
cálculos matemáticos relativamente complexos referentes às informações 
coletadas durante a emissão e rotação dos raios X. 
 
2- Princípios básicos da Tomografia 
Na TC, o feixe de raios X que atravessa o corpo é muito colimado e fino, 
reduzindo sobremaneira a produção de raios secundários que degradariam a 
imagem. Dessa forma, a quantidade de radiação absorvida por cada porção 
da secção analisada é traduzida numa escala de cinza, produzindo uma 
imagem. 
 Após sofrer atenuação pela passagem por estruturas do corpo, os raios 
x são captados por detectores de cintilação, sendo este movimento repetido 
continuamente por 180º a 360º, até que milhares de medidas de transmissão 
fiquem armazenadas para que seja formada a imagem por computação. 
 Essas imagens são obtidas isoladamente e reconstituídas em grupo nos 
planos axial, sagital e coronal. 
 
3- O que compõe o aparelho de Tomografia? 
Gantry: 
 O gantry é o corpo do aparelho e contém: 
• Tubo de Raios-X “Performix” 
• Conjunto de Detectores 
• DAS ( Data Aquisition System) 
• OBC ( On- board Computer) 
• STC ( Stationary Computer) 
• Transformador de Anodo 
• Transformador do Catodo 
• Transformador do filamento 
• Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry 
• Painel indentificador do posicionamento da mesa e do gantry 
• Dispositivo LASER de posicionamento 
• Motor para rotação do tubo 
• Motor para angulação do gantry 
 
Mesa de exame 
• A mesa de exames é do tipo elevador, assumindo a posição mais baixa à cerca 
de 38 cm do solo, podendo alcançar um altura de 93 cm. 
• Está dimensionada para suportar pacientes com até 180 Kg, mantendo-se a 
eficácia de precisão nos deslocamentos; 
• Possui suporte para exames de crânio e extensão de prolongamento, utilizada 
principalmente nos exames de abdome e membros inferiores e, nos pacientes 
que são posicionados com os pés entrando primeiro (Feet First). 
 
Mesa de comando 
• Constituída por dois monitores 
• Um teclado alfa numérico com funções específicas para “start” dos “scans “ 
• Dispositivos para movimentos da mesa de exames e de comunicação com o 
paciente 
• Um dos monitores é responsável pelas funções de aquisição das imagens (no 
decorrer do exame é possível acessar a página do planejamento onde se 
permite alterar qualquer parâmetro de uma imagem que ainda não tenha sido 
adquirira ou, apenas observar tecnicamente as imagens que já foram 
realizadas). 
• O segundo monitor está destinado basicamente à visualização dos estudos e 
ao pós-processamento das imagens. 
 
 
 
Computador – Image Generator 
Image Generator” é um conjunto de dispositivos computadorizados localizados 
junto da mesa de comando que tem por finalidade a reconstrução das imagens 
adquiridas e recebidas do DAS e, em seguira, envia-las para o monitor. 
4- Formação da imagem 
Os fótons são coletados por um cristal cintilador ou uma fotomultiplicadora que 
convertem a energia incidente em corrente elétrica, proporcional à energia dos fótons 
de raio x incidentes. Nela, um segmento do paciente, por exemplo, 10mm de 
espessura, é separado, eliminando-se a superposição de estruturas. 
 O segmento é definido por uma faixa de raios x, produzida por um feixe fino 
girando em torno do paciente. 
 O segmento é subdividido em uma matriz de 512x512 elementos volume 
(voxels), cada um tipicamente de 0,5x0,5x1,0 mm. A imagem é reconstruída por um 
computador com a matriz correspondente de 512x512 pixels. 
 O brilho, ou escala de cinza, de cada pixel da imagem representa o coeficiente 
de atenuação linear média do tecido do voxel correspondente. 
Um tubo com feixe fino e altamente colimado gira em torno do paciente e, após 
interação com os diferentes tecidos do corpo é captado por detectores de cintilação 
que se situam em oposição ao feixe. Cada pulso de Rx dura de 2 a 3 ms, completando 
uma volta em cerca de 1 segundo. 
Cada vez que o tubo emite um pulso, cada detector mede o logaritimo da 
intensidade que recebe. Esse valor representa a soma de todos os números TC 
(unidades Hounsfield) dos voxels atravessados pelos raios, completando uma 
projeção. Cada é atravessado pelo feixe em diferentes direções durante a rotação do 
anel. O número TC de cada voxel está, portanto, representando várias somas. 
Esses dados são armazenados e podem ser reproduzidos em películas 
radiográficas, papel ou cd. 
 
 
 
5- Janelas na Tomografia 
Como o olho humano não pode distinguir os milhares de coeficientes 
existentes, é utilizada a técnica das janelas para visualizar somente os valores de uma 
certa faixa de Unidades Hounsfield (UH). 
Imagens estudadas com janelas estreitas são mais contrastadas e apresentam 
menor escala de cinza, ao passo que janelas largas favorecem maior escala de cinza 
e pouco contraste. 
A importância de se fazer um janelamento adequado reside no aumento da 
possibilidade de se detectarem pequenas diferenças de absorção tissular que 
implicam condições patológicas. 
 
6- Indicações e limitações 
A tomografia computadorizada complementa outras técnicas de diagnóstico 
por imagem como a radiografia convencional e o ultrassom, mas não as substitui, 
sendo essencial em todos os casos que a tomografia computadorizada seja 
precedida por estes exames. A tomografia computadorizada vem sendo indicada 
na avaliação de diversas condições clínicas, tanto no seu diagnóstico quanto na 
determinação do prognóstico, além de auxiliar na avaliação pré-cirúrgica e pós-
cirúrgica das mesmas. Entre as principais indicações da tomografia 
computadorizada estão: 
• Afecções da cavidade nasal e seios paranasais; 
• Alterações de bula timpânica e canal auricular; 
• Neoplasias cerebrais; 
• Trauma craniano e fraturas; 
• Neoformações no sistema musculoesquelético (tumores ósseos); 
• Fragmentação do processo coronóides do cotovelo; 
• Degeneração ou hérnia de disco intervertebral; 
• Neoplasias pulmonares e do mediastino; 
• doenças pulmonares; 
• Ureteres ectópicos; 
• Massas abdominais. 
Limitações 
• Emprego de maior quantidade de radiação ionizante (grávidas não podem 
realizar o exame); 
• Ainda precisa de contraste iodado para diferenciar vasos e alças intestinais, o 
que não é indicado para pessoas que têm algum tipo de alergia. 
• É um exame muito caro.

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