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Freud médico neurologista criador da psicanálise. O texto estudos sobre Histeria, escrito entre 1893 e 1895 constituiu o primeiro texto freudiano de cunho psicanalítico. Final do século XIX a Europa é varrida por uma epidemia: a grande maioria das mulheres de diferentes classes sociais apresentavam uma série de estranhos sintomas: Convulsões que simulam epilepsia Falas delirantes Paralisia em regiões do corpo sem explicação Alterações de sensibilidade da fala Situações de nudismo Alterações de visões, entre outros. Freud, a partir do atendimento dessas mulheres, esboçou uma teoria do inconsciente e construiu o que seria a psicanalise. Freud e Breuer argumentaram que os histéricos sofrem por haverem sufocado a memória dos eventos que originaram a doença. É preciso então trazer a luz esses traumas por meio da hipnose – não funcionava – associação livre. Descartes elaborou um entendimento inicial gerando um conceito de loucura. Para ele loucura e pensamento eram dois termos que podiam ser definidos por exclusão. Pensamento pode ser regulado pela razão, a loucura não. O homem fica louco, o pensamento não. Ficar louco = perda da racionalidade. Louco = animal. Foucault diz que a loucura é uma produção do século XVIII, principalmente de duas series: asilar e médica. A loucura propriamente dita não existe, significa entender que o conceito de loucura foi fabricado e sua grande fabrica foi o hospital. Para Focault a produção da loucura acabou criando um conjunto de práticas de dominação e controle. Não funcionava no sentido de encontrar alguma razão que explicasse porque o homem enlouquecia e sim apontar quem é louco e quem não. Segundo Charcot: apesar da ausência de um referencial anatômico, a histeria apresenta uma sintomatologia bem definida, obedecendo a regras precisas. Objetivo de inclui-la no campo das doenças neurológicas e livrar os histéricos de serem identificados como loucos. Ponto enfatizado: que a histeria era tanto masculina quanto feminina. Para superar esse impasse Charcot elaborou a teoria do trauma, conduzindo uma terapêutica hipnótica idêntica ao desempenhado na situação traumática. O trauma em questão não é de ordem física, obrigava o paciente a relatar sua história O que não esperava era que dessas narrativas surgissem sistematicamente histórias cujo componente sexual desempenhasse um papel preponderante. Histeria e sexualidade – pacto recusado para Charcot – Ponto de partida para Freud. O entendimento do sofrimento por meio do trauma poderia eliminar o sintoma, mas não remover a causa. Freud tenta encontrar uma solução que empregasse o método elaborado por Breuer, que consistia em fazer o paciente remontar, sob efeito hipnótico, a pré-história psíquica da doença. O paciente sob hipnose era conduzido por sugestão ao seu passado, com a intenção de que ele próprio encontrasse o fato traumático e sob ab-reação liberasse a carga de afeto. Ao invés de manter-se passivo diante da torrende de fatos narrados, ele passou a empregar sugestões. DEFESA PSIQUICA Freud só teve pleno acesso ao fenômeno da defesa quando abandonou a técnica da hipnose. A hipnose tinha se tornado um obstáculo ao fenômeno que iria ser um dos pilares da psicanalise. Freud abandona a hipnose e entende que seus pacientes precisam valer-se da lembrança do fato traumático, causador do sintoma, para que se deparem com a resistência A resistência impedia que as ideias patogênicas se tornassem conscientes. A defesa aparece como uma forma de censura por parte do ego do paciente, forçando a ideia a se manter fora da consciência. O mecanismo pelo qual a carga de afeto que se encontra ligada a essa ideia, ou conjunto de ideias, será transformada em sintomas somáticos Artigo: as neuropsicoses de defesa A defesa é um termo mais amplo que designa, em sua primeira acepção, o mecanismo pelo qual o ego se protege de uma representação desagradável e ameaçadora. SEXUALIDADE Caso Anna O.: fenômeno da transferência e contratransferência Breuer termina o tratamento – ela entra em crises Componente sexual presente em todo tempo na sua relação, mas rejeitado por ambos. RECALCAMENTO Repressão, recalque e recalcamento Processo interno Entretanto, não prescinde de forma alguma dos acontecimentos externos pelos quais passa o sujeito ao longo da sua vida. A interpretação dos sonhos, momento em que o conceito de recalcamento adquire um posicionamento mais preciso por meio da distinção entre inconsciente e consciente. O sistema psíquico é dinâmico, o caminho em direção a satisfação pode acabar produzindo mais desprazer do que propriamente prazer. Condição para o recalque: é preciso que a potencia do desprazer seja maior do que o prazer da satisfação. O recalque esta a serviço da satisfação pulsional e não contra ela. O recalque não elimina progressivamente o inconsciente, ao contrário, o constitui. Esse inconsciente constituído pelo recalque continua insistindo no sentido de possibilitar uma satisfação da pulsão. Ao mesmo tempo um mecanismo do sistema pré-consciente – consciente contra os efeitos do inconsciente, bem como mecanismo de divisão do aparato psíquico em inconsciente e pre consciente e consciente. 3 templos do recalque: recalque originário ou primário, recalque secundário, recalque propriamente dito. RECALQUE = operação pela qual o individuo procura repelir ou manter inconsciente representações ligadas a uma pulsão. Pagina 29
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