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AULA 1. ADAPTAÇÕES CELULARES

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PATOLOGIA 
ADAPTAÇÕES DO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
As adaptações são alterações reversíveis em tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou funções 
das células, em resposta a alterações do seu ambiente. Tais adaptações podem assumir várias formas 
distintas. 
Uma adaptação ao estresse pode progredir para lesão celular funcionalmente significativa, se o estresse 
não for aliviado. 
 
 
HIPERTROFIA 
A hipertrofia é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. O 
órgão hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores. O tamanho aumentado das células é 
devido à síntese de mais componentes estruturais das células. Células capazes de divisão podem 
responder ao estresse submetendo-se a ambas, hiperplasia e hipertrofia, enquanto em células que não se 
dividem (p. ex., fibras miocárdicas) o aumento da massa tecidual é devido à hipertrofia. Em muitos órgãos, 
hipertrofia e hiperplasia coexistem, contribuindo para o aumento do tamanho. 
**Não há processo mitótico. 
 
O estímulo mais comum para a hipertrofia do músculo é o aumento da carga de trabalho. Por exemplo, os 
músculos definidos dos fisiculturistas envolvidos em “fisioculturismo” resultam do aumento do tamanho das 
fibras musculares individuais, em resposta ao aumento da demanda. 
 
Mecanismos da Hipertrofia 
Hipertrofia é o resultado do aumento de produção das proteínas celulares e organelas. 
 
Como a célula aumenta de volume? 
- Como resultado imediato ao esforço excessivo, a fibra muscular se torna permeável aos íons Ca+ que 
migram para dentro da fibra 
- O aumento da [Ca+] provoca ruptura dos filamentos proteicos que compõe as fibras musculares 
- A reconstituição dos filamentos das fibras é sempre maior que os danos e assim ocorre um aumento da 
massa muscular. A reconstrução é estimulada pelos homonios anabólicos presentes naturalmente no 
organismo (testosterona, insulina, GH). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERPLASIA 
Hiperplasia é um aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando geralmente em 
aumento da massa de um órgão ou tecido. Embora hiperplasia e hipertrofia sejam processos diferentes, 
frequentemente elas ocorrem juntas e podem ser induzidas pelos mesmos estímulos externos. A hiperplasia 
ocorre se uma população celular é capaz de se dividir, aumentando, portanto, o número de células. 
**Células sintetizam DNA, realizando mitose 
 
A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica: 
Fisiológica: 
1. hiperplasia hormonal, que aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário e 
2. hiperplasia compensatória, que aumenta a massa de tecido após lesão ou ressecção parcial. 
 
Patológica: 
A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por excesso de hormônios ou fatores de 
crescimento atuando em células-alvo. A hiperplasia endometrial é um exemplo de hiperplasia anormal 
induzida por hormônio. Normalmente, após um período menstrual, há um surto rápido de atividade 
proliferativa no epitélio que é estimulado por hormônios hipofisários e por estrogênio ovariano. 
 
A hiperplasia é uma resposta característica a certas infecções virais, como os papilomavírus, que causam 
verrugas cutâneas e várias lesões de mucosa compostas por massas de epitélio hiperplásico. Nesses 
locais, fatores de crescimento produzidos por genes virais ou por células infectadas podem estimular a 
proliferação celular. 
 
Mecanismo da hiperplasia: 
A hiperplasia é o resultado da proliferação de células maduras induzida por fatores de crescimento e, em 
alguns casos, pelo surgimento elevado de novas células a partir de células-tronco teciduais. 
Essas alterações ativam genes, incluindo os que codificam fatores de crescimento que regulam ciclo celular 
resultando na proliferação celular. 
- O aumento do volume tecidual após alguns tipos de perda celular ocorre tanto através da proliferação das 
células remanescentes como também pelo desenvolvimento de novas células a partir das células tronco. 
 
Características: 
- presença de um número aumentado de células 
- aumento no volume do órgão 
- desorganização do tecido 
 
 
 
*hiperplasia epitelial focal 
 
 
*Hiperplasia glandular cística do endométrio 
 
 
ATROFIA 
Diminuição do tamanho da célula pela perda de substância celular. Deve ser enfatizado que embora estas 
células tenham sua função diminuída elas não estão mortas. 
1. Atrofias fisiológicas: Redução do volume de órgãos pelo processo normal de envelhecimento. 
Ex. timo e órgãos linfóides na puberdade; útero e mamas na menopausa. 
 
2. Atrofias patológicas: Redução do volume de órgãos além do limite normal de variabilidade. 
 * Atrofia por inanição. Ex: No jejum prolongado ou na desnutrição crônica, o primeiro tecido a 
atrofiar-se é o adiposo. Segue-se musculatura esquelética, tecido linfóide, pele, glândulas. Os mais 
resistentes são os pulmões, coração e cérebro. 
*Atrofia por desuso. Ex: musculatura esquelética imobilizada por gesso, ou desnervada. A atrofia 
dita neurogênica entra nesta categoria. 
* Atrofia vascular por diminuição da circulação local. Ex: hipotrofia de um rim por redução da luz da 
artéria renal por uma placa de ateroma. Hialinização dos glomérulos renais na arteriolosclerose. 
Atrofia cerebral na aterosclerose. (Não deixa de ser uma forma de atrofia por inanição). 
* Atrofia endócrina (falta de fatores hormonais estimulantes). Ex. atrofia da tiróide, supra-renais e 
gônadas após lesões da hipófise, ex, tumores. 
* Atrofia por compressão. Ex. tumores, cistos, aneurismas comprimem a microcirculação de um 
órgão, diminuindo a oxigenação e nutrição celulares. Ex: rim na hidronefrose. (Não deixa de ser uma 
forma de atrofia de causa vascular). 
 
 
 
METAPLASIA 
Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) 
é substituído por outro tipo celular. Ela representa uma substituição adaptativa de células sensíveis ao 
estresse por tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil. 
**É uma mudança indesejada do organismo 
Além disso, as influências que predispõem à metaplasia, se persistirem, podem iniciar a transformação 
maligna no epitélio metaplásico. Assim, uma forma comum de câncer no trato respiratório é composta por 
células escamosas que surgem em áreas de metaplasia do epitélio colunar normal para epitélio escamoso. 
 
Mecanismo 
A metaplasia não resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo celular já diferenciado. Em vez disso, ela 
é resultado de uma reprogramação de células-tronco que sabidamente existem em tecidos normais ou de 
células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. Em uma alteração metaplásica, essas 
células precursoras diferenciam-se ao longo de uma nova via. A diferenciação de células-tronco para uma 
linhagem em particular é causada por sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes 
da matriz extracelular no ambiente das células.

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