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Apostila Anatomia e Fisiologia

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3 
 
 
Curso: Técnico em Enfermagem 
Módulo I – Introdutório 
Município: Nova Venécia ES 
 
PLANO DE ENSINO 
PROFESSOR (A) 
DISCIPLINA Anatomia e Fisiologia 
CARGA HORÁRIA 80 horas 
SEMESTRE / ANO 1/2018 
MÓDULO I 
DATA 05/02/2018 `a 05/07/2018 
 
EMENTA 
 
História da anatomia e conceitos. Posição anatômica. Termos em anatomia. Sistema ósseo e principais ossos 
do corpo humano. Sistema articular e principais articulações e ligamentos. Sistema muscular. Sistema e 
órgãos humanos quanto a sua respectiva localização, forma e função (sistema circulatório, digestório, 
nervoso, respiratório e reprodutor). 
 
OBJETIVOS 
 
GERAL 
• Capacitar o estudante a entender e interpretar os princípios históricos, técnicos e humanos que 
orientam a prática de enfermagem, para que possa executar técnicas e ações, com segurança, a fim 
de promover e recuperar a saúde, prevenindo problemas e complicações. Compreender os aspectos 
e problemas relacionados à situação de hospitalização e prevenção de situações de risco para o 
paciente e para sua pratica. Normas de biossegurança em saúde. 
 
ESPECÍFICOS 
• Identificar os elementos anatômicos dos Sistemas Tegumentar, Muscular, Ósseo, Articular, 
Circulatório, Respiratório, Digestivo, Renal, Reprodutor Masculino, Reprodutor Feminino, 
Endócrino, Nervoso e Órgãos dos Sentidos. 
• Demonstrar a morfologia, disposição e inter-relação das estruturas Tegumentares, Musculares, 
Ósseas, Articulares, Circulatórias, Respiratório, Digestivo, Renal, Reprodutor Masculino, 
Reprodutor Feminino, Endócrino, Nervoso e Órgãos dos Sentidos. Empregar corretamente a 
Nomenclatura – Nomina Anatômica.. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
• Introdução ao corpo humano: Definição de Anatomia; Variação Anatômica e Normal; Planos de 
Delimitação e Secção do Corpo Humano; Nomenclatura Anatômica. 
• Sistema Ósseo: classificação dos ossos; Substancia óssea; medula óssea; esqueleto axial; Esqueleto 
Apendicular; Ossos do Crânio; Cintura Escapular; Cintura Pélvica; Coluna Vertebral; Ossos da 
Pelve; Membro Superior e Inferior. 
• Sistema Articular: Junturas e Ligamentos; Discos e Meniscos; Classificação das Articulações: 
Fibrosa, Cartilaginosa e Sinovial; Movimento Articular; Fatores que afetam o contato e a amplitude 
dos movimentos. 
 4 
• Sistema Muscular: identificação e Classificação dos Músculos; Fáscias; Origem e Inserção dos 
Músculos; 
• Mecânica Muscular; Classificação Funcional dos Músculos; Musculatura Abdominal. 
• Sistema Circulatório: Angiologia (estudo dos vasos sanguíneos e linfáticos); O Coração: Situação e 
Forma; 
• Morfologia Interna; Vasos da Base; Pericárdio; Circulação Sanguinea; Automatismo Cardíaco; 
Circulação; Pulmonar; Circulação Sistêmica; Sistema Linfático: Baço e Timo. 
• Sistema Respiratório: Trato Respiratório Superior: Cavidade Nasal e Seios Paranasais, Faringe, 
Laringe; Trato 
• Respiratório Inferior: Traqueia, Pleuras, Pulmão (ápice, base, lobos, segmentos, broncopulmonares 
– brônquios 
 
 METODOLOGIA 
 
As atividades serão desenvolvidas em 4 momentos, com os seguintes procedimentos: 
• Exposição temática dos assuntos; 
• Estudos dirigidos ao final das exposições temáticas, com o objetivo de fixação do assunto 
abordado; 
• Aulas em laboratório para treinamento prático; 
• Estágio Curricular Supervisionado em Fundamentos de Enfermagem I. 
 
AVALIAÇÃO 
 
A avaliação do aluno será composta de: 
• 2 provas teóricas no valor de 30 pontos cada; 
• Prova Prática em Laboratório no valor de 10 pontos; 
• Soma dos valores obtidos nos estudos dirigidos, com pontuação máxima igual a 10. A média final 
será composta pela soma das pontuações obtidas dividida por 2. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
• DANGELO, J. G.; FANTINI, C. A. Anatomia básica dos sistemas orgânicos. Rio de Janeiro: 
Atheneu, 2006. 
• DANGELO, J. G.; FANTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e tegumentar. Rio de Janeiro: 
Atheneu, 2007. 
• MACHADI, A. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1993. 
• MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007. 
• NETTER, FRANK. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 
• PUTZ, Reinhard. Atlas de anatomia humana. Sobotta: Cabeça, pescoço e extremidade. Vol. 1. Rio 
de Janeiro: 
• Guanabara Koogan, 2006. 
• ROHEN, Johannes. W.; DECOLL, Lutjen; YOKOCHI, Chihiro. Anatomia humana: Atlas 
fotografico de anatomia sistêmica e regional. 4 ed. São Paulo: Manole, 2007 
 
 
Ulysses Maria Pereira Silva 
Coordenação Pedagógica ETEC 
 
Luiz Eduardo Novais 
Diretor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 O CORPO HUMANO 
O corpo humano é constituído de: cabeça formada por crânio e face; um tronco, 
onde se encontram o pescoço, o tórax e o abdome; dois membros superiores, 
que são os braços e as mãos e, finalmente, dois membros inferiores, 
representados pelas pernas e pés. 
Embora pareça simples, na sua prática profissional você deverá descrever e 
localizar algo no corpo de alguém. Para isso, será necessário saber traçar 3 
planos para dividir o corpo humano: o sagital (A), que nos fornece a porção 
direita e esquerda do corpo; o transversal (B), que nos permite observar a porção 
cranial (superior ou proximal) e a caudal (inferior ou distal) do corpo; e o coronal 
(C), referente à porção anterior (ventral) e à posterior (dorsal); e (FIGURA 1). 
 
 
 Figura 1 
 
 
 6 
 
O corpo humano também é recoberto por um tecido que muda de aspecto 
conforme as especificidades dos locais. Todos os tecidos são compostos por 
células que atuam em conjunto. 
A maioria das células é composta de núcleo, citoplasma e uma membrana; porém 
elas possuem funções e formas diferentes, e sua disposição resulta em vários 
tipos de tecidos: conjuntivo, muscular, epitelial e nervoso. 
Ao agrupar células que podem formar tecidos diferentes, estes podem formar 
órgãos que interagem para desempenhar uma determinada função no organismo 
- um sistema. 
O corpo humano é constituído por vários sistemas, cada um deles executando 
tarefas distintas e que devem estar sintonizados e funcionando de forma 
integrada e harmônica, para manter a saúde do organismo. 
 
 
 2 O SISTEMA LOCOMOTOR 
O movimento do corpo depende dos ossos, cartilagens, articulações e 
músculos estriados. Todas essas estruturas formam o sistema locomotor, 
responsável tanto pela sustentação do corpos quanto pela possibilidade de 
andar, correr, pular, praticar esportes, etc. O sistema nervoso central comanda o 
sistema locomotor. 
 
 
 2.1 Ossos 
Os ossos possibilitam a firmeza, sustentação e postura do corpo humano. 
São formados por células vivas denominadas osteócitos e seu interstício é 
formado por grande quantidade de sais minerais, como fosfato e cálcio, o que 
explica sua dureza. As funções principais dos ossos são: sustentação do corpo e 
fixação do tecido muscular esquelético, proteção dos órgãos moles como, por 
exemplo, cérebro, coração e pulmões. 
Os ossos longos (ex. fêmur) são compostos externamente por uma camada 
densa e rígida, e internamente por outra camada, esponjosa, onde se localiza a 
medula óssea – a qual possui um tecido de coloração avermelhada e forma a 
maior parte das células sanguíneas. No corpo do osso, diáfise, há uma 
membrana fibrosa, o periósteo, que o reveste externamente. As extremidades, 
onde se processa o crescimento do tecido ósseo por acréscimo de camadas 
superficiais são chamadas de epífisese recobertas de cartilagem para facilitar o 
movimento. 
 7 
 
 
 
 
Há também os ossos chatos ou planos (ex: escápula) que são largos, 
compridos e finos. Esses ossos não produzem células sanguíneas e 
geralmente desempenham funções de proteção - como os ossos planos do 
crânio, que protegem o cérebro. 
Ainda há os ossos curtos, que possuem as três dimensões mais ou menos 
iguais (assemelhando-se a um cubo) e são encontrados apenas no tornozelo 
(tarso) e punho (carpo). Os ossos irregulares, que possuem diversas formas 
como aqueles da face, e os ossos sesamóides, que se desenvolvem em certos 
tendões (por exemplo, a patela) e são encontrados no cruzamento dos tendões 
com as extremidades dos ossos longos nos membros, protegem os tendões do 
desgaste excessivo e geralmente mudam o ângulo dos mesmos quando passam 
por suas inserções. 
 
 
Na prática: Ao atingirem a velhice, as pessoas passam a apresentar 
grande dificuldade de regeneração dos ossos, em vista da diminuição da 
quantidade de cálcio e teor aquoso, além da redução das fibras de 
colágeno. A osteoporose, por exemplo, é uma doença causada pela 
descalcificação dos ossos, tornando-os mais frágeis pelo envelhecimento - 
o que acontece pela diferença entre a produção e absorção de células 
ósseas. 
 2.1.1 Esqueleto Humano 
O corpo é constituído por aproximadamente 206 ossos – os quais serão 
estudados a partir da divisão do corpo em cabeça, tronco e membros 
(FIGURA 2) 
 8 
 Figura 2 
 
 
A cabeça é formada pela face e crânio. O crânio envolve o encéfalo e suas 
meninges (revestimentos), as partes proximais dos nervos cranianos e vasos 
sangüíneos. Nele situam-se os ossos frontal, parietal, temporal, esfenóide, 
etmóide e occipital, que envolvem e protegem o cérebro. 
Por sua vez, o esqueleto da face contém as órbitas (onde se encaixam os olhos), 
as cavidades do nariz, maxila e mandíbula. Na face, encontram-se os ossos 
lacrimais, zigomáticos, nasais, vômer (entre as fossas nasais), palatino, maxilar 
e mandíbula (o único osso móvel da face). 
 
 
 
 
 
No tronco estão a coluna vertebral e a caixa torácica (FIGURA 3). A coluna 
vertebral inicia-se logo abaixo do crânio e é formada por cinco regiões distintas 
(FIGURA 4). Inicialmente, localiza-se a região cervical, composta por sete 
vértebras. A primeira e a segunda vértebras, respectivamente denominadas Atlas 
e Axis, são responsáveis pela sustentação e movimentação da cabeça. A seguir, 
 9 
temos a região torácica ou dorsal, totalizando doze vértebras. Abaixo desta 
situa-se a região lombar, com cinco vértebras; logo após a região sacral, 
também com cinco vértebras, fixadas entre si. Ao final da coluna, temos a região 
coccigeana com quatro vértebras. O posicionamento das vértebras, umas sobre 
as outras, permite a formação do canal vertebral, por onde passa a medula 
espinhal. 
 
 Figura 3 figura 4 
 
 
 
 
A caixa torácica óssea, além das costelas e esterno, inclui as vértebras torácicas 
e seus discos intervertebrais, formando um arcabouço ósteo- cartilaginoso que 
protege o coração, pulmões e alguns órgãos abdominais, como o fígado, por 
exemplo. 
O esqueleto dos membros superiores é composto pela cintura escapular 
(cíngulo peitoral) e pelos ossos dos braços e mãos. A cintura escapular é formada 
pelas clavículas e escápulas. Embora seja muito móvel, é sustentada e 
estabilizada por músculos inseridos nas costelas, esterno e vértebras. 
A região do braço inicia-se no ombro ou cintura escapular, de onde parte a 
clavícula - osso longo e fino, situado na parte anterior do corpo. Já a escápula, 
de forma achatada e triangular, localiza-se na sua parte posterior. O úmero, osso 
do braço situado na porção proximal, apresenta forma longa e tem uma das 
extremidades encaixada na escápula - gerando a articulação que permite a 
realização de movimentos diferenciados em várias direções. O antebraço (porção 
distal), por sua vez, é composto por dois ossos denominados rádio e ulna, que se 
articulam com o úmero em uma de suas extremidades, formando o cotovelo. 
O quadril ou cintura pélvica (figura 5) é considerado parte integrante do esqueleto 
dos membros inferiores. É formado por três ossos - ilíaco, ísquio e púbis – que, 
juntamente, com o sacro e o cóccix, constituem a bacia ou pélvis. 
 
 
 10 
 Figura 5 
 
 
 
Na coxa, encontra-se o fêmur, o mais longo osso do corpo humano, que tem uma 
de suas extremidades articulada com o quadril e a outra, com o joelho. A perna 
é constituída por três ossos: dois longos e um curto. A patela fica localizada 
no joelho, o qual une a coxa com a perna. A tíbia localiza-se na parte anterior da 
perna; a fíbula, na parte posterior. A extremidade distal da fíbula forma o maléolo 
externo, chamado de osso do tornozelo. 
 
 
 2.2 Cartilagens 
Cartilagem é um tecido flexível constituído principalmente por fibras 
colágenas, com consistência semelhante à da borracha, em cuja estrutura não 
há vasos sanguíneos; tem o objetivo de preenchimento e proteção dos 
espaços. Existem 3 tipos: hialina (reveste as superfícies articulares) fibrosa 
(tecido intermediário entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina) e elástica 
(composta por fibras elásticas finas e contínuas). 
 
 
 2.3 Articulações 
Articulação é a junção de dois ou mais ossos distintos, permitindo movimento. As 
principais articulações do esqueleto humano são têmporomandibular, processo 
articular vertebral, coxo-femoral, joelho, calcanhar, ombro, cotovelo, punho. 
 Os principais movimentos articulares são: 
 flexão: diminui o ângulo entre as partes do corpo; extensão: corrige ou 
aumenta o ângulo entre as partes do corpo; abdução: afasta parte do corpo do 
plano sagital mediano no plano coronal; 
 11 
 adução: aproxima parte do corpo do plano sagital mediano, no plano coronal 
- exceção feita aos dedos das mãos e pés, nos quais abdução significa 
separá-los e adução, juntá-los; 
 rotação: mover uma parte do corpo ao redor do seu eixo longitudinal. 
 
 
 2.4 Músculos 
Os músculos distribuem-se por todo o corpo, sendo responsáveis por todo e 
qualquer movimento, intencional ou não. Para que um músculo funcione, ou seja, 
para a realização do movimento, faz-se necessário um comando do cérebro - 
enviado pelos nervos motores e cujo resultado é a contração muscular. Ao ficar 
paralisado por longo tempo o músculo perde sua tonicidade, o que dificulta ou 
impede seu movimento. Para sua recuperação a pessoa precisará praticar 
exercícios de fisioterapia – o que fará com que o músculo, aos poucos, retome 
os movimentos perdidos. 
Em algumas regiões do corpo, a musculatura é diferenciada de acordo com a 
função a ser desempenhada. 
A musculatura esquelética estriada, situada nas camadas superficiais do 
corpo, liga-se firmemente às cartilagens e aos ossos por meio de tendões . Seus 
movimentos são voluntários, comandados pela vontade. Ela recobre todo 
o esqueleto, permitindo o controle dos movimentos da face, pernas, braços, etc. 
A musculatura lisa ou visceral, responsável pelo movimento de órgãos como o 
esôfago, o estômago e os intestinos, contrai-se lentamente, independente de 
nossa vontade. Além disso, faz parte da maioria dos vasos e controla o fluxo do 
sangue através dos vasos sangüíneos. 
A musculatura do coração, músculo estriado cardíaco, também conhecida 
como miocárdio, é responsável por seus movimentos (batimentos cardíacos) e 
contrai-sevigorosa e involuntariamente, apesar de composta por fibras estriadas. 
 12 
 
 
 2.4.1 Músculos da face 
Cada uma dessas expressões envolve movimentos de diversos músculos faciais, 
também conhecidos como mímicos. Ao nos alimentarmos faz-se necessária a 
mastigação, processo que exige a participação dos músculos mastigadores. No 
pescoço são encontrados os músculos platisma e esternocleidomastóide 
(responsável pela rotação da cabeça). 
2.4.2 Músculos dos membros superiores 
 
 
Determinados movimentos necessitam dos músculos flexores, que participam 
da retração muscular; outros, dos músculos extensores, que permitem a 
extensão do membro. Na região do braço localizam-se os músculos com grandes 
massas, responsáveis pela força. Os principais são: 
 deltóide – encontra-se na articulação do ombro e produz a elevação do braço 
 - é nele que se aplica a injeção intramuscular; bíceps – localiza-se na parte 
anterior do braço, sendo responsável pela flexão do antebraço sobre si mesmo – 
é bem delineado em pessoas que exercem práticas esportivas; 
tríceps – situa-se na parte posterior do braço e afasta o antebraço do bíceps. 
 
 
 13 
Na prática: Para a prática de seu serviço duas posições do antebraço são 
muito úteis: supina, quando o antebraço se encontra com a palma da mão 
para cima, e prona, quando a palma está virada para baixo. 
 
 
2.4.3 Músculos do tronco 
 
 
 Os principais músculos do tórax são: 
 trapézio – localiza-se na região superior das costas, responsável pela 
elevação dos ombros; 
 grande dorsal – situa-se na região inferior das costas, tendo como função 
principal levar o braço para trás; 
 peitoral maior –localiza-se no peito, permitindo o movimento do braço para 
a frente; 
 grande denteado – situa-se na parte lateral do tórax, promovendo a 
elevação das costelas, ajudando, dessa forma, o processo de 
respiração. 
 No abdome, os principais músculos são: 
 reto abdominal – localiza-se na frente do abdome ou barriga, 
responsável por dobrar o tórax sobre o abdome, ajudando na inspiração 
forçada; 
 
 oblíquo externo – situa-se nos lados do abdome; atua comprimindo as 
vísceras e inclinando o tórax para a frente; 
 diafragma – separa o tórax do abdome e ajuda na inspiração. A 
musculatura abdominal é também responsável pela sustentação do peso 
e pressão dos órgãos viscerais. 
 
 
Na prática: No seu trabalho, três posições distintas serão muito 
utilizadas: Decúbito dorsal - quando o corpo se encontra com o dorso 
(costas) em contato com a superfície de apoio; Decúbito ventral - quando o 
corpo está apoiado sobre o ventre (de barriga para baixo); Decúbito lateral 
- quando o corpo está apoiado em um lado específico, seja o direito ou o 
esquerdo. 
 
 
 14 
 2.4.4 Músculos dos membros inferiores 
 Os principais músculos dos membros inferiores são: 
 grande glúteo ou glúteo superior - localiza-se nas nádegas e permite a 
extensão da coxa; 
 quadríceps - situa-se na parte anterior da coxa, sendo responsável pela 
extensão da perna; 
 costureiro - é o músculo mais longo do corpo: inicia-se no quadril, cruza a 
coxa e termina na lateral interna do joelho; sua função é aproximar a coxa 
do abdome; 
 bíceps crural ou femoral – localiza-se na face posterior da coxa, 
permitindo o movimento de flexão das pernas; 
 gêmeos – situam-se na face posterior da perna (“batata” da perna) e são 
responsáveis pela extensão dos pés 
Por sua vez, os pés apresentam movimentos de extensão, flexão e rotação – 
possíveis devido à utilização dos músculos extensores e flexores neles 
inseridos por meio dos tendões. 
 
 
Na prática: Em pacientes acamados ou sem nenhum exercício com os pés 
é comum acontecer o que se chama de queda plantar. Devido à falta de 
atividade da musculatura responsável pelo movimento, ela se torna rígida 
e atrofiada, necessitando de cuidados especiais para resgatar os 
movimentos normais. 
 
 
 3 SISTEMA TEGUMENTAR 
A pele reveste todo o corpo humano, exercendo funções indispensáveis para a 
manutenção da vida, dentre elas: a manutenção da temperatura corporal, 
proteção contra agressões, captura de sensações, participação na síntese de 
vitamina D. 
 
 
 3.1 Camadas da pele 
A pele é formada pela epiderme, a derme e a hipoderme ou tecido celular 
subcutâneo. 
 15 
A epiderme situa-se logo acima da derme e é responsável pela impermeabilidade 
da pele, o que dificulta a evaporação da água pela superfície corporal; é nessa 
camada que se localiza a melanina, responsável pela coloração da pele. 
A derme é um tipo de tecido conjuntivo que também possui fibras elásticas. É 
uma camada bem vascularizada, onde encontram-se as terminações nervosas, 
vasos linfáticos, glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos. Nela se 
desenvolvem as defesas contra agentes nocivos que tenham vencido a epiderme. 
Em sua atividade profissional, você perceberá que é na derme que se realizam a 
maioria dos testes cutâneos e administração de vacinas - como a BCG. 
O tecido celular subcutâneo ou hipoderme é um tecido conjuntivo gorduroso 
(tecido adiposo), representando importante reserva calórica para o organismo, 
além de funcionar em algumas partes do corpo como um coxim (almofada), 
evitando traumas. Essa camada proporciona proteção contra o frio. Distribui-se 
por toda a superfície do corpo e varia de acordo com a idade, sexo, estado 
nutricional e taxa de hormônios. Por ser mais vascularizada que a derme essa 
camada da pele é capaz de absorver com maior rapidez as substâncias nela 
injetadas – motivo pelo qual recebe a administração de certas medicações, como 
a insulina para pacientes diabéticos. 
 3.2 Anexos da pele 
Os anexos da pele constituem os pelos, glândulas sebáceas, glândulas 
sudoríparas e unhas (FIGURA 6). 
 
 
 Figura 6 
 
 
Os pêlos têm função de proteger as áreas de orifícios e olhos, além de capitar 
sensações a nível cutâneo. As glândulas sebáceas situam-se na derme e são 
responsáveis pela secreção de gorduras que lubrificam e protegem a superfície 
 16 
da pele. As glândulas sudoríparas secretam o suor e portanto, regulam a 
temperatura corporal. 
As unhas recobrem a última falange dos dedos e são formadas por queratina 
dura e fixadas sobre a epiderme nos denominados leitos ungueais. Protegem as 
pontas dos dedos, evitando traumatismos e possuem em seu contorno uma 
espécie de selo chamado cutícula, que impede a entrada de agentes infecciosos. 
Na prática: Para o profissional de saúde, a pele deve ser objeto de 
atenção especial pois sua coloração, textura e aparência podem ser 
indicativos de alterações no organismo. Por outro lado, os cuidados 
básicos de higiene e hidratação são essenciais para a manutenção da 
saúde em geral. 
4 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
O sangue é uma massa líquida, contida no aparelho circulatório, e mantida em 
movimento regular e unidirecional devido às contrações rítmicas do coração. Num 
adulto, seu volume total é de aproximadamente 5,5 litros; ele pode ser chamado 
de “meio de transporte” do corpo. 
As principais funções do sangue são: suprir as necessidades alimentares dos 
tecidos, transportar detritos das células para serem eliminadas e conduzir 
substâncias e gases de uma parte a outra do corpo. O sangue é formado de uma 
parte líquida, denominada plasma, e de uma parte sólida, composta por células 
e fragmentos de células (elementos figurados). 
 Quanto ao plasma, representa 56% do volume sangüíneoe é constituído por 90% 
de água e diversas substâncias; suas principais proteínas são a albumina, as 
globulinas e o fibrinogênio. 
Das células que compõem a parte sólida do sangue, os glóbulos vermelhos, 
também chamados hemácias ou eritrócitos, são os que existem em maior 
quantidade. Não possuem núcleo e apresentam um pigmento rico em ferro, 
denominado hemoglobina, que torna o sangue vermelho e tem a função de 
transportar oxigênio para as células. 
 
 
Na prática: Qualquer interferência no transporte de oxigênio pode ser letal 
para as células do tecido afetado – o que é possível de ser percebido 
mediante a observação da pele e mucosas (como os lábios), que se 
apresentarão hipocoradas (sem cor). 
 
 17 
 
As hemácias se formam nas medulas vermelhas dos ossos longos e vivem cerca 
de 120 dias; ao morrerem são transportadas pelo próprio sangue para o baço, 
onde se fragmentarão. 
Nas hemácias existem certos componentes (aglutinógenos), geneticamente 
determinados, convencionalmente chamados de A e B, cuja presença define o 
tipo sangüíneo de uma pessoa. Quatro tipos de sangue podem ser 
identificados: tipo A – com hemácias que só contêm o elemento A; tipo B - com 
hemácias que só contêm o elemento B; tipo AB - com hemácias que contêm os 
dois elementos; e tipo O, com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno. 
Além destes componentes, há o fator Rh. Cerca de 85% da população possui o 
aglutinógeno Rh, sendo chamadas de Rh+. 
 
 
A presença desses aglutinógenos específicos nas hemácias é um dos elementos 
responsáveis pelas reações transfusionais resultantes de tipos sangüíneos 
incompatíveis. Daí a necessidade de se conhecer a tipagem sangüínea do 
paciente quando da necessidade de realização de transfusão. 
 
 
 
 
 
 
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células responsáveis pela defesa do 
organismo, são capazes de destruir os invasores, além de produzir histamina 
(substância manifesta nas reações alérgicas) e heparina (anticoagulante). 
Um terceiro elemento de fundamental importância no sangue são as 
plaquetas, cuja função é a coagulação sanguínea - se não existissem, 
perderíamos todo o sangue através de qualquer ferimento. 
 18 
Os vasos sangüíneos são inervados pelo nervo simpático, que possui ação 
vasoconstritora (diminui o calibre dos vasos), e pelo nervo parassimpático, que é 
vasodilatador (aumenta o calibre dos vasos). A ação desses dois feixes nervosos 
mantém o diâmetro e a tonicidade dos vasos sangüíneos. 
 
 
 4.1 Veias e artérias 
Veias e artérias são tubos, vias por onde o sangue passam para exercer sua 
função de transporte de substâncias. 
As veias transportam o sangue já utilizado pelo organismo, rico em detritos e gás 
carbônico. Apresentam válvulas no seu interior, principalmente nos membros 
inferiores e superiores, para direcionar o fluxo sanguíneo no sentido do coração 
e impedir o refluxo. Quando essas válvulas perdem parte de sua funcionalidade 
as veias se dilatam e surgem as varizes. As veias não pulsam. 
 
 
Na prática: as veias dos membros inferiores e superiores são as mais 
utilizadas para a punção venosa, para administração de medicamentos. 
 
 
As artérias são responsáveis por levar o sangue rico em nutrientes e 
substâncias essenciais - como o oxigênio - às células. Possuem paredes 
resistentes, formadas por musculatura lisa (involuntária), pois transportam o 
sangue sob alta pressão para que seu fluxo seja tão rápido quanto necessário. 
As artérias pulsam, portanto, podem ser palpadas, principalmente em regiões 
articulares, onde são mais superficiais. Os batimentos arteriais palpados são o 
que chamamos de pulso e recebem os nomes conforme a artéria palpada, sendo 
os mais comuns: pulso carotídeo, pulso radial, pulso femoral e pulso pedial. 
 
 
 19 
 
Na prática: Devido à pressão existente no interior das artérias, quando 
puncionados para a realização de exames diagnósticos e/ou terapêuticos 
devem receber uma compressão no local, por alguns minutos, para evitar o 
sangramento e a formação de hematoma. 
 
 
 4.2 Coração 
O coração é uma “bomba” muscular oca, responsável pela circulação do 
sangue pelo corpo. Apresenta movimentos de contração (sístole) e 
relaxamento (diástole), por meio dos quais o sangue penetra no seu interior e é 
impulsionado para os vasos sangüíneos. Localiza-se na porção central da 
cavidade torácica conhecida como mediastino é envolvido por um saco 
fibrosseroso de paredes duplas, chamado pericárdio, que tem em seu interior 
pequena quantidade de líquido aquoso – o que permite seu melhor deslizamento 
quando dos movimentos de sístole e diástole. 
O coração é formado por três camadas musculares: epicárdio, miocárdio e 
endocárdio. Possui quatro câmaras, denominadas átrios (superiores) e 
ventrículos (inferiores) (FIGURA 7). Os átrios recebem o sangue que vem das 
veias, motivo pelo qual suas paredes são delgadas - ao inverso dos ventrículos 
que, por injetarem sangue nas artérias e necessitarem de maior força para vencer 
a resistência vascular, têm paredes musculares espessas. 
 20 
Os movimentos cardíacos são rítmicos, numa média de 80 batimentos por minuto, 
no adulto – como na criança o espaço a ser percorrido é menor, seus batimentos 
são mais acelerados. 
A cada sístole o coração expulsa o sangue de suas câmaras; e a cada diástole, 
as enche de sangue. 
 Figura 7 
 
 
 
4.3 Circulação 
 
 
O sangue oxigenado é bombeado pelo ventrículo esquerdo do coração para o 
interior da aorta. Essa artéria distribui o sangue oxigenado para todo o corpo, 
através de inúmeras ramificações, como a artéria coronária, a artéria carótida e 
a artéria braquial. 
 
Nos tecidos, o sangue libera gás oxigênio e absorve gás carbônico. O 
sangue não oxigenado e rico em gás carbônico é transportado por veias diversas, 
que desembocam na veia cava superior e inferior. Essas veias levam o 
sangue não oxigenado até o átrio direito. Deste, o sangue não oxigenado 
passa para o ventrículo direito e daí é transportado até os pulmões pelas artérias 
pulmonares. 
 
Nos pulmões, o sangue libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio 
captado do ambiente pelo sistema respiratório. Esse fenômeno, em que o 
sangue é oxigenado, chama-se hematose. Então, o sangue oxigenado retorna 
ao átrio esquerdo do coração, transportado pelas veias pulmonares. Do átrio 
 21 
esquerdo, o sangue oxigenado passa para o ventrículo esquerdo e daí é 
impulsionado para o interior da aorta, reiniciando o circuito. 
 
Nesse circuito considera-se dois tipos de circulação: 
 22 
 
 o 
Pequena circulação ou circulação pulmonar- compreende o trajet do 
sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, o 
sangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado. 
 
Grande circulação ou circulação sistêmica- compreende o trajeto do 
sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o 
sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de 
trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos. 
 
No esquema abaixo você pode ver o caminho percorrido pelo sangue em nosso 
corpo. Observe que, pelo lado direito do nosso coração, só passa sangue 
não oxigenado e, pelo lado esquerdo, só passa sangue oxigenado. Não ocorre, 
portanto, mistura de sangue oxigenado com o não oxigenado. Isso contribui para 
a manutenção de uma temperatura constante no nosso organismo.O coração trabalha automaticamente por ação do sistema nervoso e o impulso 
para exercer sua atividade cardíaca origina-se nele próprio – processo conhecido 
como sistema de condução do coração, responsável pelas contrações 
espontâneas. É composto pelo nó sinusal (ou sinoatrial), situado no átrio direito 
próximo à desembocadura da veia cava superior - ponto de origem de todos os 
estímulos, sendo por isso denominado marca-passo cardíaco. Os estímulos por 
ele produzidos são transmitidos por fibras musculares ao nó atrioventricular, 
localizado próximo ao septo atrial. Pela musculatura ventricular, esses 
 23 
 
 
 
estímulos atingem o feixe de His e prosseguem pelas fibras de Purkinge, direita 
e esquerda. 
 
 
Na prática: O controle automático do coração sofre influências externas 
como temperatura (a febre aumenta a frequência cardíaca), alterações na 
concentração sérica de cálcio e potássio - que podem provocar 
diminuição de sua freqüência cardíaca e força de contração -, parada 
cardíaca e contração espástica. Daí a importância dada à dosagem no 
preparo de soluções e medicações que contenham esses eletrólitos. 
 
 
 5 SISTEMA LINFÁTICO 
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos 
linfáticos, tecidos linfáticos, capilares e vasos linfáticos que produzem e 
transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou 
seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos 
linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que 
não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação 
sangüínea. 
Esse sistema também é um importante componente do sistema imunológico, uma 
vez que colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus 
invasores. 
Suas principais funções são: remoção dos fluidos em excesso dos tecidos 
corporais; absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da 
gordura para o sistema circulatório; produção de células imunes. Os vasos 
linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha 
as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido 
ao sangue, chama-se linfa. Ao longo de todo o trajeto existem formações 
denominadas linfonodos ou nodos linfáticos, de tamanhos variados; 
responsáveis pela filtragem da linfa, dela retiram as partículas estranhas e, 
concomitantemente, destroem as bactérias. Portanto, os linfonodos exercem 
importante papel, retendo microrganismos ou células mortas, impedindo, assim, 
 24 
 
 
 o 
que um processo infeccioso no organismo se dissemine ou provoque 
perturbações em outros pontos. Entretanto, por vezes, 
o processo infeccioso é tão intenso que provoca acentuada proliferaçã das 
células dos linfonodos, o que ocasiona enfartamento ganglionar - a íngua. 
 
 
Na prática: No câncer, encontramos o enfartamento ganglionar de 
natureza tumoral, devido ao fato de as células do câncer se 
desprenderem e, por apresentarem características diferenciadas das 
demais células do organismo, sendo retidas nos linfonodos como 
agentes estranhos. As células tumorais possuem alta capacidade de 
reprodução e, não fosse a ação dos linfonodos, rapidamente a doença se 
disseminaria. 
 
 
 6 SISTEMA IMUNOLÓGICO 
O sistema imunológico é formado por diferentes espécies de glóbulos 
brancos ou leucócitos, e por órgãos que produzem e procedem sua maturação. 
Existem diferentes modos de ataque dos glóbulos brancos a um invasor: uns 
atacam diretamente; outros, a distância; alguns, só colhem e distribuem 
informações a outras células de combate. 
 
 
Na prática: Quando estamos gripados ou com algum tipo de infecção ou 
inflamação, apresentamos determinados sintomas característicos como 
febre, enfartamento dos gânglios linfáticos, etc. Essas características são 
causadas por um sistema de defesa do organismo denominado sistema 
imunológico ou sistema imunitário. 
 
 
 6.1 Células do sistema imunológico 
As células do sistema imunológico têm a função de defender o organismo contra 
qualquer tipo de ataque invasor - uma bactéria, vírus ou até mesmo alguma outra 
célula defeituosa do nosso organismo que, por estar anormal, é identificada como 
 25 
 
 
 
um corpo estranho e logo eliminada. Os glóbulos brancos dividem-se em 
macrófagos e linfócitos - estes, por sua vez, subdividem-se em três grupos: 
linfócitos B, linfócitos T matadores e linfócitos T auxiliares. 
Os monócitos são células que se movimentam continuamente entre os tecidos, 
envolvendo substâncias estranhas, como microrganismos, restos de células 
mortas. Os linfócitos B são responsáveis pela formação dos anticorpos, proteínas 
específicas que se combinam com algumas substâncias estranhas, inativandoas. 
Os linfócitos T matadores reconhecem e matam células anormais ou 
desconhecidas, como as infectadas por vírus, células transplantadas, células 
malignas (cancerosas); os linfócitos T supressores inibem a resposta humoral e 
celular e apressam o término da resposta imunitária; os linfócitos t auxiliares 
comandam o sistema imunológico. Pois recebem informação dos macrófagos 
sobre a presença de antígenos no organismo e estimulam os linfócitos B e os T 
matadores a combater os invasores. 
Na prática: Se os linfócitos T auxiliares não atuarem bem, as células de 
combate não poderão ser ativadas - consequentemente, o organismo não 
reagirá ao ataque invasor. É o caso da AIDS, em que o vírus HIV ataca e 
destrói os linfócitos T auxiliares, impedindo o sistema imunológico de 
combater as infecções. 
 
 
 6.2 Órgãos imunológicos 
São considerados órgãos imunológicos a medula óssea e o timo, que geram e 
armazenam os linfócitos T e B; gânglios linfáticos, amígdalas, apêndice e baço, 
que apresentam aglomerados de linfócitos em amadurecimento. 
 
 
 7 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Esse sistema é composto por uma porção condutora que compreende as fossas 
nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos e uma 
porção respiratória representada pelas porções terminais da árvore brônquica 
que contém os alvéolos, responsáveis pela troca gasosa. O pulmão é 
formado pela árvore brônquica e pelos milhões de alvéolos (FIGURA 
 26 
 
 
 o 
 8) 
O nariz é o órgão que comunica o meio externo ao interno. As fossas nasais 
iniciam-se nas narinas, estendendo-se até a faringe. A inspiração (condução do 
ar para dentro) filtra as impurezas do ar, possibilitando que chegue mais limpo 
aos pulmões. Esse processo ocorre porque no interior das fossas nasais 
encontram-se os pêlos e o muco (secreção da mucosa nasal), cuja função é reter 
substâncias do ar, manter a umidade da mucosa e aquecer ar, facilitando 
o desempenho dos outros órgãos. 
A faringe liga a boca às fossas nasais e estas à laringe; integra tanto o sistema 
respiratório (pois conduz o ar para a laringe) como o digestório (pois repassa os 
alimentos para o esôfago). 
A laringe, situa-se na parte anterior do pescoço. Seu início é a glote, orifício em 
cujas bordas há duas pregas vocais - conhecidas como cordas vocais - que se 
movem com a passagem do ar, ocasionando uma vibração entre si e produzindo 
a fala ou a voz. Anteriormente à glote encontra-se uma saliência cartilaginosa 
denominada epiglote - a qual pode ser vista com a abertura da boca e o 
estiramento da língua. Sua função é muito importante na alimentação, poisveda 
a glote durante o processo de deglutição. 
 
 
Na prática: Você já se engasgou alguma vez? Tal fato acontece quando não 
há o vedamento total da glote pela epiglote, permitindo a passagem de 
resíduo alimentar para as vias respiratórias. Contudo, logo ocorre uma 
reação espontânea do organismo para expulsar o corpo estranho - a 
tosse. 
 
 
A traquéia é formada por um conjunto de anéis cartilaginosos, sobrepostos, 
resultando em uma anatomia tubular. Mede aproximadamente 12 centímetros e 
em sua parte inferior possui uma bifurcação que dá origem a dois pequenos tubos 
denominados brônquios. Deles partem algumas ramificações conhecidas como 
bronquíolos, que desembocam nos alvéolos pulmonares, os quais, por sua vez, 
 27 
 
 
 
têm forma arredondada, apresentam-se agrupados e são revestidos por uma fina 
membrana e recobertos por muitos vasos capilares sangüíneos. 
O pulmão é um órgão duplo, elástico devido a sua função, localizado no interior 
da caixa torácica. O direito é composto por três partes- lobo superior, lobo médio 
e lobo inferior; já o esquerdo possui apenas dois lobos- o superior e o inferior. 
Figura 8 
 
 
 
 
 7.1 Processo de inspiração e expiração 
Quando, pela inspiração, o ar chega aos pulmões os músculos respiratórios 
(intercostais e o diafragma) contraem-se permitindo a elevação das costelas. Em 
consequência, há aumento do volume da caixa torácica e expansão dos pulmões. 
Durante a expiração (saída do ar para o meio externo) o ar sai dos pulmões 
espontaneamente, reduzindo o volume da caixa torácica e permitindo a 
aproximação ou abaixamento das costelas – processo que ocasiona o 
relaxamento dos músculos diafragma e intercostais. 
 28 
 
 
 o 
 
 
O ar inspirado é composto de O2 (oxigênio), que passa para o sangue do capilar, 
e CO2 (gás carbônico). Através da hemoglobina, substância existente nos 
glóbulos vermelhos, o O2 é transportado pelo sangue. Com o CO2 ocorre o 
processo inverso: passa do sangue para o alvéolo, de onde é eliminado através 
da expiração. O sangue que foi oxigenado nos pulmões é levado ao coração, 
que, pelos vasos sangüíneos, o distribui a todo o corpo. 
 29 
 
 
 
 8 SISTEMA DIGESTÓRIO 
Para permanecer vivos, renovar continuamente as células, desenvolver o 
nosso corpo e manter as atividades vitais, necessitamos de alimentos, pois são 
eles que fornecem energia para o nosso corpo. Após uma refeição, os 
nutrientes presentes nos alimentos devem chegar às células. No entanto, a 
maioria deles não as atinge diretamente- precisam ser transformadas para então, 
nutrir o nosso corpo. Isto porque as células só conseguem absorver nutrientes 
simples e esse processo recebe o nome de digestão. 
 
8.1 Enzimas digestórias 
 
O nosso corpo produz vários tipos de enzimas digestórias. Cada tipo de enzima 
é capaz de digerir somente determinada espécie de molécula presente nos 
alimentos. Assim, as amilases ação as enzimas que atuam somente sobre o 
amido; as proteases agem sobre as proteínas; as lípases sobre os lipídios, etc. 
 8.2 Tubo digestório 
 
O tubo digestório é composto por: boca, faringe, esôfago, estômago, 
intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Há ainda os órgãos 
auxiliares da digestão denominados órgãos anexos: o pâncreas, a vesícula 
biliar e o fígado (FIGURA 9). 
 
 
 Figura 9 
 30 
 
 
8.2 Processo digestório 
 
 
A digestão inicia-se na boca, constituída pelos dentes, língua, palato duro (céu 
da boca), palato mole (região onde situa-se a úvula ou “campainha” da garganta) 
e três pares de glândulas: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais, 
responsáveis pela liberação da saliva, denominadas glândulas salivares 
maiores . Estas glândulas secretam cerca de um litro a um litro e meio de saliva 
diariamente, basicamente composta por água, o que auxilia a diluir o bolo 
alimentar, e enzimas. Triturado pelos dentes, o alimento, com o auxílio da língua, 
é posteriormente empurrado em direção à faringe – a deglutição. Ainda na boca, 
além da trituração, o alimento começa a sofrer a atuação de uma enzima liberada 
pelas glândulas salivares, denominada amilase salivar ou ptialina, cuja função 
é começar a digerir o amido e carboidratos do bolo alimentar. 
Durante a deglutição (figura 10), o alimento passa por uma válvula denominada 
epiglote – responsável pelo fechamento da laringe, impedindo desse modo que 
o bolo alimentar penetre nas vias aéreas – e posteriormente pela faringe, 
estrutura que também pertence ao sistema respiratório, pois se comunica com a 
boca, cavidade nasal, esôfago e laringe. Da faringe, o alimento é encaminhado 
para o esôfago, que o transporta rapidamente até o estômago devido aos 
movimentos peristálticos existentes. 
Figura 10 
 
 
 31 
 
 
O estômago é o órgão que digere os alimentos e secreta hormônios. Sua principal 
função é continuar a digestão dos hidratos de carbono, iniciada na boca, e 
transformar os alimentos ingeridos, mediante contração muscular, em uma 
massa semilíquida e altamente ácida - o quimo. A porção final do estômago se 
comunica com o duodeno e se abre e fecha alternadamente, liberando pequenas 
quantidades de quimo para o intestino delgado. 
Após chegar à primeira porção do intestino delgado, denominado duodeno, o 
quimo é neutralizado pelo bicarbonato de cálcio liberado pela mucosa 
intestinal, induzido por um hormônio denominado secretina; nesse momento, já 
neutralizada sua acidez, o bolo alimentar passa a se chamar quilo. 
O quilo sofrerá a ação do suco entérico, liberado por milhares de glândulas 
existentes na mucosa intestinal - que contém as enzimas enteroquinase, cuja 
função é ativar a tripsina (uma enzima pancreática), e peptidases, que atuam na 
digestão dos peptídeos. 
Produzido no pâncreas, o suco pancreático é levado até o duodeno pelo canal 
colédoco. Nele, encontramos as enzimas tripsina e quimiotripsina, que irão 
digerir as proteínas, a lipase pancreática, que digere lipídios, e a amilase 
pancreática, que continuará a digerir o amido não digerido na boca pela ptialina. 
É também no duodeno que o bolo alimentar receberá a ação da bile, que vai 
emulsificar moléculas grandes de gordura em moléculas menores, possibilitando 
a ação da lipase. 
 32 
 
Os nutrientes resultantes do quilo são absorvidos por células da mucosa intestinal 
e posteriormente transferidas para a corrente sangüínea, que se encarregará de 
levá-los para todo o corpo. 
Os resíduos não absorvidos pelo intestino delgado irão para o intestino 
grosso, onde perderão água e endurecerão, formando o bolo fecal que será 
eliminado pelo ânus pelo processo de defecação. 
 
 
9 SISTEMA URINÁRIO E ÓRGÃOS GENITAIS 
 
 
 9.1 Sistema Urinário 
O sistema urinário (FIGURA 11) contribui para a manutenção da homeostase, 
produzindo a urina que elimina resíduos do metabolismo, água, eletrólitos e não-
eletrólitos em excesso no organismo. 
 figura 11 
 
 
O sistema é composto por rins, que secreta a urina, os ureteres, que 
conduzem a urina para a bexiga (que funciona como reservatório), e o ureter, 
que lança a urina para o exterior. No homem, o sistema urinário é interligado ao 
sistema genital, diferentemente da mulher. 
 
 
 9.1.1 Processo de filtragem do sangue 
Nossos tecidos, deixam no sangue aqueles compostos químicos tóxicos que 
neles se formam como resultado do fenômeno da nutrição. Tais substâncias são 
danosas e devem ser eliminadas para não intoxicar oorganismo e pôr a vida em 
perigo. A maior parte desses produtos é eliminada por trabalho do aparelho 
 
 33 
 
urinário; somente uma parte mínima é eliminada pelas glândulas sudoríparas 
mediante o suor. 
 
O aparelho urinário tem a tarefa de separar do sangue as substâncias 
nocivas e de eliminá-las sob a forma de urina. 
 Os rins extraem os produtos residuais do sangue através de milhões de 
pequenos filtros, denominadas néfrons, que são a unidade funcional dos rins. 
 
A urina se forma nos néfrons basicamente em duas etapas: a filtração 
glomerular e a reabsorção renal. Dos néfrons, os resíduos recolhidos são 
enviados através dos ureteres para a bexiga. Os ureteres são dois tubos 
musculosos e elásticos, que saem um de cada um dos rins e desembocam na 
bexiga. A bexiga é um saco musculado, muito elástico, com um comprimento 
aproximado de 30 cm, onde a urina (resíduos filtrados) é acumulada. Este 
reservatório está ligado a um canal - a uretra - que se abre no exterior pelo meato 
urinário, e a sua base está rodeada pelo esfíncter uretral, que pode permanecer 
fechado e resistir à vontade de urinar. Válvulas existentes entre os ureteres e a 
bexiga impedem o retrocesso da urina. 
 
9.2 Órgãos sexuais masculinos 
 
A genitália masculina é composta externamente pelo pênis (que contém a 
uretra), a bolsa escrotal, os cordões espermáticos e os canais deferentes; e 
internamente pela próstata e vesículas seminais. 
A bolsa escrotal guarda os testículos que são as gônadas masculinas; 
produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, 
responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos 
caracteres sexuais secundários. Os epidídimos são dois tubos enovelados que 
partem dos testículos, e têm a função de armazenar os espermatozoides. Os 
canais deferentes são dois tubos que partem dos testículos, circundam a 
bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as 
vesículas seminais, que são responsáveis pela produção de um líquido, que 
será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e 
espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. A próstata é uma 
 34 
 
glândula localizada abaixo da bexiga urinária que secreta substâncias 
alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. 
O pênis é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo 
formado por dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege 
a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, 
onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que 
a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação 
dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com 
considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e 
higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa 
e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células 
epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a 
glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se 
que a pessoa tem fimose. 
 
 
 
Na prática: É extremamente importante a retração do prepúcio para a 
higiene da criança e do adulto. O acúmulo de esmegma, além de produzir 
mau cheiro, pode causar processos infecciosos. 
 
 
9.3 Órgãos sexuais femininos 
 
 
Ovários, tubas uterinas, útero, vagina, hímen, grandes lábios, pequenos 
lábios e clitóris são órgãos que compõem o sistema reprodutor feminino. Os 
órgãos externos desse sistema permitem a entrada do esperma no organismo, 
além de protegerem os órgãos genitais internos contra micro-organismos 
infecciosos. 
 35 
 
 
Os grandes e os pequenos lábios são dobras de pele e mucosa que protegem a 
abertura vaginal. Os grandes lábios ficam entre o monte púbico (ou monte de 
Vênus) e se estendem até o períneo, espaço entre ânus e vulva, e são 
cobertos por pelos pubianos após a puberdade. 
 
A vagina é um canal com cerca de 7,5 a 10 centímetros que se estende da vulva 
ao útero, e é responsável por receber o pênis durante a relação sexual, além de 
servir de canal de saída tanto para o fluxo menstrual quanto para o bebê no 
momento de parto normal. 
 
O hímen é uma membrana de tecido conjuntivo forrada por mucosa tanto interna 
como externamente. Ele pode variar de tamanho e forma. O clitóris é uma 
saliência bastante sensível ao tato, situada na junção anterior aos pequenos 
lábios. Tem função muito importante na excitação sexual feminina e pode ser 
considerado similar ao pênis no homem. 
O útero é o órgão responsável por alojar o embrião e mantê-lo durante todo o seu 
desenvolvimento até o nascimento. Tem a forma de uma pera invertida, mas 
pode variar de forma, tamanho, posição e estrutura. É formado por tecido 
muscular que se estende amplamente durante a gravidez e apresenta 
camadas, sendo o endométrio aquele que sofre modificações com o ciclo 
menstrual, preparando-se mensalmente para receber o ovo já fecundado e, caso 
isso não ocorra, apresenta descamação e é eliminado pela menstruação. 
 
Os ovários são duas glândulas situadas uma em cada lado do útero, abaixo das 
trompas, responsáveis por produzir gametas ou óvulos além de produzir 
hormônios sexuais femininos- estrógeno e progesterona. Esses hormônios 
controlam o ciclo menstrual, provocam o crescimento do endométrio e estimulam 
o desenvolvimento dos vasos sanguíneos e glândulas do endométrio, 
tornando-o espesso, vascularizado e cheio de secreções nutritivas. 
 
As tubas uterinas transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário 
para a cavidade do útero. São dois canais finos que saem de cada lado do fundo 
do útero e terminam com as extremidades próximas aos ovários. Nas tubas, os 
 36 
 
espermatozoides unem-se aos óvulos quando há fecundação para então se fixar 
no útero. 
 
 
 
 
10 SISTEMA NERVOSO 
 
 
O sistema nervoso é responsável pelo controle das contrações dos músculos 
esqueléticos, músculos lisos dos órgãos internos e velocidade de secreção de 
glândulas exócrinas (secreção externa, como o suor) e endócrinas (glândulas que 
secretam substâncias para dentro do organismo). 
É constituído por células nucleadas especiais- neurônios- com longos 
prolongamentos capazes de captar estímulos exteriores como calor, frio, dor. 
Os dendritos são prolongamentos numerosos, cuja função é receber os 
estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros 
neurônios. O corpo celular ou pericário é o centro do tráfico dos impulsos 
nervosos da célula. O axônio é um prolongamento único, especializado na 
condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras 
células nervosas, musculares e glandulares; são envoltos em uma camada 
gelatinosa que funciona como isolante e denomina-se bainha de mielina 
(FIGURA 12). 
A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro depende de 
estruturas altamente especializadas: as sinapses. 
 Figura 12 
 
 37 
 
 
 10.1 Anatomia do Sistema Nervoso 
O sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central (SNC) e sistema 
nervoso periférico (SNP), anatomicamente. 
O SNC é representado pelo encéfalo e medula espinhal, respectivamente 
localizados no interior da caixa craniana e coluna vertebral. 
 O encéfalo (FIGURA 13) é constituído pelo: 
Cérebro: responsável por funções sensitiva, auditivas, visuais, movimentação 
voluntária, memória,concentração,raciocínio, linguagem, comportamento); 
Diencéfalo: dividido em tálamo (por onde passam as vias sensitivas) e 
hipotálamo (que aloja a hipófise e controla as principais funções vegetativas e 
endócrinas do corpo, além de ser uma das principais vias de saída de controle 
do sistema límbico); 
Cerebelo: controla os movimentos, a tonicidade muscular e participa da 
manutenção do equilíbrio do corpo; 
 Tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo): une todas as partes do 
encéfalo à medula espinhal, vulgarmente chamada “espinha”. 
Figura 13 Figura 14 
 
 
 
A medula espinhal (FIGURA 14) encontra-se no interior do canal formado pelas 
vértebras da coluna vertebral. Dela irradiam-se 33 pares de nervos espinhais, 
responsáveis por ligar o encéfalo ao resto do corpo e vice-versa. Estende-se da 
base do crânio até o nível da segunda vértebra lombar, pouco acima da cintura. 
 
 
 
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O SNP consiste nos nervos cranianos e espinhais. A partir dos órgãos dos 
sentidos e das terminações nervosas sensitivas, o SNP conduz impulsos 
nervosos para o SNC, e deste para os músculos e glândulas. 
 
 
 10.2 Fisiologia do Sistema Nervoso 
 Já fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em: 
sistema nervoso voluntário: que comanda a musculatura estriada 
esquelética; sistema nervoso autônomo: responsável pelo controle da 
musculatura lisa, do músculo cardíaco, da secreção de todas as glândulas 
digestivas e sudoríparas e de alguns órgãos endócrinos; divide-se em sistema 
simpático e parassimpático, que trabalham de modo antagônico, porém em 
equilíbrio. O sistema simpático estimula atividades realizadas durante situações 
de emergência e estresse, nas quais os batimentos cardíacos se aceleram e a 
pressão arterial se eleva – Luta ou fuga. O sistema parassimpático estimula as 
atividades que conservam e restauram os recursos corpóreos. 
 
 
 10.3 Meninges 
As meninges são 3 membranas que impedem o atrito entre o sistema nervoso 
central e a caixa torácica, além de outras funções. A pia-máter, camada mais 
interna, ajudam na irrigação cerebral; entre a camada aracnoide e a dura-mater 
existe o espaço subaracnóide, por onde circula o líquor, líquido que ajuda a 
proteger contra impactos e agentes invasores. 
 
 
Na prática: O sistema nervoso comanda o organismo, influencia os atos 
voluntários, involuntários e reflexos. Logo é necessário que o profissional 
de saúde tome cuidados especiais no sentido de sua preservação (por 
exemplo, durante procedimentos como a localização adequada para a 
administração de medicamentos intramusculares). 
 
 
 39 
 
 11 SISTEMA SENSORIAL 
Alguns órgãos, constituídos por células sensíveis, são especializados em 
perceber determinados estímulos externos, repassando a informação à 
respectiva área cerebral. São os órgãos dos sentidos, que serão explicados a 
seguir. 
 11.1 Olhos – visão 
Os olhos (FIGURA 15) são acondicionados dentro das órbitas oculares e 
possuem três membranas: esclerótica (onde fica a córnea), coroide (onde 
passam vasos sanguíneos) e retina, que é a membrana mais interna e 
sensível, formada por um prolongamento do nervo óptico. No interior do globo 
ocular encontra-se o humor vítreo, de consistência gelatinosa e transparente, o 
qual atua como uma lente, regulando a imagem com nitidez. O cristalino 
modifica-se pela ação dos músculos ciliares, comandados pelo sistema 
nervoso autônomo. Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e 
transparente denominada humor aquoso. Na parte anterior do olho, a coroide 
forma um disco cuja cor é variável para cada pessoa, denominada íris. Em seu 
centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de acordo com a quantidade de 
luz que sobre ele incide a pupila. 
Na parte anterior dos olhos encontram-se as pálpebras e os cílios, que impedem 
a entrada de corpos estranhos. No canto interno da pálpebra são encontrados 
dois pequenos orifícios denominados ponto lacrimal superior e inferior, por 
onde escoam as lágrimas, seja por reação física ou emocional. A sobrancelha 
também é considerada fator de proteção, por dificultar a passagem do suor 
da testa para os olhos. As alterações mais frequentemente encontradas na visão 
são o astigmatismo, a hipermetropia e a miopia. Figura 15 
 40 
 
 
 
 
 11.2 Língua- paladar 
A língua é formada por uma massa de tecido muscular estriado, recoberta por 
uma mucosa; tem forma achatada e cônica (FIGURA 16). É composta por duas 
partes: 
• a superior ou dorsal, onde localizam-se as papilas gustativas, cujas 
terminações nervosas transmitem a sensação do gosto; 
• a inferior ou ventral, que pode ser vista quando se eleva a ponta da língua 
em direção ao palato (céu da boca). 
 Figura 16 
 
 11.3 Nariz- olfato 
O nariz é formado pelas fossas nasais, medialmente separadas pelo septo. 
Essas possuem orifícios anteriores, que fazem contato com o meio externo, 
denominados narinas, e orifícios posteriores que fazem contato com a faringe, 
chamados coanas. Na parte superior das fossas nasais há um revestimento 
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mucoso formado por células olfativas localizadas nas terminações do nervo 
olfativo (nervo sensitivo), o que nos faz perceber o olfato (FIGURA 17). No interior 
das fossas nasais od pelos têm a função de “filtrar” o ar respirado - estes pêlos, 
juntamente com o muco (secreção da mucosa nasal), retêm na parede interna 
do nariz os poluentes, além de diversos microrganismos. 
 Figura 17 
 
 
11.4 Orelha – audição 
 
 
 A orelha é composta pela orelha externa, média e interna (FIGURA 18). 
A orelha externa possui uma saliência com o formato oval, flexível devido ao 
tecido cartilaginoso que a constitui. Seu canal auditivo externo encaminha o 
som para seu interior, agindo como um receptor sonoro. No canal são 
encontrados pêlos e glândulas (que produzem uma espécie de cera), cuja função 
é de proteção da parte interna. O tímpano é uma fina membrana que vibra de 
acordo com as ondas sonoras que fica localizado ao final do canal auditivo 
externo e no início da orelha média. A orelha média também composta 
por três ossículos : martelo, bigorna e estribo – os quais articulam- se 
recebendo a vibração da membrana timpânica e mandam as vibrações para o 
ouvido interno. Essas vibrações chegam à cóclea, onde os estímulos sonoros 
são captados e identificados devido a presença de terminações do nervo auditivo. 
 Figura 18 
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 11.5 Pele- tato 
O tato é transmitido pela pele, que possui em sua camada mais profunda as 
terminações nervosas que levam a mensagem da sensação ao cérebro (FIGURA 
19). A pele apresenta vários tipos de receptores sensoriais, formados por fibras 
nervosas - cujo agrupamento compõe os corpúsculos sensoriais, especializados 
em captar determinados tipos de sensação – por exemplo, pressão, temperatura, 
dor. 
 Figura 19 
 
 
 
 12 SISTEMA ENDÓCRINO 
O sistema endócrino possui estruturas especializadas para a liberação na 
corrente sanguínea de determinadas substâncias que controlam o funcionamento 
de células e órgãos do corpo. São as glândulas endócrinas (FIGURA 20) que 
liberam essas substâncias chamadas hormônios; elas serão explicadas a 
seguir. 
 Figura 20 
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 12.1 Hipófise ou Ptuitária 
Glândula localizada no encéfalo, mais precisamente no hipotálamo, que comanda 
o funcionamento de outras glândulas através daprodução de hormônios, como 
os sexuais, supra-renais e tireoide. Por isso é considerada a glândula mais 
importante do nosso corpo. 
 
 
 12.2 Pineal 
Localiza-se no diencéfalo e contém a serotonina que converte impulsos 
nervosos em descargas hormonais. Além disso, participa do ritmo circadiano de 
24 horas e de outros ritmos biológicos, como os relacionados às estações do ano. 
A pineal normal responde à luminosidade, sendo mais ativa à noite, pois a 
produção de serotonina é maior que durante o dia. 
 12.3 Tireóide 
Localiza-se no pescoço, é controlada pelo TSH produzido pela hipófise e libera 
os hormônios que intensifica ma atividade das células corporais – tiroxina 
(metabolismo) e calcitocina (regulação do cálcio). 
 
 
 12.4 Paratireóide 
São 4 glândulas que localizam-se ao lado da tireoide e secretam paratormônio, 
que regula a quantidade de cálcio e fosfato na circulação. 
 
 
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 12.5 Supra-renais 
São duas glândulas localizadas sobre os rins. O córtex da supra-renal secreta 
hormônios como aldosterona, cortisona e andrógenos, responsáveis 
respectivamente pela manutenção do equilíbrio de sódio e potássio, pelo 
processo inflamatório e pelo desenvolvimento das características sexuais 
secundárias masculinas. A medula da glândula secreta adrenalina e 
noradrenalina, que estimula ação cardíaca e aumenta pressão arterial, 
respectivamente. 
 12.6 Pâncreas 
Possui função exócrina e endócrina, e localiza-se o abdomem. Libera suco 
pancreático que auxilia no processo de digestão (função exócrina) e a insulina 
que transporta glicose para o interior das células (função endócrina). 
 12.7 Ovários 
Glândulas que integram o aparelho reprodutos feminino localizadas na pélvis. 
Secretam estrogênio (responsável pelo desenvolvimento das características 
sexuais femininas) e progesterona (responsável pela implantação do óvulo 
fecundado na parede do útero. Também produzem as células sexuais 
femininas. 
 12.8 Testículos 
Localizados na pélvis, também fazem parte do aparelho reprodutor masculino. 
Secreta a testosterona, responsável pelas características sexuais masculinas; 
produzem espermatozoides.

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