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OPERAÇÃO LAVA JATO Professor Marcos O nome “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas, o nome inicial se consagrou. Ao longo de 3 anos a operação tem mostrado a sua força: até o momento, deflagrou 38 fases e condenou 89 pessoas a penas que somam pelo menos 1.362 anos de prisão. De lá para cá, a força-tarefa de Curitiba conseguiu recuperar mais de R$ 10,1 bilhões aos cofres públicos. Procuradores da Operação Lava Jato Os procuradores que conduzem as investigações no Paraná (da esq. para a dir.: Athayde Ribeiro Costa, Roberson Pozzobon, Januário Paludo, Carlos Fernando Lima, Deltan Dallagnol, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Orlando Martello Jr., Diogo Castor de Mattos, Antonio Carlos Welter). 2 - Petrobras Youssef tinha negócios com um ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, grandes empreiteiras e outros fornecedores da estatal. Os dois foram presos em março de 2014, e a partir daí os desvios em obras da Petrobras se tornaram o foco principal da investigação. 1 - Doleiros As autoridades começaram a investigar em 2009 uma rede de doleiros ligada a Alberto Youssef, que movimentou bilhões de reais no Brasil e no exterior usando empresas de fachada, contas em paraísos fiscais e contratos de importação fictícios. 3 - Prisões e delações Em agosto de 2014, após ser preso pela segunda vez, Costa aceitou colaborar com as investigações em troca de redução da pena. Afirmou que ele e outros diretores da Petrobras cobravam propina e repassavam o dinheiro a políticos. Youssef também virou delator semanas depois. 4 - Empreiteiras As delações deram impulso às investigações. Em novembro de 2014, a polícia prendeu executivos de nove empreiteiras acusadas de participação no esquema. Em junho de 2015, a operação chegou às duas maiores empreiteiras do país: Odebrecht e Andrade Gutierrez. Pouco depois, no final de novembro, foi preso o banqueiro André Esteves, dono do BTG –ele foi solto 24 dias depois. 5 - Políticos Em março de 2015, a operação alcançou os políticos. Em agosto, foi preso o ex-ministro do governo Lula José Dirceu, que recebeu pagamentos de empresas sob investigação. No final do ano foram presos o senador Delcídio do Amaral (PT- MS) e o pecuarista José Carlos Bumlai, próximo de Lula. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outras lideranças do PMDB foram alvo de busca e apreensão da PF. 6 - Outros setores Empreiteiros que decidiram colaborar com as investigações sobre a corrupção na Petrobras apontaram desvios semelhantes em obras de outros setores: elétrico, como a usina nuclear de Angra 3, Copa do Mundo –reforma do estádio do Maracanã--, e transportes, como a ferrovia Norte- Sul. Em julho de 2015, o almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, que presidiu a Eletronuclear, foi preso sob suspeita de corrupção. Apontado como um dos principais operadores do esquema, o doleiro Alberto Youssef é um velho conhecido das autoridades. Foi investigado e processado antes por seu envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de dólares a partir de contas do antigo Banestado, no Paraná. O doleiro Carlos Habib Chater, seu parceiro em Brasília, usava um posto de combustíveis como fachada para seus negócios, e foi daí que surgiu o nome da Operação Lava Jato Alberto Youssef Os doleiros Parceira de Youssef, foi denunciada à Justiça sob a acusação de movimentar US$ 5,3 milhões no mercado de câmbio paralelo. Também agia em conjunto com Youssef, é acusado de fazer remessas ilegais para o exterior. Nelma Kodama Habib Chater Gráfico do MPF mostra o funcionamento do esquema na Petrobras 1 - PROPINAS Segundo o Ministério Público Federal, diretores e funcionários da Petrobras cobravam propina de empreiteiras e outros fornecedores para facilitar seus negócios com a estatal. 2 - CONTRATOS SUPERFATURADOS Os contratos dessas empresas com a Petrobras eram superfaturados para permitir o desvio de dinheiro dos cofres da estatal para os benefíciários do esquema. 3 - OPERADORES Parte do dinheiro recebido pelos fornecedores da Petrobras foi desviada para lobistas, doleiros e outros operadores encarregados de repassá-lo a políticos e funcionários públicos. 4 - PARTIDOS POLÍTICOS Segundo o MP, o esquema beneficiava os partidos políticos responsáveis pela indicação dos diretores da Petrobras que colaboravam com o esquema na estatal. As diretorias da Petrobras - As investigações se concentram sobre três diretorias da Petrobras e as pessoas que passaram a controlar essas áreas após a chegada do PT ao poder, em 2003. Segundo Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, cada diretor era responsável por recolher propina das empresas com contratos na sua área e repassá-la ao partido que lhe garantia o apoio político necessário para continuar no cargo. Cada área tinha um operador para fazer a distribuição do dinheiro, segundo os delatores. Diretoria Responsabilidade Período Partido político Operador principal Propina, segundo Costa e Youssef Abastecimento Refinarias, petroquímica e distribuição no Brasil 2004-2012 PP e PMDB Alberto Youssef 3%, dos quais 1% para o PP, Costa e Youssef, e 2% para o PT Paulo Roberto Costa Diretoria Responsabilidade Período Partido político Operador principal Propina, segundo Costa e Youssef Engenharia e Serviços Projetos e execução de obras 2003-2012 PT João Vaccari 2% - sendo 1% para o PT e 1% para Duque e Barusco Renato Duque Diretoria Responsabilidade Período Partido político Operador principal Propina, segundo Costa e Youssef Internacional Exploração de petróleo e refinarias no exterior 2003- 2008 PMDB Fernando “Baiano” Soares 1% Nestor Cerveró Diretoria Responsabilidade Período Partido político Operador principal Propina, segundo Costa e Youssef Internacional Exploração de petróleo e refinarias no exterior 2008- 2012 PMDB Fernando “Baiano” Soares 1% Jorge Zelada Quanto dinheiro o esquema desviou? Segundo as investigações, o esquema de lavagem de dinheiro investigado originalmente movimentou até 10 bilhões de reais. Não há, por enquanto, informações oficiais a respeito de quanto dinheiro público foi desviado. Em despacho divulgado em novembro, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelo caso, afirmou que os danos sofridos apenas pela Petrobras “atingem milhões ou até mesmo bilhões de reais”. Em depoimento divulgado em 5 de fevereiro, o ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, estimou que o PT teria recebido de 150 a 200 milhões de dólares entre 2003 e 2013, fruto da propina de 90 contratos da Petrobras. Em 20 de janeiro, o MPF ajuizou ações contra cobrando 4,47 bilhões de reais de seis empreiteiras (OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Engevix), sendo 319 milhões de ressarcimento aos cofres públicos pelos desvios de recursos públicos da Petrobras, 3,19 bilhões por danos morais coletivos e 959 milhões como pagamento de multa civil. Nas escolas, nas ruas, campos, construções Somos todos soldados, armados ou não Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais, braços dados ou não Os amores na mente, as flores no chão A certeza na frente, a HISTÓRIA na mão Caminhando e cantando e seguindo a canção Aprendendo e ensinando uma nova lição. Vem vamos embora que esperar não é saber Quem sabe faz a hora não espera acontecer. (Geraldo Vandré) Bibliografia: 1 – UOL / Folhade São Paulo; 2 – Revista Exame; 3 – O Globo; 4 – Charges da web.
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