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Leitura e Produção de Textos II Os Gêneros Discursivos em Sala de Aula: A Receita, a Carta do Leitor, a Fábula e os Contos de Fadas Aula 1 Eliza Adriana Sheuer Nantes Doutora em Estudos da Linguagem Mestre em Estudos da Linguagem Especialista em Língua Portuguesa Resumo:O objetivo desta aula é apresentar os gêneros discursivos receita; carta do leitor; fábula e contos de fadas para o trabalho em sala de aula. Palavras-chave: gêneros discursivos; receita; carta do leitor; fá ;bula contos de fadas. Conceituar gê ;nero Diferenciar tipologia textual e gê ;nero discursivo Reconhecer os gêneros receita; carta do leitor; fábulas e contos de fadas com o intuito de investigar como trabalhar com eles em sala de aula Objetivos da aula Bakhtin (1979) O gênero é um enunciado de natureza histórica, sócio-interacional, ideológica e lingüística “relativamente estável”. PCNs – Preconizam que o ensino da língua deva favorecer a contruçã /o de um leitor produtor de textos. Pressupostos teóricos A língua como fato social (teoria sócio-interacionista). O ensino via gêneros: A busca por um caminho Gêneros Textuais Vídeos Fonte: www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_tk Marcuschi (2006) As teorias dos gêneros que privilegiam a forma ou a estrutura estão em crise, haja vista que o gênero é flexível e variável. Hoje a tendência é observar o gênero pelo seu lado dinâmico, processual, social, interativo, cognitivo evitando a classificação e a postura estrutural. Os estudos dos gêneros hoje a) contexto de produçã :o / ;autor enunciador destinatá ;rio ;objetivo local de publicação. b) conteúdo temático c) marcas linguísticas e enunciativas O trabalho com gêneros Gênero: receita Possibilidade de ampliar ainda mais o repertório culiná ;rio Possibilidade de maior autonomia ;para as pessoas que cozinham Pelo fato de a receita compartilhar de certas propriedades com outros gêneros do discurso, tais como bulas de remédio, regulamentos, leis, instruções de montagem. Gênero receita por quê? A ideia é começar por um gênero que seja menos complexo para que, nos outros anos escolares, se possa trabalhar com gêneros mais complexos que partilham de semelhanças com as receitas. (BARBOSA, 2003, p. 11) Gênero receita por quê? Compreender o objetivo do texto instrucional; Conhecer as peculiaridades da linguagem do texto instrucional; Observar as características do gênero estudado. O aluno deverá aprender com a aula: Gênero: receita culinária Autor: pode nã ;o ser identificado algum especialista :Tipo de texto instrucional :Objetivo ensinar a fazer uma comida Destinatá :rio pessoas interessadas em cozinhar Local de publicação: jornais, revistas, livros de culinária, internet Características do gênero receita Organização gráfica: ingredientes, modo de preparo, ilustração e rendimento. Marcas linguísticas: verbo no modo imperativo (misture, retire, mexa) e terceira pessoa do singular, uso de expressões que dão ideia de modo (delicadamente, lentamente) e de tempo (cerca de 3 minutos, por último). Receita de Bolo - Brasília Vídeo Fonte: www.youtube.com/watch?v=TzPrPHLCLac Receita de Ano Novo Carlos Drummond de Andrade Vídeo Fonte: www.youtube.com/watch?v=J7B0ZV7cFCA Carta do leitor Reconhecer o gênero carta do leitor como um meio de interação entre leitor, mí ;dia e sociedade Desenvolver o pensamento crítico e participar ativamente das diferentes questões presentes na ;sociedade Compreender os diferentes contextos nos meios de comunicação (veículos) e interlocutores. Utilizar devidamente os elementos linguísticos e gramaticais nas produções dos textos. O que o aluno pode aprender com a aula? :A estrutura de uma carta do leitor Apresenta data, vocativo, texto, despedida ;e assinatura Como recebem um número muito grande de cartas, os jornais e revistas costumam selecionar as mais interessantes e publicam somente o corpo ou parte dele, em que está o mais importante: a opiniã ;o do leitor O tipo de linguagem utilizado na carta do leitor é /geralmente culta formal. Carta do leitor É um gênero em que o leitor se dirige a um jornal ou revista para comentar, criticar ou elogiar uma matéria ou carta publicada em edições anteriores. Quem escreve? Leitor. Onde circula? Revistas, jornais. Com que finalidade? Posicionamento do leitor acerca de um assunto. Carta do leitor Deve suscitar nos alunos o interesse pela leitura, escrita e o debate de diversos assuntos que circulam nos meios de comunicação. Propiciar que os alunos tornem-se leitores críticos e experientes diante dos diversos textos que leem. A linguagem da carta do leitor costuma variar, conforme o perfil dos leitores da publicação. Pode ser mais descontraída, se o público é jovem, ou ter um aspecto mais formal. O trabalho com a carta do leitor A ciência estética é um presente maravilhoso para todas as pessoas. Pena que ela não ensine bom senso nem discernimento crítico.“ Jorge Jossi Wagner Ribeirão Preto, SP Carta do leitor Atividade Unam-se em grupo e escrevam uma carta para uma revista da sua cidade posicionando-se a respeito de alguma situação que ocorre em sua região. São uma variação do conto popular ou fábula. É uma narrativa curta cuja história se reproduz a partir de um motivo principal. Transmite conhecimento e valores culturais de geração a geração. Contos de fadas As histó ;rias apresentavam enredos assustadores Hoje respeitamos o significado da palavra infâ ;ncia Foram adaptados - Charles Perrault, posteriormente, os Irmãos Grimm e o dinamarquê ;s Hans Christian Andersen Narrativas mais suaves, cujos desfechos culminavam em uma “moral da história”. Contos de fadas… não eram de fadas Eles mantêm uma estrutura fixa: partem de um problema (como estado de penúria, carência afetiva, conflito entre mãe e filho), que desequilibra a tranquilidade inicial. O desenvolvimento é uma busca de soluções, no plano da fantasia, geralmente com elemento mágico: fadas, bruxas, duendes, gigantes etc.. A restauração da ordem acontece no final da narrativa, quando se volta a uma situação de tranquilidade. Estrutura dos contos de fadas Animais que falam, fadas madrinhas, reis e rainhas não podem faltar, assim como a introdução "era uma vez". As narrativas se passam em um lugar distante "muito longe daqui" e têm personagens com nomes comuns ou apelidos, como João e Chapeuzinho Vermelho. Esses elementos facilitam a memorização e tornam a narrativa apropriada à oralidade. "No conto maravilhoso, o leitor é transportado para um mundo onde tudo é possí :vel tapetes voam e galinhas põem ovos de ouro. A magia da fantasia Refletir sobre alguns aspectos da estrutura da narrativa:marcadores de tempo e lugar, sequência e articulação entre os acontecimentos; Interpretar as informações centrais do texto; Trabalhar algumas estratégias de leitura como: localização, reconstrução e inferência de ; ;informações identificar personagens e assuntos ;Inferir e antecipar a continuidade da narrativa Recontar e reescrever um conto de fadas coletivamente (contos de fadas atuais). Indicação: ensino fundamental :// /http portaldoprofessor.mec.gov.br index.html :// /http www.qdivertido.com.br contos.php ://http horadaleiturafabulascontosdefadas.blogspo / / /t.com.br 2010 01 para-voce-ler-contos-de- charles.html :// / /http nonio.eses.pt contos perrault.htm ://https / /www.youtube.com user teatrodecontosdefada Indicações de sites A fábula é uma narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter moralizante, protagonizado por animais, plantas ou até objetos inanimados. Fábulas Contém geralmente uma parte narrativa e uma breve conclusão moralizadora, onde os animais se tornam exemplos para o ser humano, sugerindo uma verdade ou reflexão de ordem moral. Fábula Origem: no Oriente, depois na Grécia Esopo). Os romanos (Fedro) inseriu a fábula na literatura escrita. Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho, é uma narrativa com fundo didático (moral). Fábula :Os mais famosos escritores Esopo, Fedro e La Fontaine. :Brasil Monteiro Lobato As fábulas são normalmente transmitidas por pais, professores, até políticos e figuras públicas, e estão em livros, peças de teatro, filmes, e em várias outras formas de comunicação. Fábula :Web Serie Fabulas Inesquecíveis Parte V -O Leão e o Ratinho! Vídeo Fonte: www.youtube.com/watch?v=36Bd_GpCRKs Atividade Leia a fábula “O leão e o rato” :e responda quais aspectos você trabalharia com seus alunos, em sala de aula? Diz que um leão ia andando chateado, não muito rei dos animais porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe disse poucas e boas. Ainda com palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leã :o gritou -Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojenta. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, desgraçado, inferior, mesquinho, rato! E soltou-o. O rato correu o mais que pode, mas, quando já estava salvo, gritou pro leã :o - Será que Vossa Excelência poderia escrever isso para mim? Vou me encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso para ela com as mesmas palavras.” (Millôr Fernandes) Texto para atividade em sala Reescrita de Fábulas Vídeo Fonte: www.youtube.com/watch?v=Eqza9QmZM34 Alunos do Ensino Médio Lançam Livros com Contos e Fábulas Escritas por Eles Vídeo Fonte: www.youtube.com/watch?v=Z1eWhlD6wA4 :// / /http portaldoprofessor.mec.gov.br storage mater /iais 0000016797.PDF ://http /www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br arquiv / / _ / _ _ _os File producoes pde artigo viviane aparecida _ _nunes vieira yokomizo.pdf Indicação de sites BAKHTIN, Mikhail/VOLOCHINOV (1929). Marxismo e filosofia da linguagem. 2ª ed. Sã :o Paulo Hucitec, 1997. BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Do professor suposto pelos PCNs ao professor real de Língua Portuguesa: são os PCNs praticáveis? In: ROJO, Roxane (Org.). A prática de linguagem na sala de aula: praticando os PCNs. São :Paulo EDUC, 2000, p. 149-182. :BEZERRA, Maria Auxiliadora. In Por que cartas do leitor na sala de aula? DIONISIO, Angela Paiva. Machado, Anna Rachel e Bezerra, Maria Auxiliadora (orgs.). Gêneros Textuais & Ensino. 5ª edição. RJ: Lucerna, 2007. CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 1996. Referências BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais. 1º e 2º ciclos do ensino fundamental. Brasília, SEF, 1997. ______. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais. 3º e 4º ciclos do ensino fundamental. Brasí :lia SEF, 1998. FIORIN, José Luiz. Linguagem e Ideologia. São Paulo: Ática, 1988. SANDMANN, Antônio. A linguagem da propaganda. Sã :o Paulo Contexto, 1993. Referências
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