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RESENHA.docx O 7 Saberes

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RESENHA
Morin, Edgar, 1921- Os sete saberes necessários à educação do futuro / Edgar Morin; tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 2. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2000..
Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro
Edgar Morin é antropólogo, sociólogo e filósofo francês. Nascido em 1921, em Paris, o escritor é formado em Direito, História e Geografia e realizou estudos também nas áreas da Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Durante a Segunda Guerra Mundial, participou ativamente da Resistência Francesa. Morin é autor de mais de 30 livros, entre eles: O método, o qual possui 6 volumes e foi escrito em mais de três décadas, Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro. 
O autor Edgar Morin é considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade. O livro escolhido para reflexão “Os sete saberes necessários à educação do futuro” é uma das obras mais lidas e divulgadas do autor, mas também é uma obra que recebe várias críticas Uma obra que é preciosa para alguns, é prescritiva para outros. Importante, pois ao ser publicado contribuiu para as discussões acerca da necessária evolução da educação. Aqui busquei uma leitura mais atenta para pensar nessa evolução da educação. A ideia é, a partir dessa obra, ver os pontos dissonantes e as aproximações para refletir sobre processos da transformação na educação. 
Passarei pelos principais pontos do livro, apresentando um olhar crítico sobre o mesmo e em seguida relacionaremos algumas características das artes com a obra em questão. “sete saberes” necessários á educação do futuro. 
O capítulo I, As Cegueiras do Conhecimento: o Erro e a Ilusão, p. 19-33, 
No capítulo II ( p. 35-46) , Os princípios do Conhecimento Pertinente, 
No capítulo III, Ensinar a Condição Humana, p. 47-61, 
No capítulo IV, Ensinar a Identidade Terrena (p. 63-78) 
O capítulo V, Enfrentar as Incertezas (p. 79-92), 
No capítulo VI Ensinar a Compreensão (p. 93-104) 
No capítulo VII, A Ética do Gênero Humano (p. 105-115), 
Para a educação do futuro exige-se enfrentar os problemas que para o autor, “são ignorados ou esquecidos”. Para os educadores, há a preocupação de como transmitir conhecimentos dentro de uma estrutura social hierarquizada e em permanente transformação. É um desafio para eles lidar com o novo saber que a sociedade moderna exige e que contribuição terá estes novos saberes na educação do futuro. Em sua análise, o autor evidencia a sociedade contemporânea e como as diferentes maneiras de articular dentro do universo escolar uma formação mais humana, vinculando os conhecimentos antigos, modernos e contemporâneos não excluindo os aparelhos eletrônicos, que tantas benesses trouxeram para a formação intelectual do homem deste novo século. 
O autor expõe também, nesta obra, a velocidade e a eficiência com que as informações são divulgadas aos quatro cantos do continente e como são dimensionadas os processos de controle e articulação de bases sólidas na transmissão de conhecimentos que seriam universais com interesses da maioria. Edgar Morin expõe na sua obra 7 capítulos ou “sete saberes” necessários á educação do futuro. 
O capítulo I, As Cegueiras do Conhecimento: o Erro e a Ilusão, p. 19-33, trata da cegueira com que a educação conduz o conhecimento. Para o autor, o conhecimento está, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão e é dever da educação mostrar que direção tomar. Mostra também o risco do erro provocado pelas perturbações aleatórias ou de ruídos, em qualquer transmissão de informação, em qualquer comunicação de mensagens. Na busca de conhecimentos que possibilitam eliminar o risco do erro, poder-se-ia considerar a repressão de manifestações de afetividade, mas chegou-se à conclusão de que a afetividade pode fortalecer o conhecimento. Embora o desenvolvimento do conhecimento científico seja necessário para detectar os erros e as ilusões, é de fundamental importância reconhecer e eliminar as ilusões que advêm das teorias científicas. A educação precisa ensinar, no processo ensino-aprendizagem, a condição humana com base na razão, sem esquecer a afetividade, na emoção. 
No capítulo II (p. 35-46), Os princípios do Conhecimento Pertinente tratam das informações essenciais sobre o mundo, que devem ser contextualizadas com os conhecimentos do mundo como mundo. A educação deve viabilizar meios ao acesso às informações a todo cidadão do novo milênio. Ao homem do futuro, a educação deve preocupar-se com a pertinência do conhecimento. Como organizar um ensino-aprendizagem voltado ao Contexto, o Global, o Multidimensional, o Complexo. A lógica do pensamento depende da articulação e organização dos conhecimentos do mundo. 
No capítulo III, Ensinar a Condição Humana, p. 47-61, o autor trata a educação do futuro como meio de um ensino voltado ao conhecimento do humano, como parte do universo. Segundo ele, todo o conhecimento deve ser contextualizado para ser pertinente. É dever da educação ensinar a condição humana considerando a razão sem esquecer afetividade dentro da emoção. 
No capítulo IV, Ensinar a Identidade Terrena (p. 63-78) relata as consequências do medo que tomou conta no século XX, devido ao massacre ideológico visando o poder econômico. A falta de explicação lógica para tais fatos desafia a educação a encontrar um meio de ensinar com coerência e a ética da compreensão. 
O capítulo V, Enfrentar as Incertezas (p. 79-92), fala das incertezas históricas ao longo dos séculos. Segundo o autor, o surgimento do novo não pode ser previsto, senão não seria novo. O avanço da história surge a partir de acontecimentos decorridos de inovações ou de criações internas ou locais e são tratados como desvios em relação à normalidade. Essas incertezas poderão ser ensinadas à luz do processo histórico da humanidade. 
No capítulo VI Ensinar a Compreensão (p. 93-104) trata do problema da compreensão. Enfatiza a incompreensão generalizada entre os humanos, em meio a uma profusão de meios de comunicação modernos. O papel da educação deve ser centrado num processo de uma sociedade globalizada, convivendo com as tecnologias de informação, porém sem esquecer a condição humana. 
No capítulo VII, A Ética do Gênero Humano (p. 105-115), trata da inseparabilidade do gênero humano como a trilogia indivíduo/sociedade/espécie. No processo educacional é necessário conduzir as interações entre os indivíduos, pois são não apenas inseparáveis, mas coprodutores um do outro. Nessas condições, a comunidade de destino planetário permite esperar para o futuro uma maior participação dos indivíduos e das sociedades, uma nova consciência humana e consequentemente uma solidariedade planetária do gênero humano. No ensino da ética do gênero humano, o futuro da humanidade depende de como o homem vai construir seu caminhar.
O texto de Morin traz vários pontos importantes a serem considerados nas transformações para evolução da educação, porém alguns pontos podem precisar de uma atenção do leitor mais crítico. O primeiro ponto acontece no título, quando ele propõe falar de uma educação para o futuro. Por que não, uma educação para nosso tempo? Mesmo sabendo que o texto foi escrito há mais de dez anos atrás, a emergência da mudança se faz presente no nosso agora, como já se fazia há dez ou mesmo cinquenta anos atrás. Ao colocar as "necessidades" para o futuro, o autor abre espaço para a procrastinação e possível conformismo. Sabemos que a educação é lugar de apostas para o futuro, espaço para plantar o que se espera colher logo mais à frente, que escolhas sobre a sua forma e conteúdo dizem muito sobre um povo, sua história e seu porvir. Por isso, merece tanta atenção e interesse vindos das mais diferentes direções. Quando o autor propõe um texto sobre uma educação para o futuro e não contempla o contexto capitalista neoliberal na tessitura de seu texto e nas constataçõesdos problemas que vivemos ele está sendo parcial. É impossível ignorar que parte da engrenagem do mundo de hoje depende do capitalismo e de suas forças nada ocultas. A proposta desta comunicação é refletir sobre algumas questões levantadas por Edgar Morin em sua obra “Os sete saberes necessários à educação do futuro” e traçar possíveis relações com a educação em arte. O autor fala da busca pela lucidez; defende a ideia de que precisamos educar considerando a complexidade da condição humana e também sua identidade terrena; reforça que precisamos nos afastar de concepções deterministas e reitera que o caminho da educação deve ser um exercício de compreensão e paz. A ideia é encontrar aproximações da educação em arte do pensamento de Morin e dar relevo a algumas características do universo da arte que possam contribuir para esse urgente avanço da educação.
A educação prepara os seres para lidarem com várias questões da complexidade colocadas por Morin, mas também contempla questões presentes em nossas críticas à ele. Lembramos aqui que cada autor tem sua visão e em cada obra parte dessa visão se cristaliza, mas ela não é fixa. Ao longo do percurso de suas obras essa visão pode e deve sofrer transformações. A presente comunicação dialoga com alguns autores, mas principalmente com Morin (2000), apresentando algumas concordâncias e discordâncias à respeito de uma obra específica. Reiteramos aqui nossa crença na riqueza dos debates e trocas para uma real transformação na educação. E acreditamos que entre os saberes necessários à essa evolução devemos considerar várias características presentes ,como a sensibilidade, o olhar ampliado e transversal, a leitura crítica, a flexibilidade no agir e pensar. Pensamos que, para que aconteça uma evolução na educação, a educação em arte é um ingrediente primordial.
Esses sete saberes objetivam estimular os educadores brasileiros a se movimentarem para uma educação sustentável para todos, aprimorada e adequada às novas realidades. Toda educação precede da participação do indivíduo de modo particular e no grupo social que está inserida. Assim, convidamos todos os professores a refletirem e colocarem em prática uma educação focada em formar indivíduos para as relações globais e com a consciência de que tudo está inserido nas partes e no todo, e que nossas atitudes definem o nosso futuro.
Resenhado por:
ROSILENE RIBEIRO DA SILVA
Tecnóloga em Administração (2008) Pela UNOPAR, e licenciada em Matemática (2011) FACIMED – Faculdade de . E Acadêmica de Ciências Contábeis Unopar.

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