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Resenha livro Colapso

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Capítulos 1, 14, 15 e 16.
Acadêmica: Mariana Laporta Barbosa
Como as sociedades escolhem os fracassos ou o sucesso
▪ Jared Diamond inicia o primeiro capítulo do livro fazendo uma breve introdução sobre
como conheceu o estado americano de Montana, e sobre seu encantamento com o Big Hole,
um vale plano com riachos, cercados por montanhas, no sul do Vale de Bitterrroot.
▪ O autor relata que quando estava na faculdade, passou um verão com Dick Hirschy, sua
irmã e dois colegas de faculdade, trabalhando na colheita de feno.
▪ Após alguns anos, ele recebeu um convite de
uma fundação particular sem fins lucrativos, no
vale de Bitterroot, e levou seus filhos para
conhecer o local. Se reencontrou com Dick
Hirschye seus irmãos e irmãs, que ainda
trabalhavam na colheita. Desde este
reencontro, ele e sua família visitavam Montana
todos os anos, atraídos pela mesma
inesquecível beleza de seu céu.
Fonte: https://www.visiteosusa.com.br/state/montana
▪ Montana é foi escolhida como objeto de estudo para discorrer sobre os problemas
ambientais ocorridos nas sociedades do passado, buscando assim, diagnosticar seu
reflexo nos problemas da atualidade, e tentar prevenir que eles se repitam, ocasionando
impactos piores no futuro.
▪ Além disso, a localidade mostrará como um estado do país mais rico do mundo
moderno, em uma das partes mais puras e menos populosas deste país, também é
exposto a sérios problemas ambientais.
▪ Montana irá ilustrar os cinco temas principais do livro: impacto ambiental causado por
seres humanos; mudança climática; relação social com sociedades vizinhas amistosas
(no caso de Montana, sociedades em outros estados dos EUA); exposição dessa
sociedade aos atos de outras sociedades hostis (como os atuais terroristas e produtores
de petróleo de outros países); e a importância de uma resposta da sociedade aos seus
problemas.
▪ Segundo o autor, o vale de Bitterrot apresenta uma pequena amostra de todos os
problemas ambientais dos EUA, entre eles:
▪ Aumento da população;
▪ Imigração;
▪ Escassez crescente;
▪ Diminuição da qualidade da água e do ar;
▪ Rejeitos tóxicos;
▪ Maior risco de incêndios florestais;
▪ Deterioração das florestas;
▪ Perda de solo e de seus nutrientes;
▪ Perda da biodiversidade;
▪ Danos causados por espécies exóticas introduzidas;
▪ E efeitos de mudanças climáticas.
▪ Para entendermos a economia de Montana, é importante sabermos que as mesmas
desvantagens ambientais que afetam a produção de alimentos em todos os estados
montanhosos do Oeste americano, também limitam a capacidade de Montana para a
agricultura e a pecuária.
▪ Essas desvantagens, significam que qualquer coisa plantada em Montana pode ser
produzida a um custo menor, com maior produtividade, e transportada para qualquer
lugar da América do Norte mais rapidamente, e a um custo menor.
▪ Portanto, a história de Montana consiste em tentativas de resposta à questão fundamental
de como sobreviver nesta terra belíssima, mas com uma agricultura e uma pecuária não-
competitivas.
▪ Mais da metade da renda dos moradores de Montana não vem de seu trabalho na própria
cidade, mas sim em dinheiro que flui vindo de outros estados dos EUA: transferências do
governo federal (previdência social, saúde e programas contra a pobreza) e fundos
particulares de fora do estado (pensões de outros estados, ganhos com a venda de
imóveis e renda comercial). Ou seja, a própria economia de Montana não consegue
sustentar seu modo de vida, e é sustentado por e dependente do resto dos EUA.
A ocupação humana em Montana teve diversas fases econômicas:
▪ 1ª fase - Chegada dos nativos americanos, caçadores-coletores.
▪ 2ª fase – Chegado dos "homens das montanhas”, caçadores de peles e
comerciantes vindos do Canadá e, também, dos EUA.
▪ 3ª fase - Início em 1860, baseada em três pilares econômicos que vigoram
até hoje em Montana, embora com importância reduzida: mineração;
exploração de madeira; e produção de alimentos.
▪ Parte dos problemas ambientais de Montana são causados pela baixa precipitação, por
ser uma localização geográfica não privilegiada em relação às colheitas e a distância
até os centros comerciais.
▪ Além disso, a intensa mineração, extração de madeira e desmatamento para a
agricultura e construção de moradias fez com que grandes extensões de terras
ficassem improdutivas e ocasionou a contaminação dos lençóis freáticos.
▪ Mudanças climáticas estão fazendo com que Montana fique cada vez mais quente e
seca, o que, juntamente com o número cada vez maior de consumidores, compromete o
abastecimento de água. Sem água disponível, não há agricultura.
▪ Quanto a perda de biodiversidade, a introdução de espécies exóticas levou ao
desaparecimento de espécies nativas valiosas que serviam de alimento para espécies
de fauna nativa, e a prejuízos econômicos, pois se espalharam por áreas que poderiam
ser utilizadas na agricultura.
▪ Desse modo, os problemas ambientais que hoje assolam Montana, são todos aqueles
que um dia minaram sociedades do passado.
▪ Para que os problemas ambientais de Montana sejam resolvidos, esses dependem das
atitudes e valores dos seus moradores, mas a população de lá está se tornando cada
vez mais heterogênea, e não consegue chegar a um acordo sobre o meio ambiente e o
futuro de seu estado.
▪ Há uma crescente polarização de opiniões, criando-se assim, uma sociedade
biestratificada, em extremos como:
▪ Ricos X pobres
▪ Moradores antigos X recém-chegados
▪ Pessoas pró-crescimento X pessoas anti-crescimento
▪ Contra X favor de planejamento governamental
▪ Pessoas apegada a valores tradicionais X gente que recebe bem as novidades
▪ Os habitantes de Montana se mostraram bastante resistentes contra à
regulamentação, pois historicamente, são conservadores e anti-
governistas.
▪ Na visão do povo de Montana, a maioria urbana dos EUA que administra
o governo federal não conhece as condições do estado. Na visão dos
administradores federais, o meio ambiente de Montana é um tesouro que
pertence a todos os americanos e não está lá apenas para o benefício
particular dos seus habitantes.
▪ Uma consequência destas atitudes da população, é a oposição ao
zoneamento e ao planejamento governamental, deixando com que os
proprietários de terra tivessem o direito de fazer o que quisessem com
sua propriedade (uso irrestrito).
▪ No final do capítulo, o autor traz falas de quatro amigos seus, que moram na região de
Montana, buscando levantar suas visões sobre a população da região e suas
preocupações futuras. São eles:
Rick Laible, um recém-chegado, hoje senador estadual;
Chip Pigman, morador antigo e especulador imobiliário;
Tim Huls, morador antigo e fazendeiro de laticínios;
John Cook, um instrutor de pesca recém-chegado.
▪ Rick Laible encontrou Bitterroot após se aposentar parcialmente, e após ir para lá,
comprou uma fazenda, que é administrada por seu filho mais velho. Ele relata que o povo
da região é muito simpático, diferentemente da Califórnia, onde morava anteriormente.
Se envolveu na política buscando atuar na legislação de administração florestal, pois seu
distrito possui muitos madeireiros, que sofreram com o desemprego. Assim como outros
amigos, ele relata que na região, tanto o marido quanto a mulher precisam trabalhar e,
frequentemente, ambos mantêm dois empregos para sobreviver.
▪ Chip Pigman, ao contrário do primeiro caso, nasceu , estudou e cresceu em Montana,
onde trabalha em um negócio de construção de casas e loteamento de terrenos mais
modestos. Ele conta que sofre duras pressões de ambientalistas e vizinhos, que o
enxergam como culpado pelo loteamento excessivo, que faria a região ser
superpovoada. Em sua defesa, Chip relata que há a procura por seu produto de venda, e
que continuará projetando lugares.
▪ Tim Huls é um produtorde laticínios de uma família de antigos habitantes de Montana.
Ele fala sobre a história de produção familiar em que cresceu, e sobre a divisão das
terras com seus irmãos. Cada irmão e esposa possui a sua própria terra e a arrenda
para a empresa familiar, sendo a maior parte do trabalho desenvolvido por eles e
poucos empregados externos, que não são da família. Ele conta que a economia de
uma fazenda é difícil porque o maior valor que se pode tirar da terra em Bitterroot é
vendendo-a para a construção de casas e loteamentos, o que é bastante tentador.
▪ John Cook é instrutor de pesca, que buscou Montana como “lugar aonde morrer”,para
passar o resto da sua vida. Ele relata que gostava muito mais da região como era há 30
anos atrás, e que desde então, foi se enchendo de gente. John diz que não vai querer
viver lá quando se “tornar um shopping-center, com um milhão de pessoas morando
entre Missoula e Darby”.
▪ O primeiro diagnóstico do capítulo é a incapacidade de tomar decisões em grupo por
parte de sociedades ou outros grupos. Este problema está relacionado ao problema da
incapacidade de tomar decisões individuais. Além disso, muitas vezes os indivíduos
também tomam decisões erradas.
▪ Alguns fatores adicionais se somam para falhas na tomada de decisão coletiva, como
conflitos de interesse entre membros do grupo, e dinâmica de grupo.
▪ A partir disso, o autor propõe um “mapa rodoviário de fatores que contribuem para o
fracasso da tomada de decisão em grupo”.
▪ Os fatores foram divididos em uma seqüência de quatro categorias.
▪ Primeiro de tudo, um grupo pode não ser capaz de prever um problema antes que ele
surja de fato. Segundo, quando o problema surge, o grupo pode não conseguir
identificá-lo. Então, após percebê-lo, pode nem mesmo tentar resolvê-lo. Finalmente,
pode tentar resolvê-lo e não ser bem-sucedido.
Há várias razões para que grupos façam coisas desastrosas por não conseguiram antever
um problema antes que este surgisse, são algumas delas:
1) Podem não ter tido experiência prévia de tal problema e, portanto, podem
não ter sido sensibilizados à possibilidade.
2) Nem as experiências prévias garantem que uma sociedade antecipe um
problema, caso a experiência tenha acontecido há tanto tempo que tenha
sido esquecida.
3) Há também o raciocínio por falsa analogia. Quando estamos em uma
situação desconhecida, tendemos a traçar analogias com situações
familiares. É um bom meio de proceder caso a nova e a antiga situação
sejam analogias reais, mas pode ser perigoso caso sejam apenas
superficialmente similares.
▪ Esse tópico envolve a percepção ou a não percepção de um problema que de fato se
apresentou. Há ao menos três motivos para tais fracassos, todos comuns no mundo dos
negócios e no meio acadêmico. São eles:
1) As origens de alguns problemas são literalmente imperceptíveis.
2) A administração a distância.
3) O problema toma a forma de uma tendência lenta, oculta por grandes e
frequentes variações - "normalidade deslizante" e "amnésia de
paisagem“.
▪ O mau comportamento racional surge de conflitos de interesse, quando alguns
indivíduos avaliam corretamente que podem agir em seu próprio benefício através de
comportamento nocivo para as outras pessoas.
▪ Os cientistas denominam este comportamento de "racional" porque envolve raciocínio
correto, embora possa ser moralmente repreensível.
▪ Os infratores sabem que podem prosseguir com seu mau comportamento, em especial
se não houver lei contra isso ou se ela não for aplicada efetivamente. Sentem-se
seguros porque tipicamente são concentrados (em número reduzido) e altamente
motivados pela perspectiva de obter lucros altos, certos e imediatos, enquanto as
perdas se espalham para um grande número de indivíduos.
▪ Essa lógica resultou em uma exploração excessiva e na destruição de muitos recursos.
▪ Outro problema que podemos perceber vem do comportamento irracional, que surge
quando cada um de nós está individualmente prejudicado pelo conflito de valores.
▪ Um exemplo são os valores religiosos, geralmente arraigados na sociedade e, portanto,
causa habitual de comportamento desastroso.
▪ É difícil e doloroso abandonar alguns valores fundamentais quando estes começam a
se tornar incompatíveis com a sobrevivência. Além disso, geralmente não se pode ter
certeza de que se apegar a valores fundamentais será fatal ou (ao contrário) que
abandoná-los vai garantir a sobrevivência.
▪ Ficar amplamente descontente com aqueles que primeiro percebem e se queixam de
um problema;
▪ Ignorar advertências devido a alarmes anteriores que se revelaram falsos;
▪ Fugir à sua responsabilidade invocando NEPM ("Não é problema meu");
▪ Pode surgir de conflitos entre motivos de curto e de longo prazo do mesmo indivíduo;
▪ A “psicologia de multidão”, fenômeno de tomada de decisão de curto prazo onde os
indivíduos que fazem parte de um grupo ou multidão coerente, são emocionalmente
estimulados, e podem se sentir motivados a apoiar as decisões do grupo, embora os
mesmos indivíduos pudessem rejeitar a decisão caso lhes fosse permitido pensar no
caso a sós e com calma.
▪ O "pensamento de grupo“, onde um grupo pequeno e coeso busca alcançar uma
decisão sob circunstâncias estressantes.
▪ E a negação psicológica, que é quando subconscientemente a pessoa suprimi ou nega
sua percepção de modo a evitar a dor insuportável.
▪ Ainda não há uma fórmula para a solução dos problemas, pois esses podem estar além de
nossa capacidade de resolvê-los, ou pode haver uma solução, mas ser proibitivamente
dispendiosa, ou nossos esforços podem ser limitados ou tardios.
▪ Além disso, também há diferenças entre ambientes, sendo que algumas impõem problemas
muito mais difíceis do que outras.
▪ Após identificarmos uma profusão de motivos pelos quais as sociedades podem ser
malsucedidas, para cada uma dessas razões, cada um de nós pode aplicar nossa própria
experiência de vida para lembrar de grupos que conhecemos que não conseguiram
realizar alguma tarefa por um motivo em particular.
▪ Os líderes também devem exercer papel central em um futuro sucesso. Devem ser
corajosos, sábios e firmes, tomando providências para resolver os problemas antes que se
tornem uma crise explosiva.
▪ Toda sociedade moderna depende da extração de recursos naturais, sejam recursos não
renováveis (como petróleo e metais) ou renováveis (como madeira e peixes). Portanto, nossas
sociedades estão comprometidas com a extração desses recursos: as únicas questões
envolvem onde, em que quantidade e como escolhemos fazê-lo.
▪ Neste capítulo argumentarei que os interesses das grandes empresas, ambientalistas e da
sociedade como um todo coincidem mais frequentemente do que se pode intuir de todas
essas acusações mútuas. Em muitos outros casos, porém, há um conflito de interesses: aquilo
que rende dinheiro para uma empresa, ao menos em curto prazo, pode ser nocivo para a
sociedade como um todo.
▪ Este capítulo utilizará exemplos de quatro indústrias extrativistas, com as quais mantive
contato, para explorar algumas das razões pelas quais diferentes empresas percebem ser de
seu interesse adotar políticas diferentes, quer prejudicando quer preservando o ambiente.
Minha motivação é identificar que mudanças podem ser mais efetivas na indução de
empresas que atualmente danificam o meio ambiente a preservá-lo. As indústrias que
discutirei são a de petróleo, mineração de metais e de carvão mineral, madeireira e de pesca
marinha.
1) A primeira experiência do autor em um campo de petróleo foi na ilha Salawati, na
costa da Nova Guiné, quando foi fazer uma pesquisa sobre aves nas ilhas da região.
Ele relata as situações que viu na empresa: o gás natural obtido como subproduto da
extração de petróleo era queimado e sua fumaça era jogada no ar da região; havia
diversos vazamentos de petróleo no chão; havia caça de diversasespécies de
pombos nos arredores; e foram construídas estradas de acesso de 100 metros de
largura.
2) A segunda experiência foi como consultor da World Wildlife Fund (WWF) no campo
de petróleo Kutubu, uma subsidiária da grande empresa de petróleo internacional
Chevron Corporation, instalada na bacia do rio Kikori, na Papua-Nova Guiné.
▪ A indústria de escavação de minério para extração de metais é mais poluente dos EUA,
responsável por quase metade da poluição industrial, atingindo principalmente os rios.
▪ Na maior parte dos EUA, a indústria de mineração de metais está agora em extinção, em
grande parte devido às suas próprias ações.
▪ Os problemas ambientais causados pela mineração de metais são de diversos tipos, como:
1) Envolve a perturbação da superfície da terra através da escavação (minas de superfície
e minas a céu aberto são afetadas);
2) Poluição da água pelos próprios metais, produtos químicos de processamento,
vazamentos de ácido e sedimentos;
3) E a questão de onde é colocada toda a terra e resíduos escavados da mina.
▪ Diferentemente da indústria de petróleo, de mineração de metais e de carvão, as
árvores são recursos renováveis, que se reproduzem. Se você os colher em uma
proporção que não seja maior do que aquela em que se reproduzem, sua colheita pode
se sustentar indefinidamente.
▪ Por serem vistas como valiosas ao meio ambiente, as florestas receberam tratamentos
para tentar minimizar os dados causados por sua extração. Algumas dessas medidas
são a derrubada seletiva de determinadas espécies de árvores; o corte de trechos
pequenos de floresta, de modo que a área desmatada esteja cercada de árvores que
produzam sementes para iniciar o reflorestamento da área derrubada; e o plantio
individual de árvores.
▪ Assim como a indústria madeireira, os peixes são recursos renováveis.
▪ Enfrenta uma crise devido o crescimento da população e da afluência mundial levando 
ao aumento da demanda de reservas em declínio.
▪ Além de o consumo de frutos do mar ser alto e estar aumentando no Primeiro Mundo, é
ainda mais alto e cresce ainda mais rápido em outras partes do mundo, com as
mudanças de populações do interior para o litoral.
▪ O mar fornece empregos, sendo base econômica de alguns países.
▪ Infelizmente, porém, a maioria das espécies marinhas comercialmente importantes ou
entraram em colapso a ponto de se tornarem comercialmente extintas, ou foram
gravemente exauridas, ou estão sofrendo sobrepesca, ou sendo pescadas no limite, ou
recuperam-se muito lentamente da sobrepesca a que foram submetidas, ou estão
pedindo urgente administração.
▪ Em resumo, as práticas ambientais das grandes empresas são moldadas por um fator
fundamental que ofende o sentido de justiça de muitos de nós. Dependendo da
circunstância, uma empresa de fato pode maximizar os seus lucros, ao menos a curto
prazo, degradando o ambiente e ferindo pessoas.
▪ Quando a regulamentação do governo é efetiva, e quando o público está
ambientalmente consciente, as grandes empresas ambientalmente limpas podem
superar as sujas, mas o oposto também pode ser verdadeiro caso a regulamentação do
governo seja ineficaz e o público não se importe.
▪ Ao culparmos as empresas também ignoramos a responsabilidade final do público por
criar condições que permitam a uma empresa lucrar através do prejuízo deste mesmo
público.
▪ À longo prazo, é o público, seja diretamente ou através de seus políticos, que tem o
poder de tornar não lucrativas e ilegais as políticas ambientais destrutivas e fazer as
políticas ambientais sustentáveis lucrativas. O público pode conseguir isso
processando as empresas que o prejudicarem.
▪ Há doze problemas ambientais mais sérios enfrentados por sociedades do passado e
do presente. Oito desses doze já eram significativos no passado e quatro se tornaram
sérios apenas recentemente.
▪ Os primeiros quatro problemas consistem na destruição ou perda de recursos naturais.
São eles:
1) A uma taxa acelerada, estamos destruindo hábitats naturais ou transformando-os em
hábitats feitos pelo homem.
2) Há um consumo necessário de proteína a ser consumida pelos seres humanos,
principalmente advinda de peixes e mariscos.
3) Uma fração significativa de espécies nativas, populações e diversidade genética já
foram perdidas.
4) Os solos usados para a agricultura estão sendo erodidos pela água e pelo vento.
Os próximos três problemas envolvem limites (de energia, água potável e capacidade
fotossintética). O limite não é fixo, mas flexível: há como obter mais do recurso
necessário, mas a um custo mais alto. São eles:
5) As maiores fontes de energia do mundo, especialmente para as sociedades
industriais, são os combustíveis fósseis: petróleo, gás natural e carvão mineral.
6) A maior parte da água doce de rios e lagos já está sendo utilizada para irrigação, uso
doméstico e industrial.
7) A luz solar é finita, de modo que a capacidade da Terra de produzir colheitas e
plantas silvestres também é restrita.
Os próximos três problemas envolvem coisas nocivas que geramos ou transportamos:
produtos químicos tóxicos, espécies exóticas e gases atmosféricos. São eles:
8) A indústria química e muitas outras indústrias fabricam ou liberam no ar, solo,
oceanos, lagos e rios muitos produtos químicos tóxicos, alguns "não naturais" e
sintetizados apenas pelo homem, outros naturalmente presentes em pequenas
concentrações ou sintetizado por criaturas vivas e liberadas pelo homem em
quantidades muito maiores do que as naturais.
9) Há espécies que transferimos, intencional ou inadvertidamente, de um lugar onde
são nativas para outro onde não o são.
10) As atividades humanas produzem gases que escapam na atmosfera, onde ou
danificam a camada protetora de ozônio ou agem como gases do efeito estufa, que
absorvem a luz do sol levando ao aquecimento global.
▪ E os dois problemas que restam, envolvem o aumento da população humana:
11) A população mundial está crescendo, assim, mais gente requer comida, espaço, água,
energia e outros recursos.
12) Além do número alto de pessoas, o maior problema é o seu impacto no ambiente.
▪ Os problemas citados não são independentes uns dos outros, mas sim estão
relacionados: um problema exacerba outro ou dificulta a sua solução.
▪ Qualquer um dos 12 problemas de não-sustentabilidade seria suficiente para limitar o
nosso estilo de vida nas próximas décadas. Não há como identificar apenas um
problema como importante, pois todos são como bombas de tempo, com um detonador
prestes a ser acionado no futuro.
▪ Os problemas serão ambientais serão resolvidos, só nos resta saber se de modos
agradáveis de nossa escolha, ou de modos desagradáveis, que não sejam de nossa
escolha, como guerras, genocídio, fome, doenças epidêmicas e colapso de sociedades.
▪ Para ilustrar melhor com esses 12 problemas ambientais afetam as pessoas, o autor
utiliza a cidade de Los Angeles no sul da Califórnia, onde mora.
▪ Ele relata que a maioria dos problemas da cidade estão relacionados com o aumento
da população. O pior tráfego dos EUA; preço elevado da moradia; imigração acelerada;
desemprego; colapso da indústria pesqueira; alto consumo de combustível; baixa
qualidade do ar; salinização do solo; e perda da biodiversidade e de espécies
características, são alguns dos problemas pontuados na região.
▪ "O ambiente tem de ser equilibrado de acordo com a economia.”
▪ "A tecnologia resolverá os nossos problemas.”
▪ "A crise populacional está se resolvendo por si mesma porque a taxa de crescimento
populacional mundial está diminuindo, de modo que a população irá se estabilizar em
menos do dobro do nível atual."
▪ "Na verdade, não há um problema mundial de alimentos, pois há comida bastante, só
precisamos resolver o problema de transporte e distribuição desta comida para os
lugares onde é necessária!” (O mesmo pode ser dito sobrea energia)
▪ Ou: "O problema de comida no mundo já está sendo resolvido pela Revolução Verde,
com a produção de novas variedades de arroz e outras culturas, ou será resolvido por
culturas geneticamente modificadas.”
▪ "Como medido por indicadores criteriosos como tempo de vida humano, saúde e
prosperidade (em termos de economistas, Produto Nacional Bruto per capita), as
condições têm na verdade melhorado nas últimas muitas décadas.”
▪ "Olhe ao seu redor: a grama ainda está verde, há comida de sobra nos supermercados,
a água limpa ainda flui das torneiras, e não há sinal de colapso iminente.”
▪ "Veja quantas vezes no passado as previsões pessimistas de ambientalistas alarmistas
mostraram-se equivocadas. Por que devemos acreditar neles desta vez?”
▪ "Se exaurirmos um recurso, sempre podemos mudar para outro recurso para satisfazer
a mesma necessidade.”
▪ "O mundo pode acomodar o crescimento populacional indefinidamente. Quanto mais
gente, melhor, porque mais gente significa mais invenções e, no fim das contas, mais
riqueza.“
▪ "As preocupações ambientais são luxos que só podem ser pagos por yuppies do rico
Primeiro Mundo, que não têm o direito de dizer aos cidadãos do Terceiro Mundo o que
devem fazer.“
▪ "Se tais problemas ambientais de fato se tornarem muito sérios, isso ocorrerá no futuro
distante, depois que eu morrer, e não posso levá-los a sério.“
▪ A diferença mais óbvia é que hoje vivemos, em maioria, usando uma tecnologia mais
capaz de impactar o meio ambiente do que a do passado.
▪ Uma segunda grande diferença deriva da globalização. Os problemas de países
ambientalmente devastados, superpovoados e distantes tornam-se nossos problemas
por causa da globalização, que transporta coisas não só coisas boas.
▪ Assim como no passado, países ambientalmente estressados, superpovoados, ou
ambos, correm o risco de ficar politicamente estressados, e de seus governos caírem.
▪ Tais estresses criam conflitos de falta de terras, água, florestas, peixes, petróleo e
minerais. Criam não apenas conflitos crônicos internos, mas também imigração de
refugiados políticos e econômicos, e guerras entre países quando regimes autoritários
atacam nações vizinhas de modo a desviar a atenção popular do estresse interno.
1. Não estamos sendo assolados por problemas insolúveis. Embora enfrentemos
grandes riscos, os mais sérios não são os que estão além de nosso controle. Em vez
disso, são aqueles que nós mesmos provocamos. Porque somos a causa de nossos
problemas ambientais, temos controle sobre eles, e podemos escolher ou não parar
de causá-los e começar a resolvê-los. O futuro está em nossas mãos.
2. Há uma crescente conscientização ambiental do público em todo o mundo,
acelerada especialmente desde a publicação de Primavera silenciosa em 1962.

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