IS_Direito_Penal _Aula07

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EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2012.2 
 
Disciplina Direito Penal 
Aula 07 
 
EMENTA DA AULA 
1. Penas 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Penas: 
� Dosimetria da pena: 
• Deve ser feita segundo o sistema trifásico, cujas fases são: 
1. Pena base: deve ser fixada observando as circunstâncias judiciais. Tem que ficar 
dentro dos limites legais, por mais circunstâncias favoráveis, nunca será abaixo do 
mínimo e por mais circunstâncias desfavoráveis, nunca será acima do máximo. 
2. Pena intermediária: deve ser fixada observando as atenuantes e agravantes. A pena 
intermediária, segundo entendimento amplamente majoritário, também tem que 
ficar dentro dos limites legais. 
3. Pena definitiva: deve ser fixada observando as causas de aumento e diminuição. As 
causas de aumento e diminuição podem elevar a pena acima do máximo e abaixo do 
mínimo nesta última fase. 
 
• Pena base: 
• Circunstâncias judiciais – art. 59, CP: 
� Culpabilidade 
� Antecedentes 
� Personalidade 
� Conduta social 
� Motivos 
� Circunstâncias 
� Consequências 
� Comportamento da vítima 
 
 
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Obs.: Maus antecedentes: só podem ser consideradas sentenças condenatórias transitadas em 
julgado, desde que não sejam computadas como reincidência (isso seria “bis in idem”). Não devem 
ser considerados inquéritos e processos, sob pena de violar a presunção de inocência. 
Súmula 444/STJ: é vedada a utilização de inquéritos ou processos em tramitação para aumentar a 
pena base. 
 
• Pena intermediária: 
Deve ser computada considerando as atenuantes e agravantes genéricas, previstas 
na Parte Geral do CP: 
� Atenuantes: 
� Circunstâncias que sempre atenuam a pena, em quantia 
determinada pelo juiz. 
� Não podem conduzir a pena abaixo do mínimo – Súmula 231/STJ. 
� Estão previstas no art. 65, CP, exemplos: 
a) Menoridade relativa (menor de 21 anos na data do fato); 
b) Maioridade senil (maior de 70 anos na data da sentença); 
c) Desconhecimento da lei; 
d) Confissão espontânea; 
e) Ter praticado o crime sob influência de violenta emoção, 
provocada por ato injusto da vítima (diferente do domínio de 
violenta emoção no homicídio). 
� Juiz pode reconhecer como atenuante circunstância anterior ou 
posterior ao crime ainda que não prevista em lei (atenuante 
inominada), art. 66, CP. 
 
� Agravantes: 
� São circunstâncias que sempre agravam a pena, em quantia fixada 
pelo juiz, desde que não constituam elementar ou qualificadora do 
crime. 
� Estão previstas taxativamente nos artigos 61 e 62, CP, exemplos: 
a) Reincidência 
b) Motivo fútil 
c) Motivo torpe 
d) Crime praticado com violência doméstica ou familiar 
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e) Crime praticado por funcionário público 
� Não é possível o reconhecimento de agravante não prevista em lei. 
� Concurso entre agravantes e atenuantes: 
A pena deve aproximar-se das circunstâncias preponderantes, quais sejam: 
a) Reincidência 
b) Personalidade do agente 
c) Motivos do crime 
� Reincidência: 
� É uma agravante, devido a sua importância ela recebeu a atenção de 
dois artigos, 63 e 64, CP. 
� É reincidente quem pratica um novo crime, após transitar em julgado 
sentença que o condenou, no Brasil ou no exterior, por crime 
anterior. 
� A sentença condenatória deixa de gerar reincidência após decorridos 
5 anos, a partir do término ou extinção da pena, computado o tempo 
de sursis ou livramento condicional não revogados. 
� Condenado com sursis: o tempo de sursis é computado. 
� Não geram reincidência as condenações por: (dentro ou fora dos 5 
anos) 
a) Crime político; 
b) Crimes militares próprios (só previstos no CPM); 
c) Contravenções penais, salvo se o novo processo também for 
por contravenção. 
• Pena definitiva: 
� Deve ser dosada observando-se as causas de aumento/diminuição, também 
chamadas de majorantes e minorantes. São circunstâncias previstas tanto na 
parte geral quando na parte especial, que aumentam ou diminuem a pena 
em quantia fixada na lei (sempre tem uma fração). 
� Pode levar a pena abaixo do mínimo ou acima do máximo. 
� Concurso entre causas de aumento/diminuição, previstas na parte especial: 
havendo concurso entre causas de aumento ou diminuição previstas na 
parte especial o juiz poderá aplicar somente uma, devendo optar pela a que 
mais aumente ou mais diminua (na parte geral poderá aplicar todas).