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EXAME DE ORDEM 2012.1
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2012.1 
 
Disciplina DIREITO CIVIL 
Aula 01 
 
EMENTA DA AULA 
1. Parte Geral 
2. Pessoas 
3. Capacidade 
4. Domicílio 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Parte Geral: 
• Livro I – PESSOAS 
• Livro II – BENS 
• Livro III – FATOS JURÍDICOS (maior incidência OAB) 
 
2. Pessoas: 
�Introdução aos sujeitos de direito 
• São todos os participantes de relações jurídicas. A palavra “sujeito” representa gênero, com 
duas espécies: 
a) Pessoas: possuem o atributo da personalidade jurídica. 
b) Entes despersonalizados: exemplos – espólio, massa falida, sociedade de 
fato, etc. 
�Aquisição da personalidade jurídica: 
• A personalidade garante (tem como efeito) a titularidade de direitos, daí a sua importância. 
• A aquisição para as pessoas naturais se dá nos termos do art. 2º do CC: nascimento com vida 
– Teoria Natalista (posição dominante - OAB). 
Obs.: existe uma posição minoritária: Teoria Concepcionista, é mais ampla, entende que a 
aquisição da personalidade se dá já com a concepção. Essa discussão ganha importância 
quando estamos falando em “nascituro” (sujeitos não nascidos). Para a Teoria Natalista, o 
nascituro é um ente despersonalizado, já para a Teoria Concepcionista, ele é tratado como 
pessoa. 
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• Para as Pessoas Jurídicas, a aquisição está prevista no art. 45, CC, que fala do registro dos 
atos constitutivos. Como regra, registro se dá no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. 
Exceções: Junta Comercial: será utilizada para as sociedades empresárias e EIRELIS (têm 
caráter empresarial); OAB: sociedade de advogados. 
• De acordo com a posição dominante, o art. 45 CC adotou a Teoria da Realidade Técnica - a 
pessoa jurídica existe, mas depende de uma técnica jurídica para adquirir a personalidade. 
ATENÇÃO: Apenas as pessoas jurídicas de direito privado exigem o ato registrado para a 
aquisição de personalidade. As pessoas jurídicas de direito privado estão elencadas no art. 
44, CC (recentemente modificado), temos atualmente 6: associação, sociedade, fundação, 
partido político, organização religiosa e a EIRELI. 
�Extinção da personalidade: 
• Para as pessoas naturais, a extinção se dá com a regra do art. 6º, o óbito (morte do 
indivíduo). Para atestar a morte, a lei de registros públicos estabelece o 
procedimento, é ato vinculado, rígido e solene. Se não houver médico na localidade 
serão necessárias duas testemunhas. 
�Morte presumida – art. 7, CC – declaração depende de sentença judicial. 
Hipóteses: 
a) Probabilidade extrema de falecimento de quem estava em perigo de vida 
(não tem prazo). Ex. acidente de avião. 
b) Desaparecidos ou prisioneiros em campanha de guerra que não forem 
encontrados até 2 anos após do término. 
ATENÇÃO! De acordo com o parágrafo único do art. 7, a morte presumida somente poderá 
ser requerida após o término das buscas e averiguações (condicionante obrigatória). 
Obs.: A morte presumida é instituto diferente da AUSÊNCIA, que é mecanismo que disciplina 
os efeitos civis das pessoas desaparecidas (efeitos eminentemente patrimoniais) – aqui 
também é necessária sentença judicial. A pessoa desaparecida não necessariamente está 
morta, para a morte presumida há possibilidade extrema de que a pessoa tenha morrido, no 
caso do desaparecido, com o transcorrer do tempo a probabilidade da morte aumenta. A 
morte presumida do ausente poderá ser requerida em razão da abertura da sucessão 
definitiva, ou quando o ausente já tiver completado 80 anos com 5 anos de desaparecimento 
(art. 38, CC). 
• Para as pessoas jurídicas a extinção da personalidade jurídica é prevista no art. 51, 
CC – a regra da extinção ocorre com a dissolução, ato voluntário que exige a 
averbação, obrigatoriamente. 
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Obs.: A dissolução da pessoa jurídica é diferente da desconsideração da personalidade (art. 
50, CC e 28, CDC) – a desconsideração tem como objetivo a ampliação da responsabilidade 
patrimonial, na hipótese de abuso de personalidade. O objetivo do instituto é responsabilizar 
sócios e administradores. Exceções que funcionam como mecanismo de extinção da 
personalidade das pessoas jurídicas: 
c) Decretação da falência 
d) Cassação da autorização de funcionamento – algumas empresas precisam de 
autorização pública para funcionamento no Brasil (ex. empresas de radio difusão). 
3. Capacidade 
• A capacidade está ligada ao exercício de direitos, se desdobra em: 
a) Capacidade de direito: é atributo de todos os sujeitos. É a capacidade de exercer 
direitos permitidos pelo ordenamento civil. 
b) Capacidade de fato/ exercício: é a possibilidade de exercer de forma autônoma 
(pessoal) direitos e deveres na ordem civil (relações civis). 
• Fases da capacidade de fato: 
� Absolutamente incapazes – art. 3, CC. 
� Relativamente incapazes – art. 4, CC. 
� Pessoas capazes – art. 5,CC. 
� Existem dois critérios de distinção: 
� Critério objetivo ou etário - por idade. 
� Critério subjetivo ou cognitivo – a aplicação deste critério exige a prévia 
interdição do sujeito, por meio de ação judicial própria, salvo nas hipóteses 
de incapacidade notória. 
� Emancipação: art. 5º,CC – trata-se de um mecanismo de adiantamento da 
maioridade civil (exceção ao critério objetivo), só tem efeitos civis. Espécies: 
a) Voluntária – realizada pelos pais, feita por instrumento público, ato 
discricionário dos pais, não precisa de homologação judicial 
b) Legal – são hipóteses previstas em lei que obrigatoriamente causam a 
emancipação. Ex. casamento. 
c) Judicial – é o caso do menor sob tutela, somente o juiz pode, desde que 
ouvido o tutor. 
4. Domicílio 
• Art. 70 ao 76, CC, principais características: 
a) Domicílio plúrimo ou plural: art. 71 e 72 – sujeito pode ter mais de um domicílio. 
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b) Domicílio aparente: art. 73 – é uma presunção para as pessoas que não possuem 
residência física. 
c) Domicílio necessário: art. 76 – determinado por lei. Ex. incapazes (será o domicilio 
dos seus representantes legais), funcionários públicos, pessoas presas, marítimo (na 
matrícula do navio).