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IS_ Direito_Civil_aula07

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EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR – OAB 2012.2 
 
Disciplina Direito Civil 
Aula 07 
 
EMENTA DA AULA 
1. Posse 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Posse: 
� Posse – é a exteriorização da propriedade. 
� Possuidor – todo aquele que de fato puder exercer total ou parcialmente qualquer dos 
poderes da propriedade (art. 1196). 
� Classificação: 
• Posse direta e indireta: 
o Direta – posse de quem tem a coisa sob o seu poder. Ex. posse do locatário, 
do comodatário, usufrutuário, etc. O possuidor direto pode defender sua 
posse contra o indireto e vice versa (art. 1197). 
o Indireta – posse de quem em virtude de direito real ou pessoal cedeu 
temporariamente a posse direta. Ex. locador, comodante, nu-proprietário, 
etc. 
• Posse injusta e justa: 
o Injusta – é a que for violenta, clandestina ou precária. 
� Violenta: obtida mediante força física ou grave ameaça. 
� Clandestina: obtida às escondidas de quem teria interesse em 
conhecê-la. Só se considera perdida a posse para quem não 
presenciou o esbulho se após tomar ciência dele deixa de retornar a 
coisa, ou tentando recuperá-la é violentamente repelido (art. 1224). 
� Precária: é a posse de quem recebeu a coisa com o dever de 
posteriormente restituí-la, mas notificado a devolvê-la, recusa-se. 
o Justa – é a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
• Posse boa-fé e má-fé: 
 EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
o Boa-fé – é a posse de quem ignora (desconhece) o vício ou obstáculo que 
impede a aquisição da coisa. 
o Má-fé – é a posse de quem conhece o vício ou obstáculo que impede a 
aquisição da coisa. 
� Consequências de ser a posse de boa ou má fé: 
� Possuidor de boa-fé: 
� Ser indenizado pelas despesas de produção e custeio 
dos frutos pendentes; 
� Ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis 
que houver realizado; 
� Terá direito de reter a coisa até receber a 
indenização referida; 
� Com relação às benfeitorias voluptuárias, poderá 
levantá-las (retirá-las), desde que isto não cause 
dano ao principal ou desde que o proprietário ou 
legítimo possuidor não as queira para si, caso em 
que pagará indenização. 
� Possuidor de má-fé: 
� Ser indenizado pelas despesas de produção e custeio 
dos frutos que tiver que restituir; 
� Indenização das benfeitorias necessárias (de 
conservação), isto para evitar o enriquecimento 
injustificado. 
Obs.: 
� Benfeitoria útil – melhora o uso da coisa 
� Benfeitoria voluptuária – de mero desejo, fúteis 
� Benfeitoria necessária – de necessidade 
� Aquisição da posse: 
• Ocorre quando é possível o exercício em nome próprio de qualquer dos poderes da 
propriedade (usar, fruir, dispor, reaver). 
• Atenção: detentor é aquele que achando-se em relação de dependência para com 
outrem, conserva a posse em nome deste e segue suas ordens ou instruções. 
� Perda da posse: 
 EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
• Perde-se a posse no momento em que não é mais possível o exercício em nome 
próprio de qualquer dos poderes da propriedade. 
� Defesa da posse: 
• Pode ocorrer de duas maneiras: 
o Desforço imediato – art. 1210, §1º, CC: o possuidor turbado ou esbulhado 
pode, por sua própria força, manter ou restituir sua posse, deve agir logo e 
valer-se tão somente dos meios indispensáveis. 
o Ações possessórias: 
� Reintegração na posse – cabe no caso de esbulho, ou seja, perda da 
posse. 
� Manutenção de posse – cabe no caso de turbação. 
� Interdito proibitório – é cabível quando houver justo receio de 
ataque iminente à posse. 
Obs.: Ação de imissão na posse – não é ação 
possessória, é ação petitória. É privativa do proprietário que 
nunca teve posse direta, justamente para obtê-la. 
Obs.1: há entre as ações possessórias fungibilidade. 
Ajuizada uma ação, se a situação de fato se alterar o juiz 
pode recebê-la como se outra ação fosse (adaptar a 
demanda ao caso concreto). 
� Usufruto: 
• Direito real que permite ao usufrutuário usar e gozar (colher os frutos produzidos 
pelo bem) de coisa alheia. O usufruto não se transfere com a morte, não pode ser 
alienado, mas o seu exercício pode ser cedido por título oneroso e gratuito. 
� Uso: 
• Também chamado de “usufruto anão”, o usuário poderá usar e gozar do bem, mas 
só poderá retirar dele os frutos indispensáveis para a sua sobrevivência e de sua 
família. 
• Aplica-se ao uso as disposições relativas ao usufruto naquilo que couber. 
� Habitação: 
• Consiste no direito real de morar gratuitamente em imóvel alheio. 
• Independentemente do regime de bens, o cônjuge viúvo terá direito de morar 
gratuitamente no imóvel. É pacífico hoje que igual direito existe para a companheira. 
 
 EXAME DE ORDEM 2012.2
 Coordenação Pedagógica OAB 
 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
� Direito de Superfície: 
• Consiste no direito real de plantar ou construir em terreno alheio, necessariamente 
por tempo determinado. 
• Salvo se autorizadas ou inerentes ao objeto da concessão, são proibidas obras no 
subsolo. 
• A superfície pode ser gratuita ou onerosa e pode ser alienada, transferindo-se 
também por herança. 
• No caso de alienação o proprietário terá direito de preferência e vice-versa. 
• Findo prazo da superfície, o proprietário se tornará dono da construção ou 
plantação, independente de indenização, salvo ajuste contrário.

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