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Livro, o príncipe resenha crítica

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Maquiavel, Nicolau. O PRÍNCIPE; tradução de Maria Lucia Cumo.- Rio de Janeiro: Paz e Terra,1996. (Coleção Leitura)
Resenha crítica apresentada na disciplina Teoria do Estado I, do curso de direito da UFF – ICMS, sobre o texto do autor Maquiavel, Nicolau. O Príncipe (Título original, revisto por Thaís Nicolete) 
 
 
Macaé, junho de 2017.
 
Sobre o autor
	Niccolò Machiavelli, nasceu em Florença em 3 de maio de 1469, em uma Itália fracionada em pequenos Estados conflitantes entre si, o que os tornavam vulneráveis a ataques estrangeiros. Maquiavel, o maior pensador político da Itália renascentista não pertencia a nenhuma escola e não deixou sucessores.
	Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim e logo depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga. Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República de Florença. Porém, com a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel foi afastado da vida pública. Nesta época, passou há dedicar seu tempo e conhecimentos para a produção de obras de análise política e social.
Foi então que em 1513, escreveu sua obra mais importante e famosa “O Príncipe”. Nesta obra, Maquiavel aconselha os governantes como governar e manter o poder absoluto, mesmo que tenha que usar a força militar e fazer inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana.
Sobre o livro
O livro a ser discutido teve como objetivo ser um manual para que Lourenço II de Médici, nobre florentino, empreendesse o projeto de unificação da Itália. Muitos se enganam em pensar que o livro fora escrito para Lourenço I, o Magnífico, mas foi escrito para o Duque de Urbino, filho de Pedro de Médici, de quem Maquiavel havia sido ministro. Em um momento de muita turbulência, com os franceses e espanhóis dominando regiões italianas, os pequenos estados italianos brigando entre si e o Papado lutando por glória própria, o manual se utiliza de exemplos históricos e rompe com a moral religiosa cristã medieval ao mostrar as maneiras que o príncipe tem para manter e fortalecer seu poder.
O Príncipe, nos mostra conselhos políticos como um pequeno manual de conduta de príncipes, descrevendo maneiras de se portar diante de seus súditos, de conduzir os negócios públicos internos e externos e principalmente de como manter o principado.
 
Capítulo I
Este capítulo começa com Maquiavel fazendo uma diferenciação nos modelos de principados. Os eclesiásticos, os mistos, os civis e os hereditários. Ao observar os caminhos para a conquista e a manutenção do poder nestes principados, ele traz os exemplos e explica as razões que levaram a Península Itálica à fragmentação e ao domínio estrangeiro.
Capítulo II
Para Maquiavel, os principados hereditários são difíceis de serem perdidos, visto que basta ao príncipe governar seguindo as tradições antigas, pois os homens são apegados a elas e é muito difícil alguém ter ânimo para fazer o príncipe perder o Estado. As maiores dificuldades estão em manter o poder em um principado novo, pois o príncipe novo não encontra muitos amigos e está suscetível a possíveis conspirações. Entretanto à medida que o governante evita ofender seus súditos ele se tornará estimado entre esses.
Capítulo III ao XI
Maquiavel nesse capítulo trata da conquista de um principado novo, o príncipe deve fazer uso de alguns expedientes que são morar ou instalar colônias, dar poder aqueles mais fracos para que sintam-se dependentes, enfraquecer os fortes locais e vizinhos e não precisar trazer um estrangeiro, pois o povo local, uma vez acostumado a ter certa liberdade, se rebelariam contra o tirano. 
Maquiavel também discorre sobre os principados conquistados pelas armas próprias, que sendo antigos, são difíceis de conquistar e fáceis de manter a conquista. Cita as armas alheias no capítulo VII como algo a não se utilizar, mas o exemplo do Duque Valentino, ou Cesare Borgia, filho do Papa Rodrigo Borgia é prodigioso, pois mesmo se utilizando de armas alheias e do prestígio do seu pai, Cesare vai tomando as atitudes consideradas corretas pelo autor: enfraqueceu seus adversários poderosos, após utilizar o exército francês, passou a usar o seu próprio, dissimulou suas ações e, apenas com a morte de seu pai, o seu poderio se enfraqueceu.
O principado civil seria um exemplo mais adaptável à nossa contemporaneidade. Para Maquiavel, o principado é dividido entre povo e nobres, sendo que o povo não quer ser oprimido e os nobres querem oprimir, por isso o príncipe deve sempre ser atento às demandas do povo, pois aos nobres ele pode retirar e conceder títulos de nobreza, criando nobres que seriam mais “agradecidos” a ele. 
Capítulo XII ao XIV
Após examinar a natureza dos principados, o autor parte para a análise dos exércitos, nos capítulos 12 e 13. Para Maquiavel, o príncipe nunca deve se utilizar de exércitos auxiliares, mistos ou mercenários, pois não o servem. Os mercenários não lutam pelo príncipe, lutam pelo soldo. No caso das tropas mistas ou de outrem, lutam pelo seu senhor, e não pelo príncipe. O príncipe deve sempre ter seu próprio exército, que lute por ele, e deve, obrigatoriamente, como é explicado no capítulo 14, estar sempre armado, pronto para qualquer conflito, entender da guerra, e buscar exemplos de grandes guerreiros. Cabe ao príncipe estar sempre pensando na arte da guerra, inclusive nos tempos de paz, pois a sorte muda, e quando a guerra chegar, o príncipe deve estar preparado para os infortúnios.  
Capítulo XV
No capítulo 15, Maquiavel fala sobre as atitudes do príncipe em relação aos amigos e aos amigos. Aqui, Maquiavel rompe com a moral cristã e explica que ao príncipe cabe, em determinadas ocasiões, não ser bom, e aprender a usar a bondade e a maldade segundo suas necessidades e que o importante é a manutenção do poder, manter o Estado. Esse capítulo é considerado um dos mais importantes da obra, pois aqui, Maquiavel inova, mostrando que a um príncipe a bondade é relativa e que, em muitos casos ela pode te levar a ruína.
Capítulo XVI
Em seguida, no capítulo 16, Maquiavel fala sobre a liberalidade dos príncipes, o que nossos governantes deveriam aprender bem. Para Maquiavel, o príncipe não deve ser liberal e sim parcimonioso, sem gastar muito. Os gastos excessivos tolhem do príncipe a possibilidade de fazer grandes obras e o príncipe parcimonioso não precisa lançar novos impostos sobre seus súditos, pois estará sempre com recursos em caixa. Outro aspecto interessante no capítulo é que Maquiavel afirma que a liberalidade é benéfica em dois casos: ou se você está em vias de ser príncipe, ou se está em fase de conquista, com suas tropas. Uma vez no comando do Estado, isso já não é mais necessário e, se o príncipe, no comando, for constantemente liberal e depois abandonar tal atitude, será visto com desprezo.
Capítulo XVII
No capítulo 17, Maquiavel discute sobre um tema interessante, se é melhor ser amado ou temido.
Para Maquiavel, o príncipe não deve temer a fama de cruel, desde que seja para manter seu povo unido. Muitas vezes, a piedade pode ser algo prejudicial, pois acarreta um mal maior. Maquiavel é cirúrgico ao afirmar que ser temido é melhor do que ser amado, caso o príncipe não possa ser os dois. Pois os homens não fazem cerimônia para desagradar aqueles que são apenas amados, e com os temidos, teme-se o castigo.
Capítulo XVIII
Em seguida, no capítulo 18, temos um ensinamento da maior importância: para Maquiavel, o homem deve acumular as virtudes do homem e do animal, pois quando as leis não funcionam, falham, o homem precisa voltar-se para o lado animal.
E neste caso, Maquiavel cita o leão e a raposa. O leão é forte, aterroriza, vale-se do medo que impõe sobre os outros animais. Mas a raposa é dissimulada, é esperta e sabe preparar armadilhas, bem como se livrar das armadilhas de outrem.
Um exemplo de raposa utilizadopor Maquiavel foi o Papa Rodrigo Borgia, ou Alexandre VI. O Papa fez de tudo para fortalecer seu poder e o de seu filho, sempre mentindo e dissimulando, faltando com a palavra dada. O autor afirma que o príncipe, mantendo ou não a palavra, tem que ter como objetivo principal vencer e manter a unidade do Estado, pois as pessoas só veem os resultados.
Capítulo XIX
No capítulo 19, “como evitar o desprezo e o ódio”, o autor relaciona o ódio aos perigos que possam advir. Para Maquiavel, se o príncipe é amado por seus súditos, ficará intransponível às conspirações e um invasor externo não conseguirá adeptos à sua causa. E Maquiavel cita os defeitos que leva o príncipe a ser odioso e desprezível. No capítulo, Maquiavel ainda reflete sobre alguns imperadores romanos. Marco Aurélio foi o único dos não dedicados à guerra (dentre os elencados) que conseguiu viver até o fim do seu governo, pois possuía muitas virtudes e era amado pelo povo. Dentre os elencados que eram cruéis, apenas Sétimo Severo conseguiu governar. Isso por que não se tornou odioso e teve grandes conquistas, além de ter sido astuto e ardiloso.
Capítulo XX
No capítulo 20, o autor fala sobre as fortalezas e qual a utilidade das mesmas. Aí fica uma relativização, pois as fortalezas só são úteis se o príncipe é amado pelo povo. Sem o amor do príncipe, é inútil. Até porque, no período que Maquiavel escreveu o livro, as cidades italianas começaram a conhecer o canhão, que derrubava as mesmas; Para Maquiavel, o príncipe não deve temer o povo, pois este vai sempre ser o fiel da balança: caso o povo esteja a favor do príncipe, ele vai defendê-lo.
Capítulo XXI
Outro ponto interessante no livro, já no capítulo 21, é sobre as ações do príncipe para ser estimado. O príncipe é estimado quando dá exemplos extraordinários, quando é um excelente conquistador e  quando é um amigo fiel. Em uma situação de um amigo seu entrar em conflito com outro príncipe, tem sempre que tomar partido de seu amigo, pois caso seu amigo perca, ele contará com você para uma possível vitória futura e, caso vença, dividirá com você os louros da vitória e não te fará prisioneiro. Também Maquiavel afirma que o príncipe, para ser estimado deve valorizar as virtudes de seus súditos, as artes e animar seus cidadãos a manterem sempre suas atividades. Distrair o povo com algumas festas durante o ano também é válido, sempre mantendo sua dignidade.
Capítulo XXII
	No capítulo 22, “Dos secretários que acompanham o príncipe”, Maquiavel afirma que precisa ter muita sabedoria ao escolher quem o ajudará a governar, pois eles darão a imagem do monarca. Quando esses secretários são capazes e leais, pode ser considerado sábio. Mas quando são de outro modo, pode-se fazer um mau juízo dele.
	Além disso, ele defende que o ministro que só se preocupa consigo mesmo não merece a confiança do governante e não será um bom ministro.Com isso, para manter a lealdade o príncipe deverá cuidar do ministro, fornecendo honrar, lhe dando responsabilidades, tornando-o rico e fazendo-o participar de honrarias e cargos, para que ele saiba que não pode existir sem o príncipe.
Capítulo XXIII
	No capítulo 23, o autor fala que o soberano deve escolher homens sábios para o seu governo e só deles deve ouvir conselhos e pedir opiniões para depois deliberar sozinho, como achar certo. Mas caso o príncipe não analise bem os conselhos tomando conselhos de aduladores, ele não será corretamente aconselhado; e se der a sorte de ter um bom conselheiro, mas não se aconselhar com mais de um ele correrá o risco do trono ser usurpado. Pois, para Maquiavel cada conselheiro pensará em seus próprios problemas e o príncipe não saberá corrigir. Daí surge o célebre pensamento, de que os homens são maus, se a necessidade não os torna bons.
Capítulo XXIV
	Neste trecho do livro, “Porque os príncipes da Itália perderam seus Estados”, se discorre o fato de que um príncipe novo é mais estimado que um príncipe hereditário, e quando suas ações são reconhecidas como virtuosas, elas cativam muito mais homens, sujeitando-os mais do que a dinastia antiga.
	Ao fim do capítulo Maquiavel crítica alguns monarcas italianos pois estes não se protegeram da nobreza e não deram boas leis, bons exemplos e boas armas para seu povo. Muitos deles esperaram cair por acreditar que alguém iria recolhê-los. Mas para o autor isso não deve ser feito porque as únicas defesas que são boas são as que dependem de ti mesmo e do teu valor.
Capítulo XXV
	Maquiavel no capítulo 25 diz que o homem prudente não pode escapar da sorte. Entretanto, apesar de deixar-se governar pela sorte ele ainda precisa se preparar para as consequências e assim, a sorte determina metade de nossas ações e a outra metade é do livre arbítrio.
	Ainda neste capítulo o autor explica que a sorte costuma ficar ao lado daqueles que ousam e por isso: “Duas pessoas, agindo de modo diverso, alcançam o mesmo objetivo; e duas, agindo de modo igual, uma alcança a sua meta e a outra não”. Com esta reflexão ele afirma estar convencido de que é melhor ser impetuoso do que cauteloso, comparando a sorte com uma mulher, dizendo que ela se deixa vencer mais pelo espancamento e as surras do que por aqueles que, friamente seguem em frente.
Capítulo XXVI
	O capítulo 26 que encerra o livro, o autor elogia a família de Medici exaltando sua casa, sua fortuna e virtude e declara o anseio pela libertação da Itália, dizendo que com a ajuda dos capítulos anteriores é possível que eles expulsem os bárbaros do país como fica expresso na frase: “Que não será muito difícil, tomando-se como modelo as ações e a vida dos príncipes dos quais se falou até agora”. Com isso, Maquiavel declara seu anseio para que Medici, nobre florentino, empreendesse o projeto de unificação da Itália se tornando o próximo governante.
 
REFLEXÃO CRÍTICA
A obra do autor florentino nos traz diversas reflexões a respeito da arte do bem governar. E não podemos, logicamente, através da leitura de tal clássico, deixar de fazer um paralelo com o tempo presente. Especificamente quero falar de todo o processo de queda da ex-presidente Dilma Rousseff, sem discorrer sobre os aspectos legais ou sobre os erros de seu governo. 
Diz Maquiavel, no capítulo sete que um cidadão que conquista o principado com as armas ou a fortuna alheia, com pouco esforço chega ao poder, mas com muito o mantém, quando consegue. Dilma Rousseff não possuía capital político significativo para alcançar a presidência da República, utilizando todo o prestígio de seu antecessor, Lula. Além de não possuir capital político, não possuía o que Maquiavel chama de “virtú”. Poderia Dilma, após conseguir chegar ao poder, criar as bases para um governo seu, saindo da esfera de influência de Lula e, conquistando os políticos aliados a Lula, o povo e as os partidos políticos.
Tarefa difícil, mas boa parte do povo, senão a amava, não lhe nutria ódios. Muitos votaram nela para evitar um governante considerado indesejável, e não lhe faltaram apoios. Em relação aos políticos petistas, a análise é um pouco prematura, pois recentemente saíram notícias de que até mesmo dentro do partido articulou-se o Impeachment; sobre esse tema eu só tenho o seguinte a dizer: os homens sempre, na bonança, se penhoram em relação ao príncipe. Mas, na tempestade, todos somem. E Dilma não soube ser hábil para transformar a tempestade em bonança, pois seu governo foi repleto de crises econômicas.
A maior barreira seria o aliado indesejado que Dilma herdou de Lula. Se não podia desfazer tal aliança, ela teve quatro anos para enfraquecer e buscar alguém que, ganhando importância no governo, se penhorasse incondicionalmente a ela. Do contrário, ela manteve os esquemas partilhados entre PT e PMDB. Sabemos que a utilização de exércitos auxiliares, segundo Maquiavel, leva a ruína, e Dilma utilizou as “tropas”  do PMDB para garantir a chamada “governabilidade”. Logo, as “tropas” mostraram a quem trabalhavam, e ela se viu isolada, sendo derrotada na batalha do Impeachment.
A presidente poderia ter se utilizadode uma coligação com partidos menores, sem precisar do PMDB. É muito mais honroso perder com as tropas próprias do que com as auxiliares. Se perde com elas, é vergonha, pois perdeu mesmo tendo auxílio poderoso e, se vence, é prisioneiro das mesmas.
 
Referências bibliográficas: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Edição de texto: Thaís Nicolete. Tradução Maria Lucia Cumo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.- Coleção Leitura.

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