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resposta questões jurisdicao e casos

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Caso 1- Súmula vinculante
(OAB – XIX Exame unificado) O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo
suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos
constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a
importância assumida pelo instituto, determinada associação de classe procura seu
advogado e solicita esclarecimentos a respeito dos legitimados a requerer a edição da
súmula vinculante, dos seus efeitos e do órgão que pode editá-la.
Com base no fragmento acima, assinale a opção que se apresenta em consonância com os
delineamentos desse instituto.
D) A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os
demais órgãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo.
Caso 2-
Caso concreto: João das Neves, revoltado com a situação política do Brasil, adentrou em
uma audiência pública que estava sendo realizada pela Câmara dos Deputados e atirou 5
vezes na direção da mesa diretora da casa. Sendo certo que João não tinha treinamento
com armas de fogo, os 5 tiros atingiram apenas as paredes do plenário.
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Considerando que João foi denunciado por tentativa de homicídio, a quem compete o
processo e julgamento?
b) Caso João seja condenado, poderia ele recorrer? Para qual órgão do poder judiciário.
Semana Aula 1
Gabarito 1-
letra D.
Gabarito 2-
a) João deverá se julgado perante o Tribunal no Júri, ainda que o crime tenha sido cometido dentro da câmara dos deputados e em face de Deputados Federais.
b) Sim, João poderia recorrer ao Tribunal de Justiça do Distrito
Senama aula 2
Prova: 32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X
1 - Assinale a opção correta no que se refere ao regime da repartição constitucional
de competências entre os órgãos da função jurisdicional.
a. Ao STF compete processar e julgar, originariamente, mandados de segurança
contra ato do presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do procurador-geral da
República, dos ministros de Estado e do próprio STF.
b. Ao STF compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas corpus e
mandados de segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais
superiores, se denegatória a decisão.
c. Ao Superior Tribunal de Justiça compete julgar, em grau de recurso ordinário,
habeas corpus e mandados de segurança decididos em única ou última instância
pelos tribunais regionais federais (TRFs) ou pelos tribunais dos estados, se
denegatória a decisão.
Aos TRFs compete processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança
impetrados contra ato de juiz federal ou contra ato do próprio tribunal
CASO 1- letra d.
Semana Aula 3
Descrição
Questão objetiva:
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional?
(a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da
República.
(b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o
processo de sua elaboração.
(c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição
da República e também contém vício com relação a sua formação.
(d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da
Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos
humanos.
Questão discursiva:
(OAB – XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisória
estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros
pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só
fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital
federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida
provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a
Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o
mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal,
podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética
apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.
A) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas
materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais?
CASO 1 - letra C
CASO 2-
A) O aluno deverá responder que as normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais.
B) O aluno deverá responder que o entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88.
Semana Aula 4
Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei
visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda
a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemiaa população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia
transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que
os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em
razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando,
igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de
saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi
encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a
afirmativa coreta.
A) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de
inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao
interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis.
B) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por
vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto
presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado
pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes.
C) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade
material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que
acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da
República.
D) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade
formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a
iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o
veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis.
Questão discursiva
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o
estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados
pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado,
Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o
Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes
mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá
ser respondida a consulta?
CASO 1- letra D
CASO 2- Questão discursiva:
Apesar de o controle jurisdicionalde constitucionalidade realizar-se, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo: trata-se do MS que, neste caso, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional (titular do direito líquido e certo à observância do devido processo legislativo) e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI). Ver, por exemplo, o MS-MC
23047/DF, STF.
Semana Aula 5
CASO 1- Questão discursiva
(OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada
com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela
da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta,
reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à
inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de
reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar
expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua
incidência no caso concreto.
De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª
Turma Cível.
A) está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução
constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato
normativo inconstitucional.
B) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a
inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo
a quo.
C) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para
si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa.
D) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha
declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo.
CASO 1- letra D
CASO 2- Questão discursiva:
STF, RE 472489
EMENTA: DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. CERTIDÃO PARCIAL DE TEMPO DE SERVIÇO. RECUSA DA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO DE OBTENÇÃO DE CERTIDÃO EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS. PRERROGATIVAS JURÍDICAS DE ÍNDOLE EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE RELEVANTE INTERESSE SOCIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMAÇÃO ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOUTRINA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO.
Semana Aula 6
1- Questão obejtiva
Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando
a) o plenário de um Tribunal, pelo quorum mínimo de dois terços de seus membros,
acolhe argüição de inconstitucionalidade.
b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe argüição de inconstitucionalidade.
c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe argüição incidental de
inconstitucionalidade.
d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte
Constitucional, declarar a inconstitucionalidade.
e) uma seção julgadora, pelo quorum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe
argüição de inconstitucionalidade.
CASO 2- Questão discursiva:
O servidor público aposentado ?A? ingressou com uma ação requerendo a extensão de
um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em
inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de ?A?.
O servidor ?B? ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da
ação de ?A?, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente.
Insatisfeito, ?B? apela da decisão requerendo que a sentença de ?A? seja utilizada de
forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de ?B??
CASO 1- : letra C
CASO 2- Questão discursiva:
Não. Em se tratando de controle na modalidade incidental, concreta e difuso, as decisão proferidas pelos juízos não possuem efeitos vinculantes. Desta forma, o tribunal não poderia atender o pedido de “B”.
Semana Aula 7
CASO 1- Questão objetiva
Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: (0.5 pontos)
a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação.
b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer.
c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um
técnico na questão.
d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem
sobre a referida inconstitucionalidade.
Questão discursiva:
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em
face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e
respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF
teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a
responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários
integrantes da carreira da polícia civil.
Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se
pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de
inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda,
justificadamente:
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado?
Desenvolvimento
Caso 1: letra A
Questão discursiva:
Informativo 562, STF: O Tribunal iniciou julgamento de ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da República contra os artigos 7º, I e III, e 13, e seu parágrafo único, da Lei distrital 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal e dá outras providências. Alega-se que os dispositivos impugnados violam os preceitos contidos nos artigos 21, XIV e 32, § 4º, da CF. Sustenta-se, em síntese, que as normas distritais impugnadas reformulam a organização da Polícia Civil do Distrito Federal, ao estabelecer regime jurídico diferente do previsto em lei federal para os seus agentes penitenciários, bem como ao estender aos novos cargos de técnicos penitenciários as atribuições já realizadas pelos agentes penitenciários da carreira policial civil. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei impugnada, reputava o processo não devidamente aparelhado e propunha a suspensão do julgamento para determinar que o Advogado-Geral da União apresentasse defesa da lei atacada, nos termos do § 3º do art. 103 da CF (“Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”). Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou- se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercicio de competência legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Nãocabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal). 
Semana Aula 8
Questão objetiva:
Sustentando que os Estados do Sul e do Sudeste têm 57,7% da população do País, mas
somente 45% de representantes no Poder Legislativo federal, circunstância que fere o
princípio da isonomia e a cláusula "voto com valor igual para todos", partidos políticos
do bloco de oposição, todos com representação no Congresso Nacional, ajuizaram,
perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de inconstitucionalidade a fim de obter
provimento judicial declaratório da inconstitucionalidade da expressão "para que
nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta
Deputados" e da palavra "quatro", constantes dos §§ 1o e 2º do art. 45 da Constituição
Federal. Referida ação
a) está fadada ao insucesso, porque somente partido político majoritário tem legitimidade
para propor ação direta de inconstitucionalidade.
b) deve ser julgada procedente, pois há manifesto conflito entre princípios
supraconstitucionais e normas constitucionais, o qual se resolve em favor dos primeiros.
c) deve ser acolhida, porque, se a escolha de Governador de Território tem de ser
aprovada previamente pelo Senado Federal, segundo o art. 52, III, c, da Constituição
Federal, e não por eleição direta, nada justifica a norma pela qual "cada Território elegerá
quatro Deputados".
d) deve ser julgada improcedente, na medida em que, se não existe diferença entre
princípios e normas para efeito de interpretação constitucional, não se pode falar de
contradição entre dispositivos de uma mesma constituição.
e) não pode ser admitida, pois a rigidez constitucional não se coaduna com o
estabelecimento de hierarquia entre normas postas pelo Poder Constituinte originário.
CASO 2 - Questão discursiva:
(OAB – XX Exame Unificado) Sob o argumento de subrepresentação das regiões mais
populosas do país, bem como de desigualdade entre os Estados-membros da Federação e,
até mesmo, discriminação ente eles, o governador de um determinado Estado propõe
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a expressão "para que nenhuma
daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados",
constante do Art. 45, § 1º, da CRFB/88, dispositivo nela inserido desde a sua
promulgação. Além desse problema, o mesmo governador fez uma outra consulta ao seu
corpo jurídico para saber sobre a possibilidade de não aplicar determinada emenda
constitucional que, no seu entender, não era benéfica ao seu Estado, isso apesar de oSupremo Tribunal Federal já ter reconhecido a sua compatibilidade com a CRFB/88.
Nesse particular, um de seus assessores sugeriu a adoção da tese de que a norma
constitucional originária é hierarquicamente superior, ao menos no plano axiológico, à
norma constitucional derivada. Diante de tais fatos, responda, justificadamente, aos itens
a seguir.
A) Cabe ADI contra o Art. 45, § 1º, da CRFB/88, norma constitucional que existe desde a
promulgação da Constituição da República, em 1988?
B) A emenda constitucional pode deixar de ser aplicada com base na tese sugerida pelo
assessor do Governador?
Desenvolvimento
CASO 1 - Letra E
CASO 2- Questão discursiva:
A) Não, porque a jurisprudência do STF não admite o cabimento de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra norma constitucional originária, por impossibilidadejurídica do pedido, tendo em vista que se trata de norma formulada pelo poder constituinte originário, que não tem nenhum tipo de limitação, sendo, portanto, incondicionado, ilimitado, inaugural e soberano. A Suprema Corte não pode exercer o papel de fiscal do poder constituinte originário, a fim de verificar se este teria, ou não, violado os princípios de direito suprapositivo.
B) Não. O sistema constitucional brasileiro não admite a hierarquia de normas constitucionais. Portanto, há que se reconhecer que as emendas constitucionais têm a mesma força normativa das normas constitucionais originárias. Portanto, as emendas constitucionais que modifiquem as normas constitucionais originárias, desde que observem os requisitos constitucionais, não ocupam um plano inferior na hierarquia constitucional.
Semana Aula 9
CASO 1 - Questão objetiva
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar:
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação
anterior revogada pela norma impugnada.
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para
os órgãos do Poder Judiciário.
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa.
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui
caráter retroativo.
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações
diretas de inconstitucionalidade.
CASO 2- Questão discursiva:
(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao
Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo
em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal
projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder
Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador
José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o
Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do
exposto, responda aos itens a seguir.
A) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique.
B) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique.
Desenvolvimento
CASO 1- Letra D
Caso 2 -
A) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional.
B) O vereador não possui legitimidade para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e a norma municipal não pode ser objeto de ADI, conforme estabelecem o Art. 102, inciso I, alínea a, e o Art. 103, ambos da CRFB/88.
Semana Aula 10
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais.
A A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de
norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF,
sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF.
B Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à
completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF.
C A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de
injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta de
inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de constitucionalidade.
D O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto
constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora.
CASO 2- Questão discursiva
(OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição insere novo direito na
Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita da
devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda
assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a
que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente (o
Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citadaLei Y. Passados dois
anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de
usufruir do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado
de Injunção. Não sabendo exatamente os efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário
consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso específico, a
adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer
plenamente suas necessidades. Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos
itens a seguir.
A) Assiste razão ao(a) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do
Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual?
B) A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria
CASO 1- Letra A
CASO 2- Questão discursiva:
A) A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido. 
B) Segundo o Art. 105, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário.
Semana Aula 11
CASO 1 - Letra B
CASO 2- Questão discursiva
A) Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC.
B) Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, mais especificamente Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica (ADI ou ADIn) é um instrumento utilizado no chamado controle direto da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal Federal brasileiro.
Controle concreto ou difuso – realizado diante de casos concretos julgados por qualquer órgão do poder judiciário em qualquer grau de jurisdição; A sentença produz efeitos “inter partes” e qualquer ação judicial serve para realizar o controle difuso.
O Controle abstrato ou concentrado de constitucionalidade Supremo Tribunal Federal (STF) competência para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. Por meio desse controle, procura-se obter a declaração de inconstitucionalidade de lei ou do ato normativo em tese, independentemente da existência de um caso concreto, visando a obtenção da invalidação da lei. A declaração da inconstitucionalidade da lei, é o objeto principal da ação. 
O controle difuso ou aberto, também conhecido por via de exceção ou defesa, caracteriza-se pela permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade do ordenamento jurídico com a Constituição Federal. Na via de exceção, a pronúncia do judiciário, sobre a inconstitucionalidade, não é feita enquanto manifestação sobre objeto principal da lide, mas sim sobre questão prévia, indispensável ao julgamento de mérito. Considerações
8/3

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