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Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS POP Rolamento em bloco e imobilizaRolamento em bloco e imobilizaçção ão em prancha longaem prancha longa POP 039POP 039 30/10/2013 Versão SAMU Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto AULA ILUSTRATIVA PARA AUXÍLIO DO INSTRUTOR TODAS AS TÉCNICAS DEVEM SER REALIZADAS CONFORME DESCRIÇÃO DO DOCUMENTO POP-PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS-POP DURANTE A CAPACITAÇÃO O INSTRUTOR DEVERÁ OBRIGATORIAMENTE UTILIZAR-SE TAMBÉM DO POP Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto OBJETIVO Orientar a maneira correta e mais segura de movimentar e/ou transportar um paciente, que necessite de cuidados no manuseio em virtude dos agravos de saúde, mantendo a estabilização manual da coluna vertebral e o alinhamento do corpo, com mínimo de movimento da coluna, e colocá-lo em prancha longa rígida por meio da técnica de rolamento em bloco. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto CAMPO DE APLICAÇÃO •Unidades de Suporte Básico de Vida (USB) •Unidades de Suporte Avançado (USA) •Unidades Básicas Distritais De Saúde (UBDS) •Unidades de Pronto Atendimento (UPA) •Unidades de Saúde Da Família (USF) •Serviço De Assistência Domiciliar (SAD) Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto MATERIAL • Equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, luvas e máscara facial. • Prancha rígida longa com tirantes ou cintos de segurança. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto RESPONSABILIDADE � Auxiliar de Enfermagem � Técnico em Enfermagem � Enfermeiro � Médico � Condutor Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO Esse procedimento pode ser realizado em duas abordagens, com o paciente em posição supina (decúbito dorsal horizontal) ou em posição semiprona (deitado de barriga para baixo). Para a realização correta faz se necessário à presença de dois a três profissionais. O profissional que está na posição da cabeça realizando a fixação manual será o responsável por comandar todo o procedimento. 4.1 Rolamento em bloco: Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1 Abordagem com o paciente em posição supina (decúbito dorsal horizontal): 4.1.1.1 Após certificar-se de que a cena está segura e que a equipe de atendimento está devidamente paramentada com os equipamentos de proteção individual, o primeiro profissional posiciona-se atrás da cabeça do paciente, fletindo os membros inferiores, ajoelhando-se e orientando-o sobre a técnica e sua finalidade; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1.2 Enquanto o primeiro profissional mantém a cabeça do paciente estabilizada em posição neutra alinhada por meio de movimentos leves e firmes, o segundo profissional instala o colar cervical conforme o biotipo do paciente; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1.3 Após essa etapa, o primeiro profissional mantém a cabeça do paciente em posição neutra alinhada, o segundo se ajoelha na altura da metade do tórax, e o terceiro profissional ajoelha-se na altura dos joelhos do paciente. Os braços do paciente são esticados e colocados junto ao corpo com as palmas das mãos voltadas para o tronco, enquanto as pernas são colocadas em posição neutra alinhada; 4.1.1.4 Estando os profissionais devidamente posicionados com os braços entrelaçados para distribuir as forças e dar mais estabilidade, o paciente é pego pelos ombros e quadris de tal forma que se mantenha a posição neutra alinhada das extremidades inferiores, e este é “rolado em bloco” para o lado dos profissionais; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1.5 Neste momento, se houver um quarto profissional, a prancha longa é posicionada lateralmente ao paciente, com a borda inferior ficando entre os joelhos e os tornozelos do paciente (a borda superior da prancha longa se estenderá além da cabeça do paciente). Caso a equipe seja composta por apenas três profissionais os mesmos antes de se posicionarem para realizar o rolamento em bloco, deverão deixar a prancha longa já posicionada no local correto apenas para ser puxada no momento exato pelos profissionais que estão localizados ao longo do corpo do paciente. Para esta etapa do procedimento, o segundo e o terceiro profissional irão liberar apenas uma das mãos e trazer a prancha para junto do paciente; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1.6 A prancha longa é mantida angulada contra o dorso do paciente. O paciente é rolado em bloco sobre a prancha longa, que é abaixada ao chão com o paciente. Entretanto antes de rolar o paciente sobre a prancha, a equipe poderá aproveitar para examinar o dorso do paciente, evitando manipulações posteriores. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1.7 Uma vez no chão, o paciente é pego firmemente pelos ombros, pelve e extremidades inferiores, pelos demais profissionais, enquanto que o profissional que está na cabeça mantém o posicionamento e apenas coordena o procedimento; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.1.8 O paciente é movimentado para cima e lateralmente sobre a prancha longa. A estabilização neutra alinhada é mantida sem puxar a cabeça ou o pescoço do paciente; 4.1.1.9 O paciente é posicionado na prancha longa com sua cabeça no topo da prancha e seu corpo centrado. Em casos de atendimento pré-hospitalar móvel, a partir deste momento devem ser fixados os cintos de segurança da prancha e o paciente pode ser transportado para o local seguro ou colocado sob a maca da ambulância e esta para o interior da viatura, onde se dará continuidade a assistência executando os procedimentos específicos as necessidades identificadas. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.2 Paciente em posição semiprona ou deitado de barriga pra baixo: Para a realização do rolamento em bloco, estando o paciente em posição semiprona, os princípios utilizados anteriormente deverão ser respeitados, ou seja, mesmo posicionamento dos profissionais (cabeça, tronco e membro inferior), comando das ações, colocação das mãos (podendo ou não ser entrelaçadas) e alinhamento do paciente. Entretanto o colar cervical só pode ser colocado com segurança quando o paciente estiver em posição supina (decúbito dorsal) alinhada sobre a prancha longa e nunca antes que isso ocorra. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.2.1 Sempre que possível, o paciente deve ser girado na direção oposta daquela para onde sua face está direcionada. Um profissional alinha e estabiliza manualmente a cabeça e o pescoço do paciente, utilizando movimentos suaves, exercendo uma pressão que garanta sua estabilidade. 4.1.2.2 Outro profissional ajoelha-se na direção da metade do tórax do paciente e segura o ombro, o punho e a pelve do lado oposto. O terceiro profissional ajoelha-se na altura dos joelhos do paciente e segura o pulso, a pelve e as extremidades inferiores. A prancha longa é posicionada em sua borda lateral com a extremidade inferior situada entre os joelhos e tornozelos do paciente; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regionalde Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.2.3 Sob o comando do profissional que está na cabeça, o paciente é rolado em bloco sobre o seu lado. A cabeça do paciente roda menos do que o tronco, de tal forma que, no momento em que o paciente estiver sobre o seu lado (perpendicular ao chão), a cabeça e o tronco estarão alinhados adequadamente. Se o paciente apresentar traumatismo no braço do lado de rolamento, este poderá ser mantido estendido acima da cabeça do paciente, para posteriormente ser posicionado ao longo do tronco do mesmo, evitando assim rolar em cima do membro com lesão; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.1.2.4 Uma vez que o paciente esteja deitado em posição supina sobre a prancha longa, deve ser movimentado para cima e na direção do centro da prancha. O profissional deve tomar cuidado para não puxar o paciente, mas, sim, para manter a estabilização alinhada em posição neutra. Estando o paciente corretamente posicionado sobre a prancha longa, o colar cervical deve ser colocado e o paciente pode então, ser fixado na prancha longa. . Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.2 Imobilização na prancha longa: Este procedimento permite a imobilização total do paciente mantendo o alinhamento e a posição neutra da cabeça e do pescoço, diminuindo os riscos de lesões adicionais. 4.2.1 Pacientes adultos: 4.2.1.1 A cabeça e o pescoço do paciente são movimentados para uma posição neutra e alinhada (a não ser que seja contra-indicado), o alinhamento e a estabilização manual são mantidos, e o colar cervical apropriado é instalado. . Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.2.1.2 Enquanto se mantém a estabilização manual da cabeça, se fixa primeiramente a parte superior do tronco do paciente à prancha longa, para posteriormente fixar a parte inferior do tronco (pelve). O corpo do paciente deve ser fixado de tal forma que não permita qualquer movimento para cima, para baixo ou para as laterais. Um coxim pode ser colocado sob a cabeça do paciente, para manter o alinhamento em posição neutra. Após colocar o imobilizador lateral de cabeça; . Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.2.1.3 Estando a cabeça e o tronco devidamente imobilizados, podemos neste momento fixar as extremidades inferiores com os tirantes fixados na prancha. Os tirantes são colocados distalmente aos joelhos e acima deles, e as porções inferiores das pernas são fixadas de tal forma que os dedos dos pés apontem para cima; . Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.2.2 Pacientes pediátricos: Para a realização do procedimento em crianças menores, faz se necessário adequações em função do tamanho relativamente maior da cabeça com relação ao corpo da criança, e para isso é preciso a colocação de acolchoamento sob o tronco para elevá-lo e manter o alinhamento neutro da coluna. O coxim estende-se dos ombros até a parte superior da pelve e cobrindo a prancha de um lado ao outro. . Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO 4.3 Instalação da prancha longa com a vítima em pé: 4.3.1 Procedimento realizado com três ou mais profissionais: 4.3.1.1 Após certificar-se de que a cena está segura e que a equipe de atendimento está paramentada com os equipamentos de proteção individual, o primeiro profissional posiciona-se a frente do paciente, orientando-o sobre a técnica e sua importância, iniciando a estabilização e alinhamento manual da cabeça e pescoço; 4.3.1.2 Uma vez obtida à estabilização e o alinhamento manual que pode ser realizado pela frente como por trás do paciente, o colar cervical deve ser instalado pelo segundo profissional; . Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO . 4.3.1.3 Estando essa etapa concluída, a prancha longa é colocada atrás do paciente e pressionada contra ele. Uma vez que a prancha esteja no lugar, mantém-se a estabilização manual e o paciente é fixado na prancha longa; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO . 4.3.1.4 A partir de agora o paciente posicionado na prancha longa será deitado sob o chão, e para isso dois profissionais ficam em pé de cada lado do paciente, um pouco virados na direção do paciente, e inserem a mão que se encontra mais próxima do paciente sob a axila dele, segurando a alça mais próxima sem movimentar o ombro do doente. A outra mão segura à alça superior da prancha. Enquanto o alinhamento e a estabilização manual são mantidos, o paciente e a prancha são deitados no chão; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO . 4.3.1.5 Enquanto o paciente está sendo deitado no chão, a estabilização manual da cabeça é mantida pela rotação das mãos. Uma vez que o paciente e a prancha estejam no chão, o paciente pode ser fixado na prancha. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO . 4.3.2.1 Os dois profissionais ficam em pé, cada um de um lado do paciente, um pouco virados na direção do paciente. Cada profissional insere a mão que se encontra mais próxima do paciente sob a axila deste, segurando a alça da prancha longa que estiver mais próxima. A palma da outra mão, com os dedos estendidos, é colocada contra a lateral da cabeça do paciente, pressionando contra a mão do outro profissional para manter a estabilização manual; 4.3.2 Procedimento realizado com dois profissionais: Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto PROCEDIMENTO . 4.3.2.2 O paciente é deitado, junto com a prancha longa até o chão. Os profissionais devem trabalhar juntos durante este movimento para garantir o máximo de estabilização manual. Uma vez que o paciente e a prancha estejam no chão, a estabilização e o alinhamento manual da cabeça devem ser mantidos enquanto o colar cervical de tamanho apropriado é colocado, e o paciente é fixado na prancha longa. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto OBSERVAÇÃO 5.1 O rolamento em bloco é indicado para colocar o paciente na prancha longa, ou outro dispositivo que facilite o transporte do paciente e também para virar o paciente com suspeita de trauma raquimedular para examinar seu dorso (PHTLS, 2007); 5.2 Para a realização do rolamento em bloco, estando o paciente em posição semiprona, as mãos do profissional que estabilizará a cabeça deve estar posicionada corretamente, ou seja, mão direita na orelha direita e mão esquerda na orelha esquerda, para não ocorrer dificuldades no momento do rolamento sob a prancha longa; Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto OBSERVAÇÃO 5.3 O limite de peso suportável pelas pranchas longas varia de 113 a 272 Kg, devendo ser seguida às orientações dos fabricantes. 5.4 No procedimento de instalação da prancha rígida longa, se a equipe de atendimento for restrita a dois profissionais, a equipe priorizará o cuidado com a estabilização da cabeça e do tronco, podendo delegar sob orientações os cuidados com os membros inferiores. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto REGISTRO Registrar devidamente a assistência prestada na ficha de atendimento de enfermagem com assinatura e carimbo constando o número do Coren. Núcleo de Educação em Urgência SAMU Regional de Ribeirão Preto REFERÊNCIAS PHTLS – Prehospital trauma life support. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007 SOUSA, R. M. C. et al. Atuação no trauma: uma abordagem para aenfermagem. São Paulo: Atheneu, 2009 COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Comitê do Trauma. Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS): manual do curso para alunos, São Paulo: Colégio Americano de Cirurgiões; 2007
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