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Alunos: Luciano Calil Nogueira Junio Kebelly Rosa Leão Epidemiologia nos serviços e sistemas e saúde Epidemiologia Etimologicamente, “epidemiologia” significa o estudo que afeta a população (epi= sobre; demio= povo; logos= estudo). Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos problemas de saúde em populações humanas, bem como a aplicação desses estudos no controle dos eventos relacionados com saúde. É a principal ciência de informação de saúde, sendo a ciência básica para a saúde coletiva. Tipos de estudo epidemiológicos Os tipos de estudo podem ser: 1.Qualitativos: utiliza conceitos, comportamentos, percepções, informações das pessoas (coleta de dados: observações, entrevistas e leituras);refere-se a estudos profundos, subjetivos;usados em larga escala nas ciências sociais. 2.Quantitativos: são objetivos na busca para explicação dos fenômenos, ênfase numérica;maior aplicação na área da saúde. Classificações: Descritiva: Epidemiologia descritiva avalia a frequência ou distribuição das enfermidades,estudando a variabilidade da frequência das doenças ao nível coletivo, em função de variáveis ligadas ao tempo, ao espaço ambiental e populacional e à pessoa,objetiva responder onde, quando e sobre quem ocorre determinado agravo à saúde. Sendo assim, ela é capaz de delinear o perfil epidemiológico das populações e possibilita intervenções de saúde coletiva Analítica: estudo dos fatores (causais) que explicam tal distribuição, relacionando uma determinada situação de saúde, ou seja, as desigualdades dos níveis de saúde entre grupos populacionais, com a eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública, ou mesmo identificando suas causas no modo como tais iniquidades são produzidas, na forma como a sociedade se organiza e desenvolve. Aplicações da Epidemiologia: 01- Informar a situação de saúde da população: Determinar as frequências, o estudo da distribuição dos eventos e o diagnóstico consequente dos principais problemas de saúde verificados, identificando também as partes da população que foram afetadas, em maior ou menor proporção. 02- Investigar os fatores determinantes da situação de saúde: Realizar estudo científico das determinantes do aparecimento e manutenção dos danos à saúde na população; 03- Avaliar o impacto das ações para alterar a situação encontrada: Determinar a utilidade e a segurança das ações isoladas dos programas de serviço de saúde. Epidemiologia nas Políticas, Programas e Serviços de Saúde A Epidemiologia é um dos pilares da Saúde Pública, e como tal deve estar estreitamente incorporada às políticas, programas e serviços públicos de saúde. No Brasil, a criação e o processo de fortalecimento e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Falar em saúde no Brasil é falar no Sistema Único de Saúde (SUS), seja como realidade, seja como utopia, com seus princípios de eqüidade, descentralização e integralidade. Antes de tudo, o SUS é a impressão, no nosso sistema constitucional e legal, de uma compreensão da saúde “forjada’’ em conceitos que, em longo processo, fomos consolidando na saúde coletiva e na epidemiologia. Artigo 196 da nossa Constituição Federal: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visam a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. É importante também relembrar que uma das leis básicas que regula este princípio constitucional, a Lei 8.080 de 1990. SUS Resumo e Questões comentadas Lei Orgânica 8.080/90 A Lei 8.080 foi votada em 19 de setembro de 1990. Essa lei aborda as condições para promover, proteger e recuperar a saúde, além da organização e o funcionamento dos serviços também relacionados à saúde. A partir desta lei, observamos que algumas das atribuições do SUS são: -Assistência terapêutica integral; - Assistência farmacêutica; -Controle e fiscalização de alimentos, água e bebidas, garantindo Orientação familiar; -Participação na preparação de recursos humanos; - Orientação familiar; -Acompanhar a Saúde do trabalhador; -Vigilância epidemiológica; -Vigilância nutricional; -Vigilância sanitária. Papel da epidemiologia nos serviços e sistemas de saúde? As causas das doenças e agravos à saúde têm suas raízes na sociedade, as ações que buscam efetivamente melhorar os padrões de saúde da população, DEVERIAM reduzir a ocorrência das doenças,articulando as diferentes esferas e níveis do governo e da sociedade. O desenvolvimento de novos modelos de atenção à saúde tem, para o SUS, em todos os seus níveis, entre outras implicações, buscar maneiras de pôr em prática o direito constitucional à eqüidade, não só em relação ao acesso ao cuidado, mas também às exposições e aos riscos, ou seja às chances de ficar doente. DITADURA MILTAR QUALIDADE SISTEMA DE SAÚDE, NÃO ERA BOA FICOU AINDA PIOR. O GOV. MIL. BRAS. INANPS PAÍSES INSATISTISFEITOS MOVIMENTO SANITARISTA BRASILEIRO 8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE EM 1988 INCORPORADO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA “SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO´’ EQUIDADE UNIVERSALIDADE INTEGRALIDADE DESCENTRALIZAÇÃO CONTROLE SOCIAL Referências: 1. Guimarães R, Lourenço R, Cosac S. A pesquisa em epidemiologia no Brasil. Rev Saúde Pública, 2001; 35: 321-40. 2. Last, J. M., Ed. Dictionary of epidemiology. New York: Oxford University Press, 1988. 3. Barreto ML. Por uma epidemiologia de saúde coletiva. Rev Bras Epidemiol, 1998; 1: 104-30. 4. ABRASCO. I Reunião Nacional sobre Ensino e Pesquisa em Epidemiologia. Relatório Final. Estudos de Saúde Coletiva, 1986; 4: 91-108. 5. ABRASCO. II Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia no Brasil, 1995-1999. Rio de Janeiro: ABRASCO; 1995. 6. Solla, JSSP. Problemas e limites da utilização do conceito de classe social em investigações epidemiológicas. Cad Saúde Pública 1996;12: 207-16.
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