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PROCESSOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS AULA 06 Prof.ª Thaís Helena Curi Braga 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, abordaremos quatro setores da indústria química, escolhidos pelo grau de importância que têm no cenário econômico brasileiro. São eles: Indústria petroquímica. Indústria siderúrgica. Indústria de produtos químicos. Agroindústria. Além de fornecer produtos acabados para o consumidor final, como a gasolina que abastece nossos carros e o leite que tomamos no café da manhã, essas indústrias produzem matérias-primas para muitas outras unidades industriais. Qual delas você gostaria de conhecer? Figura 1 – Produção de iogurte em uma fábrica de laticínios TEMA 1 – REFINAÇÃO DO PETRÓLEO E PETROQUÍMICA A indústria do petróleo é uma das mais importantes indústrias orgânicas para a civilização técnica moderna. Ela fornece as matérias-primas para a fabricação de uma infinidade de substâncias químicas. Após a extração do subsolo, o petróleo cru segue para as refinarias e o gás natural para as unidades separadoras, onde passa por operações de destilação e craqueamento e reações químicas de polimerização, alquilação, dessulfurização, dessalinização, desidratação e hidrogenação. 3 Figura 2 – Jazida de petróleo e gás natural Constituintes do petróleo Figura 3 – Unidade separadora de gás natural O petróleo cru é constituído por diferentes substâncias químicas denominadas frações. Quando o petróleo deixa uma jazida subterrânea, é separado espontaneamente em gás natural e óleo cru, devido à diferença de volatilidade. Essa mesma diferença fundamenta o processo de fracionamento realizado em uma refinaria, onde acontece basicamente uma divisão por pontos de ebulição. Das frações mais leves até as mais pesadas, tem-se (Shreve, 1980): gás natural e gasolina natural; Gás Liquefeito do Petróleo (GLP); destilados leves – gasolina automotiva, nafta, combustível de jato, querosene, óleos leves; 4 destilados médios – óleos combustíveis pesados, óleo diesel, gasóleo; destilados pesados – óleos minerais pesados, ceras, óleos lubrificantes; resíduos – óleos lubrificantes, óleos combustíveis, petrolato, asfalto, coque. Figura 4 – Colunas de destilação No Anexo 1, disponível no material on-line, são apresentados alguns fluxogramas relacionados à refinação do petróleo. Petroquímicos básicos As frações do óleo cru obtidas por destilação podem sofrer craqueamento ou reforma e reações químicas para a obtenção de petroquímicos básicos, como eteno, propeno, buteno, benzeno, tolueno, xileno e naftaleno. Algumas operações unitárias utilizadas na obtenção de petroquímicos básicos são: destilação e destilação extrativa para obtenção de eteno e buteno; extração por solvente para obtenção de benzeno; cristalização para obtenção de xileno; adsorção para obtenção de eteno e parafinas. As refinarias, unidades separadoras de gás natural e produção de petroquímicos básicos, compõem os polos petroquímicos, considerados os 5 maiores complexos industriais do Brasil, e são denominadas indústrias de primeira geração, fornecendo matérias-primas para as indústrias de segunda geração. Indústrias de segunda geração Os petroquímicos básicos sofrem conversões químicas nas indústrias de segunda geração para se transformarem em substâncias químicas, tais como: ● amônia para a indústria de fertilizantes; ● resinas termoplásticas como polietileno, polipropileno, policloreto de vinila (PVC), politereftalato de etileno (PET), poliestireno e borrachas sintéticas que seguirão como matérias-primas para a indústria de plásticos; ● náilon, poliésteres e fibras acrílicas para a indústria têxtil; ● outras substâncias para a indústria de solventes, tintas, produtos de limpeza, pneus e até alimentos. Todas as indústrias citadas são denominadas indústrias de terceira geração. Assista aos vídeos sugeridos: ● Indústria de primeira geração. Disponível em: https://youtu.be/-ZwhXzUXBLk ● Indústria de segunda geração (eteno). Disponível em: https://youtu.be/NTtyMoNftrg TEMA 2 – INDÚSTRIA DO AÇO O aço é uma liga de ferro e carbono. A fonte de ferro é o minério na forma de óxido de ferro encontrado na crosta terrestre, misturado com areia. O carbono também é abundante na natureza e pode ser de origem vegetal ou mineral. O carvão também é fonte combustível para o funcionamento dos fornos siderúrgicos. O aquecimento de ferro e carbono em fornos a altas temperaturas modifica as propriedades originais do ferro, criando uma liga metálica mais firme e resistente à corrosão. 6 Descrição do processo O ferro e o carbono passam por uma preparação, a fim de otimizar o processo de refino para a fabricação do aço. O preparo do minério de ferro é a sinterização, gerando um produto intermediário denominado sínter. Já o carvão mineral segue para as coquerias e é posteriormente destilado para obtenção do coque e subprodutos. O processo subsequente é a redução, para remoção do oxigênio do minério de ferro. Isso acontece no alto forno, onde o minério de ferro se liquefaz e é chamado de ferro gusa ou ferro de primeira fusão. Os subprodutos desse processo são chamados de escória, matéria-prima para a fabricação de cimento. Figura 5 – Fluxograma de uma indústria siderúrgica Fonte: <http://www.ufrgs.br/>. Figura 6 – Etapa de laminação do aço A etapa seguinte do processo é o refino. O ferro gusa liquefeito é levado para a aciaria, onde se realiza o processo de refino em fornos a oxigênio ou 7 elétricos. A fase final do processo de fabricação do aço é a laminação, quando o aço, em processo de resfriamento e consequente solidificação, é deformado mecanicamente e transformado em produtos siderúrgicos finais, como chapas, barras, bobinas, perfis, arames, entre outros. Assista aos vídeos sugeridos e entenda melhor a indústria siderúrgica. Impactos ambientais e sociais: https://youtu.be/GSz4lJsI5U8 Processo de produção do aço: https://youtu.be/Ye7UZ4dZ8j0 Votorantim siderurgia: https://youtu.be/F2azAmgMZC0 Usiminas Ipatinga: https://youtu.be/5gt5w0g6Tz8 TEMA 3 – INDÚSTRIA DE PRODUTOS QUÍMICOS Em termos de operações unitárias, as indústrias de produtos químicos envolvem, além do reator, uso de fornos e cubas eletrolíticas para a quebra de moléculas, cristalizadores, granuladores, moinhos, separadores mecânicos para obtenção dos produtos finais da sua forma comercializável. Figura 7 – Produção de soda cáustica em membrana de troca iônica 8 Indústrias eletrolíticas e eletrotérmicas Nessas indústrias, a energia, na forma de eletricidade, provoca reações químicas ou elevadas temperaturas, tão altas quanto 4000°C. Os produtos fabricados com a ajuda da eletricidade vão desde substâncias também produzidas por outros métodos, tais como a soda cáustica, o hidrogênio e o magnésio, até substâncias que só podem ser obtidas economicamente por esse processo, como o alumínio e o carbeto de cálcio. Indústrias do fósforo, potássio e nitrogênio As propriedades dos compostos de fósforo são únicas, participando de muitos processos bioquímicos e da formação de superfosfatos e vários tipos de polímeros orgânicos e inorgânicos. A rocha fosfática é uma importante matéria- prima para a fabricação de ácido fosfórico, de superfosfato e de outros compostos de fósforo.Os sais de potássio mais importantes são o cloreto, o sulfato, o carbonato e o tartarato de potássio, usados como matérias-primas de sabões, detergentes, vidro, corantes, pólvora. Os produtos derivados do nitrogênio incluem a cianamida, a amônia sintética, sais de amônio, ureia, ácido nítrico e nitratos. Figura 8 – Fertilizantes minerais NPK (Nitrogênio, fósforo e potássio) Indústrias de ácido sulfúrico e clorídrico O enxofre é uma substância química encontrada na crosta terrestre, em minérios ou na forma elementar em calcários porosos. Também pode ser obtido 9 na purificação do gás natural ou do gás de coquerias e nas refinarias de petróleo. Entre seus principais usos está a fabricação do ácido sulfúrico, o uso como fertilizante e como ácido industrial. Figura 9 – O trio de ácidos mais importantes da indústria química O ácido clorídrico é um produto químico da indústria pesada tão importante quanto o ácido sulfúrico. Existem muitos caminhos de reação química para a obtenção do ácido clorídrico, tais como a queima do gás cloro em hidrogênio, cloração de hidrocarbonetos e reação do cloreto de sódio com ácido sulfúrico. TEMA 4 – AGROINDÚSTRIA A agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-primas provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura ou silvicultura (cultivo de árvores). Observe que essas matérias-primas são todas de origem vegetal ou animal. Os produtos gerados pela agroindústria podem servir de matéria-prima para outras indústrias – a indústria de madeira alimenta a indústria moveleira – ou atingir diretamente o consumidor final. Algumas agroindústrias têm um planejamento que leva em consideração a sazonalidade de suas matérias-primas. As linhas produtivas também devem estar preparadas para absorver variações nas características das matérias-primas e necessidades especiais de armazenamento. Assista ao vídeo sugerido sobre o agronegócio brasileiro e as cadeias produtivas da Associação Brasileira do Agronegócio, disponível em: https://youtu.be/1rlN2nanUCE 10 A seguir, há alguns exemplos de agroindústrias. Indústrias de alimentos de origem animal como frigoríficos, abatedouros. Indústrias de alimentos de origem vegetal como arroz, milho, trigo, cevada. Indústrias de beneficiamentos de grãos e óleos vegetais. Indústrias de produtos lácteos. Indústrias de processamento de alimentos como massas, pães, chocolates, doces, biscoitos, extratos, sucos, café, chá, refrigerantes. Indústrias de bebidas alcoólicas. Indústria madeireira. Indústria dos biocombustíveis. Um dos principais segmentos da indústria de alimentos é a extração de óleos vegetais e a obtenção de óleos e gorduras animais. Figura 10 – Grãos de soja e óleo de soja refinado É possível realizar a extração de óleos vegetais por prensagem ou extração por solvente, sendo que essa última pode ser uma operação isolada ou seguir uma prensagem prévia. A obtenção dos óleos vegetais brutos envolve primordialmente operações unitárias. A refinação e os processamentos posteriores incluem reações químicas. No Anexo 2, você encontrará uma descrição detalhada do processo de extração do óleo bruto. Para compreender melhor a importância do agronegócio brasileiro, vamos citar alguns números da economia pesquisados, fornecidos pela Confederação 11 Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA): O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro registrou alta de 2,45% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o igual período de 2015. O crescimento semestral se deve principalmente à alta na cadeia produtiva da agricultura, que registrou avanço de 3,64%. Todos os setores do agronegócio tiveram avanços no primeiro semestre, mas o setor primário se destacou, com expansão de 3,05% atribuída à alta dos preços agrícolas, o que compensou a queda na produção, especialmente de soja e milho, afetada pela seca. Já o PIB da agroindústria registrou alta de 2,28% no primeiro semestre de 2016 em comparação com o mesmo período de 2015, principalmente devido à indústria de processamento vegetal, que teve aumento de preços no semestre. Os serviços, que incluem a comercialização e distribuição de produtos primários e agroindustriais, também tiveram alta de 2,27%. O setor de insumos também cresceu 1,84%, impulsionado pela indústria de rações. TEMA 5 – IMPACTOS AMBIENTAIS Quando considerações ambientais são feitas desde o início do projeto de uma unidade industrial, os sistemas de tratamento de resíduos em geral são mais simples. Mas, infelizmente, as questões ambientais são deixadas para etapas mais avançadas do projeto, conduta que leva a problemas ambientais difíceis que exigirão soluções complexas. Figura 11 – Emissões gasosas de uma indústria 12 Os efeitos da poluição podem ser diretos, como as emissões tóxicas afetando a vida de peixes, animais e seres humanos, ou indiretos, como matérias tóxicas não biodegradáveis, tais como o resíduo das indústrias de inseticidas e pesticidas que, uma vez dispostos no meio ambiente, são absorvidos por bactérias e entram na cadeia alimentar. Esses compostos podem permanecer no ambiente por longos períodos de tempo, lentamente sendo concentrados a cada estágio da cadeia alimentar até que por fim se provem fatais, geralmente a predadores no topo da cadeia alimentar como peixes e pássaros. Figura 12 – Mortalidade de peixes devido à poluição Assim, as emissões não devem exceder níveis considerados perigosos. Há duas abordagens para lidar com emissões: 1. Tratar o efluente usando incineração, digestão biológica etc. para uma forma adequada para disposição no meio ambiente, chamada tratamento de fim de linha. 2. Reduzir ou eliminar a produção do efluente na fonte por minimização de resíduos. 13 Figura 13 – Tanque de aeração em uma estação de tratamento O problema dos tratamentos de fim de linha reside no fato de que, uma vez criado o resíduo, ele não pode ser destruído. Pode ser concentrado ou diluído, sua forma química ou física modificada, mas não é possível destruí-los. Por exemplo, soluções aquosas contendo metais pesados podem ser tratadas por precipitação para remoção dos metais. Se o sistema de tratamento for projetado e operado corretamente, a corrente aquosa pode ser descarregada no corpo receptor ou seguir para tratamento posterior. Mas o que fazer com o lodo metálico precipitado? A questão ambiental será mais bem abordada considerando-se primeiramente a minimização de resíduos. Gerar menos para tratar menos, reduzindo custos com tratamento e com matérias-primas. Os processos industriais geram dois tipos de resíduos: Resíduos de processo: subprodutos, purgas, correntes de reciclo nos reatores e equipamentos de separação. A inicialização e parada de processos contínuos, mudança de escala, operações de limpeza e manutenção, enchimento de tanques também geram resíduos de processo. Resíduos de utilidades: produtos das reações de queima de combustíveis, em fornos, caldeiras, turbinas a gás, motores a diesel. Esses produtos contêm dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio e material particulado que contribuem de várias formas para o efeito estufa, chuva ácida e formação de névoa. Saiba mais Assista aos vídeos sugeridos, caso tenha interesse em outros setores industriais: 14 Indústria de vidro: https://youtu.be/hZ09jrXfEXY Indústria de papel: https://youtu.be/74VxLuF2L9g Indústria farmacêutica: https://youtu.be/RJyggOdcM3Q Indústria de cimento: https://youtu.be/kPYOm6kKxMg 22 casos de inovação da indústria: https://youtu.be/A21c7Cb2J4o NA PRÁTICA A seguir, serão apresentados fluxogramas de unidades de processamento industrial diversas. Vamos fazer um exercício visual, tentando identificar algumas das operações unitárias apresentadas nas aulas 3 e 4, de acordo com as descrições das operações e dos processos industriais. Começaremos apresentando um diagrama simplificado do processo de extração de óleo de soja, descrito detalhadamente no Anexo 2 desta aula. Entre as operações unitárias descritas, quais você consegue reconhecer como uma etapa do processo ilustrado abaixo? A partir da descarga do caminhão, temos: peneiramento, descorticação, quebra, cozimento, laminação, extração, destilação, centrifugação. Figura 14 – Fluxograma da extração de óleo comestível 15 O fluxograma acima representa a produção de cerveja. Quais as operações unitárias envolvendo sólidos particulados que você consegue identificar? Redução de tamanho – moagem e trituração Mistura Separação por meio filtrante – filtração Separação por sedimentação Figura 15 – Fluxograma de produção de cerveja Fonte: Gauto, 2011 Um método muito comum de extrair o sal das salmouras é por meio de evaporadores a vácuo de múltiplo efeito seguidos de separação mecânica em filtro de tambor rotativo a vácuo. No fluxograma acima, a solução concentrada por evaporação triplo efeito segue para um tanque receptor que funciona como um cristalizador para obtenção do sal na sua forma sólida, que posteriormente é lavado e filtrado. Figura 16 – Fluxograma de produção de sal Fonte: Shreve, 1982 16 No fluxograma a seguir, estão assinaladas em vermelho as operações de mistura, evaporação, filtração, secagem, cristalização, centrifugação, sedimentação e a célula eletrolítica, responsável pela quebra da molécula de NaCl. No balão azul, estão apresentados dados de balanço de massa e de energia. Figura 17 – Fluxograma de produção de soda cáustica e cloro Fonte: Shreve, 1982 As principais etapas do processo de obtenção da soda cáustica e do cloro podem ser listadas pelas seguintes operações unitárias e conversões químicas (Shreve, 1980): Purificação da salmoura: para eliminação de cálcio, ferro e magnésio da solução de NaCl, a fim de diminuir o entupimento da célula eletrolítica. Eletrólise da salmoura: realizada em célula eletrolítica, onde o cloro é produzido no anodo e o hidrogênio, juntamente com o hidróxido de sódio, no catodo. O hidrogênio é frequentemente transformado em outros produtos como ácido clorídrico e amônia. Evaporação e separação do sal: concentração por evaporação múltiplo efeito da solução de NaOH obtida na célula eletrolítica de 10% até 50% e recuperação do NaCl devido à baixa solubilidade na solução de NaOH. 17 Evaporação final: Concentração da soda cáustica até 70-75%. Purificação especial da soda cáustica: por cristalização para remoção de traços de NaCl. Nessa etapa, também podem ser usados filtros ou extratores. Secagem do cloro: o cloro que deixa o anodo da célula eletrolítica arrasta vapor de água e deve ser resfriado para condensação do vapor e secado em uma torre na presença de ácido sulfúrico. SÍNTESE A sexta aula de Processos Químicos Industriais apresentou aos alunos de Engenharia de Produção uma descrição completa de quatro setores industriais, a indústria petroquímica, a siderúrgica, a indústria de produtos químicos e a agroindústria. A fim de tratar de um aspecto muito importante da atualidade, finalizamos falando sobre impactos ambientais. Expanda seus conhecimentos lendo os anexos das rotas de aprendizagem e pesquisando o assunto nas referências. REFERÊNCIAS GAUTO, M. A.; ROSA, G. R. Processos e operações unitárias da indústria química. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2011. SHREVE, R. N.; BRINK JR., J. A. Indústrias de processos químicos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1980. WONGTSCHOWSKI, P. Indústria química. Riscos e oportunidades. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 2002.
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