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1 Departamento de Desenvolvimento Profissional CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ProfªAdriana Valente e-mail: adrianatvalente@hotmail.com Rio de Janeiro, 2º semestre de 2017. 24/10/2017 Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 2 O presente material foi estruturado exclusivamente para aplicação da aula Contabilidade Tributária no Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ). A parte conceitual foi extraída, principalmente, da Constituição da República Federativa do Brasil, do Código Tributário Nacional, de Leis, Normas, bibliografias consagradas sobre o Tema e, ainda, de publicações na Internet. A reprodução textual é apenas um resumo, cuja finalidade é auxiliar na fixação dos assuntos aqui abordados e na resolução dos exercícios propostos. Os exercícios foram extraídos de livros, periódicos e de bancas organizadoras de concurso público. Caso o aluno tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre qualquer tema abordado neste material, recomenda-se a participação em cursos específicos oferecidos pelo CRC/RJ e/ou leitura complementar. Bom Estudo! 3 1 ESTRUTURA DO CURSO 1.1 Objetivos Transmitir aos participantes os conhecimentos básicos necessários sobre a importância da Contabilidade Tributária para as organizações bem como à apuração dos principais impostos. 1.2 Carga Horária 12 Horas/aula. 1.3 Metodologia Exposição teórica com aplicação de exercícios práticos. Programa de Introdução 1.4 Programa Contabilidade Tributária 1. Contabilidade Tributária 2. Estrutura do Sistema Ttibutário Nacional 3. Elisão e Evasão Fiscal 4. Simples Nacional, Lucro Presumido e Real 5. CPC 32 6. Lei 12.973/2014 7. Retenções na Fonte 8. PIS E COFINS 9. ISSQN 10. ICMS 11. ICMS ST 12. CIDE E IOF 4 1. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA A complexidade da contabilidade tributária representa uma tarefa significativamente difícil para as empresas. E também um desafio constante para os profissionais da área da contabilidade, hava vista a constantes mudanças no que tange sobre normas tributárias, bem como as possibilidades de interpretação sobre os tributos que incidem sobre as diferentes atividades e operações das empresas. Assim, o controle dos tributos incidentes sobre as atividades aparece como tarefa vital para qualquer organização. É aí que a contabilidade tributária atua. Podemos afirmar que a contabilidade tributária é o ramo da contabilidade que tem foco na apuração, controle e planejamento dos tributos das empresas. A contabilidade tributária é a área de atuação do contador que se dedica à gestão tributária das organizações. Por isso, representa importante espaço no mercado de trabalho para esse profissional. O contador que trabalha com os tributos exerce as seguintes funções: Análise das atividades e operações das empresas com o intuito de identificar os tributos devidos por elas. Uma das atribuições do profissional é verificar quais são os tributos devidos por uma indústria, por exemplo. Neste caso, ele deve identificar alguns dos impostos envolvidos nas atividades da organização, como o IPI, o IRPJ, a CSLL, entre outros. Da mesma forma, se a corporação também atua na prestação de serviços, como instalação ou manutenção, é possível saber que o ISSQN também estará envolvido nas atividades. 5 Identificar a legislação aplicável a cada caso e necessidade das empresas. Portanto, ele precisa compreender tudo o que está envolvido em termos legais com os tributos devidos. Analisar e interpretar, ou seja, conhecendo os termos que regulam o IPI, por exemplo, o profissional precisará avaliar diferentes desdobramentos desses termos. Além de saber quais operações podem conceder direito ao crédito, ou então em quais hipóteses existirá a isenção ou imunidade para a companhia, entre outros. Orientação e assessoramento interno aos departamentos da empresa. Estes podem solicitar diferentes tipos de questões ao departamento de gestão tributária. Cabe ao contador tributarista prestar os devidos esclarecimentos até mesmo para que a equipe funcione em sincronia. Estabelecer as rotinas de apuração e de cumprimento das obrigações tributárias. Neste aspecto, o profissional tributarista precisa estruturar o departamento e dividir as tarefas. Além de criar meios para fazer com que todos os objetivos sejam alcançados por meio do gerenciamento eficaz dos recursos humanos e dos materiais disponíveis. identificar alternativas lícitas para reduzir o ônus tributário a partir do desenvolvimento do planejamento tributário. representação do contribuinte junto aos órgãos fiscais competentes. Executando o trabalho de requerimentos administrativos, consultas, impugnações, entre outros. 6 2. ESTRUTURA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL O sistema tributário brasileiro considera a autonomia entre os entes políticos, no caso a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios. Esse sistema tributário reporta a uma legislação tributária. Portanto, todos devem obedecer às leis, aos tratados, às convenções internacionais, aos decretos e normas complementares que tratam, no todou ou em parte, dos tributos e das relações jurídicas existentes entre o sujeito ativo e passivo. É essa estrutura o que permeia a relação entre Estado e contribuinte, seja ele pessoa física ou jurídica. Isso significa que, para lidar com tributos, é preciso conhecer uma série de elementos. Tais como: quais são eles, a quem são aplicados obrigatoriamente, por quem são estabelecidos, entre outros. Saber lidar com essa série de elementos de maneira competente é fundamental para apurar e pagar corretamente os tributos. Hierárquia das Normas Contituição Federal Emendas Constitucionais Leis Complementares Fontes Primárias Leis Ordinàrias Leis Delegadas Medidas Provisòrias Decretos Fontes Secundárias Normas Complementares No que concerne ao poder de tributar, o art. 145 da CF/88, dispõe que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria. 7 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO IMPOSTOS Imposto de Renda – IR Imposto sobre Produtos Insdustrializados – IPI Imposto sobre Operações de Crédito, Cambio e Seguro ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários – IOF Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural– ITR Imposto de Importação– II Imposto de Exportação – IE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL Contribuição sobre a Movimentação Financeira – CPMF Contribuição Previdenciária – INSS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Salário Educação) CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica - CONDECINE Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade- Empresa para o Apoio à Inovação CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS Contribuições Sindicais Contribuições ao Serviço Social (SENAI, SENAC, SENAR, SEBRAE, SESI, SENAT, SEST, SESCOOP); Contribuições a Conselhos de Profissões Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC) TAXAS Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Taxa de Avaliação das Instituições de Educação e Cursos de Graduação Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de Produtos Animais e Vegetais e de Consumo nas Atividades Agropecuárias Taxa de Pesquisa Mineral - DNPM Taxa de Serviços Metrológicos - IMETRO Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações, Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.) Fundo de Fiscalização das Telecomunicações - FISTEL 8 Taxa Processual do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo - CNP Taxas de Saúde Suplementar Taxa de emissão de documentos Taxa de Cadastro no Ministério do Turismo Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL IMPOSTOS Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS Imposto de Transmissão Causas Mortis e Doação de Bens e Direitos – ITCMD Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA TAXAS Taxa de Combate a Incêndios Taxa de Licenciamento Anual de Veículo Taxa de Registro de Documentos e Livros Taxas do Registro Público de Empresas Taxas de Serviços Estaduais COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL IMPOSTOS Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU Imposto de Transmissão Intervivos de Bens Imóveis e Direitos Reais sobre Imóveis e Cessão de Direitos sobre a sua Aquisição - ITBI CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Contribuição para Custeio da Iluminação Pública TAXAS Taxa de Coleta de Lixo Taxa de Conservação e Limpeza Públicas Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal Taxa de Publicidade Taxa de Inspeção Sanitária 9 3. ELISÃO E EVASÃO FISCAL São duas formas de evitar o pagamento de tributos. A evasão fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir tributos estão a omissão de informações, as falsas declarações e a produção de documentos que contenham informações falsas ou distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc. A elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos legais para diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento. Respeitando o ordenamento jurídico, o administrador faz escolhas prévias (antes dos eventos que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos gastos do ente administrado. 10 4. SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E REAL 11 Simples Nacional O Simples Nacional é um regime de impostos criado em 2006 como o objetivo de simplificar o pagamento de tributos por Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) além de dar o tratamento diferenciado para essas empresas. Ele reúne todos os tributos de uma empresa em uma única guia denominada Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), nela estão o IRPJ, o CSLL, o PIS, o COFINS, o IPI, o CPP, o ISS e o ICMS. Podem adotar esse sistema empresas com Receita Bruta de até R$ 3,6 milhões. Além do benefício de recolher através da Guia Única – DAS, as empresas enquadradas como ME ou EPP possuem outros benefícios como preferência desta modalidade em desempate de licitações e não ter a obrigatoriedade de contrata Jovem Aprendiz, sendo este último facultativo. A tributação é determinada de acordo com a Atividade Econômica e o anexo de enquadramento no Simples, são 6 anexos que possuem alíquotas de 4,5% à 16,93%, por isso ter um contador pode ser muito importante na abertura e entendimento da tributação. Para 2018 haverá uma série de mudanças no Simples Nacional. Se sua empresa possui receita bruta superior a R$ 3,6 milhões, ela não poderá ser enquadrada no Simples Nacional. Você precisará, então, optar pelo Lucro Presumido ou Lucro Real. 12 Não é regra, mas normalmente o Simples Nacional possui favorabilidade para as empresas de comércio com venda direta ao consumidor. A atividade de comércio atacadista ou a indústria no Simples Nacional normalmente é prejudicada pela transferência limitada de crédito de imposto. Abaixo segue um perfil de empresa com vantagens nos Simples Nacional: Empresas com margens de lucros médias e altas; Com custos operacionais baixos; Ter uma boa participação das despesas com folha salarial; Transacionar mercadorias não beneficiadas por redução da base de cálculo do ICMS Seus consumidores serem clientes finais. TABELAS DO SIMPLES NACIONAL - VIGENTES DE 01.01.2012 a 31.12.2017 Anexos da Lei Complementar 139/2011: Tabela I - Partilha do Simples Nacional – Comércio Tabela II - Partilha do Simples Nacional - Indústria Tabela III - Partilha do Simples Nacional - Serviços e Locação de Bens Móveis Tabela IV - Partilha do Simples Nacional - Serviços Tabela V - Partilha do Simples Nacional - Serviços Partilha do Simples Nacional - Serviços Profissionais - Anexo V-A (a partir de 01.01.2015) 13 Lucro Presumido Para as empresas que adotarem o regime do Lucro Presumido, o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) têm por base uma margem de lucro pré-fixada pela lei. Essa foi umaforma de simplificar a apuração destes dois impostos. Desta forma, mesmo que a empresa tenha obtido uma margem de lucro maior, a tributação recairá apenas sobre a margem pré-fixada. Mas, atenção: se a margem de lucro efetiva for inferior à pré-fixada, os impostos serão calculados sobre a margem presumida. As margens de lucro presumidas são basicamente 8% para atividades industriais e de comércio, e 32% para atividades de serviços, existem algumas exceções.. Com relação ao PIS e COFINS eles são calculados de forma cumulativas, ou seja, as compras da empresa não geram abatimentos destes impostos e a alíquota somada é de 3,65% sobre o faturamento. O Lucro Presumido pode ser vantajoso para empresas que possuam Margens de Lucro superiores as da presunção, que tenham poucos custos operacionais, e que tenham uma folha salarial baixa, ainda assim é necessário verificar se o Simples Nacional não oferece maior vantagem comparado a este enquadramento. Abaixo um perfil médio das empresas optantes pelo Lucro Presumido. Margens de lucro acima dos limites de presunção; Poucos custos operacionais; Pouca participação nas despesas de folha salarial Transacionar com mercadorias com redução da base de cálculo (incentivo fiscal); Ter o faturamento até R$ 78 Milhões. 14 TABELA PARA CALCULO DO LUCRO PRESUMIDO Atividade Base para o IR Base para a CSLL Revenda de Combustíveis 1,6% 12,0% Serviços hospitalares / transporte de cargas 8,0% 12,0% Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16,0% 32,0% Demais Serviços 32,0% 32,0% Intermediação de negócios, administração de imóvel, locação de administração de bens móveis. 32,0% 32,0% Comércio e Indústria 8,0% 12,0% Lucro Real Algumas empresas são obrigadas a optar pelo regime de Lucro Real por causa da atividade que exercem (como instituições financeiras, por exemplo) ou por possuírem receita bruta superior a R$ 78 milhões. Empresas que adotam o Lucro Real devem calcular o PIS e a COFINS de 9,25% sobre o faturamento, no chamado regime não cumulativo. Desse valor, a empresa pode descontar créditos calculados com base em diversos fatores, como consumo de energia elétrica. A tributação do IRPJ e do CSLL são determinadas pela apuração do Lucro Líquido da Empresa de forma periódica, sendo assim o valor de apuração pode variar de acordo com os resultados da empresa, podendo até a empresa ficar sem ter apuração a pagar para o Governo, se ela apurar um prejuízo no exercício. 15 É importante mencionar que no Lucro Real as empresas possuem alguns custos adicionais de operação, pois precisam manter um controle contábil financeiro adequado e possuem mais informações a transmitir ao fisco. O Lucro Real normalmente é vantajoso para empresas com reduzidas margens de lucro ou com prejuízo, tais como, grandes indústrias ou empresas que possuem muitas despesas como matéria prima, energia elétrica e alugueis, pois estas recebem crédito de PIS/COFINS no regime não cumulativo, além de calcular o IRPJ e CSLL sobre a baixa margem de lucro. Normalmente o perfil destas empresas é: Margens de lucro baixa ou prejuízo; Custos de operação alto com alugueis, fretes, matéria prima e energia elétrica; Transacionar com mercadorias com redução da base de cálculo (incentivo fiscal); Possuir mercadorias no regime de Substituição Tributária; Ter faturamento acima de R$ 78 Milhões; Exercicio de Atividades que impossibilitam outra forma de apuração; Outras situaçães especificas. 16 TABELA PARA APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DAS ANTECIPAÇÕES MENSAIS Atividade Base para o IR Base para a CSLL Revenda de Combustíveis 1,6% 12,0% Serviços hospitalares / transporte de cargas 8,0% 12,0% Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16,0% 32,0% Demais Serviços 32,0% 32,0% Intermediação de negócios, administração de imóvel, locação de administração de bens móveis. 32,0% 32,0% Comércio e Indústria 8,0% 12,0% Lucro Arbitrado Forma obrigatória para as empresas que não preencherem as condições das demais formas de tributação. TABELA PARA CALCULO DA BASE DE CÁLCULO QUANDO A RECEITA BRUTA FOR CONHECIDA 9,6% Revenda de mercadorias, venda de produtos de fabricação própria, prestação de serviços hospitalares, transporte de carga, representação comercial por conta própria, atividade imobiliária, atividade rural, industrialização por encomenda, venda através de agentes ou representantes de empresa estrangeira. 38,4 Prestação de serviços em geral, inclusive profissão legalmente regulamentada, intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis, administração de consórcios de bens duráveis, cessão de direitos de qualquer natureza, factoring, construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra. 1,92 Revenda para consumo de combustível, derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,92 Demais serviços de transporte. 17 CRITÉRIOS PARA APAURAÇÃO DA BASE DE CALCULO QUANDO A RECEITA BRUTA NÃO FOR CONHECIDA 1,5 Do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais. 0,12 Do ativo total existente no último balanço 0,21 Do valor do capital 0,15 Do patrimônio líquido constante do último balanço 0,4 Das compras das mercadorias efetuadas no último trimestre 0,4 Da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens. 0,8 Da soma dos valores devidos no trimestre a empregados. 18 Exercícios sobre SN, LP e LR 1. Simples Nacional é um regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microsociedades empresárias e Sociedades empresárias de Pequeno Porte. De acordo com a Lei Complementar nº 123, de 14/12/06, assinale a opção que indica os impostos e as contribuições que estão entre aqueles recolhidos mensalmente por documento único de arrecadação. (A) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). (B) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II) e Imposto sobre a Exportação de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE). (C) Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). (D) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Contribuição para o PIS/Pasep e Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). (E) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social (CPP) e Imposto sobre 19 Operações de Crédito,Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF). 2. Considere as seguintes informações: Admita que a empresa comercial PP apresentou a seguinte Demonstração do Resultado, em reais, apurado no quarto trimestre do exercício de 2015: Receita Operacional de Bruta 2.400.000,00 Venda de mercadorias 2.000.000,00 Prestação de serviços 400.000,00 (−) Deduções (380.000,00) ICMS (360.000,00) ISS (20.000,00) (=) Receita Operacional Líquida 2.020.000,00 (−) Custo das vendas e serviços (920.000,00) (=) Lucro operacional bruto 1.100.000,00 (−) Despesas operacionais (520.000,00) Comerciais (180.000,00) Administrativas (390.000,00) Receitas financeiras 50.000,00 (+) Equivalência patrimonial 20.000,00 (=) Lucro antes IRPJ e CSLL 600.000,00 Considerando-se as informações recebidas e as determinações da legislação fiscal quanto à apuração do Imposto de Renda e da CSLL, calcule qual a melhor forma de tributação para o exercício de 2016. 20 21 3. As seguintes informações foram extraídas da escrituração contábil e fiscal da Cia. Araras, que é optante pela tributação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas com base no lucro real trimestral, em R$: Lucro líquido do trimestre antes do Imposto de Renda ...... 230.000,00 Adições........................... 66.000,00 Exclusões ........................81.000,00 Prejuízo fiscal de períodos de apuração anteriores. 60.000,00 O lucro real da companhia nesse trimestre, sabendo-se que ela utilizou o máximo permitido pela legislação para a compensação de prejuízos, é, em R$, (A) 150.500,00. (B) 155.000,00. (C) 215.000,00. (D) 165.000,00. (E) 160.500,00. 22 Considerando ainda a questão anterior, calcule o IR e a CSLL. 23 4. Em relação ao Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), é correto afirmar: (A) É um livro contábil, devendo ser escriturado de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade. (B) Sua única finalidade é demonstrar a apuração do lucro real do período. (C) Na Parte B do LALUR, deverão ser lançados os valores que afetarão a tributação de períodos de apuração futuros. (D) Na Parte A do LALUR, deverá ser calculado o valor do imposto referente ao período de apuração corrente. (E) O prejuízo fiscal do período corrente é apurado na Parte B do LALUR. ATENÇÃO: Use os dados a seguir para responder às duas próximas questões. A empresa Y, revendedora de combustível que se enquadrada no lucro presumido trimestral, iniciou suas atividades em fevereiro/2017. Durante os meses de fevereiro e março ela realizou as seguintes operações: RECEITAS VALOR Revenda combustível 800.000,00 Prestação Serviço 500.000,00 Venda Mercadoria 300.000,00 Aplicação Financeira 100.000,00 Ganhos de Capital 150.000,00 Total 1.850.000,00 24 5. O valor do Imposto de Renda será de: (A) R$ 77.750,00. (B) R$ 55.000,00. (C) R$ 107.700,00. (D) R$ 40.680,00. (E) R$ 77.020,00. 6. O valor da CSLL será de: (A) R$ 40.680,00. (B) R$ 54.200,00. (C) R$ 32.580,00. (D) R$ 45.720,00. (E) R$ 48.780,00. 25 7. Considerando a legislação em vigor, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (A) é dedutível de sua própria base de cálculo. (B) resulta do produto da alíquota de 8% pela sua base de cálculo. (C) pode ter como base de cálculo apenas o resultado ajustado ou o resultado arbitrado. (D) não pode ser deduzida para fins de apuração da base de cálculo do IRPJ. (E) está sujeita a uma alíquota adicional de 1%, quando a base de cálculo mensal ultrapassar o valor de R$ 20.000,00 8. A respeito de imposto de renda pessoa jurídica, NÃO é correto afirmar que: (A) a alíquota do imposto de renda em vigor é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto. (B) a alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas, exceto as pessoas jurídicas que explore atividade rural. (C) estão sujeitas ao adicional a parcela da base de cálculo estimada mensal, no caso das pessoas jurídicas que optaram pela apuração do imposto de renda sobre o lucro real anual, presumido ou arbitrado, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 26 (D) em relação às pessoas jurídicas que optarem pela apuração do lucro presumido ou arbitrado, o adicional incide sobre a parcela que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração. (E) a parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por cento). 9. A Instrução Normativa nº 1700/17, que dispõe sobre a determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas, relaciona as receitas que não integram a base de cálculo para efeito do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Tais receitas incluem as seguintes, EXCETO: (A) as recuperações de créditos que representem ingressos de novas receitas. (B) os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias não avaliadas pelo método da equivalência patrimonial, em empresas domiciliadas no Brasil. (C) os lucros, rendimentos e ganhos de capital decorrentes de participações societárias em empresas domiciliadas no exterior. (D) as parcelas referentes aos ajustes de preços de transferência. (E) a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial. 27 RESULTADO DOS PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA Serão somadas, ainda, as seguintes receitas, relativamente ao 4º trimestre de apuração de cada ano, conforme a IN SRF 93/1997, artigo 36, VII a IX e parágrafo 10: A. O resultado da aplicação dos percentuais de incidência sobre as receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa. Nota: esta regra refere-se aos "preços de transferência". Exemplo: exportação de produtos para país considerado paraíso fiscal, cujo cálculo do preço de transferência resultou em R$ 100.000,00. Será acrescido á basede cálculo R$ 100.000,00 x 8% (percentual do Lucro Presumido para venda de produtos) = R$ 8.000,00. 10. Observe as assertivas a seguir, a respeito do pagamento do IRPJ e CSLL relativo ao período trimestral: I. O IRPJ e a CSLL apurados ao final de cada trimestre serão pagos em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração. II. O IRPJ e a CSLL poderão ser pagos em até 3 (três) quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos 3 (três) meses subsequentes ao do encerramento do período de apuração a que corresponderem. III. Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto ou a contribuição de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração. 28 IV. As quotas do imposto e da contribuição serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º (primeiro) dia do 2º(segundo) mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. Estão corretas: (A) I, II, III e IV. (B) I e II, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) II, III e IV, apenas. 11. Sobre a CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido –, na hipótese de seu recolhimento trimestral, é incorreto afirmar que: a) o valor da CSLL não pode ser deduzido para efeito de determinação do lucro real, nem de sua própria base de cálculo. b) a base de cálculo da CSLL corresponde ao resultado contábil do período ajustado pelas adições determinadas, pelas exclusões admitidas e pelas compensações de base de cálculo negativa até o limite definido em legislação específica. c) permite-se a dedução da CSLL retida por outra pessoa jurídica de direito privado sobre receitas auferidas, no período, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores, e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber e pela remuneração de serviços profissionais. 29 d) permite-se a dedução dos créditos judiciais com trânsito em julgado, relativos aos tributos e contribuições administrados pela RFB, objeto de declaração de compensação. e) não pode ser deduzida a CSLL retida por órgão público, autarquia, fundação da administração pública federal, sociedade de economia mista ou empresa pública e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e fi nanceira na modalidade total no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI. 30 5. CPC 32 – Tributos sobre o Lucro COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 32 - Tributos sobre o Lucro - Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 12. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os tributos sobre o lucro. A questão principal na contabilização dos tributos sobre o lucro é como contabilizar os efeitos fiscais atuais e futuros de: (a) futura recuperação (liquidação) do valor contábil dos ativos (passivos) que são reconhecidos no balanço patrimonial da entidade; e (b) operações e outros eventos do período atual que são reconhecidos nas demonstrações contábeis da entidade. Definições Aplicadas ao Tema – Conforme CPC 32 Despesa tributária (receita tributária) é o valor total incluído na determinação do lucro ou prejuízo para o período relacionado com o tributo sobre o lucro corrente ou diferido. Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável (prejuízo fiscal) do período. Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às diferenças temporárias tributáveis. 31 Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em período futuro relacionado a: (a) diferenças temporárias dedutíveis; (b) compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e (c) compensação futura de créditos fiscais não utilizados. Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo no balanço e sua base fiscal. As diferenças temporárias podem ser tanto: (a) diferença temporária tributável, a qual é a diferença temporária que resulta em valores tributáveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros quando o valor contábil de ativo ou passivo é recuperado ou liquidado; ou (b) diferença temporária dedutível, a qual é a diferença temporária que resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de futuros períodos quando o valor contábil do ativo ou passivo é recuperado ou liquidado. Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivo para fins fiscais. A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária corrente (receita tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita tributária diferida). 32 Exercícios sobre o CPC 32 I. Despesa tributária (receita tributária) é o valor total incluído na determinação do lucro ou prejuízo para o período relacionado com o tributo sobre o lucro corrente ou diferido. II. Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável (prejuízo fiscal) do período. III. Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às diferenças temporárias tributáveis. IV. Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período depois da dedução dos tributos sobre o lucro. Estão corretas: (A) apenas II e IV. (B) apenas II, III e IV. (C) apenas I, III e IV. (D) I, II, III e IV. (E) apenas I, II e III. 2. A Depreciação Acelerada Incentivada – Nossa Caixa (A) não é escriturada nos livros contábeis da pessoa jurídica contribuinte. (B) consiste na permissão da utilização do dobro da taxa de depreciação aceita para fins tributários, quando a pessoa jurídica utiliza os seus equipamentos em dois turnos de 8 horas. (C) deve deixar de lançar a depreciação normal em sua escrituração contábil, caso o contribuinte opte por este tipo de incentivo fiscal. 33 (D) consiste na permissão da utilização do triplo da taxa de depreciação aceita para fins tributários, quando a pessoa jurídica utiliza os seus equipamentos em três turnos de 8 horas. (E) não pode ser aplicada para a determinação da base de cálculo do PIS e da COFINS no regime de incidência não cumulativo. 3. A legislação do Imposto de Renda permite às empresas a postergação, para exercícios futuros, do pagamento desses impostos relativos a determinados lucros já contabilizados, por meio do imposto de rendadiferido. Sobre este, assinale a opção incorreta. a) O diferimento do Imposto de Renda é feito somente para fins fiscais no LALUR, não alterando o lucro líquido na contabilidade, pois, em função do regime de competência, na contabilidade não há postergação do reconhecimento do resultado. b) O passivo fiscal diferido deve ser reconhecido às alíquotas aplicáveis ao exercício em que o passivo seria devido. c) A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização do passivo fiscal diferido, no exercício em que ocorrer. d) Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da conta de Provisão para Imposto de Renda Diferido será transferido para a conta de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante, não alterando o resultado desse período. e) Constitui exemplo de Imposto de Renda Diferido o ganho de capital na venda a prazo de bens do ativo imobilizado, cujo preço deva ser recebido, no todo ou em parte, após o término do ano-calendário subsequente. 34 6. LEI Nº 12.973, DE 13 DE MAIO DE 2014 IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO Ajuste Decorrente de Avaliação a Valor Justo na Investida Redução da Mais ou Menos-Valia e do Goodwill Atividade Imobiliária - Permuta - Determinação do Custo e Apuração do Lucro Bruto Despesa com Emissão de Ações Ajuste a Valor Presente Custo de Empréstimos - Lucro Presumido e Arbitrado Base de cálculo da CSLL - Estimativa e Presumido Incorporação, Fusão e Cisão Despesas Pré-Operacionais ou Pré-Industriais Variação Cambial - Ajuste a Valor Presente Avaliação a Valor Justo Ajuste a Valor Justo Mais -Valia Menos -Valia Goodwill Ganho por Compra Vantajosa Avaliação com Base no Valor Justo na Sucedida Transferido para a Sucessora Ganho por Compra Vantajosa Tratamento Tributário do Goodwill Contratos de Longo Prazo Subvenções Para Investimento Teste de Recuperabilidade Pagamento Baseado em Ações Contratos de Concessão Aquisição de Participação Societária em Estágios Incorporação, Fusão e Cisão Amortização do Intangível Arrendamento Mercantil Outras 35 “Art. 21. Em cada balanço, o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor de patrimônio líquido da investida, de acordo com o disposto no art. 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e com as seguintes normas: I - o valor de patrimônio líquido será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação da investida levantado na mesma data do balanço do contribuinte ou até 2 (dois) meses, no máximo, antes dessa data, com observância da lei comercial, inclusive quanto à dedução das participações nos resultados e da provisão para o imposto sobre a renda; II - se os critérios contábeis adotados pela investida e pelo contribuinte não forem uniformes, o contribuinte deverá fazer no balanço ou balancete da investida os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da diversidade de critérios; III - o balanço ou balancete da investida, levantado em data anterior à do balanço do contribuinte, deverá ser ajustado para registrar os efeitos relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período; IV - o prazo de 2 (dois) meses de que trata o inciso I do caput aplica-se aos balanços ou balancetes de verificação das sociedades de que a investida participe, direta ou indiretamente, com investimentos que devam ser avaliados pelo valor de patrimônio líquido para efeito de determinar o valor de patrimônio líquido da investida; V - o valor do investimento do contribuinte será determinado mediante a aplicação sobre o valor de patrimônio líquido ajustado de acordo com os números anteriores da porcentagem da participação do contribuinte na investida; e VI - no caso de filiais, sucursais, controladas e coligadas, domiciliadas no exterior, aplicam-se as normas da legislação correspondente do país de domicílio.” (NR) 36 1.De acordo com a Lei nº 12.973/2014 o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor de patrimônio líquido da investida, obedecendo as regras a seguir, EXCETO: (A) o valor de patrimônio líquido será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação da investida levantado na mesma data do balanço do contribuinte ou até 2(dois) meses, no máximo, antes dessa data, com observância da lei comercial, inclusive quanto à dedução das participações nos resultados e da provisão para o imposto sobre a renda. (B) se os critérios contábeis adotados pela investida e pelo contribuinte não forem uniformes, o contribuinte não deverá fazer no balanço ou balancete da investida os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da diversidade de critérios. (C) o balanço ou balancete da investida, levantado em data anterior à do balanço do contribuinte, deverá ser ajustado para registrar os efeitos relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período. (D) o valor do investimento do contribuinte será determinado mediante a aplicação sobre o valor de patrimônio líquido ajustado de acordo com os números anteriores da porcentagem da participação do contribuinte na investida. (E) no caso de filiais, sucursais, controladas e coligadas, domiciliadas no exterior, aplicam-se as normas da legislação correspondente do país de domicílio. 37 7 - RETENÇÕES – IR, PIS, COFISN e CSLL O IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) é um dos impostos que incidem sobre os serviços, podendo ser aplicado pelo percentual de 1% ou 1,50% dependendo do tipo de serviço, seja, contratado de terceiros ou prestados. O PCC ou CSRF (Contribuições Sociais Retidas na Fonte) também incidentes nas relações de serviços pelo percentual de 4,65% separados em 0,65% de PIS, 3% de COFINS e 1% referente à CSLL. Nos artigos 647, 649 e 651 do Decreto 3000/1999, famigerado Regulamento do Imposto de Renda, estão relacionados os serviços que sofrem a retenção do IRRF. E, no artigo 30 da Lei 10833/2003 os incidentes de PIS, COFINS e CSLL. O artigo 30 da Lei nº 10.833 traz a imposição que os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, pela prestação de serviços profissionais (que detalharemos neste artigo), serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra bem como os serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, estarão sujeitos à retenção na fonte de PIS e COFINS da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). OOutra base legal para a Retenção do PIS COFINS e CSLL é a Instrução Normativa 459/2004 para Retenções empresas Privadas e a Instrução Normativa 480/2004 para Retenções para empresas Públicas, que foi alterado pela Instrução Normativa 1234/2012. 38 Além dos embasamentos legais citados anteriormente, em 2015 foi efetuado algumas alterações através da Lei nº 13.137/2015 que estabeleceu a dispensa da retenção das contribuições que se aplicava a pagamentos de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00, revogou o § 4º do art. 31 da Lei nº 10.833/2003, e também alterou o prazo de recolhimento da retenção. O valor a ser retido de Pis e Cofins e CSLLcorresponde à multiplicação da alíquota de 4,65% sendo os percentuais: 0,65% para PIS; 3% para COFINS; e 1% para CSLL. É importante salientar que as alíquotas de 0,65% e 3,0% aplicam-se inclusive na hipótese de as receitas da prestadora dos serviços estarem sujeitas ao regime de não-cumulatividade para o PIS e COFINS. O fato gerador da retenção do PIS COFINS e CSLL é o simples pagamento dos serviços elencados a outra pessoa jurídica, diferentemente do que ocorre com o IRRF que pode incidir no pagamento ou no simples lançamento contábil do serviço, ou seja o que ocorrer primeiro. Limpeza, conservação ou zeladoria os serviços de varrição, lavagem, enceramento, desinfecção, higienização, desentupimento, dedetização, desinsetização, imunização, desratização ou outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum; 39 Da manutenção de todo e qualquer serviço de manutenção ou conservação de edificações, instalações, máquinas, veículos automotores, embarcações, aeronaves, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer bem, quando destinadas a mantê- los em condições eficientes de operação, excetos e a manutenção for feita em caráter isolado, como um mero conserto de um bem defeituoso; De segurança e/ou vigilância os serviços que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de valores e de bens patrimoniais, inclusive escolta de veículos de transporte de pessoas ou cargas; Serviços Profissionais Obrigados ao Pis Cofins e CSLL Se você já começou a pensar que são muitas as situações que incorrerão em retenção, peço que primeiro leia as situações que envolvem os serviços profissionais de profissiões legalmente regulamenta, tais como: Administração, Advocacia; Análise Clínica Laboratorial; Análises Técnicas; Arquitetura; Auditoria; Avaliação e Perícia;Consultoria;Planejamento; Economia; Engenharia, Ensino E Treinamento; Estatística; Fisioterapia;Fonoaudiologia;Geologia; Leilão; Serviço De Despachante; Terapêutica Ocupacional; Tradução Ou Interpretação Comercial; Urbanismo; Veterinária, Química; Radiologia E Radioterapia; Relações Públicas; Programação; Prótese; Pesquisa Em Geral; Psicologia e Psicanálise; Contabilidade; Desenho Técnico. 40 Exercícios sobre Retenções 1. Em 01/12/2015, uma sociedade empresária contratou serviços de consultoria contábil no valor de R$ 10.000, pagos à vista. A prestação do serviço foi inteiramente realizada em dezembro. A sociedade empresária considera as seguintes alíquotas: PIS= 0,65%. COFINS= 3%. CSLL= 1%. IRRF= 1,5%. Assinale a opção que indica a correta contabilização do serviço pela sociedade empresária, admitindo que ela e a prestadora dos serviços são tributadas pelo lucro real. A) B) D- Despesas 9.850 D- IRRF a recolher 150 C- PIS a recolher 65 C- COFINS a recolher 300 C- CSLL a recolher 100 C- Caixa 9.385 D- Despesas 10.000 D- PIS a recolher 65 D- COFINS a recolher 300 D- CSLL a recolher 100 D- IRRF a recolher 143 C- Caixa 10.608 41 C) D) E) D- Despesas 10.000 C- PIS a recolher 65 C- COFINS a recolher 300 C- CSLL a recolher 100 C- IRRF a recolher 143 C- Caixa 9.392 D- Despesas 10.000 D- PIS a recolher 65 D- COFINS a recolher 300 D- CSLL a recolher 100 D- IRRF a recolher 150 C- Caixa 10.615 D- Despesas 10.000 C- PIS a recolher 65 C- COFINS a recolher 300 C- CSLL a recolher 100 C- IRRF a recolher 150 C- Caixa 9.385 42 2. Em relação à retenção e recolhimento de tributos sobre a prestação de serviços de terceiros, é correto afirmar: (A) As retenções devidas a título de CSLL, PIS e COFINS somente serão exigidas quando os pagamentos à mesma pessoa jurídica prestadora de serviços ultrapassarem o valor de R$ 5.000,00 no mês. (B) O percentual da alíquota a ser cobrada pela retenção de CSLL, PIS e COFINS corresponde a 3,65%, sendo 1% a título de CSLL, 0,65% de PIS e 2% de COFINS. (C) As retenções serão exigidas mesmo que o prestador de serviço seja pessoa jurídica optante pelo SIMPLES NACIONAL, devendo esta compensar o imposto retido com o imposto a ser recolhido através do DARF-SIMPLES. (D) As retenções serão exigidas mesmo que o prestador de serviços seja uma pessoa física. (E) O prazo de recolhimento das retenções é até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador dos tributos. 43 8 - PIS E COFINS Existem três modalidades de contribuição para o Pis/Pasep, sendo elas Sobre o Faturamento (0,65% ou 1,65%) Sobre a Importação (2,1%) Sobre a Folha de Pagamento (1%) A Cofins possui duas modalidades, sendo elas: Sobre o Faturamento (3% ou 7,6%) Sobre a Importação (9,75% + 1% Adicional) O Pis e a Cofins sem dúvida que é um dos mais onerosos Tributos está presente em quase todos os segmentos da cadeia produtiva do Brasil, por ter sua incidência pela receita ou faturamento das empresas. A contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS estão previstas na Constituição Federal nos Artigos 195,I e 239, foram instituídas suas respectivas cobranças pelas Leis Complementares LC 70/1991 (COFINS), LC 07/1970 (PIS) e LC 08/1970 (PASEP) cuja base de cálculo das contribuições é a totalidade das receitas (faturamento) auferidas pela pessoa jurídica, dessa forma essa contribuição tem muito peso dentre os tributos cobrados no país. Os contribuintes do PIS e da COFINS são as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Nacional (LC 123/2006). 44 INCIDÊNCIA CUMULATIVA Neste regime, a base de cálculo é a Receita Operacional Bruta da pessoa jurídica, sem apropriação de créditos em relação a custos, despesas e encargos. As alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins são de 0,65% e de 3%, respectivamente. As instituições financeiras e equiparadas atualmente contribuem para a Cofins pela alíquota de 4%. Neste regime estão enquadradas pessoas jurídicas e pessoas equiparadas que apuram o Imposto de Renda com base no Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado. Também se sujeitam a este regime as pessoas jurídicas e as receitas elencadas no artigo 10 da Lei 10.833/2003, conforme relacionado no subtópico Pessoas Jurídicas e Receitas não Alcançadas pela Não Cumulatividade. As principais atividades empresariais que mesmo sendo do Lucro Real são obrigadas a apurar o Pis e Cofins pelo regime Cumulativo. Todas exceções estão listadas no Art. 10 da lei 10.833/2003, segue algumas: Sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária; Prestação de Serviços de Telecomunicações; Venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresasjornalísticas e de radiodifusão; Prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; Hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e de laboratório de anatomia, patológica, citológica 45 ou de análises clínicas, diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue; Educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior; Prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola; Serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e e teleatendimento em geral; Administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil; Parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos ministérios da fazenda e do turismo; Agências de viagem e de viagens e turismo; Empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software e páginas eletrônicas. INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA Os regimes de incidência não cumulativa para o PIS/Pasep e da Cofins foram instituídos pelas Leis 10.637/2002 e Lei 10.833/2003, respectivamente. Neste regime é permitida a apropriação de créditos em relação a custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins são de 1,65% e de 7,6%, respectivamente. Neste regime estão as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o imposto de renda com base no Lucro Real, exceto as: instituições 46 financeiras; cooperativas de crédito; pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros; operadoras de planos de assistência à saúde; empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei 7.102/1983; e sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo). No sistema não cumulativo, é importante atentar para a dedução de todos os créditos admitidos pela legislação para serem utilizados na dedução do valor a pagar do PIS e COFINS. Como exemplos: Bens adquiridos para revenda - lembrando que o ICMS compõe o cálculo dos créditos, bem como o IPI não recuperável. Bens e serviços utilizados como insumo na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes. Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa. Máquinas e equipamentos adquiridos para utilização na fabricação de produtos destinados à venda, bem assim a outros bens incorporados ao ativo imobilizado. Edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária. Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica (art. 25 da Lei 10.684/2003). As contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoas jurídicas (art. 25 da Lei 10.684/2003). 47 Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços. Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa. armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos de bens para revenda ou insumo, quando o ônus for suportado pelo vendedor. O Ato Declaratório Interpretativo 15/2007 admitiu que as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa do PIS e COFINS, observadas as vedações previstas e demais disposições da legislação aplicável, podem descontar créditos calculados em relação às aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional. A PARTIR DE 01.07.2015 A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%, respectivamente. AS RF FORMAM A BC DE PIS (0.65%) E COFINS (4%) PELO METODO NÃO CUMULATIVO. 48 Receita esclarece que não é permitido retirar o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins A Receita Federal emitiu Solução de Consulta sobre a decisão do STF que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS. Em 15 de março deste ano, o Supremo Tribunal Federal julgou que o ICMS por não se enquadrar no conceito de faturamento, não deve compor a base de cálculo do PIS e da COFINS. Com a decisão do STF, muitas empresas entendem que já podem calcular o PIS e a COFINS sem o valor do ICMS. Mas antes, é preciso conhecer a posição da Receita Federal. A Receita Federal, por meio da Solução de Consulta nº 6.012/2017, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (04/04) esclareceu acerca da decisão do Supremo Tribunal Federal que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS. Para a Receita Federal, em razão da ausência definitiva do mérito, o ICMS devido pela pessoa jurídica na condição de contribuinte do imposto (em virtude de operações ou prestações próprias) compõe o seu faturamento, não havendo previsão legal que possibilite a sua exclusão da base de cálculo cumulativa das Contribuições para o PIS e COFINS devidas nas operações realizadas no mercado interno. Ausência de Ato Declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional sobre matéria objeto de jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal – Art. 19, II, da Lei n°10.522, de 19 de julho de 2002 De acordo com a Receita Federal, inexiste ato declaratório da Procuradora Geral da Fazenda Nacional que trate sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições para o PIS e Cofins incidentes nas operações internas. A matéria, atualmente objeto de Ação Declaratória de Constitucionalidade, encontra-se aguardando decisão definitiva de mérito, que seja vinculante para a Administração Pública. Para a Receita Federal, as empresas ainda não possuem permissão legal para excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. 49 EXERCÍCIO DE PIS E COFINS 1. São contribuintes do PIS incidente sobre a folha de pagamento as seguintes entidades, EXCETO: (A) templos de qualquer culto. (B) partidos políticos. (C) sindicatos, federações e confederações. (D) agências de propaganda e publicidade. (E) condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais. 2. As assertivas a seguir referem-se às alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins fixadas para refinarias de petróleo, demais produtores e importadores de combustíveis. I. 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) e 12,45% (doze inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), quando se tratar de receita bruta decorrente da venda de gasolinas, inclusive gasolina de aviação. II. 2,23% (dois inteiros e vinte e três centésimos por cento) e 10,29% (dez inteiros e vinte e nove centésimos por cento),quando se tratar de receita bruta decorrente da venda de óleo diesel. III. 2,56% (dois inteiros e cinquenta e seis centésimos por cento) e 11,84% (onze inteiros e oitenta e quatro centésimos por cento), quando se tratar de receita bruta decorrente da venda de gás liquefeito de petróleo. 1,25% (um inteiro e vinte e cinco centésimos por cento) e 5,8% (cinco inteiros e oito décimos por cento), quando se tratar de receita bruta decorrente da venda de querosene de aviação efetuada a partir de 10 de dezembro de 2002. 50 Estão corretas: (A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) II, III e IV. (D) I e IV, apenas. (E) I, II e IV. 3. Com relação às contribuições para o PIS/PASEP e à COFINS, NÃO é correto afirmar que: (A) as pessoas jurídicas optantes pelo regime de tributação do Imposto de Renda com base no lucro presumido poderão adotar o regime de competência para fins da incidência do PIS/Pasep e da Cofins. (B) podem ser excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, para efeito de apuração da base de cálculo, os valores das vendas canceladas. (C) as entidades fechadas e abertas de previdência complementar, para efeito de apuração da base de cálculo das contribuições, podem excluir ou deduzir da receita bruta o valor da parcela das contribuições destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas. (D) são isentas do PIS/Pasep e da Cofins as receitas da exportação de mercadorias para o exterior. (E) as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins aplicáveis sobre o faturamento são de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e de 3% (três por cento), respectivamente, ressalvados os casos previstos no regulamento (Decreto nº 4524/02). 51 4.Os seguintes dados foram extraídos da escrituração contábil da Cia. XYZ, relativos ao mês de setembro de 2010, em R$: Receita Bruta de Vendas............................... 900.000,00 Devoluções de Vendas.................................. 20.000,00 Despesas de Arrendamento Mercantil Operacional (o arrendador é pessoa jurídica) 40.000,00 Despesas de Depreciação de Bens Utilizados na Produção .... 90.000,00 Valor de Aquisição de Bens para Revenda ... 400.000,00 Despesas de Energia Elétrica ....................... 60.000,00 Sabendo-se que a Cia. XYZ é tributada pela COFINS e PIS com base na sistemática não cumulativa, o valor da referida contribuição devida nesse mês é, em R$, de (A) 23.560,00 e 6.780,00 (B) 26.600,00 e 7.115,00 (C) 24.040,00 e 5.775,00 (D) 25.080,00 e 5.445,00 (E) 22.040,00 e 4.785,00 52 5. A Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) (A) não incide sobre sociedades isentas do imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ). (B) é apurada trimestralmente. (C) é cobrada sobre a receita das instituições financeiras a uma alíquota de 0,65%. (D) incide sobre a receita de exportações de mercadorias. (E) é cobrada apenas sob o regime de incidência cumulativa. 53 9. IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA A Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003, dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), de competência dos Municípios e do Distrito Federal. O Imposto tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, da citada Lei, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado. Conforme o Art. 3º, o serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, da LC 116/2003, com alteração dada pela LC 157/2016, quando o imposto será devido no local. Art. 4º, Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. 54 Art. 5º - Contribuinte é o prestador do serviço. Art. 6º - Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais. - Art. 7º - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. Mínima: Emenda Constitucional 37/2002 e LC 157/2016 - 2% Não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I, da EC 37/2002. Máxima: Lei complementar 116/2003 5%. Todos os serviços que estão sujeitos ao pagamento de ISSQN encontram-se previstos na lista anexa à LC 116/2003. Se não estiver nesta lista, não é fato gerador deste imposto. Vale ressaltar que esta lista é taxativa (exaustiva). Alterações Promovidas pela LC 157/2016 1ª Alteração Houve algumas pequenas mudanças no rol do art. 3º, que trata sobre o local onde se considera prestado o serviço e, consequentemente, onde poderá ser cobrado o imposto. 55 ANTES DA LC 157/2016 ATUALMENTE Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no local: XII – do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa; XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; XIX – do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa; Art. 3º O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local: XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios; XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; XIX -do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo item 16 da lista anexa; 56 2ª Alteração Foi acrescentado um novo artigo à LC 116/2003 determinando qual deverá ser a alíquota mínima do ISSQN: Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). Desse modo, nenhum Município poderá instituir alíquota de ISSQN inferior a 2%. Isso tem como objetivo evitar a "guerra fiscal" que estava sendo travada entre muitos Municípios limítrofes, que reduziam as alíquotas do imposto para atraírem novas empresas prestadoras de serviços. Prazo de adaptação A LC 157/2016 determinou que os Municípios/DF terão o prazo de 1 ano para revogar os dispositivos que contrariem o disposto no caput e no § 1º do art. 8º-A acima transcritos. 3ª Alteração A LC 116 foi editada em 2003. Nestes anos surgiram novos serviços que, como não estavam expressamente na lista, não podiam ser tributados com ISS. Desse modo, a alteração teve como objetivo incluir expressamente estes novos serviços. Os exemplos mais emblemáticos são os serviços de filmes e músicas por streaming, como é o caso do "Netflix" e do "Spotify". 57 ANTES DA LC 157/2016 ATUALMENTE 1.03 – Processamento de dados e congêneres. 1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres. 1.04 – Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos. 1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos, independentemente da arquitetura construtiva da máquina em que o programa será executado, incluindo tablets, smartphones e congêneres. Não havia. 1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei nº 12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS). Não havia. 6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e congêneres. 7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. 7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte e 58 descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e dos serviços congêneres indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas, para quaisquer fins e por quaisquer meios. 11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. 11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens, pessoas e semoventes. 13.05 – Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia, fotolitografia. 13.05 - Composição gráfica, inclusive confecção de impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia, exceto se destinados a posterior operação de comercialização ou industrialização, ainda que incorporados, de qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de posterior circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e manuais técnicos e de instrução, quando ficarão sujeitos ao ICMS. 14.05 - Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer. 14.05 - Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, plastificação, costura, acabamento, polimento e congêneres de objetos quaisquer. Não havia. 14.14 - Guincho intramunicipal, 59 guindaste e içamento. 16.01 - Serviços de transporte de natureza municipal. 16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros. Não havia. 16.02 - Outros serviços de transporte de natureza municipal. Não havia. 17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita). 25.02 – Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos. 25.02 - Translado intramunicipal e cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos. Não havia. 25.05 - Cessão de uso de espaços em cemitérios para sepultamento. 60 Exercícios sobre ISSQN 1. A respeito do ISS, NÃO é correto afirmar que: (A) incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. (B) incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. (C) incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País. (D) a base de cálculo do imposto é o preço do serviço. (E) a alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). 2. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, regulamentado pela Lei Complementar no 116/2003, (A) incide sobre todos os tipos de serviços, inclusive os serviços de transportes e fornecimento de energia elétrica. (B) não incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente, mediante autorização, permissão ou concessão. (C) é de competência estadual, sendo que um quarto de seu valor deve compulsoriamente ser repassado aos municípios sediados no estado da Federação. (D) incide somente sobre os serviços constantes da lista anexa da referida lei complementar, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. (E) não incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação tenha se iniciado no exterior do País. 61 10. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal. O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; O imposto incide sobre a circulação de mercadorias, serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de comunicações, de energia elétrica, de entrada de mercadorias importadas e aqueles serviços prestados no exterior. O ICMS é regulamentado pela Lei Complementar 87/1996, a chamada "Lei Kandir". Cada Estado possui autonomia para estabelecer suas próprias regras de cobrança do imposto, respeitando as regras previstas na lei. Do fato gerador O ICMS tem como fato gerador a operação relativa à circulação de mercadoria e à prestação de serviço de transporte
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