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INSTITUTO DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO TEOLÓGICA – IFETE 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
RAVENA DE MELO BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAZINHO/RN 
2014 
 
 
OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
RAVENA DE MELO BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como requisito parcial 
ao Instituto de Formação e Educação Teológica 
– IFETE para obtenção do título de Licenciada 
em Pedagogia, sob orientação da Profª. Esp. 
Liziane Martins Evaristo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARAZINHO/RN 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte / 
Bibliotecária Alexsandra Santana dos Santos CRB-15/530 
 
 
B574p 
 
Bezerra, Ravena de Melo. 
 Os professores como mediador das tecnologias na educação / 
Ravena de Melo Bezerra. – Parazinho, RN, 2014. 
 36f. 
 
 Orientador: Profª. Liziane Martins Evaristo. 
 
 Monografia (Graduação) – Instituto de Formação e Educação 
Teológica - IFETE. 
 
 1. Inclusão digital – Monografia. 2. Capacitação – Monografia. 3. 
Educação – Monografia. I. Bezerra, Ravena de Melo. II. – Instituto 
de Formação e Educação Teológica. III. Título. 
 
 CDU 37 
 
 
Monografia apresentada como requisito necessário para obtenção do grau de 
Licenciada em Pedagogia. Qualquer citação atenderá as normas da ética científica. 
 
 
 
 
 
RAVENA DE MELO BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia Aprovada em _______/ _______/_______ 
 
 
 
 
 
__________________________________________________ 
LIZIANE MARTINS EVARISTO 
Orientadora 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
1º Examinador (a) 
 
 
 
 
__________________________________________________ 
2º Examinador (a) 
 
 
 
 
___________________________________________________ 
Coordenador (a) do curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, a minha família, 
amigos e colegas de classe que estiveram 
sempre presentes na minha. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiro agradeço a Deus, por nos a vida, por estar presente comigo em todos os 
momentos, me fortalecendo, dando sempre o entendimento e cumprindo com suas 
promessas em minha. 
 
Em Segundo, agradeço a minha família, que são pessoas maravilhosas e 
importantes na minha vida, me dando sempre o apoio necessário e amor. 
 
Quero também agradecer os meus amigos e colegas, por compartilhar seus 
conhecimentos e ajudar nos desafios de cada dia para sermos pessoas melhores. 
 
Agradeço aos meus professores que sempre nos ensinaram de forma magnífica e 
com todo amor. Agradeço também a minha orientadora, que apesar das dificuldades 
na realização do trabalho final, esteve sempre me apoiando e com enorme 
paciência. 
 
Por ultimo agradeço ao IESP por sempre nos dar apoio, tirar nossas duvidas e 
oferecer os melhores educadores para nos formar, mais do que alunos, mas 
cidadãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Meus filhos terão computadores, sim, mas 
antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os 
nossos filhos serão incapazes de escrever 
inclusive a sua própria história.” 
Bill Gates 
 
 
RESUMO 
 
O acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação não contempla toda a 
sociedade. Desta forma, é necessário criar estratégias que possa alcançar o acesso 
de ferramentas tecnológicas de forma geral, ou seja, abranger e promover 
democraticamente a inclusão digital e a capacitação para a utilização dessas 
tecnologias de acordo com a necessidade do indivíduo. A Inclusão Digital deve ser 
considerada como um processo facilitador no desenvolvimento e auxílio na melhoria 
da educação, inclusão social, do desenvolvimento do individuo em si e de 
economias locais da comunidade. Um dos maiores desafios identificados até então 
que influenciam diretamente e indiretamente na sociedade, é a exclusão digital. A 
inclusão digital da sociedade do contribui na formação de competências, de 
produtividade e na competição global que tem como princípio básico para o 
desenvolvimento de invenções, inovações, geração de renda. Como uma das 
estratégias que pode vir a contribuir para a diminuição deste quadro, vê-se a 
educação como o principal elemento na formação de uma sociedade fundamentada 
na informação, no conhecimento e no aprendizado. 
 
Palavras-Chaves: Tecnologia. Informação. Comunicação. Inclusão Digital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Access to Information and Communication Technologies does not include the whole 
society. Thus, it is necessary to create strategies that can achieve access to 
technological tools in general, ie, cover and democratically promote digital inclusion 
and empowerment for the use of these technologies according to the individual need. 
The Digital Inclusion should be considered as a facilitator in the development process 
and help to improve the education, social inclusion, development of the individual 
itself and of local community economies. One of the biggest challenges identified so 
far that influence directly and indirectly in society, is the digital divide. Digital inclusion 
of the society contributes on building skills, productivity and global competition that is 
as basic to the development of inventions, innovations, income generation principle. 
As one of the strategies that may ultimately contribute to the reduction of this table, 
we see education as a key element in the formation of a based on information, 
knowledge and learning society. 
 
Keywords: Information. Technologies. Communication. Digital Inclusion 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 09 
2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO................................. 12 
2.1 INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE.................... 12 
2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL...................... 13 
3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS. 16 
3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL....................... 17 
3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA............................................... 19 
3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL.................................................... 21 
4. 
PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO 
CONHECIMENTO TECNOLOGICO....................................................... 
24 
4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA.......................................................... 25 
4.2 
O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE 
ENSINO-APRENDIZAGEM..................................................................... 
26 
4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS......................... 28 
5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA.......... 30 
5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR........................................... 30 
5.2 PLATAFORMA FREIRE.......................................................................... 31 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................32 
 REFERÊNCIAS....................................................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Vivemos em um mundo cercado de tecnologias, sejam elas consideradas 
como “velhas” ou “ultrapassadas” e as novas tecnologias, que são a evolução de 
tecnologias já existentes. Os avanços tecnológicos nos dão possibilidades de nos 
comunicar e obter informações em tempo real e em qualquer lugar. As TICs, 
Tecnologias da Informação e Comunicação, estão a todo o momento sendo 
atualizadas e junto com elas devemos está preparados e atualizados para esse 
mundo globalizado. 
 Falar sobre tecnologias é um tanto complexo, principalmente quando 
envolvemos educação. Antes devemos ter um conhecimento prévio do que são 
essas tecnologias e como usa-las. Mais do que uma ferramenta de trabalho e meio 
de comunicação, as tecnologias devem ser vistas como ferramentas de ensino-
aprendizagem. 
 O acesso às tecnologias da informação e comunicação está relacionado 
com os direitos básicos de liberdade e de expressão e democracia. Por isso que se 
tornam necessários e indispensáveis que as TICs se tornem ferramentas 
contributivas para desenvolvimento social, econômico, cultural e intelectual. 
 Essa realidade social brasileira com tantas diversidades sociais, culturais e 
econômicas, são exemplos que dificultam a inclusão digital. Estes são apenas 
alguns dos principais desafios da globalização e a exclusão digital que impede o 
acesso às tecnologias de informação e comunicação. 
 É preciso ampliar as iniciativas de inclusão, pois, a partir daí o individuo tem 
a possibilidade de se comunicar de formar eficiente, essa vantagem não se restringe 
somente ao individuo, mas se estende ao mercado e ao desenvolvimento do país. 
Para que o individuo seja incluso digitalmente é necessário que o mesmo tenha uma 
capacitação prévia que lhe permita a compreender as ferramentas de acesso. 
 Segundo (Barreto, 1994) democratizar a informação não deve envolver 
apenas programas facilitadores de acesso à informação, também é necessário 
utilizar as informações recebidas e transformar em conteúdo para beneficiar e 
esclarecer ao individuo e a sociedade. 
 Uma das tentativas de se repensar a educação tem sido feita por intermédio 
da introdução do computador na escola, o que não significa necessariamente, o 
10 
 
repensar da educação. O computador usado como meio de passar a informação ao 
aluno mantém a abordagem pedagógica utilizada atualmente. 
 Por outro lado, o computador apresenta recursos importantes para auxiliar o 
processo de mudança na escola - a criação de ambientes de aprendizagem que 
enfatizam a construção do conhecimento e não a instrução. Isso implica em 
entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento 
provocando um redimensionamento dos conceitos básicos já conhecidos e 
possibilitando a busca e compreensão de novas ideias e valores. 
 Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que 
significa ensinar e aprender, demanda rever a prática e a formação do professor 
para esse novo contexto, bem como mudanças no currículo e na própria estrutura da 
escola. 
 Gomez (2013), afirma: “[...] a escola que temos é dedicada a transmitir 
informação e pedir que os alunos acumulem, retenham e reproduzam informação. 
Na era digital, a informação é inabarcável e pode ser acessada por qualquer 
pessoa.” 
 As tecnologias da informação têm possibilidades de mudar o ensino nas 
escolas e universidades, e a maneira de estudar e aprender dos alunos. A Internet 
não vai substituir essas instituições, como muitos receiam, mas acrescentar uma 
nova dimensão. O aumento de recursos de acesso à Internet dá ao estudante meio 
de recolher informações de interesse para a aula. Em muitos casos, pode ser o 
estudante a ensinar a turma, incluindo o professor em determinado tópico. 
 Tradicionalmente é o professor que detém a autoridade da informação, com 
este sistema de ensino, essa autoridade passa a ser desafiada. Por outro lado os 
alunos passam a deter maior cultura informática e experiência em computadores. 
Com isso os alunos passam a ter a capacidade de procurar informação na Internet 
sobre vários assuntos, de serem mais críticos e criativos, tornando-se mais 
confortável para esses estudantes, que se sentem mais seguros para fazer 
perguntas e dar opiniões. Deve o professor promover e encorajar os alunos na 
participação criativa na rede e na extração de informação interessante. 
 A tecnologia possibilita diversos benefícios que estão à disposição do 
homem como também diversos perigos. Paulo Freire (1968, p. 98) critica em 
diversas passagens de seus livros, o dualismo entre divinização e 
“demonologização” da tecnologia. Não se pode entender a tecnologia como 
11 
 
salvadora dos homens, nem como a promotora de todos os males. É preciso sim, 
evitar o que ele chama de “desvios míticos” gerados pela tecnologia. 
 Sempre existiu a resistência às mudanças, o ceticismo e desinteresse pelos 
computadores é um dos maiores contras, mas felizmente essa mentalidade está a 
mudar com esta geração que já esta mais “informatizada”. Outra resistência 
adicional provém dos medos pelo futuro das instituições do ensino superior. Mas 
apesar disso tudo leva a crer que a inclusão digital e a Internet, juntos, vão vencer 
os opositores, aliás, tem argumentos para isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
 
 Há muito tempo se discute sobre o que são tecnologias passadas e 
contemporâneas. Tecnologia nada mais é do que invenções da humanidade para 
agilizar processos de forma rápida e simples, isso vai desde uma simples roda feita 
de rocha na era dos homossapiens até a construção de um mega computador atual 
para uma estação espacial. 
 Na era feudal, não se utilizava equipamentos modernos, apenas a produção 
de materiais por meio de camponeses, que apenas tinham o conhecimento 
assistemático de como fazer e utilizavam ferramentas do cotidiano. Depois disso 
veio a revolução industrial, que mudou a forma de produção, diminuindo o número 
de pessoas e a utilização de maquinas para fazer esses serviços. 
 Hoje ainda é assim, existem serviços que somente o homem pode fazer, e 
que as maquinas ainda não vão chegar a criatividade humana. As maquinas apesar 
de terem papel importante na vida do homem atual, não pode substituí-lo, mas pode 
ajudar a realizar tarefas do dia a dia que antes levava horas ou até dias, o que são 
casos mais complexos. 
 De quadros negros até um retroprojetor, as tecnologias vieram para ficar e 
ajudar a melhorar a educação. Não veio para substituir o professor nem muito 
menos a escola, mas para auxiliar e servir como ferramenta com intuito de fazer o 
ser humano melhor e mais produtivo, seguindo sempre para a evolução. 
 
2.1 INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE 
 
 Hoje em dia com tantas inovações tecnológicas, o ser humano já não tem 
capacidade de acompanhar os avanços tecnológicos. É previsto que em poucos 
anos maquinas substituam as pessoas em varias áreas, principalmente em 
processos que envolvem sistema de comunicação e dados, isso já ocorre nos dias 
atuais em diversas áreas. O certo é que, em poucos anos muitas pessoas estarão 
sem trabalho por não acompanharem o desenvolvimento da veloz área tecnológica. 
 Não se pode negar que nos dias atuais, não vivemos sem as TICs, estamos 
o tempo todo conectados, seja em casa, na rua, no trabalho ou escola. Podemos 
perceber que em casa vemos TV, obtemos informaçõesaudiovisuais, seja ela qual 
for, de noticias a entretenimento que pode ser da nossa cidade, país ou do mundo. 
13 
 
 Também podemos acessar a Internet através de um computador, pesquisar 
sobre os mais diversos assuntos, sendo ainda mais completos e de fontes global, 
podendo compartilhar essas informações com outras pessoas através de e-mail, 
chat ou redes sociais. Temos os telefones fixos ou celulares, hoje mais utilizados 
Smartphones e Tablets, que além de fazer ligações, podem acessar a internet e 
utilizar aplicativos de produtividade, tudo isso em um único equipamento móvel e a 
um custo baixo. 
 Assim, a influência que esses equipamentos têm para o ser humano é 
impressionante. Pessoas que nasceram da década de 80 até aqui, vêm 
acompanhando esse desenvolvimento e nova forma de compartilhar informações. 
Antigamente usavam-se somente cartas para poder conversar com alguém muito 
distante, depois veio o telefone e agora a Internet, indispensável nos dias atuais. 
Não de se estranhar de que essa nova forma de enviar e receber informações 
mudou a vidas de varias pessoas e empresas, temos a informação que queremos e 
aonde quiser em tempo real e a poucos cliques. 
 Portanto, a sociedade nos tempos atuais é influencia por essas novas 
tecnologias, a maioria das pessoas não quer mais perder seu tempo pesquisando 
sobre determinado assunto em livros, basta ir à internet e procurar em buscadores e 
Wikipédia. Praticamente ninguém mais usa cartas por correspondência para falar 
com um parente distante, basta ligar pelo celular ou enviar mensagens por 
aplicativos móveis ou por chats na internet. 
 Também comprar em lojas fixas toma tempo de pessoas que são ocupadas, 
agora varias pessoas compram pela internet, o que se torna mais fácil à escolha do 
produto, além de poder pesquisar o melhor os preços e receber suas compras em 
casa, com comodidade e rapidez. Isso só alguns exemplos de influencia e mudança 
de hábitos que vem ocorrendo na sociedade atual com o uso das novas tecnologias 
da informação e comunicação. 
 
2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL 
 
 Antigamente usava-se a lousa e o giz, era o material didático usado pelo 
educador, limitava-se a repetir conceitos, fórmulas, esquemas e modelos prontos. 
Sem espaço para a criação e interatividade por parte dos alunos. Depois veio o PC 
14 
 
ligado em redes locais e, finalmente, a internet. Esse foi o inicio das mudanças nas 
aulas. 
 Desde 1970, no Brasil já existia a preocupação com o uso da informática na 
Educação. Em 1972, foi criado a Coordenação de Assessoria ao Processamento 
Eletrônico (CAPRE), com o objetivo de assessorar o uso dos recursos informáticos 
da União e ser um centro de criação de uma politica brasileira para o setor de 
informática-microeletrônica. 
 Em 1989, quando as instituições brasileiras passaram a se conectar, a 
educação nunca mais foi a mesma. Conectados a rede mundial, estudantes e 
professores puderam chegar além da informação na sala de aula, navegando em um 
espaço de pesquisa dos revolucionários sites de busca, que os obtinha informações 
de todos os tipos de assuntos, eliminando assim as barreiras. 
 De 1988 a 1989, o MEC iniciou as atividades de capacitação por meio do 
Projeto Formar, oferecido pela Unicamp, e os professores cursistas deveriam criar 
os Centros de Informática Educativas CIEds junto à Secretaria de Educação, 
mediante o apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação em diferentes 
estados do Brasil. O objetivo era preparar recursos humanos para implantar o 
projeto de informática na educação. 
 Em 1989, foi instituído o Proninfe, que tinha o objetivo de promover o 
desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de 
ensino (1º 2º e 3º graus e educação especial). No ano de 1997, foi criado o ProInfo, 
com o objetivo de universalizar o uso da telemática no sistema publico de ensino 
fundamental e médio, como ferramenta pedagógica. 
 Nos sistemas estaduais de ensino, a implementação do Programa de forma 
descentralizada tem uma Coordenação Estadual do ProInfo para introduzir as 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas escolas publicas. O ProInfo é 
desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distancia – SEED, por meio do 
Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica – DITEC, em parceria com as 
Secretarias Estaduais e algumas Municipais de Educação. 
 Cidadão Conectado - Computador para Todos é um Projeto que faz parte do 
Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal, iniciado em 2003, mais 
precisamente a partir da instalação do governo Lula. O Computador para Todos tem 
como objetivo principal possibilitar a população que não tem acesso ao computador 
possa adquirir um equipamento de qualidade, com sistema operacional e aplicativos 
15 
 
em software livre, que atendam ao máximo às demandas de usuários, além de 
permitir acesso à Internet. O Projeto prevê ainda que todo cidadão, que adquirir o 
Computador para Todos, terá o direito a suporte, tanto para atendimento técnico 
(problemas com hardware, defeitos de fabricação, etc.), como para o uso dos 
aplicativos. 
 A principal premissa do Projeto Computador para Todos é a de que o 
cidadão disponha de uma solução informática, em sua residência, que lhe permita, 
de modo simples e rápido, conectar os fios dos periféricos, ligar o equipamento à 
tomada e, imediatamente, acessar as facilidades disponibilizadas. Para facilitar a 
compra do Computador para Todos, o Governo Federal disponibilizará linhas de 
financiamento mais vantajosas. 
 O Projeto não apenas disponibilizará o acesso às tecnologias, como também 
permitirá que toda uma cadeia produtiva venha a ser reforçada no Brasil, inibindo a 
ação do mercado "cinza", que não paga impostos nem contrata mão-de-obra com 
garantias trabalhistas. 
 Com esse olhar os alunos e professores deram um grande salto de 
qualidade na educação, apesar do índice de informatização das escolas brasileiras 
ainda não ser o ideal. As escolas que têm computadores em sala de aula, não estão 
conectados em rede local, e muito menos, à internet. 
 Para estar integrada à realidade atual, a escola tem de estar familiarizada 
com os recursos e ferramentas informáticas e saber utiliza-las na ação educativa 
normal. É preciso, ainda, saber marcar presença no ciberespaço, incluindo os alunos 
para se familiarizarem no acesso, tanto para obter dados sobre informações globais, 
mas também às múltiplas oportunidades de interação social com outros alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS 
 
 Considerando o Brasil, uma política de informação deveria privilegiar ações 
de mudança da realidade, visando proporcionar ao País condições de competir no 
mercado internacional igualitariamente. Dentre os principais obstáculos está a atual 
situação de desnível sócio-econômico-educacional brasileiro em que, em oposição a 
ilhas de excelência em desenvolvimento científico, contrasta-se uma grande maioria 
de marginalizados informacionalmente. 
 Além das barreiras econômicas, os brasileiros não têm sido educados para 
produção e consumo de bens informacionais, menos ainda em meio digital. Numa 
sociedade organizada em torno da informação, como a que se configura, a 
educação tem seu papel multiplicado já que dela depende a formação de indivíduos 
capazes de aprender continuamente. 
 Hoje não basta a capacidade de armazenar um grande volume de dados, já 
que num mundo de contínuas mudanças, estes dados logo estarão obsoletos. 
Atualmente é exigida a capacidade de atualizar-se durante toda a vida, o que 
envolve também habilidades deseleção e julgamento cada vez mais apuradas. 
 Para poder atuar nas mais diversas escalas de interação social: no trabalho, 
no grupo de amizades ou para o exercício da cidadania, manter-se informado é 
premissa básica. Isso pressupõe uma formação não só técnica, mas também em 
uma formação que desenvolva uma abordagem humanista para lidar com 
informações oriundas de diversas fontes e culturas, além do uso ativo, consciente e 
crítico da informação. De onde se conclui que a educação é a própria viabilizadora 
da ideia de Sociedade da Informação. 
 “Democratizar a informação não pode, assim, envolver somente programas 
para facilitar e aumentar o acesso à informação. É necessário que o indivíduo tenha 
condições de elaborar este insumo recebido, transformando-o em conhecimento 
esclarecedor e libertador, em benefício próprio e da sociedade onde vive.” 
(BARRETO, 1994). 
 Para ser competente em informação, uma pessoa deve ser capaz de 
reconhecer quando uma informação é necessária e deve ter a habilidade de 
localizar, avaliar e usar efetivamente a informação. Resumindo, as pessoas 
competentes em informação são aquelas que aprenderam a aprender. 
17 
 
 Assim, as instituições escolares têm o papel essencial de orientar os 
indivíduos nesse processo de aprendizagem, pois na Escola circulam informações 
constantemente. A partir desse processo de aprendizagem, o sujeito absorve 
informações e é estimulado a criar e recriar conceitos utilizando as novas 
informações, suas experiências e conceitos elaborados anteriormente. A interação 
constante entre sujeito e informação, acarretará a formulação de novos 
conhecimentos, que por sua vez possibilitarão a criação de novas informações. 
 
3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL 
 
 Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham 
acesso a computadores e saiba operar alguns sistemas básicos que permitem 
digitar textos, fazer cálculos, trabalhar com gráficos e imagens, elaborar planilhas e 
etc. Não podemos resistir nem ignorar os avanços tecnológicos, ou com desculpas 
de que faltam recursos, privando-se de uma ferramenta hoje básica e extremamente 
necessária no meio pessoal e profissional. 
 O Analfabetismo Digital não é a incapacidade de “ler”, mas de manusear 
ferramentas tecnológicas modernas, principalmente dominar conteúdos da 
informática como editores de textos, planilhas e Internet. A principal causa do 
analfabetismo digital é associada à “exclusão digital”, vista como por todo o mundo 
como desigualdade social. 
 O que acontece é que quem não domina a informática é um “analfabeto”, 
desatualizado por causa da rápida evolução tecnológica que possibilita o acesso à 
informação. O analfabetismo digital é um grande fator de exclusão, que resulta em 
serias implicações sociais, políticas, econômicas e culturais. 
 
 
“[...] Ela não é um instrumento por si só. A tecnologia na escola, por 
exemplo, favorece uma intervenção do poder público na vida de quem não 
tem condições para comprar um computador ou conhecimentos para utilizá-
lo. A democratização da escrita não pode ser só um desejo. Deve ser uma 
obrigação. Nossa sociedade está vendo nascer um novo modelo de 
analfabetismo: o digital. Ele é marcado pela impossibilidade de usar um 
computador para ler, escrever ou realizar tarefas simples.” (ROGER 
CHATIER, 2013). 
 
 
 Assim as pessoas não podem se privar das tecnologias, e as escolas têm 
como papel incluir pessoas nesse mundo digital. As crianças de hoje, diferente de 
18 
 
muitos adultos, tem o privilégios de ter computador, telefones celulares de ultima 
geração e tablets, já pessoas adultas e os mais velhos têm dificuldades de atenção 
no dia a dia e na escola para utilizar esses dispositivos em suas vidas. 
 As escolas públicas principalmente sentem falta de programas educacionais 
que funcionem como passaporte para inclusão de a escola e pessoas no mundo 
digital. Não podemos esperar que educadores e gestores tomem essa iniciativa se o 
estado e administração da educação não garantem a infraestrutura nem capacitação 
para funcionamento do processo de inclusão e inovação tecnológica. 
 Nesse processo, muitos problemas aparecem, até mesmo os professores 
tem dificuldade de trabalhar com computadores, sendo muitas vezes, eles não 
admitindo esse déficit de conhecimento. O professor só irá descobrir quando se 
deixar conduzir pela curiosidade e pelo prazer de explorar e conhecer novidades, 
como fazem os jovens. 
 Segundo a educadora Emília Ferreiro (2001), com o computador assumindo 
função principal na informação, é fundamental que a sociedade se preocupe com as 
pessoas que estão à margem desta evolução, para não gerar uma massa de 
analfabetos tecnológicos. 
 O professor ainda está longe de dominar e os conhecimentos da informática 
e a utilizar o computador e outros recursos que as novas tecnologias exigem, 
chegando a fazer parte do analfabetismo que cresce em todo mundo. Nesse 
contexto, a exclusão digital vem crescendo com a informatização de serviços 
públicos básicos. 
 A discursão sobre a Inclusão Digital está aí há anos, apesar de poucas 
pessoas saberem realmente o que ela representa para a sociedade. As novas 
tecnologias estão restrita à um numero pequeno de pessoas, que há alguns anos já 
vem trabalhando com elas. 
 Um exemplo de que grande parte das pessoas que não tem conhecimento 
desses recursos e estão fora dessa nova realidade são as longas e demoradas filas 
de bancos, supermercados e grandes lojas de varejo. O principal público que ainda 
enfrentam isso são pessoas idosas ou que não estão informadas ou que não tem 
acesso aos recursos de fazer pagamentos online e compras pela Internet. Navegar 
pela Internet, fazer transações bancaria e compras online, são recursos ainda pouco 
utilizados e conhecidos para a maioria das pessoas. 
19 
 
 Estamos vivendo em uma época que ignorar ou estar fora das possibilidades 
de se utilizar a Internet por meio de computadores, Smartphones e Tablets, é está 
se excluindo do da era digital e consequentemente, em pouco tempo, sofrerá com a 
exclusão digital e até social. 
 A inclusão digital é está ligada a inclusão social, por haver a democratização 
do acesso a informação, disponibilizando tecnologia à população. Também vale 
ressaltar que o objetivo principal e mais importante não é disponibilizar a tecnologia 
em si, mas fazer integração das pessoas sobre as tecnologias disponíveis e assim, 
integrar o individuo excluído digitalmente na sociedade. 
 Com a integração do individuo no meio digital, o usuário que antes era um 
excluído digital, passar a aprender que o computador é um meio de acesso à 
educação, ao trabalho, ao contato e a troca com a sua comunidade, fazendo parte 
da sociedade e tendo um pensamento mais critico e ao exercício de sua cidadania. 
 O professor tem esse papel de integrar seus alunos à sociedade e ao meio 
digital, o professor não pode mais ser visto como transmissor de informações. A 
utilização da Internet deve proporcionar aprendizagens aos alunos e aos professores 
para a criação e construção de conhecimentos que ampliem a capacidade critica das 
pessoas. A Internet deve chegar às escolas públicas, possibilitando a inclusão digital 
de alunos que não possuem acesso ao computador. 
 De acordo com o autor Manuel Castells (2003) “a Internet é de fato uma 
tecnologia da liberdade. Mas pode libertar os poderosos para oprimir os 
desinformados, pode levar à exclusão dos desvalorizados pelos conquistadores do 
valor” (p. 225). 
 Portanto, todos os indivíduos devem ter o conhecimento e a liberdade, como 
falou Castells, para que não fique restrita a informação somente às pessoas depoder e utilizar esses recursos para oprimir aos que estão fora da Internet e os 
desinformados. 
 
3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA 
 
 De geração em geração muita coisa e muitos comportamentos mudam. Isso 
sempre existiu, entretanto, atualmente o que está acontecendo é uma aceleração 
dessa corrida de gerações, em que a idade é apenas um dos fatores que as 
20 
 
separam e que o comportamento, a forma de agir e as novas tecnologias são as 
principais diferenças. 
 Atualmente crianças e adolescentes, chamados de geração “C” (letra que 
vem de “Connected Collective”), chamam mais atenção pela facilidade que tem de 
utilizar equipamentos eletrônicos, principalmente computadores e telefones 
celulares. Esse público são pessoas que nasceram depois dos anos 90 e que vivem 
a adolescência depois dos anos 2000. 
 A letra “C” também significa que estes usuários são considerados mais 
Comunicativos, Conectados e Computadorizados, por estarem sempre On-line e 
clicando. O contato com a tecnologia desde cedo, faz com que o cérebro das 
crianças tenham essa facilidade em manusear esses equipamentos tecnológicos 
ajudando no desenvolvimento, coisa que os adultos não tiveram chances quando 
mais jovens. 
 Crianças de até três anos de idade, o cérebro pode ter o dobro da 
capacidade de processamento de informações em relação ao cérebro de um adulto. 
Isso explica o porquê da dificuldade de pessoas mais velhas terem problemas em se 
atualizar com novas tecnologias e aprender a utiliza-las no dia-a-dia. 
 A ideia de Geração “C” foi criada por Dan Pankraz, diretor de planejamento e 
estratégias para o público jovem da DDB Sydney, mas o conceito está mais para um 
grupo do que para uma geração de fato. Ou seja, a Geração C não é composta por 
um grupo que nasceu em determinada década. 
 Essas pessoas podem ter entre 9 ou 39 anos. O que elas têm em comum é 
a importância das mídias sociais em sua vida. Dan Prankz listou uma série de 
características que resultaram em 5 dicas que os profissionais de diversas áreas 
devem seguir para criar conteúdo para a geração C: Seja relevante, útil e divertido. 
Melhore seu status social dentro das tribos. Peça uma reação e tenha uma interface 
social e divertida. Conecte os integrantes da geração uns aos outros, não apenas 
com a marca. Permita a geração C a participar, interagir ou produzir conteúdo e 
passar adiante. 
 Na ótica de Cysneiros (2013), o uso das tecnologias tem o potencial de 
modificar os modos de pensar, de ensinar e de aprender, e até mesmo de ver o 
mundo. Mas a verdadeira mudança que vem ocorrendo deve-se, sobretudo, à 
capacidade criativa do professor. Ou seja, não é a tecnologia em si que está 
trazendo as inovações para a sala de aula, mas os jovens professores que 
21 
 
entendem como natural o fato de que o conhecimento está disperso, pulverizado no 
mundo, nas redes sociais, na internet. E assumem sem problemas o papel de guiar 
e estimular os alunos a encontrarem por eles mesmos o que desejam. 
 “A atividade de ensino-apredizagem, por ser um processo no qual ao mesmo 
tempo em que o conhecimento é produzido pelo professor e pelo aluno, ele 
consumido pelo aluno e pelo professor, pois o professor ensina e aprende, e o aluno 
aprende e ensina.” (ROMILDA TEODORA ENS, 2002) 
 
3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL 
 
 No mundo atual com o desenvolvimento tecnológico e econômico, surgem 
novos paradigmas educacionais que contemplam a inserção de tecnologias da 
informação e comunicação em ambientes educacionais. A informática na educação 
é um assunto polemico e marcado por contradições entre os educadores e a 
sociedade, mas que precisa ser incorporada no processo de ensino e de 
aprendizagem. 
 Ameaçados por novos meios de estudo, como é o caso da Educação à 
Distância (EAD) ou e-learning, a escola e educadores devem se atualizar para 
oferecer aulas diferenciadas, trazendo novas metodologias e ferramentas de ensino 
para a sala de aula. Se a escola não acompanhar as transformações, o futuro das 
escolas será impactado por novos meios de comunicação, que são reflexos do 
modelo atual da escola. 
 Paulo Freire faz a seguinte constatação: 
 
 
“A minha questão não é acabar com escola, é mudá-la completamente, é 
radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a 
tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu 
tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê-
la.” (FREIRE&PAPERT, 1996, p. 02) 
 
 
 
 Segundo Freire, mesmo defendendo a atuação docente em ambientes 
interativos, com a utilização de recursos audiovisuais e a informática no processo de 
ensino a de aprendizagem, não aceitava a utilização de forma critica como ele 
mesmo explica. “nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um 
22 
 
lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso, sempre estive em paz para lidar com ela.” 
(FREIRE, 1996, p. 97). 
 No processo de ensino e de aprendizagem, é fundamental a curiosidade do 
professor para buscar novas formas de utilizar as tecnologias da informação e 
comunicação na sua pratica docente, esse comportamento abre o espaço para 
novos praticas pedagógicas, não limitando os profissionais da educação aos tempos 
passados, trazendo-os para os tempos atuais. “faço questão de ir me tornando um 
homem do meu tempo. Como individuo, recuso o computador porque acredito muito 
na minha mão. Mas como educador, acho que o computador, o vídeo, tudo isso é 
muito importante.” (FREIRE, 2001, p. 198). 
 Angel Pérez Gómez (2013), afirma que: 
 
 
“Os sistemas escolares que temos hoje são do século XIX, adaptados às 
exigências de uma sociedade que não tem nenhuma relação com a atual. A 
aprendizagem exigida hoje é de ordem superior, e a escola que temos é 
dedicada a transmitir informação e pedir que os alunos acumulem, 
retenham e reproduzam informação. Na era digital, a informação é 
inabarcável e pode ser acessada por qualquer pessoa. É preciso saber 
processar, reconstruir, organizar e utilizar a informação de maneira crítica e 
criativa para resolver os problemas de um mundo tão complexo. A evolução 
é tão rápida e crucial que ou as escolas se adaptam às novas exigências ou 
vão desaparecer em pouco tempo. Surgirão outras instituições que 
cumpram esse papel. As escolas têm que se flexibilizar.” 
 
 
 
 Para Gómez os tipos de aprendizagem que são essenciais para a era digital 
são exemplos para as diferenças do que ensinamos hoje em dia. Antigamente, 
quando o aluno era visto apenas como “deposito” de informações e o professor 
como “depositado”. Na era atual, a escola tem que se adaptar e buscar novos meios 
para transmitir essas informações, fazendo com que o aluno passe de receptor de 
informações a ser um indivíduo que saiba utilizar o que aprendeu de forma critica e 
criativa. 
 Não é de hoje, que vemos muitos dos estudantes e professores cansados da 
mesmice e de apenas seguir os livros didáticos não adaptados a sua realidade, ou o 
ato de apenas ler e escrever o que se está no quadro branco, limitando-se apenas 
ao que foi passado, dentro da sala de aula e sem interação com outras pessoas e 
culturas, compartilhando informações dos mais variados assuntos, com objetivo de 
aprender, ensinar e questionar sobre a informação obtida. 
 Dias de Figueiredo diz: 
23 
 
“De fato, penso que a variedade explosiva da escolha e a agressividade 
crescente da oferta estão a mergulhar os cidadãos em geral, e as crianças e 
jovens em particular, na mais profunda das dissonâncias e ansiedades. Por 
outro lado, como dizia Naisbitt na sua identificação das megatendências 
atuais, a frieza das altas tecnologias impõe uma contrapartida indispensável 
decalor humano: quanto mais tecnológica é uma sociedade, mais necessita 
de compensações ao nível dos valores humanos e da afetividade. É aqui 
que se situa, a meu ver, a função chave de uma escola reinventada: dar 
estrutura a um mundo de diversidade, fornecer os contextos e saberes de 
base para uma autonomia de sucesso nesse mundo, e fornecer as 
respostas humanas compensatórias de que a escola dos nossos dias se 
está a distanciar tão perigosamente.” 
 
 
 
 É preciso entender que apesar dos recursos tecnológicos dentro da sala de 
aula e do não contato humano em alguns casos, a escola deve estar ligada aos 
alunos a todo o momento, não perdendo esse contato real e social com os 
professores e alunos. As tecnológicas devem ser vistas como ferramentas para 
aproximar o individuo da escola, para obter e transmitir informações, não para 
distanciá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
4. PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO 
TECNOLOGICO 
 
 O processo de ensino-aprendizagem tem mudado sua tradicional forma de 
ser empregado, onde a inserção do computador nas escolas tornou-se um dos 
fatores responsáveis por tal mudança. Aliada a este fator, vem a crescente exigência 
dos alunos por técnicas inovadoras que tornem o ensino mais dinâmico e motivador. 
Diante destas novas exigências, pode-se inserir a Informática na Educação como 
uma das formas mais interessantes para a disseminação mais rápida e eficaz do 
conhecimento. VALENTE (2002) afirma: “A Informática na Educação significa a 
inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos 
curriculares de todos os níveis e modalidades da educação”. 
 Podem-se considerar duas formas de abordar a Informática na Educação, 
segundo Valente. A primeira utiliza o computador simplesmente como meio de 
transmissão de conhecimentos, mantendo a mesma prática pedagógica adotada em 
uma aula presencial. Neste caso, o computador é utilizado para informatizar os 
processos de ensino já existentes. Não há necessidade de grandes investimentos na 
formação dos cursos e dos professores. Segundo o autor, os resultados a partir 
desta abordagem são bastante pobres, pois tendem a preparação de profissionais 
obsoletos. 
 A segunda abordagem utiliza o computador para a criação de ambientes de 
ensino-aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento através da 
iniciativa do educando. Neste caso, necessita-se de grandes investimentos na 
formação dos professores, pois os mesmos devem propiciar a vivência de 
experiências educacionais no lugar de simplesmente transmitir um conhecimento 
previamente adquirido. 
 “O professor deve passar de ser um transmissor de informação para um 
facilitador da aprendizagem. Deve ser um tutor permanente para as crianças. 
Primeiro, deve ensinar com seu exemplo como buscar, selecionar e avaliar as 
informações. É uma missão mais difícil e complexa.” (GÓMEZ, 2013). A melhor 
maneira de adaptarem-se as novas tecnologias é usando-as. O professor como 
facilitador, deve: 
 Ensinar seus alunos a realizar pesquisas na internet, de forma objetiva e 
especifica em buscadores. Buscar vídeos que podem complementar e ilustrar as 
25 
 
aulas. Ensinar aos alunos a utilizar fóruns, chats e blogs educacionais. 
Principalmente, o professor deve orientar aos seus alunos a utilizar a internet de 
forma segura e no uso adequado das ferramentas tecnológicas em beneficio do 
aprendizado. 
 
4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA 
 
 Muito ainda se discute qual a melhor metodologia para se ensinar a um 
individuo. Temos que analisar primeiro a realidade atual desse aluno, saber sobre 
sua historia, a cultura que carrega, conhecimento que tem e qual o seu nível de 
desenvolvimento. Após isso que o educador deve buscar metodologias e recursos 
necessários e eficazes para o desenvolvimento do aluno. 
 Algo muito criticado em escolas atuais é a falta de recursos materiais e 
tecnológicos na sala de aula, algumas escolas apenas têm um quadro branco e 
carteiras em cada sala, sem nenhum aparato tecnológico, fazendo que a escola e os 
alunos estejam ainda em um ambiente dos séculos passados. 
 Apesar de isso ocorrer em varias escolas, na maioria das vezes em 
comunidades pobres e distantes dos grandes centros urbanos. Vejamos também 
que em algumas escolas em áreas nobres, ou com grande investimento do governo 
em tecnologias para o desenvolvimento da educação, não tem profissionais 
preparados para utilizar esses recursos nem repassar as informações necessárias 
para os alunos. 
 Nessa perspectiva os educadores por ainda estarem utilizando sistemas de 
ensino passadas e não utilizarem ferramentas de ensino contemporâneas acaba 
pecando e reduzindo o nível de desenvolvimento do aluno, que ao estar fora da 
escola irão precisar ter os conhecimentos que não foram repassados na sala de 
aula, e serem prejudicados. Há, no entanto, uma questão que precisa ser levada em 
conta nessa relação com as TICs, como diz GARDIN (1999): “Se uma terminada 
pratica é ruim sem os computadores [TICs], ela não vai melhorar com eles e pode 
ficar ainda pior.” 
 Porém, para a utilização destes recursos disponíveis com a inclusão das 
TICs no cotidiano escolar, encontramos algumas dificuldades que precisam ser 
encaradas como desafios, ou então correremos o risco de continuar com um modelo 
26 
 
educacional que não educa, mas que aliena e aprisiona. São vários os desafios, 
mas são necessários para o desenvolvimento intelectual e social de todos. 
 Os desafios nos convidam para que possamos ultrapassar barreiras de 
encontrar novas soluções de ensino, e todos são incrivelmente possíveis de solução 
para a educação. Basta a cada um buscar o conhecimento e ir além, não limitar-se a 
metodologias fora da realidade atual. Refletindo sobre essa nova forma de utilizar os 
recursos tecnológicos para formação do individuo, trazemos o questionamento de 
Blikstein E Zuffo: 
 
“Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias? 
Aquele em que os alunos seguem passo-a-passo ou quando empreendem 
projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos 
regulamentos de conduta e comportamento?” (2003, p. 26). 
 
 
 
 Já se foi à era em que os professores ensinavam aos seus alunos de uma 
forma de ensino sistemática baseada em conceitos e ideias de séculos passados, 
não adaptados a realidade atual nem utilizando de ferramentas de necessidade do 
cotidiano do século XXI. As más utilizações das tecnologias com metodologias 
defasadas atrapalham, ao invés de auxiliar no ensino. Gómez explica isso: 
 
 
“Para mim, o mais importante é a pedagogia usada com as novas 
tecnologias. Novas tecnologias com velhas pedagogias não servem para 
nada. O mais importante é que o professor esteja preparado para usar bem 
essas poderosíssimas ferramentas ao serviço de novas pedagogias que 
ajudam as crianças a aprender. Estados e municípios deveriam focar seus 
esforços na melhor qualificação dos seus docentes.” (GÓMEZ, 2013, p. 03). 
 
 
 Com os esforços do Governo, sociedade e a escola, podemos capacitar e 
qualificar profissionais para o uso correto das tecnologias dentro da sala de aula, 
auxiliando e aprimorando no conhecimento dos educandos. 
 
4.2 O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO-
APRENDIZAGEM 
 
 Quando o assunto é mídia educacional, quanto mais o aluno aprender a usar 
e mesclar os diversos recursos tecnológicos disponíveis, mais eficientes, interativas, 
alegres, desafiadoras serão as aulas. Cabe o professor o papel de organizador 
dessas situações de aprendizagem, além, é claro, do uso correto da tecnologia.27 
 
 Usar as TICs para apresentar ou transmitir as informações é como explicita 
Demo (1995), a tendência moderna, uma que a “didática transmissiva tende a migrar 
para os meios modernos eletrônicos de comunicação.” (p. 28), mas no processo de 
construção de conhecimento está o professor que tem ai uma função indispensável. 
 No entanto, como afirma o autor, o aprimoramento do manejo das TICs pelo 
professor possibilita a esse, “aprimorar a transmissão de conhecimento, socializar de 
modo mais amplo e atraente o saber disponível e, sobretudo, economizar tempo e 
oportunidade para construir.” (DEMO, 1995, p. 55). 
 Os educadores têm as ferramentas multimídia para auxiliar e complementar 
as aulas, não para substituir o professor, que tem a tarefa de ser mediador, 
orientando os alunos e tirando suas duvidas em sala de aula. Assim, a internet e a 
evolução de tecnologias da comunicação e do conhecimento trouxeram 
possibilidades tanto no quesito comunicação quanto aprendizado. 
 O que faz com que às vezes se tenha essa percepção de que a internet nos 
deixa mais “burros” é a falta de interesse em determinados assuntos, mas mesmo 
isso pode ser relativo. Muitas pessoas hoje tem acesso a internet em casa ou na 
escola, mas não sabem utilizar essa ferramenta de forma correta, fazendo pesquisas 
de assuntos triviais e sem conteúdo. 
 Além disso, a educação pela internet faz com que a pessoa economize 
tempo com locomoção e possa realizar o curso em horários nos quais seria 
impossível caso fosse presencial. Da mesma forma, também há uma questão de 
custo envolvida, fazendo com que estudar online seja mais barato do que em uma 
sala de aula. 
 O mesmo será possível para atender a palestras ou debates com outros 
estudantes e profissionais. Talvez a tecnologia nunca substitua o modelo “pessoal” 
para a educação, mas sem dúvidas terá um papel muito importante como um 
suplemento para enriquecer ainda mais o aprendizado. 
 A internet é uma ferramenta excelente, não há dúvidas sobre isso. No 
entanto, o uso que fazemos dela pode não ser o mais adequado, especialmente 
porque estamos acostumando o nosso cérebro a não armazenar informações por 
um tempo mais longo, afinal, esses dados vão estar sempre disponíveis e basta 
outra pesquisa do Google para acessá-los. 
 O fato de você poder armazenar conteúdo online e “liberar” espaço na sua 
mente é algo bom, especialmente para explorar novos assuntos. O problema é que 
28 
 
o cérebro também precisa ser exercitado e estimulado, como os músculos do nosso 
corpo, e a qualidade de uma leitura é parte desse processo. 
 É importante que os alunos sejam estimulados, a pesquisar também em 
livros físicos, para terem contato com o não virtual, dando espaço para a leitura e 
estimulo de filtragem e seleção do conhecimento adquirido. Muitas vezes 
esquecemos que muita da nossa historia e informações estão paradas em nossas 
casas e espaço escolar. 
 
4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS 
 
 Formar cidadãos informados e críticos é desafiador. Não basta apenas 
repassar a informação para quem está recebendo as informações, é preciso 
incentivar a quem está aprendendo e questionar o transmissor da informação. As 
tecnologias tem a função como ferramenta de transmitir informação ao usuário, 
assim como permite espaços para o recebimento também de informações e opiniões 
a usuários online. 
 Quem estiver utilizando desses recursos tecnológicos, deve está ciente que 
nem tudo o que se tem de informação sobre determinado assunto é verídico e 
correto. É preciso saber pesquisar, analisar, filtrar a informação para se obter a 
informação correta, e assim, se ter a própria opinião. 
 
 
[...] O exercício de pensar o tempo, de pensar a técnica, de pensar o 
conhecimento enquanto se conhece, de pensar o quê das coisas, o para 
quê, o como, o em favor de quê, de quem, o contra quê, o contra quem são 
exigências fundamentais de uma educação democrática à altura dos 
desafios do nosso tempo (FREIRE, 2000, p. 102). 
 
 
 Expressar opinião, fazer criticas e compartilhar informações é o espaço que 
a Internet oferece ao individuo. Apesar de o computador ser uma ferramenta 
mecânica, ela é totalmente controlada por seres humanos, que ali depositam sua 
cultura e conhecimento. 
 Como podemos aproximar pessoas, ao mesmo tempo em que podemos ter 
a oportunidade de ensinar e aprender juntos. “É importante humanizar as 
tecnologias: [estas] são meios, caminhos para facilitar o professo de aprendizagem. 
29 
 
É importante também inserir as tecnologias nos valores, na comunicação afetiva, na 
flexibilização do espaço e tempo do ensino-aprendizagem.” (MORAN, 2007, p. 38). 
 Utilizar o computador a internet como ferramentas para ajudar a pessoas a 
serem mais criticas e informadas pode não parecer uma tarefa fácil, mas é pratica se 
olharmos pelo lado inovador. Os professores devem mudar sua atitude e usar da 
criatividade para utilizar os recursos tecnológicos para desenvolvendo senso critico 
do individuo independente da sua área de atuação, como afirma GÓMEZ (2013): 
 
 
“A melhor maneira de fazer isso é substituir um currículo fragmentado em 
disciplinas por um currículo centrado em problemas. O que temos que 
trabalhar são os problemas da vida cotidiana. O importante é recorrer a 
conceitos da matemática, da física, da geografia, entre outros, para 
entender e resolver problemas. Um currículo do tipo requer um ensino 
interdisciplinar e muito mais ativo. O aluno tem que ir à escola para fazer 
coisas não apenas escutar e repetir. Ele tem que fazer projetos, debater, 
pensar, criar. É preciso inverter a metodologia didática. O professor pode 
gravar vídeos com informações e conceitos e colocá-los na internet, para 
que o aluno lhes assista em casa, quando quiser e quantas vezes quiser. 
Depois, na escola, ele vai tirar dúvidas e trabalhar em grupos.” (GÓMEZ, 
2013, p 02). 
 
 
 Trabalhar, ensinar e estudar na escola ou em casa há diferenças, mas por 
meio das tecnológicas, a distancia se torna nada, podendo chegar aonde quiser com 
apenas um clique e compartilhando o que se sabe com todos numa mesma rede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA 
 
 A educação continuada é de fundamental importância para as mudanças na 
pratica pedagógica dos professores. Para educar na era da informação, é 
necessário enfrentar paradigmas que envolvem uma educação fundamentada em 
teorias de ensino-aprendizagem, que é um modelo “ultrapassado” de ensino, os 
professores precisam encontrar caminhos próximos ao momento histórico que 
vivemos. O sucesso do uso dos recursos tecnológicos na educação depende de 
uma infra-estrutura adequada, com um bom planejamento e investimentos que 
privilegiam a formação de educadores e decisão política. 
 A formação continuada foi uma proposta utilizada pelo Ministério da 
Educação para atualizar a pratica educacional, visando capacitar os profissionais 
para métodos educacionais contemporâneos e melhorar a qualidade da educação 
no país. Muitos professores já tiveram a oportunidade de poder aprender e trabalhar 
com as tecnologias, e os incentivos do governo está ai, para ajudar a esses 
profissionais a se capacitarem e fazer parte da nova era digital. 
 
5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR 
 
 Com a globalização e avanços tecnológicos constantes, vários professores 
estão fora do mundo digital. Muitos veem as tecnologias como um bicho de sete 
cabeças e não se propõem a aprender como utilizá-las. O educador deve ter essa 
visão de pensar nas tecnologias como uma barreira ou um inimigo, que está ali 
somente para atrapalhar o seu trabalho.O professor precisa se atualizar para não ficar para trás. Alunos hoje em dia 
estão à frente dos professores quanto ao conhecimento tecnológico, enquanto 
muitos educadores estão parados nos seus conhecimentos passados, não sabendo 
sequer a ligar a um projetor dentro da sala, ficando perdidos numa simples conversa 
com vocabulário sobre internet e computadores. 
 Umas das justificativas dos professores são a falta de equipamento na 
escola, não dando oportunidade para os professores terem o contato com 
tecnologias. Isso é um fato atual, que acontece em muitas escolas brasileiras que 
não tem investimento nessa área, mas mais do que investimento, o educador 
31 
 
precisar ter também o interesse para aprender as novas formas de ensino e 
utilização de ferramentas digitais didáticas no seu dia a dia. 
 
5.2 PLATAFORMA FREIRE 
 
 O governo tem oferecido vários projetos para aproximar os professores na 
utilização de computadores, além de capacitação profissional em diversas áreas por 
email da internet. A Plataforma Paulo Freire é um sistema eletrônico criado em 
2009 pelo Ministério da Educação, com a finalidade de realizar a gestão e 
acompanhamento do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação 
Básica. 
 Em maio de 2012, o sistema passou a ser gerido pela Capes e está sendo 
reestruturado para incluir um conjunto de funcionalidades que permitirão informatizar 
todo o processo de gestão, acompanhamento e revisão do planejamento da 
formação inicial dos professores da educação básica. 
 Nesse sistema a Capes atualmente publica a relação dos cursos superiores 
ofertados pelas Instituições de Educação Superior para os professores da rede 
pública de educação básica; os professores interessados em participar dos cursos 
fazem sua pré-inscrição; as secretarias municipais e estaduais de educação validam 
a pré-inscrição dos professores de sua rede; as universidades extraem a relação de 
professores pré-inscritos e, após o processo seletivo, registram os alunos 
matriculados. 
 Com a reestruturação do sistema, além do registro das matrículas, as IES 
deverão informar a evasão; as secretarias municipais e estaduais de educação 
poderão informar anualmente a demanda por formação de sua rede; os fóruns terão 
acesso eletrônico tanto aos dados da demanda quanto das matrículas e evasão, o 
que permitirá a revisão anual do Planejamento Estratégico; os dados cadastrais dos 
professores serão filtrados diretamente da base de dados do Educando, de modo a 
otimizar os processo de validação e matrícula. Com essas e outras funcionalidades 
que estão sendo inseridas no sistema, espera-se que ele opere no sentido de 
aperfeiçoar a gestão e acompanhamento do Programa. 
 
 
 
32 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Ter acesso à informação é fundamental para o crescimento intelectual do 
individuo, mais do que receber informação, é importante que o aprendiz saiba como 
utilizar e filtrar essa informação para beneficio próprio e de toda a sociedade. 
 Não basta saber, tempos que também compartilhar essa informação. Não 
basta receber a informação, tempos que saber utiliza-la para melhoria de vida e 
crescimento do individuo em si. 
 Os resultados obtidos neste presente trabalho foram satisfatórios e de 
grande importância. A utilização da informática no dia a dia das pessoas 
revolucionou a forma de das pessoas se comunicar, trabalhar e aprender, formando 
um círculo de troca de informações, gerando um conhecimento mais aberto e 
espontâneo. 
 Isso não foi observado só em empresas, como nas residências e centros de 
informática, a cultura tecnológica pode sim mudar a vida das pessoas, 
principalmente se essa for estimulada nas escolas para o crescimento pessoal 
quanto para a vida profissional das pessoas. 
 Os alunos e professores passam a ter capacidade obter informações através 
da internet e a utilizar os recursos tecnológicos como ferramentas, obtendo 
experiências na área de informática e conhecimento sobre vários assuntos, 
formando pessoas criticas e criativas. 
 As TICs, são um exemplo de ferramentas que vem evoluindo com o tempo 
para otimizar processos e obter informações. O ser humano deve saber como utiliza-
las de forma segura e critica, para que não haja influencias que desviem do objetivo 
final que é tornar o individuo critico e responsável, conhecedor dos seus direitos e 
deveres diante da sociedade. 
 A curiosidade de aprender a utilizar essas ferramentas e obter informações é 
necessária para os dias atuais, com a evolução rápida de sistemas e processos, 
devemos estar atentos ao novo, ao desconhecido, sem ter medo de enfrentar novos 
desafios e aprender a reaprender, não limitando somente a utilizar e acreditar em 
sistemas de ensino e aprendizagem passadas, que não fazem parte do nosso 
cenário atual. 
 As pessoas mudam, os sistemas mudam, os hábitos mudam. Mudar os 
hábitos é de grande importância para o desenvolvimento do ser humano, quem ficar 
33 
 
na inércia e não se atualizar vai sentir que está fora da realidade atual, não 
pertencendo ao mundo que evolui a cada dia e acabará sendo engolido pela nova 
geração, que estará bem mais preparada e aberta a receber o novo. 
 
 
 
34 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
FREITE & PARPET. O futuro da escola. São Paulo: TV PUC, 1996. 
 
POLATO, Amanda. Angel Pérez Gómez: “Novas tecnologias com velhas 
pedagogias não servem para nada” Disponível em: 
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