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2 8 0 C A P Í T U L O 2 2 A S T E C N O L O G I A S E D U C A C I O N A I S N A F A S E S I S T E M A T I Z A Ç Ã O ( 4 º E 5 º A N O ) D O E N S I N O F U N D A M E N T A L : U M A A N Á L I S E P S I C O P E D A G Ó G I C A P A R A A P R E N D I Z A G E M R a v e n a d e M e l o B e z e r r a J o s u é J o a q u i m d a S i l v a R e s u m o : A s t e c n o l o g i a s t r a z e m n o v a s p o s s i b i l i d a d e s d e i n t e r a ç ã o , c o m u n i c a ç ã o e r e p r e s e n t a ç ã o p o s s i b i l i t a n d o u m l e q u e c a d a v e z m a i o r d e a m p l i a ç ã o n o c a m p o p s i c o p e d a g ó g i c o , p o i s p o d e m t o r n a - s e i n s t r u m e n t o s p a r a a i n v e s t i g a ç ã o d a s v i n c u l a ç õ e s i n a d e q u a d a s q u e o c o r r e m n o p r o c e s s o d e a p r e n d i z a g e m . N o e n t a n t o , p a r a o p s i c o p e d a g o g o s e r o p r o t a g o n i s t a d e s s e p r o c e s s o e a t e n d e r à d e m a n d a d e d a g e r a ç ã o d i g i t a l , é n e c e s s á r i o v i v e n c i a r e x p e r i ê n c i a s c o m t a i s t e c n o l o g i a s , a f i m d e d e s e n v o l v e r c o m p e t ê n c i a s d i d á t i c a s p e d a g ó g i c a s . É p o s s í v e l t r a b a l h a r d e n t r o d o p r o c e s s o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m c o m s e n s i b i l i d a d e e c o n h e c i m e n t o a d e q u a d o s p a r a a u x i l i a r a s p o s s í v e i s d i f i c u l d a d e s p o d e m a t e v i r a s e r e m s o l u c i o n a d o s n o a m b i e n t e e s c o l a r . N e s t e a r t i g o a p r e s e n t a m o s a s c o n t r i b u i ç õ e s d a t e o r i a d e a t i v i d a d e c o m u m a o r i e n t a ç ã o p s i c o l ó g i c a v i á v e l - p o s s í v e l p a r a i m p l e m e n t a ç ã o d e a t i v i d a d e s a t r a v é s d a t e c n o l o g i a . C o n t r i b u í r a m p a r a r e a l i z a r e s t e a r t i g o e p e n s a m e n t o e a n a l i s e d e a u t o r e s c o m o : S a n c h o ( 1 9 9 8 ) , D a l l ’ A s t ( 2 0 0 4 ) , F r e i r e ( 1 9 9 9 ) , e n t r e o u t r o s . A v e r d a d e i r a c o n t r i b u i ç ã o p a r a e d u c a ç ã o , a p r a t i c a p s i c o p e d a g o g i c a e o g r a n d e i n t e r e s s e d a s c r i a n ç a s p e l a t e c n o l o g i a f o r a m o s m o t i v o s p a r a a e s c o l h a d e s s e t e m a , c o m o e s t e a r t i g o s e r ã o t i r a d o s d u v i d a s e a n s e i o s d o s l e i t o r e s . P a l a v r a s - c h a v e : T e c n o l o g i a . A p r e n d i z a g e m . P s i c o p e d a g o g i a . 1 I N T R O D U Ç Ã O E s t e a r t i g o a n a l i s a a a b o r d a g e m a p s i c o p e d a g o g i a n a t e c n o l o g i a e s c o l a r . S e a s a u l a s c o mo s n o v o s r e c u r s o s , p o r e x e m p l o , o c o m p u t a d o r , a i n t e r n e t , e m a i l s p o d e m g e r a r b o n s r e s u l t a d o s n a a q u i s i ç ã o d a a p r e n d i z a g e m e n a e d u c a ç ã o d e m o d o g e r a l . V e r i f i c a r s e o p a p e l d o p s i c o p e d a g o g o c o n t r i b u i p a r a a a n á l i s e e r e f o r m u l a ç ã o d e p r a t i c a s e d u c a t i v a s s o c i a i s a s s u m i n d o u m a a t i t u d e p r e v e n t i v a o u t e r a p ê u t i c a . N e s t e a r t i g o s e r á r e p r e s e n t a d a u m a r e v i s ã o t e ó r i c a s o b r e a s p o t e n c i a l i d a d e s d o u s o d a s t e c n o l o g i a s n o c a m p o p s i c o p e d a g ó g i c o , d e s t a c a n d o a l g u m a s c o n t r i b u i ç õ e s d o s e s t u d o s e d a s e x p e r i ê n c i a s d o c e n t e c o m a a m p l i a ç ã o d a s t e c n o l o g i a s . A l g u n s c o n c e i t o s r e f e r e n t e s à t e c n o l o g i a q u e s e r ã o a b o r d a d o n e s s e a r t i g o , d e s t a c a n d o n o s s a c o n c e p ç ã o a c e r c a d o p r o c e s s o d e e n s i n a r e a p r e n d e r n e s s e c o n t e x t o , a p r e s e n t a n d o p o s s i b i l i d a d e s d i d á t i c a p e d a g ó g i c a e , e m e s p e c i a l , p s i c o p e d a g o g i c a d o u s o d e s s a t e c n o l o g i a . 281 As tecnologias em geral, das mais simples as mais sofisticadas ampliam o potencial humano, seja físico ou intelectual. As tecnologias empregadas com fim educacional colaboram nesse sentido, ampliando as possibilidades do professor e do aluno aprender. Da lousa e giz aos computadores ligados a internet, muitas são as tecnologias à internet, muitas são as tecnologias que, utilizadas adequadamente, podem auxiliar no processo educacional. Todos reconhecem o papel fundamental das instituições escolares no desenvolvimento intelectual, social e efetivo do individuo. Assim em uma sociedade de bases tecnológicas, com mudanças continuas e em ritmo acelerado, não é mais possível ignorar as alterações que a tecnologia – principalmente as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) – provocam na forma como as pessoas vêem e aprendem o mundo, nem desprezar o potencial pedagógico que tais tecnologias apresentam quando incorporadas a educação. As transformações necessárias para qualificar a educação são complexas, abrangendo a reestruturação dos currículos, a formação adequada de professores e inserção das diversas Tecnologias de Informação e de Comunicação – desde bons materiais impressos, televisão e vídeo até computadores conectados à internet. Levy (1993, p.8) afirma que a escola “há cinco mil anos se baseia no falar/ditar do mestre, na escrita manuscrita do aluno e, há quatro séculos, em um uso moderado da impressão”. Dessa forma, diz que “uma verdadeira integração da informática (como audiovisual) supõe, portanto, o abandono de hábito antropológico mais do que milenar, o que não pode ser feito em alguns anos”. Nessa mesma direção, muitos docentes apesar de reconhecerem a importância da educação cientifica, não a concretizam em suas aulas porque se sentem inseguros para desenvolver um trabalho sistematizado com crianças, em função de uma formação docente precária quanto ao embasamento conceitual para o trabalho com ciências; entre outros. Este artigo nos mostra alguns teóricos; como Sancho (1998) para ele os professores costumam utilizar as tecnologias e deixam de lado de produzi-las e com isso dificultam seus alunos. Já para Dall’Asta (2004) viver no mundo teórico é preciso entender como ele se configura e como questionar a realidade. De acordo com Freire (1999) a capacidade criadora de inventar tecnologia vem destorcendo a contraditória, a comunicação verdadeira que amplia contatos e conhecimentos. 282 Cabe a escola incorporar em seu trabalho, apoiando na oralidade e na escrita, outras formas de aprender (apoiadas na visão, na audição, na simulação, na criação) possíveis com uma tecnologia cada vez mais avançada. Mas do que resistir, é preciso desvendá-lo e, conscientemente, fazer uso dela. Muitas tecnologias, hoje, encontram-se tão incorporada na vida cotidiana que se deixa de percebê-las. Algumas delas, no entanto, que costumam ser classificadas como “novas tecnologias”, quando surgem são vistas com receio, como uma tecnologia, por si só, pudesse ser boa ou ruim. Diversas áreas se beneficiam do desenvolvimento tecnológico. E a educação deve utilizá-lo também nesse sentido: trazer ganhos pedagógicos, Segundo Sancho (1998, p. 40), os professores costumam utilizar tecnologias que dominam e deixar de lado as “produzidas e utilizadas na contemporaneidade, dificultando aos seus alunos a compreensão da cultura do seu tempo e desenvolvimento do juízo sobre elas.” Para superar essa questão, é preciso investigar em recursos e capacitação docente, buscando conhecer e discutir formas de utilização de tecnologias no campo educacional, com o propósito de atualizar e qualificar os processos educativos. As tecnologias demandam, e ao mesmo tempo oportuna uma mudança de paradigma que não concerne às tecnologias,mas as aprendizagens supõem-se do professor. Dando ênfase a descoberta e a criação, e possibilitando a formação de alunos capazes de construir a sua própria aprendizagem, de aprender a aprender a habilidade necessária para toda vida, os alunos podem utilizar softwares interativos para desenvolver seus projetos e testar suas hipóteses. 2 CONCEITUAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS Certamente já ouvimos falar de Tecnologias na Educação, sabemos que a mesma está relacionada à informática, não se limitando a esta, mas também inclui a utilização do rádio e da televisão para promoverem a educação. O real conceito da tecnologia educacional é o conjunto de técnicas que facilitam os processos de ensino e aprendizagem, utilizando-se de instrumentos como meios destes procedimentos. Uma das características fundamentais da espécie humana é a sua capacidade de criar. O home cria, mas certamente não cria no vazio, não faz mágica. Sua inventividade é despertada em 283 interação com o mundo, na construção de novos conhecimentos, na ação transformadora. O homem dos primórdios aos dias atuais, produz tecnologias: “movido por suas necessidades e desejos, inventa artefatos que modificam o mundo e a sua forma de relacionar se com ele.” (KAMPFF, 2006, p.09). Com avanço tecnológico na área educacional e a cada dia com aumento de complexidade tecnológica, precisamos aprender e enxergar meios de aproveitamento dos recursos tecnológicos dentro da sala de aula e este é o principal desafio atual. Vive-se num mundo tecnológico é cada vez mais se precisa entender como ele se configura a fim de que se passa a questionar a realidade, desenvolvendo a capacidade de avaliar o que realmente é bom, o que é relevante e o que é inaceitável. É principalmente nesse sentido que a educação deve atuar. (DALL’ASTA, 2004, p. 15). Vemos que através da historia o uso das tecnologias na educação foram utilizadas de acordo com a época histórica e cultural. Nos dias atuais, apesar do avanço tecnológico, há muitos lugares que ainda se utilizam de tecnologias passadas, como a lousa, o giz e livros didáticos. Um dos desafios deste século é adaptar os sistemas educacionais à tecnologia, bem como utilizar de forma eficaz e inovadora os meios eletrônicos. Apesar da evolução dos processos de ensino e aprendizagem e de novos instrumentos no meio educacional, não é difícil vermos que a sala de aula atual, utiliza do mesmo padrão de ensino de décadas passadas, fazendo as instituições serem atrasadas e limitadas nos dias atuais, que ainda resistem ao tempo e a inovações. Das ferramentas rudimentares da agricultura às modernas colhedeiras, do tratamento das primeiras peles que aquecia o corpo às roupas antifogo dos pilotos de automobilismo, dos primeiros desenhos às maquinas fotográficas digirais e softwares de edição gráfica, a tecnologia é útil e fascinante. Mas, mesmo que os exemplos anteriores não faça parte do dia-a-dia de muitos, estes muitos estão imersos em um mundo tecnológico. “Na verdade tudo depende do uso que se faz dela” (KAMPFF, 2006, p.09). Assim é preciso conhecer, e consciente, optar pelo uso das tecnologias e suas abordagens, sendo assim, não é possível ignorá-las ou omitir-se. Porem, as tecnologias devem ser tomadas como meios para a promoção do homem, nunca como fins em si mesmo, ou então, não devem ser concebidas como elementos de exclusão, confirme alerta Freire: 284 A capacidade criadora (de inventar tecnologias) vem se distorcendo, contraditória e generalizadamente, em atos e ações que negam a eticidade que deveríamos ter dentro de nos para delimitar e rever os comportamentos sociais. A comunicação verdadeira, que amplia contatos e conhecimentos imprescindíveis para o progresso e a equalização dos diferentes povos e segmentos sociais do mundo, está se transformando numa mera extensão, usando categorias freirianas, a serviço da globalização de economia, que vem tomando a todos nos como reféns de alguns poucos ‘donos do mundo’. A era de comunicação está sendo, na realidade a era das fronteiras, dos limites mais marcantes do que nunca de incomunicabilidade humana do campo de desamor. (1999, p.12). Hoje em dia, imaginar a tecnologia envolvida com o processo de aprendizagem não significa uma impossibilidade, mas infelizmente muitos ainda não compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao processo de aprendizagem. Ainda preocupam-se em responder a um apela da sociedade e não às necessidades reais de aprender. Para Kenski (2008. p.15 ), “as tecnologias são tão antigas quanto à espécie humana. Na verdade, foram as engenhosidades humana, em todos os tempos, que deu origem as mais diferenciadas tecnologias”. Cada época foi marcada por elementos tecnológicos que se fizeram importantes para a sobrevivência da espécie humana. A água, o fogo, um pedaço de madeira ou um osso de um animal qualquer eram usados para matar, dominar ou afastar animais ou outros hímens que podiam representar ameaças. Para Kenski (2003, p. 18) “segundo o dicionário de filos de Nicola Abbagnamo (1982) a tecnologia é estudo dos processos técnicos de um determinado ramo de produção industrial ou de mais ramos.” No entanto tecnologia envolve todo um conjunto de técnicos, que são utilizados para o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas (REIS, [20--], p. 4). Vive-se na sociedade da informação, na era digital é bastante comum ouvir essa afirmação. Mas como definir essa nova sociedade, que distingue essa era dos demais já vividas pelas gerações anteriores. Será que, no mundo globalizado todos estão na mesma era. Diversas áreas se beneficiam do desenvolvimento tecnológico e a educação deve utilizá-lo nesse sentido: trazer ganhos pedagógicos. Segundo Sancho (1998, p.40): Os professores costumam utilizar tecnologias que dominam e deixar de lado as produzi-las e utilizadas na contemporaneidade, dificultando aos seus alunos a compreensão da cultura do seu tempo e o desenvolvimento do juízo critico sobre elas. Para superar essa questão, é preciso investir em recursos e capacidade docente, buscando conhecer e discutir formas de 285 utilização de tecnologia no campo educacional, como propósito de atualizar e qualificar os processos educativos. O governo tem incorporada o uso de tecnologias para modernizar os servos que oferece as cidades: a uma urna eletrônica para eleições, no pais é um exemplo disso. As empresas investem cada vez mais em computadores e sistema de informação para auxiliar e incrementar suas gestões da produção à venda. As pessoas acessam cada vez mais serviços pela internet, em casa ou em lanhouses, buscando conforto e rapidez nas informações que necessitam. A escola esta organizada para o uso dessas novas tecnologias? E os professores? Como está a formação desses profissionais diante das mudanças e adaptações de métodos e técnicas de ensino e o aluno? De que maneira o aluno usufrui das novas tecnologias, principalmente de informática dentro da escola? Dall’Asta, diz que: Na formação dos alunos, não se pode privar as escolas do acesso as novas tecnológicas da informação da comunicação, que tanto podem promover a construção quanto levar a inovação, possibilitada pela interação das carias mídias hoje disponíveis, alem de favorecer uma aproximação com a realizada do mercado de trabalho (2004, p.13). Nós vivemos em uma sociedade cada vez mais informatizada, sendo assim, quem quiser se formar e conseguir empregos bem remunerados vai precisar ter suas habilidades tecnológicas bem desenvolvidas,muitas crianças tem acesso a tecnologia em casa, outras não. Por isso é bastante importante que a escola pública ou privada, esteja vem aparelhada. As tecnologias possibilitam uma comunicação em redes emergentes do ciberespaço, promovendo novas formas de (re) construção dos conhecimentos através de processos mais cooperativos e interativos, nem como a construção de novos espaços de aprendizagem, na medida em que modifica as representações do tempo e espaço e a realização do sujeito com seu próprio corpo e com a construção da própria historia. Essas questões devem estar presentes na teorização didático-pedagogico e psicopedagogica que permeia os processos de ensinar e aprender. 3 O LUGAR DAS TECNOLOGIAS NO ESPAÇO ESCOLAR O processo de ensino aprendizagem tem mudado sua tradicional forma de ser empregado, onde a inserção do computador nas escolas tornou-se um dos fatores responsáveis por 286 tal mudança. Aliada a este fator, vem à crescente exigência dos alunos por técnicas inovadoras que tornem o ensino mais dinâmico e motivador. Diante destas novas exigências, pode-se inserir a informática na edição como uma das formas mais interessantes para a disseminação mais rápida e eficaz do conhecimento. Nesse sentido, Valente (1999, p. 21) afirma “a informática na educação significa a inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades da educação.” Podem-se considerar duas formas de abordagem a informática na educação. A primeira utiliza o computador simplesmente como meio de transmissão de conhecimentos, mantendo a mesma pratica pedagógica adotada em uma aula presencial. Neste caso, o computador é utilizado para informatizar os processos de ensino já existentes. Não há necessidade de grandes investimentos na formação dos cursos e dos professores. Segundo o autor, os resultados a partir desta abordagem são bastante pobres, pois tendem a preparação de profissionais obsoletos. A segunda abordagem utiliza o computador para a criação de ambientes de ensino-aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento através de iniciativa do educando. Neste caso, necessita-se de grandes investimentos na formação dos professores, pois os mesmos devem propiciar a vivencia de experiências educacionais no lugar de simplesmente transmitir um conhecimento previamente adquirido. A informática oferece a possibilidade de agregar diferentes mídias, textos em diversos formatos, sons de tipos variados, musicas, falas, efeitos sonoros, imagens estáticas e animadas, gráficos, símbolos filmes e etc. todas essas mídias podem ser arranjadas para apresentar informações de modo rico e diversificado, permitindo ao sujeito buscar e visualizar as informações conforme seus interesses e necessidades. A característica interativa dos produtos multimídia possibilita que manuseio de informações se dê de forma natural e não forçada. Nessa atividade cognitiva não funciona de forma linear, onde uma informação leva necessariamente a outra. Nosso aparato cognitivo trabalha com associação entre informação que nem sempre parecem lógicas. A multimídia permite uma aproximação ao trabalho cognitivo natural. Como as informações em um com produto multimídia podem ser cruzadas, confrontados e conjugados a qualquer momento, alem de poderem ser avaliadas nas mais variadas ordens e ate desordenadas de informações que oferecem poucos limites a atividade cognitiva normal. (PRIMO, 1996, p. 84) 287 Mas independente de existir conexão com a internet, há inúmeros softwares multimídia para pesquisar tais como enciclopédias gerais e outros títulos com temas específicos. A idéia, nessa seção, é explorar alguns materiais que exemplifiquem o potencial dos softwares multimídia para pesquisa. Os desafios nos convidam para que possamos ultrapassar barreiras de encontrar novas soluções de ensino, e todas são incrivelmente possíveis de solução para educação. Basta a cada um buscar o conhecimento e ir além, não limitar-se a metodologias para da realidade atual. Refletindo sobre essa nova forma de utilizar os recursos tecnológicos para formação do individuo, trazemos o questionamento de Blikstein e Zuffo: [...] em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias? Aquele em que os alunos seguem passo-à-passo ou quando a empreendem projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos regulamentos de conduta e comportamento? (2003, p. 26) Já se foi a era em que os professores ensinavam aos seus alunos de uma forma de ensino sistemática baseada em conceitos e idéias de séculos passados, não adaptadas a realidade atual nem utilizando de ferramentas de necessidade do cotidiano do século XXI. A má utilização das tecnologias com metodologias defasadas atrapalham, ao invés de auxiliar no ensino. Dando ênfase à descoberta e à criação, e possibilitando a formação de alunos capazes de construir a sua própria aprendizagem, de aprender, a aprender habilidade necessária para roda vida, os alunos podem utilizar o computador para desenvolver seus projetos e testar suas hipóteses. A inovação pedagógica consiste na implantação do construtivismo sócio-interacionista, ou seja, a construção do conhecimento pelo aluno mediador por um educador. Porem, se o educador dispuser dos recursos da informática terá muito mais chance de entender os processos mentais, conceitos e as estratégias utilizadas pelo aluno, é com essa informação, poderá intervir e colaborar de modo mais efetivo nesse processo de construção de conhecimento. (VALENTE, 1999, p. 22) Dependendo do ambiente informatizado escolhido, o professor pode rever o caminho trilhado pelo aluno e, assim, identificar em que momento ele se afastou do objetivo pretendido, discutindo com o aluno o que o levou a fazer tais escolhas e o ajudando a repensá-las e a definir novos rumos. Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectivas cidadãos abertos e conscientes, que saibam tomar 288 decisões e trabalhar em equipe (interação). Para isso é necessário, não só equipar e modernizar as escolas, mas compreender esse período de transição é definir o espaço de competência do uso do computador para realizar e construir os grandes objetivos da educação e a capacidade dos professores, onde este deverá estar aberto às mudanças, buscar conhecimento básico entre a informática na área pedagógica, aprender a gerenciar a sala de aula quanto ao novo comportamento dos alunos nessa perspectiva mudança. 4 ANALISE PSICOPEDAGOGICA PARA APRENDIZAGEM NO 4º E 5º ANO ENSINO FUNDAMENTAL A maneira de se fazer educação vem mudando com o passar do tempo, o psicopedagogo na instituição escolar e a forma que vai ajudar ensinantes e aprendentes nessa nova visão do conhecimento; identificar o momento ideal que deve intervir e orientar o professor a fazer uma ação bem planejada em sua aula; investigar se há orientação aos docentes quando ao uso dos recursos tecnológicos para que o aluno possa ser motivado a participar das aulas com prazer. É cento que a psicopedagogia muito bem contribuída para a interação professor, aluno e escola, uma vez que ela trata do processo da a aprendizagem humana, A aprendizagem não é só sedar, por isso em uma investigação psicopedagogica deve-se investigar o tipo de vinculo que o sujeito estabelece com o professo, a sala de aula, os conteúdos, os colegas e a escola, mas também a seleção de pessoas fora do contexto escolar. (VISCA, 2009). A aplicação das técnicas projetivaspsicopedagogicas, que permitem investigar os vínculos que o sujeito estabelece com a aprendizagem, como também com as circunstancias dentro dos quais ocorre tal construção. No campo psicopegagocica, para que a aprendizagem aconteça, é necessário ter presentes três instancia: O aprendente, o ensinante e o objeto de conhecimento. Quando os vínculos que se estabelecem entre estas instancias são adequadas, configura-se a aprendizagem e, quando surgem “nós” entre esses vínculos, colocando em risco a circulação dos saberes e do conhecimento mobilizando o pensamento,surgem as diferentes fraturas na aprendizagem. Em nossa concepção, a aprendizagem se dá na trama dialética de interação com o mundo objetivo e sociocultural, 289 entrelaçado na estruturação da lógica (estruturada epistêmica) e da dramática (estruturada desejante) do sujeito. Sai duas estruturas constituídas no nível de representações e manifestadamente entrelaçadas; pais ambos definem e são determinantes na geração de nossas ações e reações, elas não são idênticas. Para Fernandez, (1991): A capacidade de organização lógica e a significação simbólica acontecem ao mesmo tempo, no entanto, uma estrutura é de caráter genético, que se vai se entrelaçando um sujeito que tenha uma historia. Então, a aprendizagem se da na concepção de um sujeito que no uso de sua singularidade estruturada e estruturante, no medida em que interage dialeticamente como o mundo sociocultural (objeto é afetado) com o outro, por meio dos vínculos sócio-afetivos, entrelaçados pela ação e pela linguagem. Todos aprendem de forma diferente, uns aprendem mais rápido, outras mais devagar, uns sai mais visuais, outras auditivas. Há também diferentes formas de ensinar. Os atos de aprender e ensinar estão tão interligados que não é possível mais separá-los dentro do processo educacional. Como se aprender/ensina? Porque alguns aprendem outros não? Qual a origem da dificuldade em aprender determinado conteúdo/habilidade? São algumas das perguntas feitas pela psicopedagogia. Seu objetivo de estudo são os atos de aprender e ensinar, levando em conta o ser que aprende, ensina, modifica e é modificado, em sua singularidade. O psicopedagogo precisa saber não só o aluno constrói o seu conhecimento, mas também como ele determina o instrumental que usa para construir e reconstruir este conhecimento. Em outras palavras, o psicopedagogo precisa saber de que modo o aluno produz a textura do conhecer e do aprender, na qual o afetivo, cognitivo e o conjunto de circunstancias que compõem o cotidiano escolar se estremeia e onde pontuam, alem do professor (com suas peculiaridades pessoas e didáticas); os colegas do aprendente (igualdade vivenciando o desafio de aprender). Somente assim o psicopedagogo terá condições de contribuir para o desaparecimento das possíveis dificuldades do aluno, em seu processo de construção do conhecimento. Barbosa diz que: A aprendizagem decorre da ação e dos elementos deste mundo que agem sobre ele, caracterizando uma ação do aprendiz sobre o mundo e dos elementos deste mundo que agem sobre ele, caracterizando, a concepção do que seja ensinar/aprender e construir conhecimento (2006, p. 25). 290 Segundo o autor, a aprendizagem acontece numa relação de troca do sujeito com o meio onde vive. As novas exigências do mundo globalizado apontam para outra educação, que exige constante capacitação dos professores e que correspondem às ações inovadoras. O psicopedagogo ou educadores saibam perceber o fenômeno “aprendizagem” de forma mais ampla e que seja sensível para captar e considerar as relações significativas que o aluno no meio (suas necessidades) para sua auto-realização. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das discussões tecidas na elaboração deste trabalho, chegamos à conclusão que a tecnologia é preponderante no espaço escolar para o desenvolvimento da criança. A partir da concepção de vários autores, observamos que desde cedo as tecnologias estão presentes na vida das crianças através das interações com o meio físico e social. A escola deve oferecer aos alunos um trabalho enriquecido, que de fato faça a diferença na Cida das crianças, proporcionando mais atividades com o uso da tecnologia para que todos tenham um conhecimento pleno. Os resultados obtidos neste trabalho foram satisfatórios e de grande importância. A utilização da informática no dia a dia das pessoas, revolucionaram a forma das pessoas se comunicar, trabalhar e aprender, formando um currículo de troca de informações, gerando um conhecimento mais aberto e espontâneo. Como pudemos perceber, a regulamentação de uma profissão é essencial para seu reconhecimento publico e, para que isto aconteça, são necessários esforços e trabalho ético e profissional de todos os envolvidos. A psicopedagogia em nosso país vem mostrando que é seria e está consciente de sua utilidade na defesa de uma educação de qualidade. O curso de psicopedagogia dentro de suas possibilidades apresentadas pelos professores tem nos ajudado para a realização deste trabalho, tanto no contexto educativo quanto no psicopedagógico destacando contribuições das suas experiências docentes dentro da psicopedagogia. Com este trabalho, espera-se que os professores possam enriquecer suas praticas pedagógicas, buscando compreender tudo o que esteja dificultando o processo de ensino-aprendizagem, bem como desenvolver suas aulas acrescentando em suas estratégias o uso das tecnologias. 291 REFERÊNCIAS BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006. BLIKSTEIN, Paulo; ZUFFO, Marcelo Knörich. As sereias do ensino eletrônico. In: SILVA, Marco (org.). Educação Online. São Paulo: Loyola, 2003. DALL’ASTA, Rosana Janete. A transposição didática no software educacional. Passo Fundo: UPF, 2004. FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1991. FREIRE, A. M. A. (org). A psicopedagogia da libertação de Paulo Freire. São Paulo: Ed. Unesp, 1999. KAMPFF, Adriana Justin Ceveiro. Tecnologia da informática e comunicação na educação. Curitiba: IESDE, 2006. LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. PRIMO, Alex Fernando Teixeira. Multimidia e educação. Revista de Divulgação Cultural. Blumenau, ano 18, n. 60, p.83-88, 1996. REIS, Júnias Belmont Alves dos. O conceito de tecnologia e tecnologia educacional para alunos do ensino médio e superior. [20--]. Disponível em: <http://alb.com.br/arquivo- morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem16/COLE_932 .pdf >. Acesso em: 23 out. 2016. SANCHO, Juana Maria (Org). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artmed, 1998. VALENTE, José Armando, Informatica na educação: uma questão técnica ou pedagogia? Revista Pátio, ano 3, n. 9, p. 21- 23. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 1999. VISCA, Jorge. Técnicas Projetivas Psicopedagogica e Aulas gráficas para sua interpretação. 2. ed. Buenos Aires: Visca e Vista Editores, 2009.
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