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A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o segurança da boite TheNight Agenor Silva, obtém elementos de informação que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no art.
330 do CP. Pergunta-se:
a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde pelo
crime do art. 330 do CP?
Sim, poderá responder pelo crime disposto no artigo 330 do CP, embora o delegado possua ainda o meio de chama -lo de modo coercitivo, ou seja, levando-o à força até a presença da autoridade policial, nesse sentido diz o artigo 260 do CPP.
b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara Criminal
intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder pelo delito
em questão?
Nos termos do artigo 367 do CPP, o feito deve seguir sem a presença do acusado, constituindo-se em verdadeira revelia com efeitos formais, e ainda, caso este não constitua defensor, depois de execução de citação por hora certa, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.
2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão processual. (...) assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O princípio específico de que trata o texto é o da(o)
a- Livre convencimento motivado.
b- Inocência.
c- Contraditório e ampla defesa.
d- Devido processo legal.
3- Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a
seguir:
I ? O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha,
etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir
imputação da prática de crime ao declarante.
II ? O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado
pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de
responder por crime de desobediência.
III ? O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo
certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de
forma desfavorável ao réu.
IV ? O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito ao juiz
aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu ter mentido em
juízo.
Assinale:
a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c - Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
e- Se todas as afirmativas estiverem corretas
CASO 2
Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual.
Notório a firmar a nulidade absoluta do processo em questão. De acordo com o sistema adotado atualmente, qual seja: O sistema acusatório, Todo o réu tem o direito ao contraditório e a ampla defesa constituindo para tanto Defensor Público ou advogado que fará defesa técnica sobre a acusação respeitando-se assim o princípio da legalidade garantindo os direitos do réu.
2- FCC-2012-TJ/RJ-Analista. No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto afirmar:
a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode desconstituí-lo
para nomear um profissional de sua confiança.
b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, sem
necessidade de constituição de outro profissional
c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem habilitação, nos casos
em que não está em risco sua liberdade.
d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por
Procurador Municipal ou Estadual.
e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que
sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não seja
habilitado para tanto.
3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta.
a- O sistema de provas adotado é o do livre convencimento.
b- As funções de acusar, defender e julgar concentram-se nas mãos de uma única pessoa.
c- O processo é regido pelo sigilo.
d- Não há contraditório nem ampla defesa.
CASO 3
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se na doutrina e jurisprudência.
A simples delatio criminis não autoriza a instauração de inquérito policial, devendo a autoridade policial, primeiro, confirmar a informação para instaurar o procedimento investigatório. Temerária seria a persecução iniciada por delação, posto que ensejaria a prática de vingança contra desafetos. O art. 5º, inciso IV, da CRFB veda o anonimato.
2- Tendo em vista o enunciado nº 14 da Súmula Vinculante, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá negar ao advogado
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente.
b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente.
c) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos prestados pelas vítimas, se entender pertinente.
d) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório.
3- Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a
expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal
Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor do ato praticado,
requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as
garantias processuais brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está correta?
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que
as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do território nacional.
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território nacional.
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território.
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais brasileiras podem ser aplicas forano território nacional.
CASO 4
Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da adequada hermenêutica constitucional.
O código de processo penal determina que concluído o inquérito o delegado faça o relatório e encaminhe os autos do inquérito para o juiz de vendo este abrir vista para o ministério público. Entre tanto o sistema a dotado na constituição é um sistema acusatório e a função de fazer a acusação nas ações penais públicas é do ministério público, em razão disso o delegado deveria encaminhar o inquérito para o MP e não para o juiz.
2- Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta.
A- É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser observadas
as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
B- A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação possua elementos suficientes para a propositura da ação penal.
C- Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e disponível.
D- A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, no curso da investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais.
3-Leia o registro que se segue.
Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia ultrapassagem de
autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado.
a- Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências.
b- Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando fiança.
c- Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que Mévio se livre solto.
d- O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que Mévio não tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o Magistrado, ouvido o Ministério Público, tome as providências que julgar cabíveis, podendo até decretar eventual prisão temporária.
CASO 5
João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF?
Existem duas correntes: uma que entende ter havido arquivamento implícito, aplicando -se a Súmula 524 do STF; e outra que entende não ter havido o arquivamento implícito, podendo a denúncia ser aditada. Este entendimento é majoritário no ordenamento jurídico, pois de acordo com o art. 28 do CPP, o arquivamento deve ser expresso.
2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a
possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da
apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica,
estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá
a) arquivar os autos.
b) oferecer denúncia.
c) determinar a baixa dos autos.
d) requerer o arquivamento.
3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário
dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de
latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu
que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial:
A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a propositura da
ação.
B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu arquivamento.
C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu arquivamento, o que
será apreciado pelo juiz.
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por
ausência de justa causa para a ação penal.
E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-o ao juízo competente.
CASO 6
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este é
concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia?
A pre tensão de Maria não pode se r acol hida, e m razão do princípi o da obrigatori e dade 
da ação penal públ i ca, que , no caso, é incondi cionada . 
A pre tensão de Maria não pode se r acol hida, e m razão do princípi o da obrigatori e dade 
da ação penal públ i ca, que , no caso, é incondi cionada . 
A pretensão de Maria não pode ser acolhida, em razão do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, que, no caso é incondicionada.
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal.
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido.
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo Ricardo.
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada
propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal.
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima.
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não
requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal.
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado.
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, acondição de procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça.
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública.
CASO 7
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto,
pergunta-se:
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa?
Paula tem capacidade de ser parte (leg itimatio ad causam), uma vez que foi vítima do crime, entretanto, não possui capacidade para estar em juízo, praticando atos processuais válidos (legitimatio ad processum). Assim, sua incapacidade terá que ser suprida através da representação.
Ou seja, ad causam PAULA, ad processum SEU REPRESENTANTE LEGAL.
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal?
Segundo a melhor doutrina, ainda que emancipada, Paula é inimputável, já que a emancipação só gera efeitos civis, e, caso fizesse falsas afirmações, não estaria sujeita às sanções pela prática do injusto penal de Denunciação Caluniosa. Assim, necessária se faz a intervenção do representante legal e, não possuindo, seria viável a nomeação de curador especial, conforme art. 33 do CPP.
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva?
Exclusiva.
2- Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato personalíssimo do ofendido e não se estende aos seus herdeiros.
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido.
c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a propositura da ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do fato, uma vez que seria contraditório absolver o agente na esfera criminal e processá-lo no âmbito cível.
d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga extinta a punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil.
3- Relativamente às regras sobre ação civil ?xadas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta.
a) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação, a decisão que julgar extinta a punibilidade e a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
b) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil não poderá ser proposta em nenhuma hipótese.
c) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, a execução só poderá ser efetuada pelo valor ?xado na mesma, não se admitindo, neste caso, a liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.
d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
CASO 8 
Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto, diga qual o juízo competente para julgar o ex prefeito.
Com base no art. 109, IV, da CRFB e na Súmula 208 do STJ, a competência é da Justiça Federal, por tratar-se de recursos provenientes da União e que ficam sob o controle do Tribunal de Contas da União. A denúncia não deve ser recebida, de vendo o procedimento ser enviado à Justiça Federal de 1º grau.
2-Compete à justiça federal processar e julgar
a) furto de bem de sociedade de economia mista.
b) crime de deserção praticado por bombeiro militar.
c) crime contra a organização do trabalho.
d) crime de transporte de eleitores no dia da votação.
3- Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso.
Assinale a afirmativa que indica o órgão competente para julgamento.
a) Justiça Estadual da cidade “Y”.
b) Justiça Federal da cidade “K”.
c) Justiça Federal da cidade “Y”.
d) Justiça Estadual da cidade “K”.
CASO 9
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP,
tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se:
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato?
Considerando que Aristodemo, em concurso com seu secretário, cometeram o crime de peculato, e que Aristodemo tem foro por prerrogativa de função, o magistrado e seu secretário serão julgados pelo Tribunal de Justiça do estado de São Paulo, pois o prefeito municipal possui prerrogativa de foro em razão da função e o secretário que praticou o crime em coautoria, deve ser julgado no mesmo tribunal, nos termos do artigo 87 do CPP.
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento?
A competência não seria alterada, visto a atratividade que em razão da função pública do prefeito ocasiona. Nos termos do artigo 96, III da CF. Devendo, pois, os dois autores serem julgados pelo tribunal de justiça do respectivo estado, pois aqui se prevalece o grau de competência da maior jurisdição, em conformidade ao artigo 78, III do CPP .
2- Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta.
a) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função.
b) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades.
c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.
d) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral.
3- Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção correta.
a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamento seja de competência da justiça estadual militar e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual.
b) Os desembargadores dos tribunais de justiça dos estados e dos tribunais regionais federais possuem prerrogativa de foro especial, devendo ser processados e julgados criminalmente no STF.
c) A competência para processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do local por onde as mercadorias sejam indevidamente introduzidas no Brasil.
d) Caso um indivíduo tenha cometido, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, um cujo processo e julgamentoseja da competência da justiça federal e o outro, da justiça comum estadual, a competência para o julgamento unificado dos dois crimes será determinada pelo delito considerado mais grave.
CASO 10
Deoclécio, pistoleiro profissional, matou um desafeto de Pezão, a mando deste, abandonando o cadáver numa chácara de propriedade de Lindomar, que nada sabia. Temeroso de que lhe atribuíssem a autoria do homicídio, Lindomar sepultou clandestinamente o cadáver da vítima. Isso considerado, indaga-se:
a) A hipótese é de conexão ou continência?
Continência em relação a Deoclécio e Pezão pelo crime de homicídio, art. 77, I do CPP. Conexão do homicídio com ocultação de cadáver praticado por Lindomar, art. 211 do CP c/c art. 76, II do CPP (Conexão Objetiva).
b) Haverá reunião das ações penais em um só juízo?
Sim, cf. art. 78, I do CPP.
c) Qual será o juízo competente para julgar Cabeção, Pezão e Lindomar?
Ao teor do art. 78, I do CPP, compete ao Tribunal do Júri julgar todos os delitos.
2- Em relação à delimitação da competência no processo penal, às prerrogativas de função e ao foro especial, assinale a opção correta.
A- O militar que, no exercício da função, pratica crime doloso contra a vida de um civil deve ser processado perante a justiça militar.
B- Membro do Ministério Público estadual que pratica crime doloso contra a vida deve ser processado perante o tribunal do júri e, não, no foro por prerrogativa de função ou especial, visto que a competência do tribunal do júri está expressa na Constituição Federal.
C- No caso de conexão entre um crime comum e um crime eleitoral, este deve ser processado perante a justiça eleitoral e aquele, perante a justiça estadual, visto que, no concurso de jurisdições de diversas categorias, ocorre a separação dos processos.
D- Não viola a garantia do juiz natural a atração por continência do processo do corréu ao foro especial do outro denunciado, razão pela qual um advogado e um juiz de direito que pratiquem crime contra o patrimônio devem ser processados perante o tribunal de justiça.
CASO 11
Seguindo denúncia anônima sobre existência de “boca de fumo”, uma equipe de policiais combina dar um flagrante no local. Lá chegando, ficam de espreita, presenciando alguma movimentação de pessoas, entrando e saindo do imóvel, que também servia de residência. Já passava das 21h, quando telefonaram à autoridade policial e está autorizou o ingresso para busca e apreensão. Assim foi feito e os policiais lograram apreender grande quantidade de pedra de crack, que estava escondida sob uma tábua do assoalho. Levado o morador à DP local, foi ele submetido ao procedimento legal de flagrante, sendo imediatamente comunicada a prisão ao juízo competente. O defensor público requereu o relaxamento do flagrante, por ilegalidade manifesta. Assiste razão a defesa?
Não assiste razão à defesa. No particular aspecto do crime de drogas, a modalidade de cometimento da infração “guardar, ter em depósito, trazer consigo ou transportar”, caracteriza estado de flagrância permanente. Em que pese a aparência de ilegalidade da atividade persecutória, não houve violação do domicílio, em razão do estado de flagrante delito. Existe, contudo, entendimento contrário.
2- Assinale a opção correta.
a) Os conceitos de flagrante preparado e esperado se confundem.
b) A prisão em flagrante delito somente poderá ser realizada dentro do período de 24h, contadas do momento em que se inicia a execução do crime.
c) O estado de flagrante delito é uma das exceções constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal.
d) No flagrante esperado a prisão é ilegal.
3- Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordo com o CPP.
a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois de haver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante.
b) Na hipótese de resistência à prisão em flagrante, por parte do réu, o executor e as pessoas que o auxiliarem não poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência.
c) Na hipótese de o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu tenha entrado em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for atendido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, ainda que seja noite, entrará à força na casa, arrombando as portas, caso seja necessário.
d) Ainda que haja tentativa de fuga do preso, não será permitido o emprego de força.
CASO 12
Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso às 21h
em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10 dias. O advogado
de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto
acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária.
A prisão temporária foi decretada ilegalmente. Esta deverá ter um prazo de 05 dias, prorrogáveis por mais 05, e, se for crime hediondo, o prazo será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Ademais, de acordo com a Lei da Prisão Temporária, ela não é cabível no crime de Descaminho. Além dos motivos citados, a CRFB/88, em seu art. 5º, XI, estabelece que ordem judicial só poderá ser cumprida durante o dia. Como se trata de uma Prisão ilegal é cabível o relaxamento de prisão. Só se fala em liberdade provisória quando se está diante de uma prisão em flagrante legal, porém desnecessária, cf. art. 310 do CPP.
2- Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A
respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes modalidades: prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de sentença condenatória recorrível.
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e prova da materialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal, a necessidade de garantir a futura aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública.
c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo Juiz.
d) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as investigações do inquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
3- Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta.
a) Considere que Amanda, na intenção de obter vantagem econômica, tenha sequestrado Bruna, levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisão em flagrante de Amanda só poderá ocorrer até vinte e quatro horas após a constrição da liberdade de Bruna, devendo a autoridade policial, caso descubra o paradeiro da vítima após tal prazo, solicitar ao juiz competente o mandado de prisão contra a sequestradora.
b) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal; prova da existência do crime; indício suficiente de autoria.
c) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de delito hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
d) A apresentação espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede a prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em liberdade.
CASO 13
Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotesde cocaína, que alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo pedido de liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o art. 44 da Lei de Drogas veda a concessão de liberdade provisória e este crime ser considerado inafiançável nos termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação fundamentada dos requisitos do art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva.
Agiu de forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta.
Não há como se sustentar o ato do Magistrado, visto o crime cometido no caso em tela, nos termos do artigo 33 da lei 11.343/06 (lei de drogas) está na sua forma privilegiada, conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 33 do mesmo regramento, devendo assim a possível pena a ser aplicada ser reduzida de um sexto a dois terços. Ademais, nota-se que não há circunstâncias caracterizadoras da prisão preventiva, visto a não verificação de perigo a ordem pública, econômica ou a conveniência da instrução criminal, como assim se depreende do artigo 312 do CPP. Se faz necessário também ressaltar que em decisão recente pela suprema corte, na apreciação do HC 82.959, firmou-se o entendimento sobre a possibilidade de conversão em pena restritiva de direitos nos crimes disposto no artigo 33 da lei de drogas na sua forma privilegiada, ou seja, quando constatada a primariedade do réu, bons antecedentes e que não se dedica a atividades criminosas. Portanto, em tais casos, se o juiz vislumbrar a probabilidade de ser futuramente reconhecida na sentença a sua forma privilegiada, poderá deixar de decretar a prisão preventiva, tendo em vista que não faz sentido manter o acusado preso quando certamente se dará a sua soltura após a condenação.
CASO 14
O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395, II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material?
É possível que o MP ofereça nova denúncia tendo em vista a existência de prova substancialmente nova conforme súmula 524 do STF. A decisão que ordena o arquivamento faz coisa julgada formal, ela traz ínsita a cláusula REBUS SIC STANTIBUS, surgindo notícias de prova substancialmente novas é possível o desarquivamento conforme artigo 18 do CPP.
2- Em relação às exceções previstas na legislação processual penal, assinale a alternativa correta.
a) A arguição de suspeição sempre precederá a qualquer outra.
b) Se for arguida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de 10 (dez) dias.
c) Poderá se opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito.
d) As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal.
3- Acerca de exceções, assinale a opção correta.
a) A exceção de incompetência do juízo, que não pode ser oposta verbalmente, deve ser apresentada, no prazo de defesa, pela parte interessada.
b) A parte interessada pode opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, devendo fazê-lo na primeira oportunidade em que tiver vista dos autos.
c) Podem ser opostas exceções de suspeição, incompetência de juízo, litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada e, caso a parte oponha mais de uma, deverá fazê-lo em uma só petição ou articulado.
d) Tratando-se da exceção de incompetência do juízo, uma vez aceita a declinatória, o feito deve ser remetido ao juízo competente, onde deverá ser declarada a nulidade absoluta dos atos anteriores, não se admitindo a ratificação.
CASO 15
João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 25 anos de reclusão a ser cumprida no regime fechado. Ocorre que no curso da execução de tal pena privativa de
liberdade sobrevêm doença mental ao condenado. Diante de tal situação, na qualidade de juiz da execução como decidiria? 
Na hipótese em que a doença mental ocorre durante a execução da pena esta será substituída por tratamento psiquiátrico que não poderá durar mais do que o tempo fixado na sentença para a sanção penal, ou seja, o tratamento não poderá durar no hospital de custodia mais tempo do que o estabelecido na sentença para a sanção penal. Art. 154 do CPP e 183 da Lei 7210/84 (Lei de execuções Penais).
E se a doença mental ocorresse no curso do processo de conhecimento e posteriormente ao crime?
Sobrevindo doença à prática da infração penal, ou seja quando a doença mental se manifesta durante o processo esse ficará suspenso até que o réu se restabeleça. Art. 152 CPP.
E se a doença mental já existia no momento da prática da infração?
Verificado que o réu era portador de doença mental ao tempo do crime o processo deverá prosseguir com a presença de um curador e o juiz ao final irá prolatar uma sentença penal absolutória impropria, aplicando medida de segurança art. 151 CPP (vide art. 26).
2- Em relação ao incidente de falsidade, é correto afirmar que
a) se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o
documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público.
b) arguida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará o seguinte processo: andará a autuar em apartado a impugnação e em seguida ouvirá a parte contrária, que, num prazo de 24 (vinte a quatro) horas, oferecerá resposta.
c) a arguição de falsidade, feita por procurador, não exige poderes especiais.
d) o juiz não poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade.
3- Acerca de incidente de insanidade mental do acusado, assinale a opção correta.
a) Não se admite a instauração de exame de sanidade mental do acusado após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, uma vez que a medida não terá mais eficácia.
b) O exame de avaliação da saúde mental do acusado poderá ser ordenado na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente.
c) Caso seja comprovada a insanidade mental do acusado, ao tempo da infração penal, o processo deverá ser imediatamente extinto, decretando-se a extinção da punibilidade do réu.
d) Para efeito do exame, o acusado acometido de insanidade mental, se estiver preso, deverá ser imediatamente libertado, para que a família o conduza para a análise clínica em estabelecimento que entenda adequado.

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