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CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriou-se, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art.168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação?
O crime de peculato é um crime próprio, onde o tipo penal exige uma situação de fato ou de direito diferenciada por parte do sujeito ativo, mas podem ser praticados em coautoria, não impede que seja um crime próprio cometido por uma pessoa que preencha uma situação fática ou jurídica pela lei em concurso com terceira pessoa, sem essa qualidade, ambos respondem por peculato. Essa conclusão se coaduna com a regra traçada pelo art. 30 do código penal por ser a condição de funcionário público elementar do peculato, comunica-se a quem participa do crime, desde que dela tenha conhecimento.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) A respeito do concurso de pessoas, assinale a opção correta. (TRE-PI 2016? CESPE)
a) As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo que o partícipe delas não tenha conhecimento.
b) Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário público, não é possível a coautoria de um particular, dada a absoluta incomunicabilidade da circunstância elementar do crime.
c) A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são puníveis.
d) Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de menor importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de um sexto a um terço.
e) No caso de um dos concorrentes optar por participar de crime menos grave, a ele será aplicada a pena referente a este crime, que deverá ser aumentada mesmo na hipótese de não ter sido previsível o resultado mais grave.
2) Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que: (Polícia Civil? PA/2016)
a) adota-se, no Brasil, a teoria da acessoriedade máxima.
b) o auxílio material é ato de participação em sentido estrito, ao passo em que a instigação é conduta de autor.
c) assume a condição de participe aquele que executa o crime, salvo quando adotada a teoria subjetiva.
d) não há participação culposa em crime doloso.
e) na teoria do domínio do fato, participa é a figura central do acontecer típico.
CASO 2
“SÃO PAULO - Uma farmácia foi assaltada quatro vezes pelo mesmo ladrão em São Carlos, a 229 km da capital paulista. Nesta quinta-feira, ele foi preso. As câmeras de segurança da farmácia gravaram a ação. O vídeo mostra o assaltante chegando à farmácia e pedindo um xarope à atendente. Em seguida, ele anuncia o assalto com uma faca e pede todo o dinheiro no caixa. Ele fez dois assaltos seguidos à farmácia: na manhã de quarta-feira e nesta quinta-feira. O cara virou meu sócio. Todo dia ele vem sangrar meu caixa. Eu não aguento mais -desabafou o dono da farmácia, Paulo César Castilho. Atos Henrique Pinto, de 26 anos, acabou preso.” (Fonte: Jornal O Globo, 08/04/2011).
Analisando a reportagem acima, podemos dizer que Atos responderá pelos crimes de roubo, em qual modalidade de concurso de crimes? Explique, inclusive se haverá exasperação ou cumulação das penas.
Atos praticou crimes da mesma espécie e em condições semelhantes de tempo, lugar e maneira de execução, o que permite afirmar que se trata de crime continuado, de acordo com o artigo 71 CP. Ainda, de acordo com este artigo, aplica-se a exasperação.
Questão objetiva
Assinale a opção correta, no que se refere ao concurso de crimes.
a) Não se admite a suspensão condicional do processo se a soma da pena mínima com o
aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
b) Não se aplica a continuidade delitiva quando os delitos atingirem bens jurídicos personalíssimos de pessoas diversas, segundo o entendimento do Supremo Tribunal
Federal.
c) O Supremo Tribunal Federal admite a continuidade delitiva entre os crimes de furto e
roubo.
d) Configura-se concurso material a ação única lesiva ao patrimônio de diversas pessoas.
e) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não se aplica o princípio da consunção entre os crimes de falsidade e estelionato, por se tratar de caso de aplicação do concurso formal.
CASO 3
O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado.
Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s)?
Anatércia não possui razão, pois a condenação foi transitada em julgado antes do falecimento de Anacleto.
Questões objetivas.
1)São Princípios da pena criminal, exceto:
a) Humanização.
b) Individualização.
c) Intransmissibilidade.
d) Evitabilidade.
2) No que se refere à teoria da pena, assinale a assertiva correta:
a) o Brasil adotou a teoria absoluta.
b) a prevenção geral é direcionada ao criminoso
c) a prevenção especial é direcionada à sociedade
d) o Brasil adotou a teoria eclética
CASO 4
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de uma grande
estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado
criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a
vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art.
59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime.
Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial.
A decisão está equivocada, o juiz agiria corretamente se considerasse atenuante que recai sobre o agente, pelo cometimento do crime sob a influência de multidão e tumulto, art. 65, III, E. O princípio da inderrogabilidade da pena, reconhece que uma vez constatada a pratica do crime, a pena não pode deixar de ser aplicada por liberalidade do juiz ou de qualquer outra autoridade. Não está previsto no art. 107 CP, o perdão judicial para crimes de furto (Art. 155 CP), neste caso o máximo que pode ser adotado é uma causa de diminuição de pena devido ao arrependimento posterior, devolução da res furtiva, art. 16 do CP, onde terá uma diminuição de 1 a 2/3.
QUESTÕES OBJETIVAS
1)Na reincidência:
a) O Brasil adotou o sistema da perpetuidade.
b) O tratamento se assemelha a maus antecedentes.
c) O Brasil adotou a especial ou específica.
d) O Brasil adotou a espécie ficta.
2) Um réu reincidente:
a) é possível ter inicialmente seu regime prisional semiaberto, desde que
favoráveis as circunstâncias judiciais e sua pena seja igual ou inferior a 4 anos.
b) não pode ter progressão de regime
c) não poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída.
d) possui, necessariamente, maus antecedentes
CASO 5
ANACLETO SOARES subtraiu para si coisa alheia móvelmediante violência contra a pessoa. Por se tratar de réu primário, com bons antecedentes, maior de dezoito e menor de 21 anos, o juiz, atento aos ditames do art. 59, do Código Penal, fixou a pena-base no
mínimo legal (quatro anos de reclusão), desconsiderando, no cálculo da pena intermediária, a atenuante da menoridade prevista no art. 65, do Código Penal. Ante o
exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e
fundamentada se o magistrado agiu corretamente de acordo com a jurisprudência majoritária.
O magistrado agiu corretamente conforme a súmula 231 do STJ, vez que a segunda fase ele não pode ficar abaixo do mínimo.
A jurisprudência majoritária entende que a pena não pode ficar abaixo do mínimo legal estipulado no tipo penal. É importante frisar que o Superior Tribunal de Justiça, pacificando tal entendimento, editou a súmula 231.
Questão objetiva.
Levando em conta as regras pertinentes à aplicação e execução das penas, é INCORRETO afirmar que:
a) no concurso formal perfeito de crimes é observado o sistema de exasperação da pena;
b) o condenado que for punido por falta grave perderá todo o tempo até então remido,
começando nova contagem do período de remição a partir da data da infração disciplinar;
c) as causas de aumento de pena podem elevar a pena além do máximo abstratamente
cominado ao crime;
d) a superveniência de condenação definitiva por outro crime durante o cumprimento de
pena restritiva de direitos pode ser causa de sua conversão;
e) a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado
pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios,
como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
CASO 6
Carlos foi condenado pelas práticas de lesão corporal grave (art. 129, §2º, I, do CP), à pena de 02 anos de reclusão, e furto simples (art. 155, do CP), às penas de 01 ano de reclusão e 10 D.M., em concurso material. Há possibilidade de fazer incidir pena alternativa em qualquer das condenações? Qual o regime prisional a ser fixado, considerando que Carlos é primário, de bons antecedentes e menor de 21 anos?
Fundamente (XLII Concurso para Ingresso na Magistratura de Carreira do Estado do Rio de Janeiro).
Não poderá ocorrer a substituição da pena prevista de liberdade por restritiva de direito, no crime de lesão corporal, pois, o art.44 CP, veda a substituição quando ocorre violência ou grave ameaça contra a pessoa, contudo, no caso de crime de furto simples, Carlos preenche os requisitos objetivos do art. 44 do CP. O regime de cumprimento de pena será o aberto, que demonstra ser suficiente para reprimir a conduta criminosa de Carlos e atende aos preceitos da teoria da pena.
Questões Objetivas.
1) A pena de reclusão
a) é semelhante à pena de prisão simples
b) deve ser cumprida sempre em regime fechado.
c) pode ser cumprida, inicialmente, em regime aberto.
d) foi considerada inconstitucional pelo STF.
2) A pena de multa:
a) é uma espécie de restritiva de direito.
b) é calculada em dias multa e é direcionada ao Estado
c) não pode ser parcelada
d) pode ser convertida em privativa de liberdade.
CASO 7
Jonas foi condenado às penas do art. 302 da Lei 9503/97 (CTB), em concurso formal próprio, por ter atropelado, na direção de veículo automotor, cinco pessoas que estavam paradas num ponto de ônibus. Considerando que Jonas já possuía em suas anotações criminais condenação transitada em julgado por crime de Latrocínio na forma tentada, cuja pena fora totalmente cumprida há dois anos, o juiz que o condenou pelos novos crimes cometidos, não substituiu sua pena privativa de liberdade definitiva por restritiva de direitos sob a fundamentação de se tratar de réu reincidente.
Considerando o caso hipotético, analise a decisão do magistrado quanto ao seu fundamento.
Questões Objetivas.
A decisão judicial que negou ao condenado a substituição da pena de prisão por restritiva de direito foi equivocada porque a lei só impede a substituição ao reincidente em crime doloso e ainda se a reincidência tenha se operado pela pratica do mesmo crime, o que não é o caso.
1) Assinale a assertiva INCORRETA sobre as espécies de pena:
a) o regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do
condenado
b) é admissível trabalho externo àquele que está cumprindo pena em regime
semiaberto
c) condenado reincidente não poderá nunca cumprir a pena, desde o início, em
regime semiaberto.
d) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em
regime fechado.
2) São penas restritivas de direito, exceto:
a) multa
b) prestação pecuniária
c) perda de bens e valores
d) prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas
CASO 8
1) Sobre o concurso material de crimes, assinale a assertiva correta: (Exame de Ordem? 1ª Fase. OAB/RS.2007)
a) Trata-se da hipótese em que o agente, por meio de um único golpe, atinge a integridade física de várias pessoas, querendo os resultados diversos.
b) Trata-se da hipótese em que o agente coloca uma bomba em um avião para matar apenas um passageiro e, quando a aeronave está ar, detona-a, matando todos os que estavam a bordo.
c) Trata-se da hipótese em que o agente dispara dois tiros, que atingem pessoas diferentes, querendo ambos os resultados.
d) Trata-se da hipótese em que o agente pratica diversas ações (e, por conseguinte, vários tipos) nas mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes, perfazendo, pelo seu conjunto, um único crime.
2) Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando deferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de:(Promotor de Justiça/ PE)
a) furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material
b) roubo impróprio.
c) roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves.
d) furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação.
e) roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material.
3) Segundo o Código Penal (CP) brasileiro, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, ele deve responder como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase)
a) concurso material.
b) concurso formal.
c) crime continuado.
d) crime habitual.
4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância do local. Invadiu cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de chaves falsas. De
cada uma das lojas, subtraiu inúmeras peças de roupas. Após a ação, deixou o local e foi
preso passada meia hora, abordado por policiais militares que estranharam o volume de
pacotes que carregava. João foi denunciado e condenado por cinco furtos qualificados.
Na fixação da pena, o Juiz deve considerar as condutas como praticadas:
a) em concurso formal.
b) como crime continuado.
c) como crime único.
d) em concurso material.
5)Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF: (136° Exame
OAB/SP, 1ª Fase).
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da
pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege.
b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais
favoráveis ao acusado.
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os
sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassemo limite do valor do
patrimônio transferido.
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada,
bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis.
6) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar a pena de
multa que lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá:(Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008):
a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade.
b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a consequente execução fiscal.
c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos.
d) Ter o valor da pena de multa aumentado
7) Sobre a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, assinale a alternativa INCORRETA: (132° Exame OAB/SP? 1ª Fase).
a) Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
b) Deve ser aplicada nas condenações acima de 01 (um) mês e até 02 (dois) anos de
privação de liberdade.
c) Dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
d) Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena
substitutiva em menor tempo, nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.
8) Sobre a aplicação da pena (CP, art. 59 a 76), assinale a alternativa INCORRETA: (Juiz
de Direito/PR) 
a) no concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na Parte Especial do
Código Penal, o juiz deve levar em consideração todos os aumentos e/ou diminuições,
não podendo limitar-se à causa que mais aumente ou diminua a pena.
b) segundo o entendimento majoritário, inclusive sumulado pelo Superior Tribunal de
Justiça, a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena
abaixo do mínimo legal.
c)verifica-se a circunstância agravante da reincidência quando o agente comete novo
crime, mesmo que a condenação anterior já transitada em julgado seja no estrangeiro.
d)o rol das circunstâncias atenuantes não é taxativo, eis que o Código Penal expressamente admite outras hipóteses, mesmo que não previstas em lei.
9) Com relação à aplicação da Pena é CORRETO afirmar que: (Juiz de Direito/ MG) 
a) se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena deve ser fixada no mínimo legal.
b) as circunstâncias atenuantes e agravantes devem ser levadas em consideração na fixação da pena-base.
c) a circunstância atenuante pode reduzir a pena aquém do mínimo legal, assim como a agravante pode aumentá-la além do máximo cominado.
d) é possível considerar as circunstâncias que qualificam o homicídio com as que o tornam privilegiado, desde que sejam aquelas de natureza objetiva.
10) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena privativa de liberdade quando:
a) A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo.
b) O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
c) A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos.
d) A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos.
11) Assinale a alternativa correta: (UFPR - 2013 - TJ-PR - Juiz)
a) É admissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto.
b) É vedada a utilização de inquéritos policiais para agravar a pena base, sendo permitida, entretanto, a utilização das ações penais em curso.
c) É admissível a chamada progressão por salto de regime prisional.
d) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência
da Lei n. 11.464/2007, sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
12) Fulgêncio, com animus necandi, coloca na xícara de chá servida a Arnaldo certa dose de veneno. Batista, igualmente interessado na morte de Arnaldo, desconhecendo a ação de Fulgêncio, também coloca uma dose de veneno na mesma xícara. Arnaldo vem a falecer pelo efeito combinado das duas doses de veneno ingeridas, pois cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo a conclusão da perícia. Fulgêncio e Batista agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano do outro. Pergunta-se:( Juiz de Direito? MG).
a) Fulgêncio e Batista respondem por tentativa de homicídio doloso qualificado.
b) Fulgêncio e Batista respondem, cada um, por homicídio culposo.
c) Fulgêncio e Batista respondem por lesão corporal seguida de morte.
d) Fulgêncio e Batista respondem, como coautores, por homicídio doloso, qualificado, consumado.
13) Cleomar e Ricardo acordaram previamente a prática de um roubo contra um taxista, tendo simulado o interesse em fazer uma corrida, e já no veículo o primeiro anunciou o assalto empunhando um estilete, quando a vítima entregou a carteira com dinheiro e documentos pessoais a Ricardo. Este saiu correndo e Cleomar permaneceu no veículo por mais alguns instantes, momento em que com estocadas feriu gravemente a vítima a qual veio a falecer. Os dois foram denunciados pelo crime de latrocínio. De acordo com a legislação penal vigente, é correto afirmar que: (Defensor Público? RN).
a) Ricardo será punido pelo crime de latrocínio, pois a morte do taxista era resultado previsível da ação;
b) comprovado que Ricardo quis participar do roubo na sua forma simples, o juiz poderá reduzir a pena do latrocínio até a metade;
c) Ricardo, comprovado que desejou participar apenas do crime de roubo, mas sendo previsível o resultado, será condenado na pena do roubo na forma simples, a qual poderá ser aumentada até a metade.
d) Ricardo deverá ser punido pelo crime de latrocínio, tendo em vista que, considerando a relação natural entre o acordo para o roubo e a morte da vítima, independe se houve ou não prévio acordo sobre este último resultado.
14) Assinale a opção correta acerca da ação penal. (136° Exame OAB/SP? Cespe/UnB)
a) Se, em qualquer fase do processo, o juiz reconhecer extinta a punibilidade, deverá aguardar o requerimento do MP, do querelante ou do réu, apontando a causa de extinção da punibilidade, para poder declará-la.
b) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, não se estende aos demais agentes.
c) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela sua indivisibilidade.
d) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, inclusive ao querelado que o recusar.
15) No crime de corrupção ativa, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público Juiz de Direito? AL? 2007)
a) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular.
b) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular.
c) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconheça a condição daquele.
d) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele.
e) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente particular.
CASO 9
João Inácio, 27 anos, mora com seu tio, Franklin Galvão, 63 anos, há exatos três anos. A Residência em que se dá a referida coabitação é situada numa área nobre da cidade do Rio de Janeiro. Em viagem de férias, pelo sul da Bahia, neste último verão, junto com seu referido sobrinho, Franklin Galvão sentiu falta de seu relógio de ouro. Chegando ao Rio de Janeiro, João Inácio, mostrando-se arrependido, confessou a um amigo seu que foi ele quem subtraiu o relógio de seu tio objetivandoo vender para comprar drogas, fato este que realmente aconteceu no âmbito de seu passeio pelo sul da Bahia. O amigo de João Inácio, advogado criminalista, sugeriu-lhe contar todo o ocorrido ao seu tio, mostrando seu real arrependimento, até porque se trata de fato penal que desafia ação penal pública condicionada à representação.
Considerando o caso acima, indaga-se se assiste razão ao advogado amigo de João Inácio. Responda fundamentadamente.
Assiste razão ao advogado. A previsão legal da necessidade de representação decorre do fato de os crimes de ação penal pública condicionada afetarem mais o interesse privado do que o interesse público, que então fica em segundo plano. O art. 182, III, do CP autoriza que o crime de furto seja processado mediante ação penal pública condicionada à representação, se é cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente coabita. Não importa onde ocorreu o crime.
Questões objetivas.
1) Os crimes de Dano (CP, art.163 caput), de Ameaça (CP, art.147) e de Lesão Corporal Leve (CP, art. 129 caput) são, respectivamente, de:
a) ação penal pública incondicionada, ação penal de iniciativa privada e ação penal pública condicionada à representação.
b) ação penal de iniciativa privada, ação penal pública incondicionada e ação penal pública condicionada à representação.
c) ação penal pública condicionada à representação, ação penal de iniciativa privada e ação penal pública incondicionada.
d) ação penal de iniciativa privada, ação penal pública condicionada à representação e ação penal pública condicionada à representação.
2) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. Durante o festival de balonismo, na cidade de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-se até a Boate Cristal para festejar a sua classificação no evento. No recinto, conheceu o transformista Maitê, 21 anos, convidando-o para acompanhá-lo na comemoração. Enquanto conversavam, Afonso disfarçadamente colocou uma substância na bebida de Maitê, que o levou a perder os sentidos. Na sequência, conduziu o transformista desmaiado, sem poder oferecer resistência, até seu carro, onde praticou com ele sexo anal. No dia seguinte, Maitê registrou o fato delituoso contra Afonso na Delegacia de Polícia e adotou as medidas necessárias para responsabilizá-lo. No presente caso, o crime praticado pelo agente é o de _______e a ação penal correspondente é ________. (XLVII CONCURSO PARA INGRESSO À CARREIRA MPRS)
a) estupro de vulnerável – pública incondicionada
b) estupro – pública incondicionada
c) violação sexual mediante fraude – pública condicionada à representação
d) estupro – pública condicionada à representação
e) violação sexual mediante fraude – de iniciativa privada
CASO 10
Condenado pela prática do crime de furto por 2 anos e 7 meses, JOÃO, que já possui uma condenação pelo crime de lesão corporal culposa, com extinção da pena pelo seu cumprimento há dez anos, vinha cumprindo sua nova pena em regime semi-aberto, quando regrediu de regime pelo cometimento de falta grave. Passado o cumprimento de mais de um terço de sua pena, JOÃO requereu seu livramento condicional ordinário, nos termos do CP, art. 83, I que lhe foi negado sob os seguintes fundamentos:
1) possui maus antecedentes e
2) cometimento de falta grave.
Analise, fundamentadamente, as teses defensivas de JOÃO em sede da Vara de Execuções Penais, objetivando a concessão da referida medida penal.
De acordo com entendimento do STJ, ao condenado primário, portador de maus antecedentes, 
aplica-se o disposto no artigo 83, inciso I, do Código Penal, e a falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional (sumula 441). Sendo assim, assiste a Joao o direito de obter o livramento condicional. De acordo com entendo do STJ, ao condenado primário, portador de mais antecedentes aplica-se o disposto no artigo 83, inciso, I, do código penal, e a falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional (sumula 442). Sendo assim, assiste a João o direito de obter o livramento condicional.
Questões Objetivas.
1) No dia 26 de janeiro de 2011, João Porto, 21 anos, ofendeu a integridade corporal de seu vizinho, Jorge Antônio, ao deferir-lhe um soco no olho esquerdo, causando-lhe a perda da visão. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado pelo crime de lesão corporal de natureza grave, art. 129, §1º, inciso III (debilidade permanente de sentido), do CP. A peça vestibular foi recebida no dia 14 de fevereiro de 2011. A ação penal foi julgada procedente, condenando João Porto à pena de um ano de reclusão, dada a sua condição de primário, de bons antecedentes e com circunstâncias judiciais favoráveis. A sentença condenatória foi publicada no dia 29 de março de 2014, que se tornou definitiva para as partes em abril do mesmo ano. Assim, na hipótese apresentada, e com base na pena aplicada, confere-se ao condenado o direito à:
a) suspensão condicional do processo.
b) suspensão condicional da pena.
c) substituição da pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos.
c) substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos.
e) extinção da punibilidade pela prescrição.
2) Caio, reincidente em crime de estupro, também é reincidente em crime de roubo. Diante disso, para obter o livramento condicional, de acordo com o disposto no art. 83, do Código Penal, deverá cumprir:
a) mais de três quintos da pena do crime hediondo e mais de um terço da pena do crime
de roubo.
b) mais da metade da pena do crime hediondo e mais de dois terços da pena do crime de
roubo.
c) integralmente a pena do crime hediondo e mais de dois terços da pena do crime de
roubo.
d) integralmente a pena do crime hediondo e mais da metade da pena do crime de roubo.
CASO 11
João foi denunciado como incurso no art. 157, § 2º, I, do CP. Instaurado o incidente de insanidade mental, o laudo constata que o réu é portador de doença mental de natureza
psicótica, e ao tempo da ação era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esclarecem os peritos que o réu necessita de medicação antipsicótica, devendo manter-se sob acompanhamento e
tratamento psiquiátrico ambulatorial, não havendo necessidade de internação em hospital de custódia e tratamento. A prova produzida demonstra a autoria. Em alegações finais, o Ministério Público requer a absolvição, face a inimputabilidade, com a imposição da medida de segurança de internação, pois o crime praticado é punido com reclusão, a periculosidade é presumida, e o art. 97, do CP, constitui norma cogente. De acordo com os estudos em sala de aula, o que pode ser alegado em defesa de João? (Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - modificada)
Em regra, o artigo 97 determina que, se o doente mental praticou um fato típico, apenado com reclusão, deve sofrer medida de internação hospitalar e se praticou um fato apenado com detenção, deve sofrer medida de tratamento ambulatorial, no entanto de acordo com a tendência jurisprudencial, a depender do caso concreto, é possível o juiz aplicar a medida de segurança ao réu que seja recomendada pelo laudo psiquiátrico, mesmo que não obedeça a regra geral prevista no artigo 97.
Questões Objetivas.
1) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que
a) são sujeitas à prescrição, mas não as outras causas de extinção da punibilidade.
b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível.
c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento
da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução
d) a desinternação será sempre incondicional.
e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não
poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade.
2) No instituto da medida de segurançaa) é vedada a sua conversão no curso do cumprimento de um a pena privativa de
liberdade.
b) a periculosidade é sempre presumida.
c) é inviável a internação do paciente no tratamento ambulatorial.
d) é necessária a prática de fato típico e antijurídico para sua imposição.
CASO 12
JOÃO MARIA, pai de ANATÉRCIA, SEMPRÔNEA e CAIO, todos menores impúberes, foi condenado por estupro de vulnerável, afigurando-se como vítima, sua filha ANATÉRCIA. Na sentença condenatória o Juiz o julgou incapaz de exercer o poder familiar. Passado o período legal após o cumprimento da respectiva pena, JOÃO MARIA conseguiu sua reabilitação e dois meses depois está sendo acusado pelo crime de furto simples.
Diante da situação narrada, pergunta-se: JOÃO MARIA voltará a exercer o poder familiar sobre seu(s) filho(s) em decorrência da reabilitação a ele concedida?
Não. Embora João Maria tenha cumprido todos os requisitos, se for condenado por decisão definitiva pelo crime de furto, será reincidente, e, a menos que a pena a cumprir seja a de multa, terá sua reabilitação revogada, e como consequência, a incapacidade para o exercício do poder familiar. É o que consta no artigo 95 do CP.
Questões Objetivas
1) À luz do que dispõe o CP acerca da reabilitação, assinale a opção correta.
a) Caso o condenado seja reabilitado, terá assegurado o sigilo dos registros sobre o seu
processo e a condenação.
b) Após o decurso de dois anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou
terminar sua execução, o condenado poderá requerer a reabilitação, não se computando o
período de prova da suspensão e o do livramento condicional.
c) Caso o reabilitado seja condenado, como reincidente, por decisão definitiva, à pena de
multa, o Ministério Público pode requerer a revogação da reabilitação.
d) A reabilitação não pode ser revogada de ofício.
2) Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação.
a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que tenha sido reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal. Considere, ainda, que, após a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez, de estupro. Nessa situação, o juiz, ao proferir sentença condenatória contra Marcelo pela prática do crime de estupro, não poderá considerá-lo reincidente por causa do furto qualificado anteriormente praticado.
b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a análise de ressarcimento do dano causado pelo crime.
c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação.
d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a reabilitação não será revogado.
CASO 13
PEDRO e CALVINO têm em comum o benefício da extinção da punibilidade em relação as suas pretéritas condenações transitadas em julgado. O primeiro foi beneficiado pela Anistia, enquanto o segundo pelo Indulto. Consultando os processos do Tribunal de Justiça, depreende-se que essas duas pessoas possuem novas condenações, assim observadas: PEDRO foi condenado por Tráfico de Drogas (Lei 11343/2006), enquanto que CALVINO foi condenado por Latrocínio consumado.
Diante do caso acima narrado, indaga-se: PEDRO e CALVINO são considerados reincidentes? Resposta justificada.
Calvino e reincidente pois o indulto é causa extintiva de punibilidade que ocorre após a condenação, assim permanecem os efeitos secundários da condenação, dentre eles a reincidência. Quanto a Pedro no que se refere a anistia como ela promove a exclusão do crime imputável ao agente e lá faz desaparecer todos os seus efeitos penais, sendo o principal delas a inclusão do nome do rol dos culpados sendo assim ele será considerado primário.
Questões Objetivas
1) Assinale a alternativa correta relativamente às causas de extinção da punibilidade.
a) Dentre as causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva, podem ser citadas a
decisão de pronúncia e a reincidência.
b) Em crimes cujas ações sejam de iniciativa privada ou pública, de competência do Juizado Especial Criminal, a composição civil extingue a punibilidade do autor do fato.
c) A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos, quando a multa for a única cominada ou alternativamente aplicada.
d) Prescrição e Anistia são exemplos de causas de extinção da punibilidade que tanto podem recair sobre a pretensão punitiva quanto sobre a pretensão executória.
2) De acordo com o Código Penal, dentre outras, extingue-se a punibilidade nas seguintes
situações, exceto:
a) anistia, graça ou indulto.
b) renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.
c) doença incapacitante irreversível do agente.
d) prescrição, decadência ou perempção.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso e pela morte do
agente.
CASO 14
JOÃO subtraiu uma bicicleta e por este fato está sendo processado criminalmente pelo crime de Furto Simples (CP, art. 155). Ao final da instrução criminal JOÃO restou condenado à pena de um ano, tendo sua pena privativa de liberdade substituída por uma restritiva de direitos. A defesa recorre pedindo sua absolvição tendo a sentença transitado em julgado para o Ministério Público.
Considerando o caso narrado, quanto tempo o Estado possui para publicar o acórdão
evitando a prescrição? Esclarecendo, em tese, qual tipo de prescrição.
Prescrição executória.
Questões Objetivas
1) Assinale a opção correta no que concerne à prescrição
a) Nos crimes conexos que sejam objeto do mesmo processo, a interrupção da prescrição
em relação a um deles não se estende aos demais, uma vez que a análise do prazo prescricional deve recair, de forma isolada, sobre cada conduta delitiva.
b) As hipóteses que impõem a suspensão do processo a pedido da defesa também obrigam a suspensão do prazo prescricional por tempo indeterminado, uma vez que a ninguém é dado o direito de se prevalecer de sua própria torpeza.
c) Caso o apenado seja reincidente, o prazo prescricional deve ser acrescido em um terço, não incidindo esse aumento sobre a pena imposta, mas sobre o prazo prescricional estabelecido conforme os parâmetros previstos abstratamente no CP.
d) A prescrição da pena de multa e das restritivas de direito ocorre em dois anos quando forem únicas cominadas ou aplicadas
e) De acordo com a jurisprudência pacífica do STJ, nos casos de falta disciplinar de natureza grave, a prescrição ocorre no prazo de cinco anos, a contar da abertura do procedimento administrativo instaurado por ordem do juízo das execuções penais
CASO 15
Reza o CP, art. 114, I que quando a pena de Multa foi a única cominada ou aplicada, o prazo prescricional é de dois anos. No entanto, conforme disposto no inciso II do indigitado artigo, caso a pena de Multa for alternativa ou cumulativa cominada ou cumulativamente aplicada com pena privativa de liberdade, a prescrição da multa ocorrerá no mesmo prazo estabelecido por aquela pena mais grave. ADALBERTO foi condenado a uma pena de um ano pelo crime de furto, que foi substituída por uma restritiva de direitos, pena esta que foi cumulada com uma pena de multa. Passados dois anos da publicação da sentença condenatória recorrível, o Tribunal ainda não decidiu sobre o único recurso que foi interposto pela defesa, que após este lapso temporal sustenta a ocorrência da prescrição, uma vez que a pena de Multa não foi cumulada com uma pena privativa de liberdade, mas com uma pena restritiva de direitos, razão pela qual, o referido prazo prescricional opera-se em dois anos e não em quatro. Pergunta-se:
assiste razão à tese defensiva?
Não assiste razão à tese defensiva, posto que segundo o parágrafo único do art. 109 CP devem ser aplicadas às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade, a pena é de um ano e baseado no inciso V do mesmo artigo, o prazo prescricional é de 4 (quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois)anos. Podem os perceber que trata-se de prescrição de pretensão executória, visto que ocorre depois de transitar em julgado sentença final condenatória. 
Questão objetiva
A prescrição:
a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão
executória
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível
CASO 16
1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos:
a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente;
b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos
semi-imputáveis;
c) as penas têm natureza retributiva-preventiva e as medidas de segurança são
preventivas;
d) as medidas de segurança ligam-se ao sujeito ativo pelo juízo de culpabilidade;
2) Com relação à aplicação das medidas de segurança aos inimputáveis, o nosso Código
Penal adotou o sistema:
a) vicariante, aplicando-se somente medida de segurança;
b) duplo binário, aplicando-se pena e a medida de segurança ao mesmo tempo;
c) duplo binário, aplicando-se primeiro a medida de segurança e, em seguida, a pena;
d) vicariante, aplicando-se a pena ou medida de segurança;
e) duplo binário, primeiro a pena e depois medida de segurança.
3) A suspensão condicional da pena é providência que evita a prisão de condenados a penas de duração curta, sendo certo que sua concessão depende do atendimento de certos requisitos. Neste tema, o que se entende por sursis humanitário?
a) É aquele concedido na execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos,
podendo ser suspensa por 2 a 4 anos, independentemente da situação pessoal do condenado.
b) Entende-se por sursis humanitário aquele que beneficia pessoa com mais de 70 anos de idade, sendo aplicado a penas superiores a 2 anos, não ultrapassando 4 anos, no qual o
período de prova é fixado entre 4 e 6 anos.
c) É aquele disciplinado no Código Penal, aplicável mesmo que a pena definida seja superior a 2 anos, não superando 4 anos, se razões de saúde do condenado justificarem o benefício.
d) É aquele em que o agente é beneficiado com a suspensão condicional da pena em razão de questões humanitárias, tais quais, luto familiar, doenças graves de membros da família etc.
4) O indivíduo de personalidade e conduta social consideradas boas, condenado a pena privativa da liberdade não superior a dois anos e ao qual não seja indicada a mera substituição por qualquer das penas previstas no art. 44, do Código Penal faz jus a:
a) Livramento condicional;
b) Suspensão condicional do processo;
c) Suspensão condicional da execução da pena.
d) Penas restritivas de direito.
5) José, beneficiado com livramento condicional, comete novo crime doloso, pelo qual resultou condenado, em razão do que:
a) deve ter decretada a extinção da punibilidade da primeira condenação;
b) deve cumprir o restante da pena, deduzido o período em que ficou em liberdade;
c) deve cumprir a integralidade da primeira pena;
d)pode obter novo livramento condicional quanto à primeira pena.
6) Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal brasileiro (FEPESE - 2013 - DPE-SC):
a) O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade inferior dois anos.
b) Não será concedido livramento condicional para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
c) Caso o liberado venha a ser condenado durante a vigência do benefício, revoga-se o livramento condicional.
d) O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento.
e) Revogado o livramento, a qualquer momento poderá o juiz da execução conceder novamente o benefício.
7) De acordo com entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça):
a) incabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.
b) o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo mínimo da pena cominada.
c) inadmissível a determinação de exame criminológico pelas peculiaridades do caso.
d) a falta grave interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
e) vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base.
8) Assinale a alternativa correta relativamente ao tratamento dado pela legislação penal brasileira à Medida de Segurança (VUNESP - 2013 - TJ-RJ? Juiz).
a) Enquanto a detentiva é obrigatória para fatos punidos com reclusão, a restritiva pode ser aplicada em caso de fatos punidos com detenção.
b) Pode ser aplicada tanto a inimputáveis quanto aos semi-imputáveis, sempre por meio de sentenças absolutórias impróprias.
c) Tem como pressuposto a periculosidade, de forma que pode ser aplicada ao inimputável ou semi-imputável que tenha praticado fato típico, mesmo que não antijurídico.
d) A desinternação será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior
se o agente, antes do decurso de dois anos, pratica fato indicativo de persistência de sua
periculosidade.
9) Sobre imputabilidade penal, analise as assertivas abaixo. ( CETRO - 2012 - TJ-RJ - Titular de Serviços de Notas e de Registros).
I. As medidas de segurança de internação ou tratamento ambulatorial serão sempre por tempo determinado.
II. Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
III. Ainda quando extinta a punibilidade, impõe-se medida de segurança, se necessária.
É correto o que se afirmar em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
10) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que (FCC - 2012 - TJ-GO? Juiz):
a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade.
b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível.
c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução.
d) a desinternação será sempre incondicional.
e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá
ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade.
11) Constituem causas de extinção da punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada (FCC - 2013 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho):
a) o perdão do ofendido e o perdão judicial.
b) a decadência e o perdão do ofendido.
c) a renúncia e a perempção.
d) a perempção e o perdão judicial.
e) a renúncia e a decadência.
12) No tocante às causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a anistia (FUNCAB - 2013 - PC-ES):
a) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença final.
b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da sentença final.
c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral ou parcial.
d) pode ser aplicada aos crimes de tortura.
e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.

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