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Aprendizagem do Voleibol Luciana Perez Bojikian lubojikian@hotmail.com 1 Pontos a serem considerados na aprendizagem esportiva Características específicas da modalidade Estrutura político-institucional (escola, clube, lazer, etc) Organização e sistematização do planejamento Avaliação das experiências anteriores Adequação ao grupo e às fases de desenvolvimento Objetivos da aprendizagem Ensino das modalidades esportivas na escola O que dizem os PCNs? PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Educação Física - MEC, 1997 Participação em atividades competitivas, respeitando as regras e não discriminando os colegas, suportando pequenas frustrações, evitando atitudes violentas; Observação e análise do desempenho dos colegas, esportistas, de crianças mais velhas ou mais novas; Expressão de opiniões pessoais quanto a atitudes e estratégias a serem utilizadas em situações de jogos, esporte e lutas; Apreciação de esportes e lutas considerando alguns aspectos técnicos, táticos e estéticos; 4º e 5º ano do EF PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Educação Física – MEC, 1998 Compreensão dos aspectos histórico-sociais relacionados aos jogos, às lutas, aos esportes e às ginásticas; Participação em jogos, lutas, e esportes dentro do contexto escolar de forma recreativa; Compreensão e vivência dos aspectos relacionados à repetição e à qualidade do movimento na aprendizagem do gesto esportivo; Compreensão e vivência dos aspectos técnicos e táticos do esporte no contexto escolar; Vivência de esportes individuais e coletivos dentro de contextos participativos e competitivos; 6º, 7º, 8º e 9º ano do EF PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Educação Física – MEC, 1998 Os gestos e os movimentos fazem parte dos recursos de comunicação que o ser humano utiliza para expressar suas emoções e sua personalidade, comunicar atitudes interpessoalmente e transmitir informações; Além de estimular o reconhecimento e a reflexão sobre as diferenças entre os alunos, o professor pode utilizar o esporte e outras práticas corporais como meio eficaz de ensinar aos jovens a tolerância e a aceitação das características individuais; Ensino Médio O esporte deve ser adquirido como um bem cultural. Sua prática, portanto, deve ser compreendida como um direito de cada pessoa (Taffarel, 2000). O modelo esportivo educacional deve dar ênfase ao divertimento e à participação, ao desenvolvimento da autoestima da criança. Deve, nesse modelo, ser estimulado o espírito de equipe e a avaliação deve ser centrada na aquisição e no desenvolvimento técnico e não apenas no resultado (Marques, 2004). O Voleibol como Instrumento da Educação Física habilidades motoras condicionamento físico capacidades ligadas à saúde relacionamento social desenvolvimento afetivo desenvolvimento cognitivo utilização nas horas de lazer espírito competitivo HISTÓRICO DO VOLEIBOL Criado em 1895 na Y.M.C.A. Massachussets, por William Morgan. Brasil: 1915 em Pernambuco ou 1916 na ACM de São Paulo Em 1918 ficou limitado o número de jogadores em quadra (6) e em 1922 o número de toques na bola por equipe (3). Em 1933 os tchecos criaram o bloqueio 1946: Confederação Sulamericana de Volleyball. 1947: Federação Internacional de Volleyball 1949: primeiro Campeonato Mundial. 1952: primeiro mundial feminino com vitória da URSS. 1954: Confederação Brasileira de Volleyball. California, 1943 Monges na Índia, 2007 Funcionários da ACM, 1911 Paris, 1956 Roma, 1948 1900 Tokio, 1948 9x9 1958: criação da manchete pelos tchecos. 1964: primeira Olimpíada (Tóquio). URSS em 1º e Brasil em 7º. 1974: ataque de fundo (polonês) 1981: mundialito feminino em São Paulo. 1984: medalha de prata no masculino. 1992: medalha de ouro no masculino. 1998: sistema de ponto-rali. 1996 e 2000: medalhas de bronze no feminino. 2004: bi-campeonato Olímpico masculino 2008 e 2012: medalha de ouro no feminino 2016: Tri campeonato Olímpico do masculino Vários Títulos infanto-juvenis e juvenis. HISTÓRICO DO VOLEIBOL Trabalho de iniciação Trabalho com categorias de base X Iniciação Aprendizagem das habilidades motoras específicas nas suas formas mais básicas Contato com a dinâmica de jogo Contato com as regras básicas Desenvolvimento da condição física geral Desenvolvimento da condição física específica Categorias de base Aprendizagem de novas formas de aplicação das habilidades motoras Aperfeiçoamento técnico Definição quanto às funções táticas Conhecimento tático Aquisição das táticas individuais Aperfeiçoamento da condição física geral e específica Conhecimento sobre voleibol, treinamento, alimentação Aperfeiçoamento da personalidade competitiva Regras regras www.cbv.com.br www.fpv.com.br www.fivb.com Habilidades motoras específicas (técnicas) do voleibol Grupo I Posição de expectativa Movimentação Toque Manchete Saque por baixo Grupo II Saque por cima Cortada Bloqueio Grupo III Defesa Rolamentos Mergulhos Posição de expectativa ou posição básica : Movimentação : Toque de bola por cima : Toque de bola por cima : erros mais comuns 27 Manchete : Manchete erros mais comuns Tipos de Saque Saque por baixo Saque por cima (tipo tênis) - flutuante (com ou sem salto) - saque com rotação (com ou sem salto) Saque asiático ou balanceado Saque por baixo : Saque por cima : Ataque : cortada Fases da cortada Passada Chamada Salto Batida na bola Queda CAPACIDADES MOTORAS MAIS IMPORTANTES Força explosiva de Membros superiores e inferiores Equilíbrio Coordenação Flexibilidade e velocidade de membros superiores Fases do bloqueio Posição inicial Salto Contato com a bola Queda CAPACIDADES MOTORAS MAIS IMPORTANTES Força explosiva de membros inferiores Equilíbrio Coordenação BLOQUEIO Quanto ao número de bloqueadores o bloqueio pode ser: simples, duplo ou triplo Quanto à posição das mãos o bloqueio pode ser: ofensivo (invade o espaço aéreo adversário com o objetivo de fazer o ponto de bloqueio) ou defensivo (mantém as mãos no seu próprio campo e tem o objetivo de bater na bola prá que ela suba e facilite a defesa de sua equipe) Tipos de bloqueio Bloqueio Defesa em pé Diferenças da manchete normal: mais baixa, maior velocidade de deslocamento e amortecimento do impacto da bola nos braços. Aprendizagem: exercícios de adaptação. CAPACIDADES MOTORAS MAIS IMPORTANTES Tempo de reação Velocidade de aceleração Agilidade Defesa em pé : Rolamentos Mergulhos Conceitos básicos Habilidade motora: ação ou tarefa que implica em precisão e controle do movimento. Habilidade motora esportiva: habilidade motora com fim específico que deve ser aprendida para ser executada corretamente. Capacidades motoras: fatores necessários para que que a habilidade motora possa ser executada com êxito. Aprendizagem motora: processo que provoca mudança de comportamento (que se mostra relativamente estável) em função de prática ou experiência Técnica (Garganta, 1998) “Um meio específico, que se consagrou culturalmente… através do uso e eficácia demonstrada na produção de determinados resultados.” Ações motoras realizadas no sentido de solucionar os problemas que as várias situações de jogo colocam aos praticantes. Classificação das habilidades motoras (Magill, 1984) Critério Habilidades Motoras Tamanho da musculatura envolvida Finas:costurar e escrever Grossas(Globais): correr e nadar Distinção de início e fim Discretas: pressionar um botão e acionar a embreagem de um automóvel Seriadas: ataque do voleibol e salto em distância Contínuas: manipular o controle de um “vídeo-game” e pedalar Estabilidade do ambienteAbertas: cabeceio e rebatida do tênis Fechadas: tacada de sinuca e arremesso de martelo Nível de seleção da resposta Cognitivas: jogar xadrez e dirigir uma equipe esportiva Essencialmente motoras: levantamento de peso e salto em distância HABILIDADES MOTORAS DO VOLEIBOL LL Objetivos da aprendizagem no voleibol Jogar voleibol As habilidades motoras do Voleibol (técnicas), são instrumentos para jogar voleibol Considera-se como aprendida, a habilidade aplicada dentro da dinâmica do jogo Linhas pedagógicas para o ensino de habilidades motoras Método Fracionado (analítico) Método Global Métodos: analítico-sintético e global-funcional (DIETRICH; DÜRRWÄCHTER; SCHALLER, 1984). outros métodos Iniciação Esportiva Universal (IEU) Processo ensino-aprendizagem-treinamento Escola da Bola (EB) Situação – capacidades - habilidades Teaching Games For Understanding (TGFU) Tactical Awareness Approach (TAA) . Metodologia da aprendizagem de um fundamento Processo capaz de levar o aprendiz a automatizar a habilidade motora executada corretamente, e aplicá-la dentro da uma dinâmica do voleibol Apresentação da Habilidade Motora Sequência pedagógica Exercícios educativos e/ou formativos Automatização Aplicação: - exercícios em forma de jogo - jogos adaptados - jogo Método “BOJIKIAN” para a aprendizagem dos fundamentos do voleibol (método das 5 etapas) 1. Apresentação Fase cognitiva: o aprendiz irá formar a idéia do movimento Mostrar o movimento - Recursos audio-visuais - Demonstrações Enfatizar a importância desse fundamento no jogo Motivar a criança para o aprendizado 2. Sequência pedagógica Das partes para o todo As partes são acrescentadas uma a uma Surgimento de respostas diferentes Importância do conhecimento de resultados Diversificar estímulos Fornecer reforços positivos Evitar grande número de repetições 3. Exercícios educativos e/ou formativos Educativos: visam as correções de imperfeições de execuções técnicas Formativos: buscam o desenvolvimento de capacidades motoras, cuja ausência compromete a boa execução técnica da habilidade motora 4. Automatização Repetição sistematizada do movimento, de forma a permitir a sua incorporação ao repertório motor do aprendiz. Iniciar com situações bem estáticas, e ir aos poucos aumentando a variabilidade do ambiente e a complexidade da tarefa. 5. Aplicação: Criar, progressivamente, maior complexidade à dinâmica do jogo: ex em forma de jogo, jogos adaptados e finalmente o jogo completo. Fazer com que as habilidades motoras utilizadas para solucionar as “situações problemas” sejam cada vez mais abertas Oportunidade de unir, de forma otimizada, a habilidade que está sendo ensinada, àquelas aprendidas anteriormente Processo progressivo-associativo À medida em que a aprendizagem dos fundamentos progride, associam-se, na fase de aplicação do fundamento que está sendo aprendido, os fundamentos ensinados anteriormente. Isso possibilita que os fundamentos já aprendidos não sejam esquecidos. Ao término da aprendizagem de todos os fundamentos, eles estarão sendo aplicados em situação de jogo, que é o objetivo da aprendizagem. A partir de que idade a criança estará apta a passar por esse processo de aprendizagem das técnicas do voleibol? Idade biológica Bojikian,L.P., 2006 Gallahue, 2001 Habilidades motoras especializadas São padrões motores fundamentais maduros que foram refinados e combinados para formar habilidades esportivas e outras habilidades complexas. Bojikian,L.P., 2006 Gallahue, 2001 O momento ideal para a aprendizagem das técnicas do voleibol depende dos aspectos: Maturação biológica Desenvolvimento motor Desenvolvimento social Desenvolvimento cognitivo Capacidades coordenativas No início da puberdade ( 10/12 anos) as crianças em geral estarão prontas para a aprendizagem correta das técnicas do voleibol Elaboração do planejamento de trabalho Importância do trabalho com as capacidades físicas Capacidades Motoras do Grupo I Equilíbrio Capacidade de antecipação Coordenação global Coordenação viso-motora Força de braços Força de pernas Força da musculatura das mãos Força de partida e explosiva dos M. Inferiores Capacidades Motoras do Grupo II Equilíbrio Coordenação global Coordenação viso-motora Força rápida de braços Força Explosiva de pernas Força dos dorsais Força dos abdominais e peitorais Força da musculatura da cintura escapular (bloqueio) Força da musculatura das mãos (Bloqueio) Velocidade de braço Capacidades Motoras do Grupo III Velocidade de reação Velocidade de aceleração Capacidade de antecipação Agilidade Força Explosiva de pernas (impulsão horizontal) Força abdominal Força dorsal Flexibilidade generalizada Exemplo de planejamento da aprendizagem HABILIDADE MOTORA POSIÇÃO BÁSICA E MOVIMENTAÇÃO TOQUE MANCHETE SAQUE POR BAIXO SAQUE POR CIMA CORTADA BLOQUEIO DEFESA MERGULHO ROLAMENTO METODOLOGIA PARA CADA FUNDAMENTO SERÁ APLICADO UM PROCESSO METODOLÓGICO PRÓPRIO, ONDE A FASE DE APLICAÇÃO GARANTA A RELAÇÃO ENTRE ELES NÚMERO DE AULAS 1 -2 5 - 7 3 - 4 1 - 2 2 - 3 5 - 7 4 - 5 2 - 3 2 - 3 2 - 3 GRUPO GRUPO I GRUPO II GRUPO III PREPARAÇÃO FÍSICA ESPECÍFICA DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS REQUERIDAS PELOS FUNDAMENTOS QUE COMPÔEM O GRUPO I DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS REQUERIDAS PELOS FUNDAMENTOS QUE COMPÔEM O GRUPO II DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS REQUERIDAS PELOS FUNDAMENTOS QUE COMPÔEM O GRUPO III PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES RESPONSÁVEIS PELA AQUISIÇÃO DE UMA BOA FORMAÇÃO FÍSICA DE BASE (CRIANÇAS), CRESCIMENTO HARMONIOSO, E CONDIÇÃO ORGÂNICA E GERAL QUE LEVE OS INDIVÍDUOS A GOZAREM DE SAÚDE Plano de aula Objetivos - devem ser definidos a partir do planejamento geral. - Devem abordar aspectos atitudinais, conceituais e procedimentais. Aquecimento - Deve ter relação com os objetivos. Deve ser aproveitado para trabalhar capacidades coordenativas e realizar uma transferência de aprendizagem Parte principal ou desenvolvimento da aula - Os exercícios desta etapa devem ter uma progressão de dificuldade e priorizar a participação de todos. Encerramento ou parte final - deve ser realizada também uma avaliação com os alunos.
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