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Teleinformática e Redes I Comunicação de Dados e Representação de Sinais Analógicos e Digitais Aula 03 Profa. Priscila Solís Barreto Bits, números e informação Bit: numero com valor 0 ou 1 n bits: representação digital para 0, 1, … , 2n Byte ou Octeto, n = 8 Palavra, n = 16, 32, ou 64 n bits permitem a numeração de 2n possibilidades Campo n-bit no cabeçalho Representação de n-bits de uma amostra de voz Mensagem consistente de n bits O número de bits requeridos para representar uma mensagem é a medida do seu conteúdo de informação Mais bits → Mais conteúdo 2 Bloco vs. Informação de Stream Bloco Informações que ocorrem em um único bloco Mensagem de texto Arquivo de dados Imagem JPEG Arquivo MPEG Tamanho = Bits / bloco ou bytes/bloco 1 Kbyte = 210 bytes 1 Mbyte = 220 bytes 1 Gbyte = 230 bytes Stream Informação que é produzida e transmitida continuamente Voz tempo real Streaming vídeo Taxa de bits= bits / seg 1 kbps = 103 bps 1 Mbps = 106 bps 1 Gbps =109 bps 3 Receptor Canal de Comunicação Transmissor Visão Abstrata da Transmissão de Dados Propriedades do canal de comunicação: Largura de banda Atraso de propagação e transmissão Jitter Perdas/Erros Buffer 4 Atraso de Transmissão Uso de compressão para reduzir L Uso de modem rápido para aumentar R Colocar servidores mais próximos para reduzir d L Numero de bits na mensagem R bps Taxa de transmissão do sistema digital em bps L/R Tempo para transmitir a informação tprop Tempo para que o sinal propague pelo do meio d Distância em metros c Velocidade da luz (3x108 m/s) Delay = tprop + ttrans = d/c + L/R (segundos) 5 Compressão Informação normalmente não representada de forma eficiente Algoritmos de compressão de dados Representa a informação usando menos bits Sem ruido: informação original recuperada de forma exata E.g. zip, compress, GIF, fax Ruidoso: recuperar informação aproximadamente JPEG Balanço entre # bits e qualidade Relação da compressão #bits (arquivo orginal) / #bits (arquivo comprimido) 6 Informação de Stream Um sinal de voz de tempo real deve ser digitalizado e transmitido conforme é produzido O nível de um sinal analógico varia continuamente não tempo 7 Exemplo CD Largura de banda de 22KHz Cada amostra tem 16bits e ou sinal é amostrado a 44.000 amostras/seg Em um sistema stereo (com dois canais): 44.000 amostas/seg * 16 bits/amostra x 2 canais=1.4 Mbps Uma hora (3600s) de música = 633.600.000 bits ou aprox. 604 Mbytes de informação 8 Um sistema de transmissão Transmissor Converte informação em um sinal adequado para transmissão Injeta energia no meio de comunicacação ou canal O telefone converte voz em corrente elétrica Fax Modens converte bits em tons audíveis (até 4khz) Receptor Recebe energia do meio Converte o sinal recebido de forma adequada para ser entregue ao usuário Telefone converte corrente em voz Modem converte tons em bits Receptor Canal de comunicação Transmissor 9 Problemas de Transmissão Canal de Comunicação Par de fios de cobre Cabo coaxial Ondas de Radio (ar) Luz em fibra óptica Luz no ar Infravermelho Problemas na Transmissão Atenuação do sinal Distorção do sinal Ruído Interferência de outros sinais Sinal Transmitido Sinal Recebido Receptor Canal de Comunicação Transmissor 10 Comunicações Analógicas de Longa Distância Cada repetidor restaura o sinal analógico à sua forma original A restauração é imperfeita A Distorção não é completamente eliminada O Ruído e interferências são parcialmente removidos A qualidade do sinal diminui com ou número de repetidores As comunicações são limitadas na distância Ainda utilizado em sistemas analógicos de TV a cabo Analogia: Copiar uma música usando um gravador de fita Fonte Destinatário Repetidor Segmento de transmissão Repetidor . . . 11 Na transmissão digital todos os detalhes devem ser reproduzidos Enviado Enviado Recebido Recebido • Exemplo: telefonia digial, audio CD Na transmissão digital somente níveis discretos devem ser reproduzidos • Exemplos: AM, FM, TV aberta Transmissão Analógica versus Digital Canal de comunicação d metros 0110101... 0110101... 12 Fonte Repetidor Receptor Repetidor Segmento de Transmissão Em um canal de comunicação Sinal atenuado com distorção e ruído Equalizador Sinal recuperado + Ruído residual Repetidor Amp. 13 Analógico vs. Transmissão Digital Transmissão analógica : todos os detalhes devem ser produzidos de forma precisa Enviado Enviado Recebido Recebido Distorção Atenuação Transmissão Digital : somente níveis discretos devem ser reproduzidos Distorção Atenuação Receptor simples: O pulso original era positivo ou negativo? 14 Comunicações Digitais de Longa Distancia O regenerador recupera a sequência original de dados e a transmite ao segmento seguinte Projetado para que a probabilidade de erro seja pequena Cada regeneração é como a primeira transmissão! Comunicação é possível em distâncias muito longas Sistemas digitais vs. sistemas analógicos Menos potência, maiores distâncias, menor o custo do sistema Monitoramento, multiplexação, codificação, encriptação, protocolos … Fonte Destino Regenerador Segmento de transmissão Regenerador . . . 15 Repetidor Digital Amplifier Equalizer Timing Recovery Decision Circuit & Signal Regenerator 16 Digitalização de um Sinal Analógico Amostrar o sinal analógico em tempo e amplitude Encontrar a melhor aproximação D/2 3D/2 5D/2 7D/2 -D/2 -3D/2 -5D/2 -7D/2 Sinal original valor amostragem Aproximação Rs = Taxa de bits = nº de bits/amostra X nº de amostras/seg 3 b it s / s a m p le 17 Taxa de bits de um sinal digitalizado Largura de banda Ws Hertz: a velocidade da variação do sinal Largura de banda mais alta → amostrar mais frequentemente Taxa mínima de amostragem = 2 x Ws Precisão da representação : intervalo de aproximação de erro Maior precisão → menor espaçamento entre valores de aproximação → mais bits por amostra 18 Exemplo: Voz & Audio Voz no telefone Ws = 4 kHz → 8000 amostras/sec 8 bits/amostra Rs=8 x 8000 = 64 kbps Telefones celulares usam algoritmos mais poderosos de : 8-12 kbps CD Audio Ws = 22 kHertz → 44000 amostras/seg 16 bits/amostra Rs=16 x 44000= 704 kbps por canal de audio MP3 usa algoritmos mais poderosos de compressão : 50 kbps por canal de audio 19 Transmissão de Informação de Stream Taxa constante de bits Sinais tais como a voz digitalizada produzem um stream estável : ex. 64 kbps A rede deve suportar a transmissão estável do sinal, isto é, circuitos de 64 kbps Taxa variável de bits Os sinais tais como vídeo digitalizado e comprimidos produzem stream que variam a taxa de bits, de acordo com a movimentação e detalhe na cena A rede deve suportartaxa de transmissão variável do sinal: ex. comutação de pacotes ou suavização da taxa com circuito de taxa constante de bits (traffic shaping) 20 Qualidade de Serviço de Stream Problemas na transmissão de rede: Atraso: A informação é entregue no tempo certo? Jitter: A informação é entregue suficientemente ‘suavizada’? Perda: A informação é entregue sem perdas? Se ocorrem perdas, a qualidade do sinal é aceitável? Aplicações e protocolos de aplicação são desenvolvidos para lidar com estes problemas 21 Digitalização de Sinais Analógicos 1. Amostragem: obter amostras de x(t) em intervalos uniformes de tempo 2. Quantização: mapear cada amostra em um valor de aproximação finita Pulse Code Modulation (PCM): conversa de telefone CD audio 3. Compressão: para diminuir mais a taxa de bits, aplica-se um método adicional de compressão Coding diferencial: conversa telefonia celular Codificação Subband : MP3 audio 22 Taxa de Amostragem e Largura de Banda Um sinal que varia mais rapidamente precisa ser amostrada mais frequentemente Largura de Banda mede a velocidade de variação do sinal Que é a largura de banda de um sinal ? Como se relaciona a largura de banda com a taxa de amostragem? 1 ms 1 1 1 1 0 0 0 0 . . . . . . t x2(t) 1 0 1 0 1 0 1 0 . . . . . . t 1 ms x1(t) 23 Canal t t Aincos 2ft Aoutcos (2ft + (f)) Aout Ain A(f) = Caraterização do Canal: Domínio da Frequência 24 1 0 0 0 0 0 0 1 . . . . . . t 1 ms O pulso 25 Canal t 0 t h(t) td Caraterização do Canal Domínio do Tempo 26 Introdução a Séries de Fourier A análise de Fourier foi introduzida em 1822 no trabalho “Théorie analyitique du chaleur” para tratar da solução de problemas de valores na fronteira e na condução do calor. Mais de século e meio depois as aplicações desta teoria são amplas: Sistemas Lineares, Comunicações, Física moderna, Eletrônica, Óptica, Processamento de Sinais, entre muitas outras. 27 Funções Periódicas Uma Função Periódica f(t) tem a seguinte propriedade para todo valor de t: f(t)=f(t+T) A constante mínima para o qual se cumpre a propriedade anterior é chamado do período (T) da função. Aplicando ciclicamente a propriedade pode-se obter: f(t)=f(t+nT), onde n=0,1, 2, 3,... 28 Funções Periódicas Exemplo: ¿Cuál é o período da função Solução.- Se f(t) é periódica então: Mas cos(x+2k)=cos(x) para qualquer inteiro k, então para manter a igualdade é necessário que T/3=2k1, T/4=2k2 Ou seja , T = 6k1 = 8k2 onde k1 e k2 são inteiros, O valor mínimo de T se obtém com k1=4, k2=3, ou seja,T=24 f(t) cos( t3) cos( t 4 ) f(t T) cos( tT3 ) cos( tT 4 ) f(t) cos( t3) cos( t 4 ) 29 Funções Periódicas Gráfico da função 0 50 100 150 200 -3 -2 -1 0 1 2 3 f(t)=cos(t/3)+cos(t/4) t f( t) 24 T f(t) cos( t3) cos( t 4 ) 30 Funções Periódicas Poderíamos pensar que qualquer soma de funções seno e coseno produz uma função periódica. Isto não é assim, por exemplo, consideremos a função f(t) = cos(w1t)+cos(w2t). Para que seja periódica precisamos encontrar dois inteiros m, n tais que w1T= 2m, w2T=2n onde Ou seja, a relação w1/ w2 deve ser um número racional. w1 w 2 m n 31 Series de Fourier. 32 Funções Periódicas Exemplo: a função cos(3t)+cos(+3)t não é periódica, já que não é um número racional. w1 w 2 3 3 0 5 10 15 20 25 30 -2 -1 0 1 2 f(t)=cos(3t)+cos((3+pi)t) t f( t) Funções Periódicas Tarefa 1 : Encontrar o período das seguintes funções, se é que são periódicas: 1) f(t) = sen(nt), onde n é um inteiro. 2) f(t)= sen2(2t) 3) f(t)= sen(t)+sen(t+/2) 4) f(t)= sen(w1t)+cos(w2t) 5) f(t)= sen(2 t) 33 Série Trigonométrica de Fourier Algumas funções periódicas f(t) de período T podem expresar-se pela seguinte série, chamada Série Trigonométrica de Fourier f(t) = ½ a0 + a1cos(w0t)+a2cos(2w0t)+... + b1sen(w0t)+b2sen(2w0t)+... onde w0=2/T. e, ])tn(senb)tncos(a[a)t(f 1n 0n0n02 1 ww 34 Série Trigonométrica de Fourier É possível escrever de uma maneira ligeramente diferente a Série de Fourier, se observamos que o termo ancos(nw0t)+bnsen(nw0t) se pode escrever como Podemos encontrar uma maneira mais compacta para expressar estes coeficientes pensando em um triângulo retângulo: an 2 bn 2 an an 2 bn 2 cos(nw 0t) bn an 2 bn 2 sen(nw 0t) 35 Série Trigonométrica de Fourier Dessa forma, temos que : an an 2 bn 2 cosn bn an 2 bn 2 senn an bn 2 n 2 nn baC n )tn(sensen)tncos(cosC 0n0nn ww )tncos(C n0n -w 36 Série Trigonométrica de Fourier Se também definimos C0=a0/2, a série de Fourier pode-se escrever como Assim, e -w 1n n0n0 )tncos(CC)t(f 2 n 2 nn baC - n n1 n a b tan 37 Série Trigonométrica de Fourier Tarefa 2: Definir adequadamente os coeficientes C0, Cn e n, de maneira que a série de Fourier se possa escrever como f (t) C0 Cn sen(nw 0t n ) n1 38 Componentes e harmônicos Assim, uma função periódica f(t) pode-se escrever como a soma de componentes sinusoides de diferentes frequências wn=nw0. A componente sinusoide de frequência nw0 de Cncos(nw0t+n) é chamada de n-éssimo harmônico de f(t). O primero harmônico (n=1) é o componente fundamental e seu período é o mesmo que o de f(t) A frequência w0=2f0=2/T é a frequência angular fundamental. 39 Componentes e harmônicos A componente de frequência zero C0, é o componente de corrente direta (cd) e corresponde ao valor médio f(t) em cada período. Os coeficientes Cn e os ângulos n são respectivamente as amplitudes e os ângulos de fase dos harmônicos. 40 Series de Fourier. 41 Componentes e harmônicos Exemplo: A função Como foi mostrado tem um período T=24, sua frequência fundamental é w0=1/12 rad/seg. Componente fundamental é da forma: 0*cos(t/12). Terceiro harmônico: cos(3t/12)=cos(t/4) Quarto harmônico: Cos(4t/12)=cos(t/3) 0 50 100 150 200 -3 -2 -1 0 1 2 3 f(t)=cos(t/3)+cos(t/4) t f( t) 24 f(t) cos( t3) cos( t 4 ) Series de Fourier. 42 Componentes e harmônicos Exemplo: Como pode-se ver, a função anterior tem tantas partes positivas como negativas, então seu componente de cd é zero, em vez 0 50 100 150 200 -3 -2 -1 0 1 2 3 f(t)=1+cos(t/3)+cos(t/4) t f( t) 24 f(t) 1 cos( t3) cos( t 4 ) Têm tantas partes acima como abaixo de 1 então, seu componente de cd é 1. Componentes e harmônicos Tarefa 3 Qual é a componente fundamental, de harmônicos diferentes de zero e o componente DC de: a) f(t) = sen2t b) f(t) = cos2t ? Mostrar o gráfico das funções e marcar nelas o período fundamental e o componente de cd.43 ortogonalidade de senos e cosenos Um conjunto de funções fk(t) são ortogonais no intervalo a<t<b se duas funções fm(t), fn(t) de tal conjunto cumprem nmparar nmpara dt na 0 (t)(t)ff b nm 44 Series de Fourier. 45 ortogonalidade de senos e cosenos Exemplo: as funções t e t2 são ortogonais no intervalo –1< t <1, pois Exemplo: As funções sen t e cos t são ortogonais no intervalo –/2< t < /2, pois 0 4 dttdttt 1 141 1 3 1 1 2 --- t 0 2 dt t cossen t 2/ 2/22/ 2/ -- tsen Cálculo dos coeficientes da série Dada uma função periódica f(t), como se calcula a série de Fourier? O primeiro passo é calcular os coeficientes a0,a1,a2,...,b1,b2,... e considerando a ortogonalidade das funções seno e coseno, o processo pode ficar mais simples. f (t) 12 a0 [an cos(nw 0t) bnsen(nw 0t) n1 ] 46 Cálculo dos coeficientes da Série Multiplicando ambos lados por cos(nw0t) e integrando de –T/2 a T/2, obtemos: Similarmente, multiplicando por sen(nw0t) e integrando de –T/2 a T/2, obtemos: Similarmente, integrando de –T/2 a T/2, obtemos: ,...3,2,1,0 )cos()( 2/ 2/ 0 2 - ndttntfa T T Tn w ,...3,2,1 )()( 2/ 2/ 0 2 - ndttnsentfb T T Tn w - 2/ 2/ 2 0 )( T T T dttfa 47 Cálculo dos coeficientes da Série O intervalo de integração não precisa ser simétrico a origem. Como a ortogonalidade das funções seno e coseno não só acontece no intervalo de –T/2 a T/2, como em qualquer intervalo que cobre um período completo: (de t0 a t0+T, com t0 arbitrário) Assim as fórmulas anteriores podem calcular em qualquer intervalo que cumpra este requisito. 48 Series de Fourier. 49 Cálculo de os coeficientes da Série Exemplo: Encontrar a Série de Fourier para a seguinte função de período T: Solução: A expressão para f(t) em –T/2<t< T/2 é 1 f(t) t . . . -T/2 0 T/2 T . . . -1 -- 2 0 para ,1 0 2 para ,1 )( T t t T tf Series de Fourier. 50 Cálculo dos coeficientes da Série coeficientes an: 0 para ,0 )( 1 )( 1 )cos()cos( )cos()( 0 2/ 0 02/ 0 0 0 2 2/ 0 0 0 2/ 0 2 2/ 2/ 0 2 - - - - - n tnsen n tnsen n dttndttn dttntfa T T T T T T T T Tn w w w w ww w Series de Fourier. 51 Cálculo dos coeficientes da Série coeficiente a0: 0 )( 0 2/ 2/ 0 2 2/ 0 0 2/ 2 2/ 2/ 2 0 - - - - - T T T T T T T T T tt dtdt dttfa Series de Fourier. 52 Cálculo dos coeficientes da Série coeficientes bn: 0 para ,))1(12 )1)(cos())cos(1( 1 )cos( 1 )cos( 1 )()( )()( 0 2/ 0 02/ 0 0 0 2 2/ 0 0 0 2/ 0 2 2/ 2/ 0 2 -- --- - - - - - n n nn n tn n tn n dttnsendttnsen dttnsentfb n T T T T T T T T Tn w w w w ww w Series de Fourier. 53 Cálculo dos coeficientes da Série Série de Fourier: Finalmente a Série de Fourier fica assim: ...)5()3()(4)( 0510310 tsentsentsentf www • Veja os harmônicos 1, 3, 5 e 7 e a soma destes termos da série para w0=p, ou seja, T=2 Cálculo dos coeficientes da Série -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Componentes da Série de Fourier t C o m p o n e n te s Soma fundamental tercer harmônico quinto harmônico septimo harmônico Cálculo dos coeficientes da Série Tarefa: Encontrar a série de Fourier para o seguinte sinal senoidal retificado de meia onda de período 2. -6 -4 -2 0 2 4 6 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Senoidal retificada de meia onda t f( t) 55 Funções Pares e ímpares Uma função (periódica ou não) é função par (ou com simetria par) se seu gráfico é simêtrico respeito ao eixo vertical, i. e. , a função f(t) é par se f(t) = f(-t) 2 f(t) t - -2 56 Funções Pares e ímpares De forma similar, uma função f(t) é função ímpar ou com simetria ímpar, se seu gráfico é simêtrico respeito à origem, ou seja, se cumpre ou seguinte: -f(t) = f(-t) 2 f(t) t - -2 57 Series de Fourier. 58 Funções Pares e ímpares Exemplo: Que funções são pares ou ímpares? f(t) = t+1/t g(t) = 1/(t2+1), Solução: Como f(-t) = -t-1/t = -f(t), então f(t) é função ímpar. Como g(-t)=1/((-t)2+1) = 1/(t2+1)=g(t), então g(t) é função par. Series de Fourier. 59 Funções Pares e ímpares Exemplo: A função h(t)=f(1+t2), onde f é uma função arbitraria, é par ou ímpar? Solução: Se g(t)= 1+t2, então h(t)=f(g(t)) Ou seja: h(-t) = f(g(-t)), Mas g(-t)=1+(-t)2 = 1+t2=g(t), finalmente h(-t)=f(g(t))=h(t), então h(t) é função par, sem importar como seja f(t). Series de Fourier. 60 Funções Pares e ímpares Exemplo: De acordo com o exemplo anterior, todas as siguientes funções são pares: h(t) = sen (1+t2) h(t) = exp(1+t2)+5/ (1+t2) h(t) = cos (2+t2)+1 h(t) = (10+t2)-(1+t2)1/2 etc... Pois todas tem a forma f(1+t2) Funções Pares e ímpares Como a função sen(nw0t) é uma função ímpar para todo n0 e a função cos(nw0t) é uma função par para todo n, é de esperar que: Se f(t) é par, sua série de Fourier não terá termos seno, então bn= 0 para todo n Se f(t) é ímpar, sua série de Fourier não terá termos coseno, então an= 0 para todo n 61 Series de Fourier. 62 Funções Pares e ímpares Por exemplo, o sinal quadrado, analisado previamente : É uma função ímpar, pois sua série de Fourier não contem termos coseno: 1 f(t) t . . . -T/2 0 T/2 T . . . -1 ...)5()3()(4)( 0510310 tsentsentsentf www Simetria de Meia Onda Uma função periódica de período T é simétrica de meia onda, se cumpre a propriedade Ou seja, no seu gráfico as partes negativas são um reflexo das positivas mas deslocadas meio período: )t(f)Tt(f 2 1 - f(t) t 63 Series de Fourier. 64 Simetria de Quarto de Onda Se uma função tem simetria de meia onda e também é função par ou ímpar, podemos dizer que tem simetria de quarto de onda par ou ímpar Exemplo: Função com simetria ímpar de quarto de onda: f(t) t Series de Fourier. 65 Simetria de Quarto de Onda Exemplo: Função com simetria par de quarto de onda: f(t) t Simetria de Quarto de Onda Tarefa 5: Que tipo de simetria tem o seguinte sinal de voltagem? f(t) t 66 Simetrias e coeficientes de Fourier simetria coeficientes Funções na série Nenhuma Senos e cosenos Par bn=0 únicamente cosenosímpar an=0 únicamente senos meia onda Senos e cosenos ímpares 2/ 0 0 4 )cos()( T Tn dttntfa w 2/ 0 0 4 )()( T Tn dttnsentfb w imparndttntf parn a T T n 2/ 0 0 4 )cos()( 0 w imparndttnsentf parn b T T n 2/ 0 0 4 )()( 0 w - 2/ 2/ 0 2 )cos()( T T Tn dttntfa w - 2/ 2/ 0 2 )()( T T Tn dttnsentfb w Simetrias e coeficientes de Fourier simetria coeficientes Funções na série Nenhuma Senos e cosenos ¼ de onda par an=0 (n par) bn=0 Só cosenos ímpares ¼ de onda ímpar an=0 bn=0 (n par) só senos ímpares - 2/ 2/ 0 2 )cos()( T T Tn dttntfa w - 2/ 2/ 0 2 )()( T T Tn dttnsentfb w )( )cos()( 4/ 0 0 8 imparn dttntfa T Tn w )( )()( 4/ 0 0 8 imparn dttnsentfb T Tn w 68 Series de Fourier. 69 simetrias e coeficientes de Fourier Por exemplo, o sinal quadrado, já analisado em um exemplo prévio: É uma função com simetria de ¼ de onda ímpar, então a sua série de Fourier só contém termos seno de frequência ímpar: 1 f(t) t . . . -T/2 0 T/2 T . . . -1 ...)t5(sen)t3(sen)t(sen4)t(f 0510310 www Fenômeno de Gibbs Se a série de Fourier para uma função f(t) se trunca para alcançar uma aproximação em soma finita de senos e cosenos, é natural pensar que a medida que agreguemos mais harmônicos, a somatoria se aproximará mais a f(t). 70 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 1 armónico 1 harmônico 71 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 3 armónicos 3 harmônicos 72 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 5 armónicos 5 harmônicos 73 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 7 armónicos 7 harmônicos 74 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 13 armónicos 15 harmônicos 75 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 50 armónicos 50 harmônicos 76 Fenômeno de Gibbs -1 -0.5 0 0.5 1 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Serie con 100 armónicos 100 harmônicos 77 Forma Complexa da Série de Fourier Consideremos a série de Fourier para uma função periódica f(t), com período T=2/w0. É possível obter uma forma alternativa usando as fórmulas de Euler: onde f (t) 12 a0 [an cos(nw 0t) bnsen(nw 0t) n1 ] cos(nw0t) 12 (e jnw 0t e- jnw 0t ) sen(nw0t) 12 j (e jnw 0t - e- jnw 0t ) 1j - 78 Forma Complexa da Série de Fourier Fazendo a substituição: E sabendo que 1/j=-j definimos: O que é coerente com a equação para bn, pois b-n=-bn, dado que a função seno é ímpar. f (t) 12 a0 [an 1 2 (e jnw 0t e- jnw 0t ) bn 12 j (e jnw 0t - e- jnw 0t ) n1 ] f (t) 12 a0 [ 1 2 (an - jbn )e jnw 0t 12 (an jbn )e- jnw 0t n1 ] c0 1 2 a0, cn 1 2 (an - jbn ), c-n 1 2 (an jbn ) 79 Forma Complexa da Série de Fourier A série pode-se escrever como Ou, Então, f (t) c0 (cne jnw 0t c-ne - jnw 0t n1 ) f (t) c0 cne jnw 0t n1 cne jnw 0t n-1 - f (t) cne jnw 0t n- 80 Forma Complexa da Série de Fourier A expressão obtida É a forma Complexa da série de Fourier e seus coeficientes cn podem ser obtidos a partir dos coeficientes an, bn, ou: Para n=0, 1, 2, 3, ... cn 1 T f (t)e - jnw 0tdt 0 T f (t) cne jnw 0t n- 81 Forma Complexa da Série de Fourier Os coeficientes cn são números complexos, e também podem-se escrever em forma polar: Obviamente, Onde: , Para todo n0, Para n=0, c0 é um número real: cn cn e j n c-n cn * cn e - j n cn 1 2 an 2 bn 2 n arctan(- bn an ) c0 1 2 a0 82 Forma Complexa da Série de Fourier Exemplo. Encontrar a forma complexa da série de Fourier para a função: Solução 1. Os coeficientes na forma trigonomêtrica (an e bn): an=0 para tudo n e 1 f(t) t . . . -T/2 0 T/2 T . . . -1 n todo para ,])1(1[2 n nn b -- 83 Forma Complexa de a Série de Fourier Podemos calcular os coeficientes cn de: Então a Série Complexa de Fourier fica cn 1 2 [an - jbn ] - j 1 2 2 n [1- (-1)n] cn - j 1 n [1- (-1) n ] f (t) 2 j(... 1 5 e - j5w 0t 13 e - j3w 0t e- jw 0t - e jw 0t - 13 e j3w 0t - 15 e j5w 0t - ...) 84 Series de Fourier. 85 Forma Complexa de a Série de Fourier Solução 2. Também podemos calcular os coeficientes cn mediante a integral - T tjn Tn dtetfc 0 1 0)( w )( 2/ 2/ 0 1 00 -- - T T tjn T tjn T dtedte ww )( 2/ 1 0 2/ 11 00 T T tjn jn T tjn jnT ee oo w w w w - - - - - )]()1[( 2/2/1 000 TjnTjnTjn Tjn eee o wwww ---- --- Series de Fourier. 86 Forma Complexa de a Série de Fourier Como w0T=2 e temos o qual coincide com o resultado já obtido. e j cos jsen )])1(1()1)1[(1 nn Tjnn o c ----- - w ])1(1[2 n Tn o j --- w ])1(1[1 n n j --- Forma Complexa da Série de Fourier Tarefa 6: Calcular os coeficientes cn para a seguinte função de período 2. a) A partir dos coeficientes an,bn b) Diretamente da integral -6 -4 -2 0 2 4 6 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 Senoidal retificada de meia onda t f( t) 87 Espectros de Frequência Discreta O gráfico da magnitude dos coeficientes cn contra a frequência angular w da componente correspondente é o espectro de amplitude de f(t). O gráfico do ángulo de fase n dos coeficientes cn contra w, é o espectro de fase de f(t). Como n só tem valores inteiros, a frequência angular w=nw0 é uma variavel discreta e os espectros mencionados são gráficos discretos. 88 Espectros de Frequência Discreta Dada uma função periódica f(t), lhe corresponde uma e somente uma série de Fourier, i. e. um conjunto único de coeficientes cn. Por isso, os coeficientes cn especificam a f(t) no domínio da frequência da mesma maneira que f(t) especifica a função no domínio do tempo. 89 Series de Fourier. 90 Espectros de Frequência Discreta Exemplo. Para a função já analisada: Encontramos Então, 1 f(t) t . . . -T/2 0 T/2 T . . . -1 cn - j 1 n [1- (-1) n ] cn 1 n [1- (-1) n ] Espectros de Frequência Discreta O espectro de amplitude:O eixo horizontal é um eixo de frequência, (n=número de harmônico = múltiplo de w0). -30 -20 -10 0 10 20 30 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 Espectro de Amplitude de f(t) n C n Frequência negativa (?) Frequência 91 Espectros de Frequência Discreta Tarefa 7 : Desenhar o espectro de amplitude para a função senoidal retificada de ½ onda. 92 Potência e Teorema de Parseval O valor médio de um sinal qualquer f(t) em um período (T) pode-se calcular como a altura de um rectângulo que tenha a mesma área que a área abaixo da curva de f(t) 1 f(t) t h=Altura média T 0 dt)t(fArea T Area=Th 93 Potência e Teorema de Parseval Pelo anterior, se a função periódica f(t) representa um sinal de voltagem ou corrente, a potencia média entregue a uma carga resistiva de 1 ohm em um período está dada por Se f(t) é periódica, também será [f(t)]2 e o valor médio em um período será o valor médio em qualquer outro período. 1 T [ f (t)] 2dt -T / 2 T / 2 94 Potência e Teorema de Parseval O teorema de Parseval nos permite calcular a integral de [f(t)]2 mediante os coeficientes com- plexos cn de Fourier da função periódica f(t): Ou também, em termos dos coeficientes an, bn: -- n n T T T cdttf 2 2/ 2/ 21 )]([ - 1 22 2 12 04 1 2/ 2/ 21 )()]([ n nn T T T baadttf 95 Potência e Teorema de Parseval Uma consequência importante do teorema de Parseval é o seguinte resultado: O valor quadrático médio de uma função periódica f(t) é igual à soma dos valores quadráticos médios de seus harmônicos, onde Cn é a amplitude do n-ésimo harmônico e C0 é o componente DC. 1 T [ f (t)] 2dt -T / 2 T / 2 C02 Cn 2 2 n1 96 Potência e Teorema de Parseval No resultado anterior é conveniente encontrar a relação entre os coeficientes complexos cn da série E os coeficientes reais Cn da série onde Cn é a amplitude do n-ésimo harmônico e C0 é o componente DC. - w n tjn n 0ec)t(f -w 1n n0n0 )tncos(CC)t(f 97 Potencia e Teorema de Parseval Por um lado E Então, e E para o harmônico Seu valor rms é então seu valor quadrático medio é Para a componente DC C0, seu valor rms é C0, então seu valor quadrático médio será C0 2. ,baC 2n 2 nn cn 1 2 an 2 bn 2 cn 1 2Cn cn 2 14 Cn 2 fn (t) Cn cos(nw0t -n) Cn / 2 Cn 2 /2 98 Series de Fourier. 99 Potência e Teorema de Parseval Exemplo. Calcular ou valor quadrático médio da função f(t): Solução. Do teorema de Parseval e do exemplo anterior então 1 f(t) t . . . -T/2 0 T/2 T . . . -1 1 T [ f (t)] 2dt -T / 2 T / 2 cn 2 n- cn 1 n [1- (-1) n ] cn 2 n- 8 2 1 1 9 1 25 1 49 ... Series de Fourier. 100 Potencia e Teorema de Parseval A série numérica obtida converge a então, Como era de esperarse. Então, que significa essa convergência ? 1 1 9 1 25 1 49 ...1.2337 1 T [ f (t)] 2dt -T / 2 T / 2 cn 2 n- 8 2 (1.2337) 1 Potencia e Teorema de Parseval Tarefa 8 Calcular o valor quadrático médio para o sinal senoidal retificado de meia onda de período 2. Para que serve a relação entre a potência média de um sinal periódico com os seus coeficientes de Fourier ? 101 Exemplo Determinar as linhas espectrais para a função periódica f(t), dada por um trem de pulsos retangulares de amplitude 1 e de duração d= 0.05 s, cujo período é de T=0,25 s -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 102 Exemplo Esta função pode ser modelada matematicamente por: T/2td/2-d/2,tT/2- se 0 d/2td/2- se 1 )t(f 103 Exemplo Aplicando-se a definição dos coeficientes complexos da série de Fourier, tem-se que: x onde T dn c T d T dn T dn T d c Assim Td n d n T d d nj ee T d ee jnT jn e T dte T dtetf T c n d jn d jnd jn d jn d d d d tjn tjn T T tjn n w w w w w w ww ww w ww x)sin( sinc(x) ), . (sin. .. ) .. sin( :, 2 mas 2 ) 2 sin( 2 ..2 1 . 1 1 .1 1 ).( 1 0 0 0 0 22) 2 ( 2 0 2 2 2 2 0 2 2 00 00 0 00 - - - - - --- - - - - - - 104 Exemplo Aplicando as condições do problema, onde T=0,25 s e d=0,2 s, tem-se que .2,0.n )2,0.n(sin2,0 cn -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 -0.1 -0.05 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 105 As tarefas 1 a 8 Devem ser feitas para praticar. 106 Espectro & Largura de Banda Espectro de um sinal : magnitude das amplitudes como função da frequência x1(t) varia mais rápido não tempo e tem conteúdo mais alto de frequencia que x2(t) A largura de banda Ws é definida como ou intervalo de frequencias em que ou sinal tem uma potencia significante, ou seja, ou intervalo da banda que contém 99% da potencia total do sinal 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 frequency (kHz) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 frequency (kHz) Espectro de x1(t) Espectro de x2(t) 107
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