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ADMINISTRAÇÃO GERAL 
Módulo CESPE 
 
 
CONCURSO: Ministério do Trabalho e Emprego 
CARGO: Auditor-Fiscal do Trabalho 
PROFESSOR: Adriel Monteiro 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, 
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
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realizando sua matrícula individualmente no site concurseiro24horas.com.br 
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Prof. Adriel Monteiro 
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AULA INAUGURAL 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..........................................................................................................3 
2. CRONOGRAMA DE AULAS ................................................................................................................6 
3. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO. PRINCIPAIS ABORDAGENS DA 
ADMINISTRAÇÃO ..........................................................................................................................................8 
4. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO .............................................................9 
4.1 ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA .............................................................................................. 14 
4.2 TEORIA CLÁSSICA ............................................................................................................................ 17 
5. ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO ............................................... 20 
5.1 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ................................................................................... 21 
6. ABORDAGEM NEOCLÁSSICA ....................................................................................................... 24 
6.1 TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................... 25 
6.2 ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS ................................................................................... 27 
7. ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO ....................................... 29 
7.1 TEORIA DA BUROCRACIA .......................................................................................................... 29 
7.2 TEORIA ESTRUTURALISTA ....................................................................................................... 34 
8. ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO ................................... 35 
8.1 TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO ............................................. 37 
8.2 TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL........................................ 38 
9. ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................ 44 
9.1 TEORIA DOS SISTEMAS ............................................................................................................... 45 
10. ABORDAGEM CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO ...................................... 50 
10.1 TEORIA DA CONTINGÊNCIA ................................................................................................. 50 
11. QUESTÕES EXTRAS .......................................................................................................................... 55 
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 86 
13. QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA ............................................................................. 88 
 
 
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1. Considerações Iniciais 
Olá, concursandos de todo o Brasil! 
O presente curso é voltado especificamente para o próximo concurso de Auditor 
Fiscal do Trabalho. Estamos lançando o módulo pré-edital e, considerando a 
indefinição da banca para esse certame, vamos abordar assuntos que 
compreendem conteúdos tanto do edital da banca ESAF (2009) quanto da banca 
CESPE (2013). 
Não podemos aguardar o edital, já que a prova desse concurso é enorme. 
As provas das bancas ESAF e CESPE são construídas com base em diversas 
literaturas especializadas e, hoje, até em artigos publicados na internet. Lançar 
um material teórico dessa envergadura não é assim algo fácil, da noite para o 
dia. Dizemos isso porque nosso material de Administração tem sido preparado 
desde o final de 2013, com muita pesquisa atualizada sobre os assuntos e as 
bibliografias que as bancas têm cobrado. 
Mas Professor, e o material em pdf? É suficiente? 
Os alunos, infelizmente, prezam por materiais mais resumidos, sintéticos, direto 
ao ponto. E, dentro de uma lógica empresarial, os Professores acabam traduzindo 
a tendência (passada) das ilustres organizadoras, com materiais objetivos, 
pragmáticos. Se a tendência se perpetuar, o Professor se consagra entre os 
concursandos. Se a biruta tomar vento de Sudoeste, o material do Professor não 
será suficiente, e, portanto, perderá as graças dos concursandos. 
Temos a plena convicção de que esse material será suficiente para mais de 
90% das questões de sua prova. Ao lado do nosso material teórico, o aluno 
recebe uma grande quantidade de questões das bancas ESAF e CESPE, 
rigorosamente classificadas dentro dos assuntos cobrados pelos editais. 
Novamente, ressaltamos que as aulas deste curso são preparadas de acordo com 
os melhores e mais utilizados livros e trabalhos doutrinários das disciplinas de 
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Administração, além de algumas dissertações de mestrado e teses de doutorado, 
também referenciadas pelas bancas organizadoras. 
Uma questão imperiosa é dizer que a disciplina de Administração não é uma 
disciplina codificada, ou seja, é imensa e com diversas posições estritamente 
doutrinárias, o que nos leva a considerar uma infinidade de autores utilizados 
pelas bancas. 
A ideia do nosso material não é criar a disciplina, mas sim organizá-la para 
simplificar os seus estudos. Sentimos também a necessidade de citarmos todas 
as referências bibliográficas utilizadas, eis que isso favorece desde a assimilação 
dos autores mais “queridos” pelas bancas até o fornecimento de subsídio teórico 
para possíveis recursos de questões objetivas. 
Então, amigos(as), nosso propósito é encurtar o seu caminho da aprovação! 
Esse curso abordará, de forma detalhada, a seguinte EMENTA: 
1. Evolução da administração. 1.1. Principais abordagens da administração 
(clássica até contingencial). 1.2. Evolução da administração pública no 
Brasil (após 1930); reformas administrativas; a nova gestão pública. 2. 
Processo administrativo. 2.1. Funções de administração: planejamento, 
organização, direção e controle. 2.2. Processo de planejamento. 2.2.1. 
Planejamento estratégico: visão, missão e análise SWOT. 2.2.2. Análise 
competitiva e estratégias genéricas. 2.2.3. Redes e alianças. 2.2.4. 
Planejamento tático. 2.2.5. Planejamento operacional. 2.2.6. 
Administração por objetivos. 2.2.7. Balanced scorecard. 2.2.8. Processo 
decisório. 2.3. Organização. 2.3.1. Estrutura organizacional. 2.3.2. Tipos 
de departamentalização: características, vantagens e desvantagens de 
cada tipo. 2.3.3. Organização informal.2.3.4. Cultura organizacional. 2.4. 
Direção. 2.4.1. Motivação e liderança. 2.4.2. Comunicação. 2.4.3. 
Descentralização e delegação. 2.5. Controle. 2.5.1. Características. 2.5.2. 
Tipos, vantagens e desvantagens. 2.5.3. Sistema de medição de 
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desempenho organizacional. 3. Gestão de pessoas. 3.1. Equilíbrio 
organizacional. 3.2. Objetivos, desafios e características da gestão de 
pessoas. 3.3. Gestão por Competências 3.3.1. Objetivos, características e 
vantagens. 3.4. Gestão de desempenho. 4. Gestão da qualidade e modelo 
de excelência gerencial. 4.1. Principais teóricos e suas contribuições para a 
gestão da qualidade. 4.2. Ferramentas de gestão da qualidade. 4.3. Modelo 
da fundação nacional da qualidade. 4.4. Modelo de gespublica. 5. Gestão 
de projetos. 5.1. Elaboração, análise e avaliação de projetos. 5.2. Principais 
características dos modelos de gestão de projetos. 5.3. Projetos e suas 
etapas. 6. Gestão de processos. 6.1. Conceitos da abordagem por 
processos. 6.2. Técnicas de mapeamento, análise e melhoria de processos. 
6.3. Noções de estatística aplicada ao controle e à melhoria de processos. 
7. Legislação administrativa. 7.1 Administração direta, indireta, e 
fundacional. 7.2. Atos administrativos. 7.3. Requisição. 
Sou Professor de Direito Administrativo, Administração Pública e Administração 
Geral em cursos preparatórios presenciais e à distância. Prestei e aprovei em 
alguns concursos públicos; prestei e reprovei em outros - a vida de concursando 
é assim, nem sempre se ganha! Sou servidor do Ministério Público da União - 
área administrativa. Formado em Administração pela Universidade Federal de 
Santa Catarina, possuo especialização em Gestão Pública. Fui militar das Forças 
Armadas por 11 anos, atuando em diversas áreas, tais como, Recursos Humanos, 
Comunicação Social e Licitações e Contratos. Também atuo orientador de grupos 
focais de estudos. 
Estaremos lançando, em janeiro de 2015, o Manual 3D de Direito Administrativo 
para concursos, pela Editora Método. 
Forte abraço a todos! 
Adriel Monteiro. 
https://www.facebook.com/professoradrielmonteiro 
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2. Cronograma de Aulas 
 
Aula Data Conteúdo 
Inaugural 18/12/2014 
1. Evolução da administração. 1.1. Principais 
abordagens da administração (clássica até 
contingencial). 
2 03/01/2015 
1.2. Evolução da administração pública no Brasil 
(após 1930); reformas administrativas; a nova 
gestão pública. 
3 10/01/2015 
2. Processo administrativo. 2.1. Funções de 
administração: planejamento, organização, direção 
e controle. 2.2. Processo de planejamento. 2.2.1. 
Planejamento estratégico: visão, missão e análise 
SWOT. 2.2.2. Análise competitiva e estratégias 
genéricas. 2.2.3. Redes e alianças. 2.2.4. 
Planejamento tático. 2.2.5. Planejamento 
operacional. 
4 17/01/2015 
2.2.6. Administração por objetivos. 2.2.7. Balanced 
scorecard. 2.2.8. Processo decisório. 
5 24/01/2015 
2.3. Organização. 2.3.1. Estrutura organizacional. 
2.3.2. Tipos de departamentalização: 
características, vantagens e desvantagens de cada 
tipo. 2.3.3. Organização informal. 2.3.4. Cultura 
organizacional. 
6 31/01/2015 
2.4. Direção. 2.4.1. Motivação e liderança. 2.4.2. 
Comunicação. 2.4.3. Descentralização e delegação. 
2.5. Controle. 2.5.1. Características. 2.5.2. Tipos, 
vantagens e desvantagens. 2.5.3. Sistema de 
medição de desempenho organizacional. 
7 07/02/2015 
3. Gestão de pessoas. 3.1. Equilíbrio 
organizacional. 3.2. Objetivos, desafios e 
características da gestão de pessoas. 
8 14/02/2015 
3.3. Gestão por Competências 3.3.1. Objetivos, 
características e vantagens. 3.4. Gestão de 
desempenho. 
9 21/02/2015 4. Gestão da qualidade e modelo de excelência 
gerencial. 4.1. Principais teóricos e suas 
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contribuições para a gestão da qualidade. 4.2. 
Ferramentas de gestão da qualidade. 4.3. Modelo 
da fundação nacional da qualidade. 4.4. Modelo de 
gespublica. 
10 28/02/2015 
5. Gestão de projetos. 5.1. Elaboração, análise e 
avaliação de projetos. 5.2. Principais características 
dos modelos de gestão de projetos. 5.3. Projetos e 
suas etapas. 
11 07/03/2015 
6. Gestão de processos. 6.1. Conceitos da 
abordagem por processos. 6.2. Técnicas de 
mapeamento, análise e melhoria de processos. 6.3. 
Noções de estatística aplicada ao controle e à 
melhoria de processos. 
12 14/03/2015 
7. Legislação administrativa. 7.1 Administração 
direta, indireta, e fundacional. 
13 21/03/2015 7.2. Atos administrativos. 7.3. Requisição. 
14 28/03/2015 Revisão em exercícios – parte 1 
15 07/04/2015 Revisão em exercícios – parte 2 
 
 
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3. Evolução da administração. Principais abordagens da administração 
(clássica até contingencial) 
Apesar de ser a aula demonstrativa, esse assunto é um pouco extenso. Para 
explanação dos nossos estudos sobre as diversas teorias administrativas 
desenvolvidas no âmbito da Administração Geral, vamos nos utilizar das diversas 
concepções apresentadas pela doutrina, mas principalmente aquelas idealizadas 
por Idalberto Chiavenato em sua obra "Introdução à teoria geral da 
administração: uma visão abrangente da moderna administração das 
organizações". Isso porque esse autor tem sido, de longe, a preferência 
bibliográfica das bancas organizadoras de concursos públicos sobre o tema. 
De início, precisamos compreender que teorias são elaboradas a partir da 
observação de práticas e realidades existentes, em determinados 
ambientes. Formam-se hipóteses e comprova-se ou nega-se a existência delas. 
Isso quer dizer que teoria e prática estão relacionadas, ao passo que a prática é 
o que inspira à formação teórica. O que não existe são teorias absolutas, verdades 
absolutas. 
Na evolução de cada teoria administrativa, observou-se e observa-se os 
elementos que conduzem indivíduos a se agruparem em razão de objetivos 
comuns. 
É dentro de cada uma dessas teorias que praticamente todos os assuntos da 
disciplina de Administração estão inseridos, tais como motivação, liderança, 
equilíbrio organizacional, dentre outros. Ou seja, cada uma das teorias 
desenvolvidas possuem utilização atualmente em alguns de seus 
aspectos. 
Pois bem! Nessas teorias administrativas podemos constatar dois tipos de 
abordagens de estudo: a abordagem prescritiva e normativa e a abordagem 
descritiva e explicativa. 
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A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em 
prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em 
todas as circunstâncias para que o administradorpossa ser bem sucedido. 
É uma abordagem com receitas antecipadas, soluções enlatadas e princípios 
normativos que regem o “como fazer” as coisas dentro das organizações. 
Essa perspectiva visualiza a organização como ela deveria funcionar ao 
invés de explicar o seu funcionamento. É a abordagem utilizada, por exemplo, 
nas teorias Clássica, das Relações Humanas e Neoclássica. 
A abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer como o 
administrador deverá lidar com as organizações, descreve, analisa e explica as 
organizações, a fim de que o administrador escolha a maneira apropriada de lidar 
com elas, levando em conta sua natureza, tarefas, participantes, problemas, 
situação, restrições etc., aspectos que variam intensamente. 
 
Com essa ideia inicial, damos início ao estudo de cada uma dessas teorias que 
influenciaram e continuam influenciando a gestão das organizações. 
4. Abordagem Clássica da Administração 
No início do século XX, dois personagens se destacam nos primeiros trabalhos 
pioneiros a respeito da Administração: 
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o Um americano (América do Norte) chamado Frederick Winslow Taylor, 
que iniciou a chamada Escola da Administração Científica, preocupada 
em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do 
trabalho operário; 
 
o um turco (Europa), chamado Jules Henri Fayol Barros Zacanti, que 
desenvolveu a chamada Teoria Clássica, preocupada em aumentar a 
eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de 
princípios gerais da Administração em bases científicas. 
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Portanto, desde logo, precisamos não confundir a Abordagem Clássica com 
a Teoria Clássica. Esta insere-se no contexto daquela. Os autores e suas teorias 
(Escola Científica - TAYLOR – e Teoria Clássica - FAYOL) constituem as 
bases da chamada Abordagem Clássica da Administração. 
Vejamos o que Chiavenato (2003) escreve sobre essas duas orientações que 
diferentes e, até certo ponto, opostas entre si, complementam-se com relativa 
coerência:
 
1. De um lado, a Escola da Administração Científica, desenvolvida nos 
Estados Unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. Essa escola era formada 
principalmente por engenheiros, como Frederick Winslow Taylor (1856-1915), 
Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), 
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Harrington Emerson (1853-1931) e outros. Henry Ford (1863-1947) costuma 
ser incluído entre eles pela aplicação desses princípios em seus negócios. 
- A preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do 
aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos operários. Daí 
a ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, uma vez que as 
tarefas do cargo e o ocupante constituem a unidade fundamental da organização. 
- Nesse sentido, a abordagem da Administração Científica é uma abordagem de 
baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operário 
e seus cargos) para o todo (organização empresarial). 
- Predominava a atenção para o método de trabalho, para os movimentos 
necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão determinado para 
sua execução. 
- Esse cuidado analítico e detalhista permitia a especialização do operário e o 
reagrupamento de movimentos, operações, tarefas, cargos etc., que constituem 
a chamada Organização Racional do Trabalho (ORT). Foi, acima de tudo, uma 
corrente de ideias desenvolvida por engenheiros que procuravam elaborar uma 
engenharia industrial dentro de uma concepção pragmática. 
- A ênfase nas tarefas é a principal característica da Administração Científica. 
- Defendia a organização linear caracterizada pela ênfase à centralização da 
autoridade (atuação diretiva).
 
2. De outro lado, a corrente dos anatomistas e fisiologistas da organização, 
desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol. Essa escola, 
também chamada de "Escola dos Chefes", teve como expoentes: Henri Fayol 
(1841-1925), James D. Mooney, Lyndall F. Urwick (1891-1979), Luther Gulick e 
outros. A essa corrente chamaremos Teoria Clássica. 
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- A preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa por meio da forma 
e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e de suas 
inter-relações estruturais. Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e na 
fisiologia (funcionamento) da organização. 
- Nesse sentido, a abordagem da Corrente Anatômica e Fisiologista é uma 
abordagem inversa à da Administração Científica: de cima para baixo (da 
direção para a execução) e do todo (organização) para as suas partes 
componentes (departamentos). 
- Predominava a atenção para a estrutura organizacional, para os elementos 
da Administração, os princípios gerais da Administração e a departamentalização. 
- Esse cuidado com a síntese e com a visão global permitia a melhor maneira 
de subdividir a empresa sob a centralização de um chefe principal. Foi uma 
corrente teórica e orientada administrativamente. 
- A ênfase na estrutura é a sua principal característica. 
- Defendia a organização funcional caracterizada pela descentralização da 
autoridade (atuação participativa).
 
As origens da Abordagem Clássica da Administração remontam às 
consequências geradas pela Revolução Industrial, em especial para dois 
fatores: o crescimento acelerado e desorganizado das empresas, exigindo 
a substituição do empirismo e da improvisação por algo mais científico e a 
necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações, 
a fim de se obter o melhor rendimento possível dos recursos e fazer face à 
concorrência e à competição que se avolumavam entre as empresas. 
 
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Em uma era de mudança e instabilidade como a que atravessamos, a abordagem 
clássica mostra-se rígida, inflexível e conservadora, pois ela foi concebida em 
uma época de estabilidade e permanência (CHIAVENATO, I.. Introdução à 
teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração 
das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003). 
A Abordagem Clássica da Administração, segundo destaca Maurício Tragtenberg 
(in: Administração, poder e ideologia. São Paulo: Moraes, 1980), abrem a 
transição do capitalismo liberal para o capitalismo monopolista. Foi nesse 
ambiente de organização que grandes corporações se estabeleceram no 
monopólio do mercado e na produção em larga escala. Isto proporcionou um 
ambiente de estabilidade. 
No entanto, em que pese essa estabilidade, não houve a harmonia nas tratativas 
entre as organizações e as pessoasque nela trabalhavam - as relações 
trabalhistas se mostraram bastante limitadas. Isso ajudou as insatisfações dos 
funcionários aumentarem, abrindo espaço para contestações organizadas ao 
sistema por meio do movimento sindical. 
4.1 Administração Científica 
A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na 
ênfase colocada nas tarefas. A preocupação inicial era eliminar o desperdício 
e perdas sofridas pelas indústrias, elevando os níveis de produtividade por meio 
da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. 
 
QUESTÃO 01 - Administrador - MTE - CESPE - 2008 - O gestor público que 
se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos demais 
colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos 
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inúteis, adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da 
administração.1 
A obra de Taylor, o seu livro "Shop Management", de 1903, retratou o Estudo 
de Tempos e Movimentos (Motion-time Study), que possuía como premissas 
básicas: 
I. O objetivo da Administração é pagar salários melhores e reduzir custos 
unitários de produção. 
II. Para realizar tal objetivo, a Administração deve aplicar métodos 
científicos de pesquisa e experimentos (observação e mensuração) para 
formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o 
controle das operações fabris. 
III. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados 
em seus postos com condições de trabalho adequadas para que as normas 
possam ser cumpridas. 
IV. Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar 
suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja 
cumprida. 
V. A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial 
cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência desse 
ambiente psicológico. 
Taylor também publica outra obra, o livro "The PrincipIes of Scientific 
Management", em 1911, no qual ele expressa três males presentes nas 
organizações de sua época: 
 
1 Gabarito: CERTO. 
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I. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção acerca 
de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de 
salários pela gerência, com três causas determinantes para essa vadiagem: 
i. O engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior 
rendimento do homem e da máquina provoca desemprego. 
ii. O sistema defeituoso de Administração que força os operários à 
ociosidade no trabalho a fim de proteger seus interesses pessoais. 
iii. Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os 
quais o operário desperdiça grande parte de seu esforço e tempo. 
II. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo 
necessário para sua realização. 
III. Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho. 
 
A Administração Científica baseou-se no conceito de homo economicus, isto é, 
do homem econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como 
influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. 
Em síntese, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como 
um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona. 
Como afirmamos anteriormente, um dos expoentes dessa abordagem foi Henry 
Ford, que aplicava seus princípios em negócios efetuados pela Ford Motor Co.. 
Ford, por isso, desenvolveu três princípios visando acelerar a produção por meio 
de um trabalho ritmado, coordenado e econômico: 
► Princípio de intensificação. Diminuir o tempo de duração com a utilização 
imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto no 
mercado. 
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► Princípio de economicidade. Reduzir ao mínimo o volume do estoque da 
matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago à 
empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-
prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida. 
► Princípio de produtividade. Aumentar a capacidade de produção do homem 
no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de 
montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção. 
4.2 Teoria Clássica 
Enquanto a Administração Científica era desenvolvida nos Estados Unidos, em 
1916 surgia na Europa, originando-se na França, a Teoria Clássica da 
Administração. 
No modelo americano, temos a ênfase na tarefa realizada pelo operário. No 
modelo europeu, a ênfase era na estrutura que a organização deveria possuir 
para ser eficiente. Isso, no entanto, não quer dizer que os objetivos eram 
distintos, pois ambos os modelos buscavam a eficiência organizacional. 
Fayol, com a publicação em 1916 do livro "Administration Industrielle et 
Générale", expôs que toda empresa apresenta seis funções, a saber: 
1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da 
empresa. 
2. Funções comerciais, relacionadas com compra, venda e permutação. 
3. Funções financeiras, relacionadas com procura e gerência de capitais. 
4. Funções de segurança, relacionadas com proteção e preservação dos bens 
e das pessoas. 
5. Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, 
custos e estatísticas. 
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6. Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula 
das outras cinco funções. 
Vamos prosseguir. 
As funções administrativas, segundo Fayol, coordenam e sincronizam as 
demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. Isso não quer dizer 
que se concentra exclusivamente no topo da organização; pelo contrário, elas se 
repartem proporcionalmente por todos os níveis da hierarquia da empresa. 
As funções administrativas conhecidas contemporaneamente pelas ações de 
planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC) são oriundas do 
desenvolvimento de Fayol e sua teoria. Vejamos. 
Fayol define o ato de administrar como prever, organizar, comandar, coordenar 
e controlar. As funções administrativas envolvem os elementos 
da Administração, isto é, as funções do administrador, que para ele eram 
(POCCC): 
1. Prever: avalia o futuro e o aprovisionamento dos recursos em função dele. 
2. Organizar: proporciona tudo o que é útil ao funcionamento da empresa. 
3. Comandar: leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o 
máximo retorno de todos os empregados no interesse dos aspectos globais 
do negócio. 
4. Coordenar: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu 
trabalho e sucesso. Sincroniza coisas e ações em proporções certas e 
adapta meios aos fins visados. 
5. Controlar: consiste na verificação para certificar se tudo ocorre em 
conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os 
princípios estabelecidos. Oobjetivo é localizar as fraquezas e erros no 
intuito de retificá-los e prevenir a recorrência. 
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Outro assunto constante em provas são os 14 princípios gerais de 
Administração que Fayol desenvolveu sua teoria, quais sejam: 
Divisão do trabalho 
Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para 
aumentar a eficiência. 
Autoridade e 
responsabilidade 
Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de 
esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência 
natural da autoridade e significa o dever de prestar contas. 
Ambas devem estar equilibradas entre si. 
Disciplina 
Depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e 
respeito aos acordos estabelecidos. 
Unidade de comando 
Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É 
o princípio da autoridade única. 
Unidade de direção 
Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que 
tenham o mesmo objetivo. 
Subordinação dos 
interesses individuais 
aos gerais 
Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos 
interesses particulares das pessoas. 
Remuneração do pessoal 
Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados 
e para a organização em termos de retribuição. 
Centralização 
Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da 
organização. 
Cadeia escalar 
É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo 
em função do princípio do comando. 
Ordem 
Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem 
material e humana. 
Equidade Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 
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Estabilidade do pessoal 
A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da 
organização. Quanto mais tempo uma pessoa 
permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa. 
Iniciativa 
A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o 
seu sucesso. 
Espírito de equipe 
A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a 
organização. 
 
5. Abordagem Humanística da Administração 
A Abordagem Humanística da Administração nasce com o desenvolvimento, 
a partir de 1930, da Teoria das Relações Humanas. 
Nessa abordagem, temos a ênfase nas tarefas (Administração Científica) e na 
estrutura organizacional (Teoria Clássica) transferida para 
as pessoas integrantes das organizações. 
Chiavenato (2003) descreve que essa abordagem perpassou por duas etapas em 
seu desenvolvimento: 
a. A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho. 
Nesta primeira etapa, domina o aspecto meramente produtivo. O 
objetivo da Psicologia do Trabalho - ou Psicologia Industrial - era a análise 
das características humanas que cada tarefa exige do seu executante e a 
seleção científica dos empregados baseada nessas características por meio 
Abordagem Cássica
Administração Científica
(Taylor)
Teoria Clásica
(Fayol)
- ênfase colocada nas tarefas
- estudo de Tempos e Movimentos
- Homo economicus
- Henry Ford
- ênfase era na estrutura
- funções administrativas (POCCC)
- 14 princípios de Fayol
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de testes psicológicos. Os temas predominantes são a seleção de pessoal, 
orientação profissional, treinamento e métodos de aprendizagem, fisiologia 
do trabalho e estudo dos acidentes e da fadiga. 
b. A adaptação do trabalho ao trabalhador. Nesta etapa, a Psicologia 
Industrial está voltada para os aspectos individuais e sociais do 
trabalho, que predominam sobre os aspectos produtivos. Pelo menos em 
teoria. Os temas predominantes são o estudo da personalidade 
do trabalhador e do gerente, a motivação e os incentivos do trabalho, a 
liderança, as comunicações e as relações interpessoais e sociais dentro da 
organização. 
5.1 Teoria das Relações Humanas 
Essa teoria, comumente, é relacionada à experiência de Hawthorme, a ser 
relatada na sequência. Porém, outros fatos devem ser considerados no estudo de 
suas origens: a necessidade de humanizar e democratizar a Administração 
e o desenvolvimento das ciências humanas. 
Dito isso, vamos ao relato da experiência de Hawthorme - um bairro localizado 
na cidade americana de Chicago, Estado de Illinois. 
Essa pesquisa, que durou 5 anos, iniciou-se em 1927, na fábrica da Western 
Electric Company, com o intuito de avaliar a correlação entre iluminação e 
eficiência dos operários, medida por meio da produção. A experiência foi 
coordenada por Elton Mayo e estendeu-se à fadiga, aos acidentes no trabalho, 
à rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre 
a produtividade do pessoal. 
As conclusões sobre essa pesquisa proporcionaram os delineamentos dos 
princípios básicos da Escola das Relações Humanas (WAHRLICH, 1986): 
a. O nível de produção é resultante da integração social: é a capacidade 
social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência 
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e não sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro do tempo 
estabelecido. 
b. Comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem 
ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos. 
Como integrante do grupo, ao indivíduo é imposto punições sociais ou 
morais dos colegas, no intuito de se ajustar aos padrões do grupo. 
c. Recompensas e sanções sociais: o comportamento dos trabalhadores 
está condicionado a normas e padrões sociais. Os operários que produziram 
acima ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e 
a consideração dos colegas. As pessoas são avaliadas pelo grupo em 
relação a essas normas e padrões de comportamento. 
d. Grupos informais: diferentemente dos autores clássicos, que se 
preocupavam com aspectos formais da organização, a teoria humanista 
concentrava-se nos aspectos informais da organização, como grupos 
informais, comportamento social dos empregados, crenças, atitude e 
expectativa, motivação. 
 
QUESTÃO 02 - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - CESPE - 
2009 - Na experiência de Hawthorne, pôde-se perceber que as organizações 
informais entre grupos possuem força potencialmente mais poderosa do que lhe 
era atribuída no passado.2 
a. Relações humanas: cada pessoa possui uma personalidade própria e 
diferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras 
com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada 
pelas outras. 
 
2 Gabarito: CERTO. 
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b. Importância do conteúdo do cargo: apesar de não ser objetivo da 
pesquisa, Mayo e seus colaboradores verificaram que a especializaçãoproposta pela Teoria Clássica não cria a organização mais eficiente. Houve 
a observação de que os operários trocavam de posição para variar e evitar 
a monotonia. 
c. Ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não 
planejados e irracionais do comportamento humano merecem 
atenção especial da Teoria das Relações Humanas. Daí a denominação de 
sociólogos da organização aos autores humanistas. 
 
Com a introdução das relações humanas no ambiente organizacional, novas 
expressões começam a ser percebidas como de importância no repertório 
administrativo, dentre as quais podemos destacar: motivação, liderança, 
comunicação, organização informal, dinâmica de grupo. 
 
Enquanto a Administração Científica possuía a base de sua teoria firmada no 
conceito de homus economicus, para a Teoria das Relações Humanas a motivação 
econômica é secundária para determinar a eficiência do trabalhador; ou seja, por 
essa última teoria, as pessoas são motivadas pela necessidade de 
reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades. Assim, vigora 
na teoria das Relações Humanas o conceito de homem social. 
Scott (1967) apud Chiavenato (2003) acrescenta sete proposições que 
representam a promoção típica de práticas eficazes de relações humanas no 
trabalho: 
1. Necessidade de utilizar generalizações inter-disciplinares - utilizando 
psicologia, sociologia etc. - para orientar o administrador quanto às 
decisões a tomar. 
2. A importância da participação do empregado. 
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3. Estudo dos papéis sociais que o empregado desempenha na organização. 
4. A função da comunicação, da liderança e da motivação. 
5. A necessidade de trabalho em equipe. 
6. A constatação de que a organização é um sistema social. 
7. Desenvolvimento da habilidade do administrador em relações humanas. 
 
6. Abordagem Neoclássica 
A Abordagem Neoclássica busca redefinir a Teoria Clássica, atualizando-a e 
redimensionando-a aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das 
organizações de seu tempo. 
Segundo Koontz e O'Donnell (1976), a abordagem neoclássica baseia-se nos 
seguintes fundamentos: 
1. A Administração é um processo operacional composto por funções, como: 
planejamento, organização, direção e controle. 
2. Como a Administração envolve uma variedade de situações 
organizacionais, ela precisa fundamentar-se em princípios básicos que 
tenham valor preditivo. 
3. A Administração é uma arte que, como a Medicina ou a Engenharia, deve 
se apoiar em princípios universais. 
Abordagem Humanística
Teoria das Relações Humanas
(Elton Mayo)
- ênfase colocada nas pessoas
- experiência de Hawthorme 
- Homem social e organização informal
- comportamento em grupos
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4. Os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências 
lógicas e físicas, são verdadeiros. 
5. A cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do 
administrador. Como ciência ou arte, a teoria da Administração não precisa 
abarcar todo o conhecimento para poder servir de fundamentação científica 
aos princípios de Administração. 
 
QUESTÃO 03 (CESPE/AFCE-TCU/2008) Atualmente, não há mais espaço para 
a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus aspectos.3 
Comentários: 
Ainda com a influência das ciências comportamentais, os postulados dos autores clássicos, 
em especial de Taylor, nunca deixaram de subsistir. Discorre Chiavenato (2003) que, 
apesar de todas as críticas aos postulados clássicos e aos enfoques tradicionais da 
organização, os princípios de Administração, a departamentalização, a racionalização do 
trabalho, a estrutura linear ou funcional, enfim, a abordagem clássica nunca foi totalmente 
substituída por outra abordagem. 
6.1 Teoria Neoclássica da Administração 
Também chamada de Escola Operacional do Processo Administrativo, pela 
sua concepção da Administração como um processo de aplicação de princípios e 
de funções para o alcance de objetivos, denominava as várias funções do 
administrador, quando consideradas como um todo, de processo administrativo, 
e quando consideradas separadamente, de simples funções administrativas. 
A teoria Neoclássica vislumbrava a administração como um processo de aplicação 
de princípios e de funções para o alcance dos objetivos. 
As principais características da Teoria Neoclássica, segundo Chiavenato (2003), 
são as seguintes: 
 
3 Gabarito: ERRADO. 
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1. Ênfase na prática da administração. 
2. Reafirmação dos postulados clássicos. 
3. Ênfase nos princípios gerais de administração. 
4. Ênfase nos objetivos e nos resultados. 
5. Ecletismo nos conceitos. 
1. Ênfase na prática da administração: os autores neoclássicos 
desenvolvem seus conceitos de forma prática e utilizável, visando 
principalmente à ação administrativa. A teoria somente tem valor quando 
operacionalizada na prática. 
 
QUESTÃO 04 - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - CESPE - 2008 
- A abordagem proposta por Taylor defendia que fossem priorizados na 
administração o empirismo e a prática, dando ênfase, desse modo, ao 
pragmatismo da ponta da linha e ao conhecimento já existente nos 
trabalhadores.4 
Comentários: 
Perceba que o item traz uma característica da Teoria Neoclássica, e não da proposta de 
Taylor. Na Administração Científica, os empregados devem ser cientificamente treinados 
para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja 
cumprida. 
2. Reafirmação relativa dos postulados clássicos: a Teoria Neoclássica 
é quase como uma reação à enorme influência das ciências do 
comportamento no campo da Administração em detrimento dos aspectos 
econômicos e concretos que envolvem o comportamento das organizações. 
Os neoclássicos retomam grande parte do material desenvolvido pela 
Teoria Clássica, redimensionando-o e reestruturando-o de acordo com as 
 
4 Gabarito: ERRADO. 
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contingências da época atual, dando-lhe uma configuração mais ampla e 
flexível. 
3. Ênfase nos princípios gerais de administração: os neoclássicos 
estabelecem normas de comportamento administrativo. Os princípios de 
Administração que os clássicos utilizavam como "leis" científicas são 
retomados pelos neoclássicos como critérios elásticos para a busca de 
soluções administrativas práticas. Os administradores são essenciais a toda 
a organização dinâmica e bem-sucedida, pois devem planejar, organizar, 
dirigir e controlar as operações do negócio. 
4. Ênfase nos objetivos e nos resultados: toda organização existe, não 
para si mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em 
função dos objetivos e resultados que a organização deve ser 
dimensionada, estruturada e orientada.Isso é o que os neoclássicos 
chamam de "Administração como Técnica Social". 
5. Ecletismo da teoria neoclássica: embora se baseiem na Teoria 
Clássica, os autores neoclássicos são ecléticos, absorvendo o conteúdo de 
outras teorias administrativas mais recentes. Devido a esse ecletismo, a 
Teoria Neoclássica se afigura como uma Teoria Clássica atualizada e dentro 
do figurino eclético que define a formação do administrador na metade final 
do século XX. 
6.2 Administração por Objetivos 
A Administração por Objetivos (APO) ou Administração por Resultados (APR) 
surge em 1954 por intermédio dos postulados do austríaco Peter Ferdinand 
Drucker, considerado por muitos como o pai da APO. 
Em sua definição, a APO é uma técnica de direção de esforços por meio do 
planejamento, organização, direção e controle administrativo fundamentada no 
princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes 
definir em que negócio está atuando e aonde pretende chegar. 
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Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na base 
de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos 
organizacionais a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, 
isto é, estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar 
aqueles objetivos. 
Vejamos as características da APO na clara explanação de Idalberto Chiavenato 
(grifou-se):
 
A APO é um processo pelo qual gerentes e subordinados identificam 
objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada 
um em termos de resultados esperados e utilizam esses objetivos 
como guias para sua atividade. 
A APO é um método no qual as metas são definidas em conjunto pelo 
gerente e seus subordinados, as responsabilidades são especificadas para 
cada um em função dos resultados esperados, que passam a constituir os 
indicadores ou padrões de desempenho sob os quais ambos serão 
avaliados. Analisando o resultado final, o desempenha do gerente e do 
subordinado podem ser objetivamente avaliados e os resultados alcançados 
são comparados com os resultados esperados. 
O estabelecimento de objetivos, embora devam ser desafiadores, também 
devem ser realistas. Nesse mesmo sentido, os objetivos conferem um 
sentido real à direção, aos propósitos; logo, não devem ser 
demasiadamente fáceis. 
Embora tenha um passado autocrático, a APO funciona hoje com uma 
abordagem amigável, democrática e participativa. Ela serve de base 
para os novos esquemas de avaliação do desempenho humano, 
remuneração flexível e, sobretudo, para a compatibilização entre os 
objetivos organizacionais e os objetivos individuais das pessoas. 
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7. Abordagem Estruturalista da Administração 
A abordagem estruturalista insere o estudo da sociologia nas organizações. A 
teoria administrativa, que até o momento era introspectiva e voltada apenas para 
os fenômenos internos da organização, ganha uma nova dimensão por meio da 
abordagem estruturalista. 
Essa abordagem é dividida em: Teoria da Burocracia e Teoria Estruturalista. 
Passamos à análise de cada uma delas. 
7.1 Teoria da Burocracia 
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por voltada década de 
1940, adotando-se as concepções formuladas anteriormente pelo economista e 
sociólogo Max Weber. Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma de 
organização humana que se baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) 
pretendidos - a racionalidade, a fim de garantir a máxima eficiência possível no 
alcance desses objetivos. 
Max Weber publicou um livro denominado "A Ética Protestante e o Espírito de 
Capitalismo", no qual afirma que o moderno sistema de produção, 
eminentemente racional e capitalista se originou da "ética protestante": o 
Abordagem Neoclássica
Teoria Neoclássica
(Elton Mayo)
Administração por Objetivos
(Drucker)
- evolução das funções administraivas 
(PODC)
- ênfase na prática da administração
- objetivos e resultados
- gerentes e subordinados (objetivos)
- administração democrática
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trabalho árduo e o ascetismo proporcionando a poupança e reaplicação das 
rendas excedentes, em vez de seu dispêndio para o consumo. 
Para o autor, o capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna 
constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças 
religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes. 
Max Weber faz uma relação entre os tipos de sociedade e os tipos de autoridade: 
Tipos de sociedade Tipos de autoridade 
Sociedade tradicional: onde 
predominam características 
patriarcais e patrimonialistas, como 
a família, o clã, a sociedade medieval 
etc. 
Autoridade tradicional: quando os 
subordinados aceitam as ordens dos 
superiores como justificadas, porque 
essa sempre foi a maneira pela qual as 
coisas foram feitas. 
Sociedade carismática: onde 
predominam características místicas, 
arbitrárias e personalísticas, como 
nos grupos revolucionários, nos 
partidos políticos, nas nações em 
revolução etc. 
Autoridade carismática: quando os 
subordinados aceitam as ordens do 
superior como justificadas, por causa da 
influência da personalidade e da 
liderança do superior com o qual se 
identificam. 
Sociedade legal, racional ou 
burocrática: onde predominam 
normas impessoais e racionalidade 
na escolha dos meios e dos fins, 
como nas grandes empresas, nos 
estados modernos, nos exércitos etc. 
Autoridade legal, racional ou 
burocrática: quando os subordinados 
aceitam as ordens dos superiores como 
justificadas, porque concordam 
com certos preceitos ou normas que 
consideram legítimos e dos quais deriva 
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o comando. É o tipo de autoridade 
técnica, meritocrática e administrada. 
Um entendimento bastante utilizado pelas bancas é o de que a burocracia não 
é entendida pelo senso popular em seu aspecto verdadeiro. O conceito 
popular de burocracia é sinônimo de estagnação, excesso de papelório, apego 
dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. 
No entanto, para Max Weber, a burocracia é a organização eficiente por 
excelência. 
É de se notar que, de fato, esses pontos negativos existem na burocracia, mas 
não na sua ideia inicial. Isso acabou por se tornar suas deficiências, mais 
conhecidas como as disfunções burocráticas ou buropatologias. 
Assim, ao estudar as consequências previstas (ou desejadas) da burocracia, 
Robert K. Merton notou também as consequências imprevistas (ou não 
desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições. Idalberto Chiavenato 
apresenta a sequência desse estudo. Vejamos: 
1. O modelo começa com a exigência de controle por parte da organização, a 
fim de reduzir a variabilidadedo comportamento humano a padrões 
previsíveis, indispensáveis ao bom funcionamento da organização. 
2. Essa exigência de controle enfatiza a previsibilidade do comportamento, 
que é garantida por meio da imposição de normas e regulamentos. Assim, 
a organização estabelece os padrões de procedimentos para as 
pessoas, institui as penalidades pelo não cumprimento, bem como a 
supervisão hierárquica para assegurar a obediência. A ênfase sobre o cargo 
e a posição dos indivíduos diminui as relações personalizadas. 
3. Mas a ênfase nas regras e sua forte imposição levam as pessoas a 
justificarem sua ação individual. 
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4. E conduz a consequências imprevistas (disfunções), tais como a rigidez no 
comportamento e a defesa mútua na organização. 
5. O que não atende às expectativas e anseios da clientela, provocando 
dificuldades no atendimento ao público. 
6. Levando a um sentimento de defesa da ação individual, pois o burocrata 
não presta contas ao cliente, mas às regras da organização e ao seu 
superior hierárquico. 
 
QUESTÃO 05 - Consultor Legislativo - Senado federal - CESPE - 2002 
- Merton explora, na morfologia burocrática típica, uma tendência ao 
deslocamento de objetivos em direção a regras, normas e interesses próprios.5 
Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características e as 
seguintes vantagens, respectivamente: 
 CARACTERÍSTICAS 
1. Caráter legal das normas e regulamentos. 
2. Caráter formal das comunicações. 
3. Caráter racional e divisão do trabalho. 
4. Impessoalidade nas relações. 
5. Hierarquia de autoridade. 
6. Rotinas e procedimentos padronizados. 
7. Competência técnica e meritocracia. 
 
5 Gabarito: CERTO. 
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8. Especialização da administração. 
9. Profissionalização dos participantes. 
10. Completa previsibilidade do funcionamento. 
 VANTAGENS 
1. Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização. 
2. Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento 
exato dos deveres. 
3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por 
quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos. 
4. Unicidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e 
escrita. Por outro lado, a informação é discreta, pois é fornecida apenas a 
quem deve recebê-la. 
5. Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a 
padronização, a redução de custos e erros, pois as rotinas são definidas por 
escrito. 
6. Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal que é 
afastado. Além disso, os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-
se na capacidade e na competência técnica. 
7. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o 
que é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidades e as dos 
outros. 
8. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas 
mesmas circunstâncias. 
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9. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido através de regras conhecidas, 
e os casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira 
sistemática. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por 
ser despersonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais, como 
amor, raiva, preferências pessoais, elimina a discriminação pessoal. 
10. Benefícios para as pessoas na organização, pois a hierarquia é 
formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, 
as pessoas são treinadas para se tornarem especialistas, podendo 
encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e 
competência técnica. 
 
QUESTÃO 06 - Agente de Polícia Federal - PF - CESPE - 2012 - Se adotar a 
abordagem burocrática, o gestor, com o objetivo de definir as futuras promoções 
na organização, avaliará seus subordinados considerando aspectos relacionados 
ao mérito.6 
 
7.2 Teoria Estruturalista 
Segundo Chiavenato (2003), o estruturalismo ampliou o estudo das interações 
entre os grupos sociais - iniciado pela Teoria das Relações Humanas - para o das 
interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como os grupos 
sociais interagem entre si também interagem entre si as organizações. 
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "homo economicus" e a Teoria das 
Relações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem 
organizacional": o homem que desempenha diferentes papéis em várias 
organizações (WHYTE JR, 1966). 
A organização formal e a organização informal são evidenciadas nessa 
teoria. Na verdade, visualiza uma abordagem múltipla da Teoria Clássica (ênfase 
 
6 Gabarito: CERTO. 
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na organização formal) e da Teoria das Relações Humanas (ênfase na 
organização informal), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias. 
O estruturalismo não é propriamente uma teoria, mas, antes de tudo, um método 
importado da linguística e introduzido, com êxito, na Economia, na Psicologia, na 
Sociologia, chegando à Administração. 
No fundo, a ideia de integração dos elementos em uma totalidade, como apregoa 
o estruturalismo, é a mesma ideia básica que sustenta a Teoria dos Sistemas: a 
compreensão da interdependência recíproca das organizações e da consequente 
necessidade de integração. A própria palavra sistema dá ideia de plano, método, 
ordem, organização (WAHRLICH, 1986). 
 
8. Abordagem Comportamental da Administração 
A abordagem comportamental - também chamada behaviorista (em função do 
behaviorismo na psicologia) - marca a mais forte influência das ciências do 
comportamento na teoria administrativa e a busca de novas soluções 
democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. 
Enquanto o estruturalismo foi influenciado pela sociologia - e mais 
especificamente pela sociologia organizacional - a abordagem 
Abordagem Estruturalista
Teoria da Burocracia
(Weber)
Teoria Estruturalista
(Etzioni)
- adequação dos meios aos fins
- controle de procedimentos
- previsibilidade de 
comportamentos
- ênfase nas regras e disfunções
- interações entre as organizações 
sociais
- homem organizacional
- organização formal e informal
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comportamental recebe forte influência das ciências comportamentais - e, mais 
especificamente da psicologia organizacional. 
As ciências comportamentais trouxeram à teoria administrativa uma variedade 
de conclusões a respeito da natureza e características do ser humano, a saber: 
1. O homem é um animal social dotado de necessidades.Dentre as 
necessidades humanas sobressaem as necessidades gregárias, isto é, o homem 
desenvolve relacionamentos cooperativos e interdependentes que o levam a viver 
em grupos ou em organizações sociais e conviver com outras pessoas. 
2. O homem é um animal dotado de um sistema psíquico. O ser humano 
tem capacidade de organizar suas percepções em um todo cognitivo integrado. 
O seu sistema psíquico permite uma organização perceptiva e cognitiva particular 
no seu conteúdo, mas comum a todas as pessoas quanto à sua estrutura. 
3. O homem tem capacidade de articular a linguagem com o raciocínio 
abstrato, ou seja, o homem tem capacidade de abstração da realidade e de 
comunicação com as outras pessoas. 
4. O homem é um animal dotado de aptidão para aprender, isto é, de 
mudar seu comportamento e atitudes em direção a padrões cada vez mais 
elevados, complexos e eficazes. 
5. O comportamento humano é orientado para objetivos. Os objetivos 
individuais são complexos e mutáveis. Daí a importância dos objetivos humanos 
básicos, a fim de compreender claramente o comportamento das pessoas. 
6. O homem caracteriza-se por um padrão dual de comportamento: pode 
tanto cooperar como competir com os outros. Coopera quando seus objetivos 
individuais precisam ser alcançados por meio do esforço comum coletivo. 
Compete quando seus objetivos são disputados e pretendidos por outros. A 
cooperação e o conflito tornam-se parte virtual de todos os aspectos da vida 
humana. 
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8.1 Teoria Comportamental da Administração 
A Teoria Comportamental aparece no final da década de 1940 com uma 
redefinição total de conceitos administrativos: ao criticar as teorias anteriores, o 
behaviorismo na Administração não somente reescalona as abordagens 
anteriores como amplia seu conteúdo e diversifica sua natureza. 
As origens da Teoria Comportamental da Administração são as seguintes 
(CHIAVENATO, 2003): 
1. A oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (com 
sua profunda ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua 
profunda ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional) caminhou 
lentamente para um segundo estágio: a Teoria Comportamental. Essa 
passou a representar uma nova tentativa de síntese da teoria da organização 
formal com o enfoque das relações humanas. 
2. A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das 
Relações Humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa. Se 
bem que compartilhe alguns dos seus conceitos fundamentais, utilizando-os 
apenas como pontos de partida ou de referência e reformulando-os 
profundamente, a Teoria Comportamental rejeita as concepções ingênuas e 
românticas da Teoria das Relações Humanas. 
 
Uma das diferenças essenciais entre a Teoria das Relações Humanas e a 
Teoria Comportamental é o foco na motivação dada por cada uma dessas 
teorias. 
Na Teoria das Relações Humanas, a administração não considera os 
colaboradores individualmente, mas sim como membros de grupos e 
sujeitos às influências sociais desses grupos. 
Na Teoria Comportamental, oriunda da anterior, existe oposição nesse sentido. 
Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental 
fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Para explicar 
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como as pessoas se comportam, essa teoria estuda a motivação humana de uma 
perspectiva individual. 
3. A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que 
vêem no behaviorismo uma verdadeira antítese à teoria da organização formal, 
aos princípios gerais de administração, ao conceito de autoridade formal e à 
posição rígida e mecanística dos autores clássicos. 
4. Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da 
Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Também com 
relação à Teoria da Burocracia, a Teoria Comportamental mostra-se muito crítica, 
principalmente no que se refere ao "modelo de máquina" que aquela adota para 
representar a organização. 
5. Em 1947, surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental 
na administração: O Comportamento Administrativo, de Herbert A. 
Simon. O livro constitui um ataque aos princípios da Teoria Clássica e a aceitação 
- com os devidos reparos e correções - das principais idéias da Teoria das 
Relações Humanas. O livro constitui o início da Teoria das Decisões. 
8.2 Teoria do Desenvolvimento Organizacional 
A partir da Teoria Comportamental, um grupo de cientistas sociais e consultores 
de empresas desenvolveu uma abordagem moderna, democrática e variada ao 
desenvolvimento planejado das organizações, que recebeu o nome de 
Desenvolvimento Organizacional (DO). 
O movimento de DO surgiu a partir de 1962 como um conjunto de idéias a 
respeito do homem, da organização e do ambiente, no sentido de facilitar o 
crescimento e o desenvolvimento das organizações. 
O foco principal do DO está em mudar as pessoas e a natureza e a qualidade de 
suas relações de trabalho. Sua ênfase está na mudança da cultura da 
organização. Em princípio, o DO é uma mudança organizacional planejada. 
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Um desses modelos de DO é o conhecido Managerial Grid ou Grade Gerencial 
de Blake e Mouton. 
Adotada por Blake e Mouton, destaca que o administrador está vinculado a 
dois assuntos: produção (resultados dos esforços) e pessoas (aquelas que 
ele dirige). Compõem-se de dois eixos: 
Eixo horizontal: representa a preocupação com a produção. É uma série 
contínua de nove pontos, na qual 9 significa elevada preocupação com a 
produção e 1 significa baixa preocupação com a produção; 
Eixo vertical: representa a preocupação com as pessoas. Também é uma 
série de nove pontos, onde 9 é um grau elevado e 1 é um grau baixo de 
preocupação com as pessoas. 
 
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Estilo "Clube Campestre" (1.9): atenção concentrada nas necessidades 
das pessoas, pois relacionamentos satisfatórios conduzem a uma atmosfera 
confortadora e a um ritmo de trabalho de organização cordial. 
Estilo "Equipe" (9.9): a realização do trabalho é conseguida da parte das 
pessoas comprometidas: a interdependência através de um "interesse 
comum" no objetivo da organização conduz a relacionamentos de confiança 
e de respeito. 
Estilo "Empobrecida" (1.1): a aplicação de um esforço mínimo para se 
conseguir que o trabalho necessário seja executado é adequada e suficiente 
para se conservar a prerrogativa de membro da organização. 
Estilo "Autoridade" (9.1): a eficiência nas operações resulta de se fazer 
um arranjo das condições de trabalho de tal modo que os elementos 
humanos interfiram num grau mínimo. 
Estilo "Homem Organizacional" (5.5): um adequado desempenho 
organizacional torna-se possível através do equilíbrio entre a necessidade 
de se conseguir que o trabalho seja executadoe a manutenção do moral 
das pessoas num nível satisfatório. 
No sentido restrito, o DO é um desdobramento prático e operacional da 
Teoria Comportamental em direção à abordagem sistêmica. Não se trata 
de uma teoria administrativa propriamente dita, mas de um movimento 
congregando vários autores no sentido de aplicar as ciências do comportamento 
- e principalmente a teoria comportamental – na Administração. 
A maioria desses autores é constituída de consultores que se especializaram em 
DO. Stoner, Freeman e Gilbert Jr. (1995), por exemplo, citam que DO significa 
processos de solução de problemas, processos de renovação, 
administração participativa, desenvolvimento e fortalecimento 
(empowerment) de equipes e pesquisa-ação (diagnóstico e a ação da 
mudança). 
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QUESTÃO 07 - Oficial de Inteligência - ABIN - CESPE - 2004 - No 
desenvolvimento organizacional para equipes compostas por empregados de 
diversos níveis hierárquicos, as diferenças hierárquicas tendem a ser eliminadas, 
auxiliando no desenvolvimento da criatividade e possibilitando que o processo 
comandado por um especialista possa ser bem sucedido.7 
Comentários: 
As características do DO apresentam, como visto, a redução dos níveis hierárquicos pela 
atividade de descentralização. Como isso ocorre? Por meio da autodireção das tarefas e 
atividades pelas próprias pessoas e equipes, o que chamamos de empowerment 
(empoderamento). 
Em relação às técnicas de DO, Idalberto Chiavenato enumera cinco condições: 
1. Técnicas de intervenção para indivíduos: a principal técnica para 
essa condição é chamada de treinamento da sensitividade. É uma 
modalidade de dinâmica de grupo destinada a reeducar o comportamento 
humano e melhorar as relações sociais. É realizado por meio de grupos 
chamados "T-groups" (grupos de treinamento que recebem nomes como 
learning groups, grupos de encontro, grupos autoanalíticos), que têm por 
volta de 10 participantes e são orientados em laboratório (sala de aula 
ou área isolada) por um psicólogo a fim de aumentar sua sensibilidade 
quanto às suas habilidades de relacionamento interpessoal. Em várias 
reuniões, os participantes diagnosticam e experimentam o seu 
comportamento em grupo, atuando como sujeitos e experimentadores ao 
mesmo tempo e recebendo assessoria de um psicólogo. 
2. Técnicas de intervenção para duas ou mais pessoas: é o DO 
bilateral ou de relações interpessoais. A Análise Transacional (AT) é a 
técnica mais conhecida e visa ao autodiagnóstico das relações 
interpessoais. É uma técnica destinada a indivíduos e não a grupos, pois 
analisa as transações e o conteúdo das comunicações entre as pessoas. Ela 
 
7 Gabarito: CERTO. 
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ensina as pessoas a enviarem mensagens claras e ágeis e darem respostas 
naturais e razoáveis, reduzindo os hábitos destrutivos de comunicação - os 
chamados "jogos" - nos quais o significado das mensagens fica obscurecido. 
O objetivo é fazer com que as pessoas reconheçam o contexto de suas 
comunicações para torná-las mais abertas e honestas e endereçar as 
suas mensagens. 
3. Técnicas de intervenção para equipes ou grupos: as duas principais 
técnicas de DO para equipes ou grupos são a consultoria de 
procedimentos e o desenvolvimento de equipes. 
3.1. Consultoria de procedimentos. Ou consultoria de processos, 
é uma técnica que utiliza equipes coordenadas por um consultor 
interno ou externo. O consultor promove intervenções nas equipes 
para torná-las mais sensíveis aos seus processos internos de 
estabelecer metas e objetivos, participação, de sentimentos, 
liderança, tomada de decisões, confiança e criatividade. O consultor 
trabalha com os membros da equipe para ajudá-los a compreender a 
dinâmica de suas relações de trabalho em situações de grupo ou 
equipe, a mudar os meios com os quais eles trabalham juntos e a 
desenvolver o diagnóstico e as habilidades de solução de problemas 
que eles necessitam para poder aumentar sua eficácia. 
3.2. Desenvolvimento de equipes. É uma técnica de alteração 
comportamental na qual grupos de pessoas de vários níveis e áreas 
reúnem-se sob a coordenação de um consultor e criticam-se 
mutuamente, procurando um ponto de encontro em que a 
colaboração seja mais frutífera, eliminando-se as barreiras 
interpessoais de comunicação através do esclarecimento e 
compreensão das suas causas. Cada equipe autoavalia seu 
desempenho e comportamento através de determinadas variáveis. O 
trabalho em equipe elimina as diferenças hierárquicas e os interesses 
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específicos de cada departamento, proporcionando uma 
predisposição sadia para a criatividade e a inovação. 
4. Técnicas de intervenção para relações intergrupais: a principal 
técnica de DO para as relações intergrupais é a técnica das reuniões de 
confrontação. Reuniões de confrontação constituem uma técnica de 
alteração comportamental a partir da atuação de um consultor interno ou 
externo (chamado terceira parte), como moderador. Dois grupos 
antagônicos em conflito (por desconfiança recíproca, discordância, 
antagonismo, hostilidade etc.) podem ser tratados através de reuniões de 
confrontação, nas quais cada grupo se autoavalia, bem como avalia o 
comportamento do outro, como que se colocado frente a um espelho. 
5. Técnicas de intervenção para a organização como um todo: a 
principal técnica de DO para toda a organização é a retroação de dados. 
Retroação de dados ou feedback de dados, ou ainda técnica de 
levantamento e suprimento de informações é uma técnica de mudança de 
comportamento que parte do princípio de que quanto mais dados cognitivos 
o indivíduo recebe, tanto maior será a sua possibilidade de organizar 
os dados e agir criativamente. 
 
QUESTÃO 08 - Analista Judiciário - CNJ - CESPE - 2013 - O feedback de 
levantamento é adequado para se abordar cada indivíduo na organização, o que 
favorece a mudança e a inovação.8 
Comentários: 
As técnicas de feedback de levantamento fazem prospecções de atitudes e outros 
elementos, relatando sistematicamente os resultados como base para a mudança e 
inovação. No entanto, essa técnica não aborda individualmente cada integrante, mas sim 
a organização como um todo. 
As características da DO são assim resumidas: 
 
8 Gabarito: ERRADO. 
 - CPF:
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 Focalização na organização como um todo. 
 Orientação sistêmica. 
 Agente de mudança. 
 Solução de problemas. 
 Aprendizagem experiencial. 
 Processos de grupo e desenvolvimento de equipes. 
 Retroação. 
 Orientação contingencial. 
 Desenvolvimento de equipes. 
 Enfoque interativo (comunicação e interatividade). 
 
9. Abordagem Sistêmica da Administração 
Em meados de 1950, Ludwig von Bertalanffy,

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