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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS SÃO PAULO – SP 2017 Bruna Bordim – D50IGI -1 Camilla Camargo – N13272-8 Giovanna Sena – N173DJ-5 Larissa Andrade – N2257A-7 Matheus Farias – D4607D-8 Robson Almeida – D473BG-7 APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS: Um estudo de caso sobre a aplicação de conceitos da escola clássica de administração na empresa Maxi Prime SP Atividades Práticas Supervisionadas, trabalho apresentado como exigência para avaliação do 1º e 2º semestre, do curso de Administração de Empresas da Universidade Paulista, sob orientação do professor Luiz Carlos Francisco Gomes. SÃO PAULO – SP 2017 3 SUMÁRIO Introdução....................................................................................................................... 05 1. Revisão Conceitual................................................................................................06 1.1 O que é Organização....................................................................... 06 1.1.1 O que é administrar......................................................................... 06 1.1.2 Como se realiza o processo de Administração............................... 07 1.1.3 A Escola Clássica da Administração – Administração Científica – Gestão Administrativa..................................................................... 08 1.1.4 As áreas funcionais da Administração............................................ 09 Administração Científica...................................................................................................11 Teoria Clássica................................................................................................................ 13 Teoria das Relações Humanas....................................................................................... 16 Teoria da Burocracia....................................................................................................... 18 Teoria Estruturalista........................................................................................................ 20 Teoria Neoclássica.......................................................................................................... 22 Desenvolvimento Organizacional.................................................................................... 24 Administração por Objetivos........................................................................................... 26 Teoria de Sistema........................................................................................................... 28 Teoria das Contingências............................................................................................... 30 2. Estudo de Caso................................................................................................... 32 2.1. Perfil da organização................................................................................ 32 2.2. Descrição e Identificação de Práticas na Empresa Organização............. 32 3. Revisão Conceitual, Identificação de Práticas e Análise..................................... 34 A) Responder em texto curto o entendimento dos 10 itens propostos/tratados tendo como referencia as questões propostas na pag. 66 do Livro: SOBRAL, Felipe e Alketa, Peci. Administração Teoria e prática no contexto Brasileiro, Pearson Prentice Hall, 2008...........................................................................34 3.1 Análise e Sugestão de Melhoria para a empresa em relação a Teoria da Administração Científica................................................ 38 3.1.1 Fundamentos da Teoria................................................................. 38 4 3.1.2 Identificação de Práticas de Gestão em Relação a Produção de Bens ou Serviços.............................................................................................. 38 3.1.3 Análise e Sugestões de Melhorias.................................................. 38 3.2 Teoria das Relações Humanas.............................................................................39 3.2.1 Fundamentos da Teoria...................................................................39 3.2.2 Identificação da Estrutura Organizacional da Empresa ou Organização.....................................................................................39 3.2.3 Análise e Sugestão de Melhorias.....................................................39 3.3 Teoria de Sistema.................................................................................................40 3.3.1 Fundamentos da Teoria...................................................................40 3.3.2 Identificação da Relação da Empresa/Organização com as Partes Interessadas..........................................................................40 3.3.3 Análise e Sugestão de Melhorias.....................................................41 4. Análise e Interpretação de Dados...........................................................................42 Considerações Finais................................................................................................ 44 Referências Bibliográficas..........................................................................................45 Anexos....................................................................................................................... 46 Slides.............................................................................................................. 46 Fichas............................................................................................................. 48 Declaração de Participação........................................................................... 54 5 INTRODUÇÃO As Atividades Práticas Supervisionadas do curso de Administração sugerem este trabalho que visa relacionar a Evolução do Pensamento Administrativo, disciplina-âncora do semestre, com algumas teorias presentes nessa matéria como Administração Científica, Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas, Teoria da Burocracia, Teoria Estruturalista, Teoria Neoclássica, Desenvolvimento Organizacional, Administração por Objetivos, Teoria de Sistemas e por fim, Teoria das Contingências. Assim como será abordado um estudo de caso na empresa Maxi Prime SP, relacionando assim dados da organização com as teorias abordadas ao decorrer da atividade. 6 1. REVISÃO CONCEITUAL 1.1. O QUE É ORGANIZAÇÃO Organização é a união de pessoas, ideias, ideologias, e recursos para atingir objetivos. Cury (2003) classifica as Organizações segundo três critérios: Flexibilidade, Complexidade e Evolução Histórica. 1.1.1. O QUE É ADMINISTRAR Administrar é um processo constante e bastante complexo de gerenciamento, onde 4 características importantes se destacam: • Planejamento • Organização • Direção • Controle A sua atuação, cujo empenho e profissionalismo resultará, consequentemente, no sucesso ou fracasso de objetivos financeiros, materiais ou etc. De modo mais simples podemos dizer que essa atuação se dá por diversos meios de condução. Essas articulações em conduzir os processos baseiam-se em tomar decisões que tragam uma sériede outras ações que produzam, eficientemente, o resultado final desejado, no âmbito de que se busque produzir o máximo possível com o mínimo de esforços necessários. 7 Considerações A Maxi Prime SP pratica de forma muito clara a ação de administrar buscando sempre ter um planejamento para o futuro da empresa, uma organização interna para que não haja problema com controle de atendimento, serviços e colaboradores e também possui uma direção (gerência) para assim estabelecer e fornecer métodos para abater as metas da organização. 1.1.2. COMO SE REALIZA O PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO Apesar de haver diversos conceitos para o significado de administração, o mais bem aceito é de que “administrar consiste em entender os objetivos propostos pela organização e coloca-los em pratica por meio do planejamento, organização direção e controle”. Deve haver uma força tarefa de todos os setores, níveis e colaboradores afim de atingir um objetivo em comum. Planejamento – consiste em unir um conjunto de decisões que o administrador toma para realizar o futuro de seu empreendimento. É uma atividade que envolve a identificação das oportunidades e fraquezas que afetam o negócio. Um bom deve analisar a fundo a situação da empresa, para identificar seus problemas, desenvolver estratégias e estabelecer as prioridades. Organização - significa o ordenamento dos recursos e das funções a fim de facilitar o trabalho e criar uma nova visão da empresa. Organizar uma empresa representa administrar o tempo, trabalho, pessoas, lugares, recursos financeiros e assim por diante. Direção – O administrador deve saber lidar com pessoas, principalmente com seus colaboradores. Ele dever ter habilidades para se comunicar, motivar, exercer autoridade e tomar decisões. Controle – Consiste na comparação dos planos com os resultados, para debater se as metas foram cumpridas e para corrigir eventuais falhas na realização dos projetos. A administração é um processo continuo e sistêmico que cuida do desenvolvimento, da articulação e aplicação de vários conjuntos de recursos e 8 competências organizacionais. Exige também uma variedade de ações orientadas para alcançar metas e objetivos, requer liderança e direcionamento de atividades onde as mesmas só conseguem ser realizadas através de pessoas que sejam treinadas e orientadas para lidas com diversas situações muitas vezes inesperadas. (CHIAVENATO, 2016 p.45) CONSIDERAÇÕES Outros pontos essências para se realizar o processo de administrar é a utilização de dois critérios fundamentais: a eficiência e eficácia. Eficiência define-se como realizar corretamente as atividades com o mínimo possível de custos e desperdícios e relaciona-se com os meios e métodos. A eficiência é necessária, porém não suficiente, precisa haver eficácia. (CHIAVENATO,2016, p.47). Sendo assim, definimos Eficácia como atingir os objetivos e resultados pretendidos e relaciona-se com os fins e propósitos. 1.1.3. A ESCOLA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO – ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA – GESTÃO ADMINISTRATIVA Administração cientifica O início do século XX é marcado como um prelúdio para a administração como ciência. Possui duas grandes influências na introdução deste assunto, que são eles: Frederick Winslow Taylor e o francês Henry Fayol. O primeiro desenvolveu a administração cientifica e o segundo a Teoria clássica. A administração cientifica tem como principal objetivo aumentar a produtividade e eficiência no nível operacional das empresas. Uns dos focos principais era a divisão do trabalho, as tarefas e a divisão de cargos. Modos o qual todas as atividades possuíssem um tempo ideal para sua realização, e a especialização do trabalhador eram estudados de forma meticulosa, visando criar um padrão de comportamento. Dessa forma, a ênfase da teoria era a tarefa. 9 Teoria Clássica Desenvolveu-se na Europa, tendo como percurso Henry Fayol, nesta teoria a preocupação primordial era a estrutura organizacional, a relação e organização dos departamentos. A ênfase é na estrutura e não nas tarefas. Escola Clássica da Gestão Quando criada, foi à primeira escola a produzir uma literatura específica dedicada às organizações em geral, e as empresas em particular. A escola Clássica da Gestão apresenta como expoentes máximos dois engenheiros, um americano e outro francês: Frederick W. Taylor e Henri Fayol, respectivamente. Existe assim uma tentativa da Escola Clássica de Gestão para encontrar as regras ideais pelas quais se devem reger as organizações e pelas quais deve ser organizado o trabalho sempre com o objetivo de procurar a máxima eficiência e produtividade através da optimização do sistema produtivo. 1.1.4. AS ÁREAS FUNCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO As organizações estão normalmente dividas em áreas funcionais. Essas áreas representam atividades e tarefas especializadas que são desempenhadas por departamentos da organização. Essa ideia de departamentalização teve como precursor (Henry Fayol), que tinha Ênfase na Estrutura e Enfoque na Organização Formal, funções do administrador e sempre seguindo os 14 princípios da administração clássica que o próprio criou. As áreas mais comuns de departamentos são: Produção e Operação, Comercial e Marketing, Finanças e Contábil e Recursos Humanos. “A eficiência da empresa é muito mais do que a soma da eficiência dos seus trabalhadores, e que ela deve ser alcançada por meio da racionalidade, isto é, da adequação dos meios (órgãos e cargos) aos fins que se deseja alcançar. ” (CHIAVENATO, 1993, Introdução a Administração, p11). 10 CONSIDERAÇÕES Sabemos que o administrador não necessariamente precisa se especializar em cada função que será exercida na sua organização, porém, ele precisa ter um conhecimento de maior ou menor grau de todas das áreas funcionais. Segundo Rebouças (2009), “Departamentalização pode ser definida como agrupamentos em unidades organizacionais realizados conforme critérios específicos de atividades e recursos, tais como humanos, financeiros, tecnológicos, materiais, etc”. É extremamente importante a criação desses departamentos, pois, uma empresa contém diversas atividades diferentes, em prol de um objetivo em comum. Cada área tem a sua gerência correspondente, que é responsável por todo o grupo que faz a parte operacional, é dessa pessoa que o administrador da empresa terá de cobrar resultados. 11 ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Frederick Winslow Taylor nasceu em 20 de março de 1856 na Filadélfia (EUA) foi um engenheiro mecânico que começou a estudar os problemas decorrentes da revolução industrial, sendo o responsável pela formação da administração cientifica que em significado resumido tem objetivo de produzir mais, em menos tempo sem aumentar os custos, alcançando grande eficiência industrial, utilizando como principais métodos a observação e a determinação. Em seu primeiro livro Shop Management publicado em 1903, Taylor propõe a racionalização do trabalho que consiste em: • O objetivo da Administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção. • A administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitem o controle das operações. • Os empregados devem ser cientificamente colocados em seus postos com materiais e condições de trabalhos adequados para que as normas possam ser cumpridas. • Os empregados devem ser cientificamente treinadospara aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja cumprida. • A administração precisa criar uma atmosfera de intima e cordial cooperação com os trabalhadores, para garantir a permanência desse ambiente psicológico. Em 1911, Taylor apresenta seu segundo livro Principles of Scientific Management onde conclui que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estrutura geral da empresa que fosse coerente a aplicação de seus princípios. “A administração cientifica é uma conbinação de: Ciencia em lugar de impirismo. Harmonia invés de discordia, cooperação e não indiviadualismo. Rendimento maximo em lugar de produção reduzida. Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiencia e prosperidade” (CHIAVENATO; 2003) 12 Segundo Chiavenato (2004) A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador, levou os engenheiros da administração cientifica a pensar que tais princípios pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis. Dentre a profusão de princípios defendidos pelos autores da administração cientifica os mais importantes são: Princípio de planejamento - o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos que tem o objetivo de reduzir e racionalizar seu processo. Princípio de preparo dos trabalhadores - escolher os colaboradores conforme suas qualificações e prepará-los para que tenham melhores resultados. Princípio de controle - verificar o desenvolvimento do trabalho para a garantia de que está sendo realizado de acordo com o planejamento. Princípio de execução - distribuir as tarefas e responsabilidades para que o trabalho seja o mais organizado possível. Como todo processo pioneiro e inovador, a Administração Científica teve suas críticas sendo algumas delas: Visão microscópica do homem - ignora-se que o trabalhador é um ser humano e social em sua concepção negativa de que as pessoas são preguiçosas e ineficientes. Abordagem incompleta da organização– a administração cientifica e considerada incompleta por se restringir apenas aos aspectos formais da organização. Abordagem de sistema fechado– a administração cientifica visualiza as empresas como se fosse entidades autônomas e absolutas, fechadas a qualquer influência vinda de fora delas. CONSIDERAÇÕES: Taylor com a Administração Cientifica cria estratégias que elevem a eficiência da organização. Em seu primeiro estudo ele busca eliminar movimentos inúteis, fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de forma mais simples e rápida, mais tarde buscando aprimorar sua teoria percebeu que precisaria estabelecer princípios gerais que fossem aplicados em todas as situações do cotidiano. 13 TEORIA CLÁSSICA A teoria clássica surgiu em 1916 na França e foi fundamentada pelo engenheiro Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de julho de 1841 — Paris, 19 de novembro de 1925) e caracteriza se pela ênfase na estrutura organizacional. Fayol que Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômica financeira da companhia e após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniu suas teorias na obra Administration Industrielle et Generale em 1916 em que ele enfatiza que toda organização deve apresentar seis funções básicas: Funções Financeiras – relacionada com a procura e gerencia de capitais Funções Técnicas - relacionadas com a produção de bens e/ou serviços da empresa. Funções Comerciais – relacionadas com a compra, venda e permutação Funções Contábeis – relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. Funções de Segurança – relacionada com a proteção e preservação dos bens e das pessoas. Funções Administrativas - Sendo a administrativa a principal delas, pois é a responsável por organizar e integrar todas as outras. A administração é função distinta das demais citadas acima, segundo ele: “Nenhumas das cinco funções essenciais precedentes tem o encargo de formular o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições constituem outra função designada pelo nome administrativa” (CHIAVENATO,2003 p.22). Prever e planejar - visualizar o futuro e traçar o programa de ação. Organizar - constituir o duplo organismo material e social da empresa. Comandar - dirigir e orientar a organização. 14 Coordenar - unir e harmonizar os atos e esforços coletivo.Controlar - verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas. Existe uma proporcionalidade da função administrativa, isto é, ela se reparte por todos os níveis da hierarquia da empresa e não é privativa da alta cúpula. Em outros termos, a função administrativa não se concentra exclusivamente no topo da empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos. À medida que se desce na escala hierárquica, mais aumenta a proporção das outras funções da empresa e, à medida que se sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão e o volume das funções administrativas. (CHIAVENATO, 2004 P.82). Identificou catorze princípios que devem ser seguidos para que a Administração seja eficaz. Esses princípios se tornaram uma espécie de prescrição administrativa universal, que segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível. Os quatorze princípios são: • Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. • Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o direito de os superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. • Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contraordens. • Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. • Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização. • Prevalência dos interesses gerais - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. 15 • Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização. • Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. • Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. • Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. • Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. • Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários • Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. • Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. (CHIAVENATO,2004 p.83) A teoria clássica teve um enorme impacto durante as cinco primeiras décadas do século XX mas recentemente foi aprimorada e totalmente redimensionada pela teoria Neoclássica. CONSIDERAÇÕESConcluímos então que, a Teoria Clássica teve ênfase na Estrutura (Departamentos, visão global). Os principais enfoques eram na organização formal, funções do administrador e princípios gerais da administração. Tinha o objetivo de aumentar a eficiência da organização, através da estrutura das partes organização e suas inter- relações, havia uma visão global. 16 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Segundo Chiavenato (2003), a experiência de Hawthorne realizada na década de 1930 deu início a Teoria das Relações humanas. A Experiência constatou a importância do fator humano nas organizações e a necessidade de humanização e democratização nas mesmas. De acordo com essa teoria podemos concluir que: • O trabalho é uma atividade grupal; • O operário age como membro de um grupo e interage com os colegas; • A Administração forma chefes capazes de compreender e de comunicar; • A pessoa é motivada por ser reconhecida e por estar junto de outras; • Ocorrem organizações informais dentro das instituições que são espontâneas. As Organizações formais foram impactadas após a surgimento dessa teoria, dando mais espaço para grupos sociais e tornando não tão constante a preocupação com status que até então era extremamente importante. Nos países democráticos a Teoria das Relações Humanas combateu a Teoria Clássica por seu caráter formalista e autocrático, mas caiu rapidamente em descrédito pela ingenuidade e superficialidade de suas conclusões. Décadas mais tarde foi atualizada pela Teoria Comportamental, passando a ter papel de primeira importância na Teoria Administrativa. A maior contribuição dessa teoria foi ressaltar a necessidade de boas relações humanas no ambiente de trabalho, a adoção de uma administração mais democrática e participativa em que as pessoas tenham papel mais dinâmico. Já segundo Sobral e Peci (2008), foi percebido durante estudos que uma abordagem mais cooperativa, aberta e amigável perante os trabalhadores traziam resultados positivos, aumentando a produtividade e moral em uma organização. Esses resultados devem-se ao interesse pessoal dedicado ao trabalhador. 17 Constatou-se também durante esses estudos que a autoridade de um gerente deveria ser baseada em qualificações sociais que gerassem cooperação ao invés de expertise técnico. Os pontos principais são a integração social do indivíduo altamente relacionado ao seu nível de produtividade, comportamento do indivíduo determinado pelas normas de funcionamento ao grupo que pertencem, organizações compostas por diferentes grupos formais que não coincidem exatamente com sua estrutura formal e supervisão cooperativa e preocupada com os trabalhadores influenciando positivamente a eficiência organizacional. CONSIDERAÇÕES A Teoria das Relações Humanas coloca as necessidades, motivação e comunicação com indivíduo como prioridade. Acredita-se que se proporcionado um ambiente de trabalho seguro, com ciclos sociais informais e com líderes aptos compreender, cria-se um funcionário feliz, e se o mesmo trabalha com felicidade torna-se extremamente produtivo aumentando o rendimento da entidade. 18 TEORIA DA BUROCRACIA Para Chiavenato (2003), a Burocracia é a organização por eficiência e excelência que segue um modelo de organização fundamentado em seis dimensões principais: Divisão do Trabalho, Hierarquia de Autoridade, Regulamentação, Comunicações Formalizadas, Impessoalidade e Competência Profissional. Com essas seis dimensões garante-se a ordem, disciplina e previsibilidade na busca da máxima eficiência da organização. Uma organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para implementação das atividades. A racionalidade então, deve imperar em uma organização burocrática. Um proprietário que não é qualificado deve ceder ao administrador profissional, baseado em sua competência técnica, o posto de condutor da organização, esse então estando em posição de assalariado podendo ser demitido ou exonerado. As organizações burocráticas (eram encontradas em organizações industriais, políticas, religiosas, educacionais, militares etc.) foram utilizadas durante a era industrial clássica, o modelo era ideal para um ambiente estável e de poucas mudanças. Atualmente com as mudanças que o mundo sofreu seria inviável seguir esse modelo, pois a burocracia é um método infalível e impassível a inovação que são completamente necessários devido nosso momento atual, cheio de mudanças e instabilidade. Sobral e Peci (2008), diziam que a Burocracia estava presente em diversos setores. Se consolidou através dos seguintes fatores: • Racionalização do direito, que passa a ser organizado com base em ordenamentos jurídicos; • Centralização do poder estatal, devido a facilidade de comunicação e transporte; • Surgimento e Consolidação das indústrias; • Consolidação da sociedade como resultado do capitalismo. 19 "O Capitalismo constitui a base mais racional para a administração burocrática e possibilita seu desenvolvimento sob forma racional" (WEBER, 2004). A burocracia buscava organizar de forma estável e duradoura, a cooperação de grande número de indivíduos, cada qual detendo uma função especializada. Na burocracia as funções eram bem definidas, subdivididas em tarefas simples e rotineiras. Os trabalhadores tinham direitos e deveres definidos por regras, e era aplicado de forma uniforme a todos, de acordo com seu cargo ou função. A organização dos cargos obedece ao princípio da hierarquia: cada cargo inferior está sob supervisão do superior. O recrutamento é feito por regras pré-estabelecidas, garantindo a igualdade de oportunidades no acesso a carreira. CONSIDERAÇÕES A Teoria da Burocracia é um sistema fechado, antiquado para os padrões atuais de gestão. O trabalhador não tem influência em qualquer tipo de tomada de decisão. Não há inovação de processos. A Autoridade é a regra, a lei. A obediência deve-se a ordem determinada pela regra. Há separação entre cargo da pessoa e vida privada. Assemelha- se a um regime autoritário. 20 TEORIA ESTRUTURALISTA Para Chiavenato (2003), até o ano de 1950 existia a teoria clássica e a teoria das relações humanas no qual sofriam duras críticas por diferentes pontos de vistas. Assim sendo, surgiu a teoria estruturalista que veio a sanar a carência de alguns aspectos e eliminar as limitações e distorções. Uniu a organização formal e informal, começou a usufruir dos primeiros avanços tecnológicos para uso das organizações e fazer estudos de empresas externas. Resumidamente é uma teoria de transição da clássica para a moderna, que foi de extrema importância. Ambiente “ é tudo que envolve externamente a organização” e, para os estruturalistas, o ambiente é constituído pelas outras organizações que formam a sociedade. (CHIAVENATO,2003, p. 302) Na teoria Estruturalista, conforme o mesmo autor, o foco é o homem organizacional, que desempenha diferentes papéis em várias organizações e que, para ser bem-sucedido, necessita possuir flexibilidade, tolerância emocional, capacidade de adiar as recompensa e permanente desejo a realização. De acordo com Caravantes e Kloeckner (2010) a abordagem Estruturalista é um resumo melhorado da escola clássica (formal) com a das relações humanas (informal), porém, foi mais para o lado das relações humanas. Ele diz que é inevitável conflito entre os objetivos da empresa e as necessidades individuais, conflito que pode ser diminuído, mas, não eliminado. Temas que passavambatidos anteriormente, tornaram-se perceptíveis, como: A autora Caserta, acreditava que o estruturalismo é o sucessor da burocracia, veio preenchendo os espaços deixados pelas teorias antecessoras. Enfoca as organizações formais e informais, recompensas salariais, materiais das teorias clássicas e sociais e simbólicas das teorias das relações humanas. Um grande avanço foi começar a analisar não só o ambiente interno como externo das organizações. Ou seja, a visão dos administradores para com sua empresa, ampliou de forma exorbitante. As organizações que utilizam da teoria formal e de relações humanas conseguiram corrigir suas falhas e adquirir ganhos com essa nova forma de gestão. 21 Podemos citar dois pontos de vistas de um administrador que usufrui da teoria estruturalista: • Modelo racional: Foco no planejamento e controle, objetivos e metas. Possui uma visão fechada, olhos somente para sua organização, cumprindo cegamente o que foi planejado. • Modelo natural: Possui uma visualização aberta, observa o ambiente externo, tem uma percepção das incertezas e imprevisibilidades que podem te afetar, além de interligar todas as partes da empresa em busca de um objetivo comum. CONSIDERAÇÕES Quanto à Teoria Estruturalista fazendo a análise dos três textos de autores diferentes, pode-se entender que surgiu no final da década de 1950, com o desdobramento da escola clássica e burocrática e uma leve aproximação da teoria das relações humanas. Essa teoria deixou de ser um “sistema fechado” e passou a ter uma visão de “sistema aberto”, buscando máxima eficiência, quanto à eficácia com ênfase na estrutura e no meio ambiente. Dando-se atenção primordial as relações, que tomadas juntamente ou em partes, formam aquilo que se chama organização. Conclui- se que está é uma teoria de transição em direção à Teoria de Sistemas. 22 TEORIA NEOCLASSICA Chiavenato (2003) menciona que por volta de 1957 surge a teoria neoclássica que tinha como conceito, investigar, prever, coordenar e controlar foram ficando para trás, pois perdiam muito tempo em tarefas, no qual não traziam resultados e eram feitas por mera formalidade. /Ou seja, é a teoria clássica devidamente atualizada e redimensionada para os problemas administrativos atuais. A teoria neoclássica não deixou de ter por base os processos administrativos das teorias antigas, porém, seu foco era a focalização nos resultados a “Administração por objetivos”, no qual as organizações se tornariam mais eficazes e por consequência mais lucrativa, constatava Chiavenato. Já segundo Caserta (2010) a teoria neoclássica consiste em quebrar os paradigmas antigos no qual a hierarquia e as decisões tomadas pela diretoria, eram cumpridas sem questionamentos. A mesma fez a descentralização de certos métodos. De acordo com Caravantes e Kloeckner (2010) a abordagem neoclássica foi efetivamente um movimento ocorrido nos Estados unidos. “Parece-nos um pouco forçado chamar de escola ou teoria Neoclássica essa abordagem não muito articulada, (...) resultou o nosso ver, um movimento de busca e equilíbrio organizacional. ” (2010, p. 178) Quando a organização concentra suas atividades administrativas em um ou no máximo dois lugares temos uma estrutura centralizada, caso seja em locais diferenciados, sua estrutura torna-se descentralizada. Segue abaixo alguns exemplos: Centralização •Os tomadores de decisão estão no topo da hierarquia e tem visão global da empresa •Reduz os custos e esforços duplicados •Decisões são alinhadas com os objetivos da empresa •O nível hierárquico mais alto é mais preparado por ser mais treinado para tomar decisão. 23 Descentralização •As decisões podem ser tomadas em níveis hierárquicos menores que estão mais próximo das situações que demandam decisão •Aumenta a agilidade, a eficiência e motivação, o que reflete em redução de custos •Reduz à complexidade das decisões, assim, a cúpula terá de decidir assuntos mais relevantes •Os níveis hierárquicos mais baixos tornam-se mais motivados por se tornarem tomadores de decisão CONSIDERAÇÕES Observando os dois pontos de vista da Teoria Neoclássica, conseguimos ter a percepção que essa teoria surgiu da necessidade de se utilizarem os conceitos válidos e relevantes da teoria clássica, obstruindo dos exageros e distorções típicos de qualquer teoria pioneira e substituindo com outros conceitos igualmente válidos e relevantes oferecidos por outras teorias administrativas ao longo das três últimas décadas. A teoria neoclássica pode ser identificada através de algumas características marcantes: a ênfase nos objetivos e resultados, a reafirmação relativa (e não absoluta) dos autores clássicos, a ênfase nos primeiros clássicos de administração, a ênfase nos resultados e objetivos e, sobretudo, o ecletismo aberto a novas ideias e propostas. A teoria neoclássica tornou a administração uma técnica social básica. Isto leva à necessidade de o administrador conhecer, além dos aspectos técnicos e específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados com a direção de pessoas dentro das organizações. A Teoria Neoclássica surgiu com o crescimento exagerado das organizações. Uma das respostas que procurou dar foi a respeito do dilema centralização versus descentralização. Boa parte do trabalho dos neoclássicos está voltada para fatores que levam à decisão de descentralização, bem como às vantagens e desvantagens que a descentralização proporciona. A Teoria Neoclássica enfatiza as funções do administrador: O Planejamento, a organização, a direção e o controle. 24 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL De acordo com o SOBRAL (2008), desenvolvimento organizacional é fundamental para a evolução das organizações, pois se trata de um espaço de tomada decisões complexas e abrangentes, aparentemente contraditórias, uma vez que se refere à divisão do trabalho, integração e coordenação das atividades e recursos organizacionais. Procura sempre definir as principais funções administrativas de forma racional. A estrutura organizacional é o resultado final de um processo de organização, são ordenadas para possibilitar o alcance dos objetivos. Estrutura organizacional possui algumas funções básicas que são possibilitar aos membros organizacionais a divisão de atividades de acordo com a sua especialização, padronizando cada tarefa e função. Possibilitar aos membros uma integralização com a supervisão hierárquica, minimizar a influência das variações individuais sobre a organização, bem como minimizar as consequências indesejáveis da divisão de trabalho. Em citações conforme CHIAVENATO (2010), no desenvolvimento organizacional são pessoas que interagem entre si para alcançar objetivos comuns. A organização é qualquer empreendimento humano crido e moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos, seja de uma organização formal que é aquela que possui uma divisão racional do trabalho, representados por organogramas e que possui um planejamento estrutural para que assim todos os colaboradores possam seguir regras e regulamentos internos. Possuindo horário formal aos colaboradores e uma localização determinada. E a organização informal que são pessoas que possuem posições de líderes na organização, e possuem um relacionamento interpessoais. Geralmente organizações informais surgem a partir de relações de amizade, família etc. As organizações informais podem prolongar-se em horários, e possuem mais chances de mudarem de localização. De acordo com Idalberto, estrutura organizacional não é permanente e nemdefinitiva, pois deve ser ajustada e reajustada continuamente, sempre que a situação e o contexto ambiental sofram mudanças. Assim, à medida que enfrentam novos desafios gerados por mudanças externas, a organização conseguirá responder adequadamente para ser bem-sucedida. Diversas organizações estão se reestruturando continuamente 25 para se torna mais ágeis, simples, eficientes e eficazes em um ambiente global de forte e acirrada concorrência. A estrutura organizacional é a maneira como as atividades da empresa são divididas, coordenadas e organizadas. Possuir um planejamento que assegure a divisão e coordenação das atividades dos membros é fundamental para um bom resultado. Organograma é de extrema importância para que possamos ter conhecimento sobre as hierarquias dentro da organização, e as respectivas responsabilidades dos cargos dentro da empresa. CONSIDERAÇÕES A função da organização é uma das mais sofisticas funções administrativas, organizar é o processo de estabelecer a utilização de todos os recursos de uma organização, engajar duas ou mais pessoas para trabalhar juntas de uma maneira estruturada a fim de alcançar algum objetivo especifico. Ambos os livros abordam a importância que para o desenvolvimento organizacional, é preciso planejamento, supervisão e trabalho em equipe para que possam alcançar seus objetivos. As organizações necessitam estar em alertas sempre com os desenvolvimentos, pois o mercado está cada vez mais competitivo alerta Idalberto. 26 ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS Administração por objetivos de acordo com Chiavenato (1999) é um processo pelo qual os gerentes e subordinados identificam um objetivo em comum e definem ás áreas de responsabilidades de cada um em termo de resultados esperados. Utilizam um esquema para que este trabalho seja elaborado, e ele é: gerentes e subordinados se reúnem e verificam as necessidades, e logo postergam as atividades para os subordinados, sendo que todas as tarefas já irão possuir metas e objetivos a serem cumpridos. A gerência acompanhada do início ao final todo o trabalho, para que possa dar suporte caso seja necessário. Periodicamente á reuniões para que todos possam avaliar o andamento das atividades, e se necessário reformular métodos para a realização. A administração por objetivo possui as seguintes características: • Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e subordinado. • Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição. • Interligação entre os vários objetivos departamentais. • Ênfase na mensuração e no controle de resultados. • Continua avaliação, revisão e reciclagem dos planos. • Participação atuante das gerências e dos subordinados. • Apoio intensivo do staff. Alguns dos critérios para escolher os objetivos são atividades com maior impacto nos resultados, é necessário encontrar uma solução efetiva, estabelecer estratégicas empresariais com o fim de obter esses objetivos de forma eficiente. Sobral aborda a administração por objetivos a uma importante dimensão do planejamento. Os objetivos são resultados, propositivos, intenções ou estados futuros que as organizações pretendem alcançar por meio da alocação de esforços e recursos em determinada direção. Os objetivos podem ser classificados de acordo com sua natureza, nível e processo de definição. Os objetivos apresentam-se de forma hierarquia de acordo com o nível organizacional. No topo da hierarquia de objetivos estão as missões e a visão. Missão 27 representa a razão de ser da organização, sua identidade, e é uma declaração escrita que descreve o propósito fundamental do negócio. É importante que a organização deixe explicito em seu escopo de negócio da organização o propósito fundamental do negócio. A missão não deve explicitar produtos ou serviços, mas as sim as necessidades que a empresa pretende satisfazer. As competências centrais da organização, abordando as competências e capacidades que as diferenciam de outras organizações. Demonstrar seu público alvo, explicitar qual é a contribuição da organização para a sociedade em geral. Visão da organização é a declaração do que a organização deseja ser, ou seja, da posição que ela deseja ocupar no futuro. Logo, a visão reflete as aspirações da organização, devendo ser apresentada como um desafio para seus membros. CONSIDERAÇÕES Desta forma, analisamos que Chiavenato aborda a administração por objetivos focando para as tarefas que há dentro da organização, ou seja, metas e objetivos que as equipes almejam alcançar, e este processo possui todo um planejamento e acompanhamento dos superiores e responsáveis. Enquanto Sobral aborda a administração por objetivo no geral, abordando que os objetivos se referem a uma importante dimensão do planejamento, ressaltando também às missões e valores que a organização possui. 28 TEORIA DE SISTEMA A teoria dos sistemas foi desenvolvida por Ludwig von Bertalanffy na década de 1960 para preencher uma lacuna na pesquisa da Biologia, partia da definição de que sistema é um conjunto de unidades relacionadas, possuindo assim duas características básicas: • Propósito ou objetivo: toda organização, assim como todo sistema, possui um objetivo a ser alcançado. • Totalidade ou globalismo: a organização deve ser vista como uma entidade global, com características próprias e peculiares em cada uma de suas áreas. Essa teoria possui ênfase no ambiente. Segundo Chiavenato () , a organização vive em um ambiente fazendo suas operações, e esse ambiente é o mesmo que envia insumos e entradas (materiais, informações, etc.) e onde são colocados seus produtos e saídas (serviços, informações, etc.). E ainda nesse ambiente, existem os mercados para a organização interagir e assim torna-se dependente. Para complemento dessa teoria, a mesma fundamenta-se em mais algumas características. • Quanto à sua constituição: concretos (hardware: máquinas, equipamentos, objetos) ou abstratos (software: conceitos, filosofias, planos) • Quanto à sua natureza: abertos, isto é, a dependência da organização em relação aos insumos onde está inserida. Ou fechados, referindo-se à falta de interação da organização com o ambiente externo. Conforme Sobral e Peci (2008), as organizações não são autossuficientes, pelo fato dos insumos que necessitam e os resultados que foram gerados podem ser observados no ambiente. E os elementos que fazem parte e/ou representam o sistema da organização devem estar de maneira organizada e serem analisados para que juntos desenvolvam uma rede de relacionamentos para facilitar o alcance dos objetivos da empresa. Porém ainda segundo os mesmos, a teoria oferece também limitações tais como não oferecer direcionamento sobre práticas e funções que o administrador precisa adotar e além do mais, argumenta-se que tanto a unicidade como a complexidade da vida 29 social não são consideradas de maneira adequada devido aos conceitos transpostos das ciências biológicas e naturais. CONSIDERAÇÕES E quanto à teoria dos sistemas, pode-se concluir que as organizações são muito mais complexas do que aparentavam ser, devido à uma abordagem abrangente, considerando não apenas os fatores internos da organização, mas também os fatores externos. Um sistema, seja ele qual for, só tem sinergia quando o resultado da interação entre as partes é maior do que a mera soma dos componentes do sistema, ou seja, interdependentes. E assim, as empresas devem ser consideradas sistemas abertos, pela necessidadeda interação com o meio no qual estão inseridas, como forma de se obter insumos para sua entrada e oferecer o resultado de sua saída. As empresas não renderiam se fossem transformadas em um sistema fechado, sem qualquer tipo de interação com o meio e com outros sistemas. Logo, quaisquer atitudes de certa área da empresa, causará grande ou pequeno impacto nas outras áreas restantes. 30 TEORIA DAS CONTINGÊNCIAS Segundo Chiavenato (1999), o termo contingência significa algo incerto ou eventual, que pode acontecer ou não. Portanto para que as organizações sejam bem- sucedidas, devem se preparar para constantes mudanças, para que não fiquem estagnadas, num ambiente organizacional que evolui para a globalização, as mudanças organizacionais são essenciais, utilizando a tecnologia, inovação e revitalização dos meios de obter o sucesso da organização. Uma organização tem as características formadas conforme o ambiente em que ela está inserida. Como o ambiente muda a todo instante, seja por questões econômicas, tecnológicas, sociais, as organizações devem ter uma postura contingente. Pois se não se adaptarem as mudanças de ambiente não conseguiram sobreviver. Para o autor tudo é contingencial, a única certeza atual é a mudança. Pois as teorias gerais e universais de administração só eram úteis quando o mundo dos negócios era relativamente estático e previsível. O foco das organizações é o ajustamento contínuo e adequado ao ambiente, essa ideia veio com a preocupação com a satisfação do cliente, portanto o enfoque da “Teoria da Contingência” é mais voltado para fora do que para dentro da organização. Pois o ambiente externo que faz com que a organização se adeque para obter seus objetivos e o sucesso. Conforme Morgan (1996), as organizações devem se adaptar as circunstâncias ambientais, como preza a “Teoria da Contingência”, pois as necessidades internas e o ambiente devem estar equilibrados. Não existe uma melhor maneira ou uma receita de como organizar, cabe a organização identificar qual ambiente ela se encaixa e buscar o bom alinhamento das tarefas para obter o sucesso. “O grande mérito da abordagem contingencial é fazer com que a gerência normalmente concentrada nos problemas internos da organização volte seus olhos para o ambiente; deixe de olhar para o próprio umbigo e olhe ao seu redor.” (CARAVANTES e KLOECKNER,2010. P. 166) 31 A flexibilidade é uma das palavras chaves desta teoria, pois nada mais é absoluto, a tecnologia, a globalização, as necessidades pessoais, fazem com que as organizações mudem constantemente suas formas de trabalho para atender as demandas atuais. CONSIDERAÇÕES Não existe uma só, ou uma melhor maneira de se organizar, as organizações precisam sistematicamente se adequarem as condições ambientais. Assim, entende-se que a “Teoria da Contingência” possui as seguintes ideias: As organizações devem adotar um sistema aberto e flexível a mudanças e apresentar um equilíbrio entre as tarefas da organização com o ambiente em qual ela está inserida. Foi concluído que há uma dependência da organização em relação ao ambiente e a tecnologia adotada, uma organização não depende apenas de si mesmo, e sim das circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela está utilizando no momento. Tudo focado em obter sucesso, pois sempre se adaptando nunca irá ficar desatualizada perante as outras organizações. 32 2. ESTUDO DE CASO 2.1. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO A Maxi Prime SP é uma empresa de pequeno porte e o seu ramo de atuação é a prestação de serviços técnicos especializados em refrigeração industrial. Possui denominação formada em Sociedade LTDA, do tipo privada. Está no mercado há mais de 10 anos com experiência nas áreas de climatização, refrigeração e limpeza de dutos de ar condicionado. A força de trabalho da empresa é inteiramente CLT e têm 100% no nível de escolaridade por todos os funcionários. Como clientes principais pode-se citar: Goodyear do Brasil, Eucatex, Perfetti Van Melle, Rosset Textil, Daiichi Farmaceutica e Fresenius Kabi. Entre os concorrentes: Sondar, Air Premium e Ar Frio. Os produtos e matérias primas adquiridas pelos fornecedores são peças eletrônicas e mecânicas, compressores, serpentinas, correias, rolamentos, polias, disjuntores, placas de comando, fornecimento de Iseons (fluídos refrigerantes) e entre outros. 2.2. DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS NA EMPRESA/ORGANIZAÇÃO A organização possuí níveis organizacionais divididos em gerência e supervisão e áreas funcionais também divididas, administração e produção. A gerência visa mais o ambiente externo, em busca de novas oportunidades de negócios, prevenção contra ameaças da concorrência e investimentos futuros, quando a supervisão acompanha, por meio de relatórios, vídeos e imagens o trabalho feito da produção. A administração é subdividida em recursos humanos e financeiro, no qual o profissional responsável pelo RH fica no dever de contratar novos funcionários de acordo com a demanda de mercado, calcular folha de pagamento, horas extras e férias entre outras rotinas administrativas. O financeiro pelas contas a pagar e receber e desempenhar relatórios para gerência ter autonomia na tomada de decisões, como qualquer outra empresa de grande porte. 33 A produção que são os técnicos, é racionalizada a partir da distribuição dos funcionários em equipes de acordo com a demanda do dia, se for o caso, pelo nicho de negócio ter picos de chamadas pelo fato do calor. Antecipadamente novas pessoas são treinadas e inseridas nessa área funcional, é feito um roteiro de atendimento por região, ou seja, a equipe que estiver mais próxima atende o próximo chamado, evitando perda de tempo e sempre em busca da satisfação do cliente. Quanto à eficiência e produtividade da organização, é praticado usar o tempo ocioso dos colaboradores, (principalmente da produção) para irem em busca de novos conhecimentos, técnicas e produtos sobre a área em que atuam. 34 3. REVISÃO CONCEITUAL, IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS E ANÁLISE A) Responder em texto curto o entendimento dos 10 itens propostos/tratados tendo como referência as questões propostas na pag. 66 do Livro: SOBRAL, Felipe e Alketa, Peci. Administração Teoria e prática no contexto Brasileiro, Pearson Prentice Hall, 2008. 1) Porque é importante estudar as teorias administrativas e organizacionais? É importante estudar as teorias administrativas e organizacionais para entender o processo de evolução e adaptação das mesmas na época em que surgiram. 2) Como o contexto histórico influencia o surgimento de cada uma das escolas de pensamentos apresentadas neste capítulo? Dê exemplos. O contexto histórico, obviamente, atua em conjunto com os fatores (situações, perspectivas e fatos) que contribuíram para que cada escola de pensamento se formasse, por exemplo, o enfoque que surgiu à partir de resultados que não satisfaziam por completo a Escola Clássica, assim como a Crise de 29. 3) Quais as principais diferenças entre as contribuições que compõe a escola clássica de administração? Porque a administração científica e a gestão administrativa são estudadas no âmbito da mesma escola? Ainda na Escola Clássica encontram-se contribuições que a compuseram, tal como o Capitalismo do século XIX que organizou novas formas de gestão de trabalho. A administração científica e a gestãoadministrativa estão no mesmo âmbito por se completar e possuir os propósitos parecidos, onde a gestão administrativa tem como foco a efetividade, a administração científica se volta à produtividade. 4) Por que a burocracia é considerada um modelo ideal? Quais são as suas principais disfunções? Encontre exemplos. A teoria da burocracia, Weber a considerava como um modelo ideal devido suas características que jamais poderiam ser encontradas de maneira pura quando postas em prática. Essa teoria procura obter domínio baseado apenas no saber. Porém, apresenta 35 algumas limitações, como na atualidade a burocracia é associada a rigidez e ineficiência, apresenta disjunções em relação a maneira incapaz de dar respostas e quanto a adaptação das empresas e também a lentidão na tomada de decisões pelas inúmeras existências de regras detalhadas e minuciosas. 5) Quais os princípios defendidos por Fayol, ainda são válidos na atualidade? A consideração de Taylor pode ser considerada ultrapassada? Justifique. Fayol defendia alguns princípios e, hoje podem ser válidos como a divisão do trabalho, o espírito de equipe, a remuneração e a iniciativa que parte de cada colaborador. E, visto isso, não deve ser considerada "antiga", "inadequada", pois muitas empresas hoje adotam essas medidas e não enfrentam dificuldades em relação a esse tipo de pratica. Já as contribuições vistas por Taylor podem sim ser inválidas em partes, por exemplo, pelo fato de acreditar que o trabalhador só pode executar a tarefa de apenas um jeito e, por outro lado que se contrapõe, é o de reconhecer que o trabalhador deve se adaptar a cada área e função desempenhada na empresa. 6) Quais as principais ideias defendidas pelos autores representantes da teoria de transição? Quais as escolas posteriores que se inspiraram nas ideias desses autores? Na teoria de transição, Follet baseava-se na ideia de que a política, biologia e economia influenciavam os grupos durante a interação enquanto Barnard, outro autor dessa teoria, era influenciado pelo darwinismo social que era pró da filosofia que diz respeito à sociedade ser um tipo de entidade vinculada à princípios morais. A teoria dos sistemas e a abordagem comportamental se inspiraram na teoria de transição. 7) Como o experimento de Hawthorne contribuiu para a consolidação da escola das relações humanas? Quais as principais conclusões dessa escola? Na Teoria das Relações Humanas, a experiência de Hawthorne trouxe a importância que tem o fator humano dentro das organizações e a necessidade de se ter um modelo democrático e humanizado inserido nas mesmas. E com ela, concluiu-se que há 36 organizações informais dentro de instituições espontâneas, há interação do operário com um grupo e assim, o mesmo age como um membro, trabalho é uma atividade grupal, reconhecimento é uma forma de motivação e a Administração é essencial para se formar líderes capazes de ter uma excelente comunicação e compreensão com os seus colaboradores. 8) Qual é a contribuição dos estudos sobre motivação e liderança para a administração? A liderança dentro das organizações é de suma importância pois de certa forma ela serve para influenciar e modificar o comportamento das pessoas de maneira intencional, a motivação está relacionada a liderança porque uma ocasiona a outra, ou seja, a primeira provoca estímulos que motivam as pessoas a realizarem e atingirem determinados objetivos. 9) Qual é a relação existente entre a segunda Guerra Mundial e o desenvolvimento da abordagem quantitativa em administração? O que é a pesquisa operacional? Ao fim da segunda Guerra Mundial adquirimos novos aprendizados para o mundo contemporâneo, nessa época foi observado a organização e as estratégias usadas pelos Militares e foi nesse mesmo período que desenvolveu-se um conjunto de ciências com o objetivo de analisar sistemas complexos (ex: teoria da informação cibernética). A abordagem quantitativa ou operacional está relacionada ao uso de técnicas matemáticas para criação e análise de sistemas complexos que possam facilitar a solução de problemas da administração. 10) Quais são as principais contribuições da teoria dos sistemas para o pensamento administrativo? Em que essas contribuições clássicas de administração? A teoria de sistemas vê a organização como um sistema unificado de partes inter- relacionadas sendo assim uma determinada atitude pode afetar toda a organização, 37 sendo assim ela oferece um meio para uma melhor interpretação das organizações e uma visão mais ampla do ambiente interno e externo. 11) O que é o enfoque contingencial? Quais são as principais contingências identificadas pelas pesquisas nessa área? Enfoque contingencial é uma concepção de organização com o sistema aberto que interage com o ambiente envolvido e defende que diversos fatores internos ou externos podem influenciar a organização sendo as principais contingências: tecnologia, tarefa e tamanho da organização. 12) Em que contexto se insere as tendências contemporâneas em administração? Quais são as principais diferenças existentes entre a teoria de ecologia populacional e a teoria institucional? As tendências contemporâneas surgem no contexto: pós modernismo e pluralismo paradigmático, as principais diferenças são: a teoria de ecologia visa importância de uma visão histórica da evolução das organizações, relativiza o conceito da “eficiência” relacionando-o com a sobrevivência da empresa e alerta sobre a importância de levarem consideração fatores ambientais em contrapartida a segunda enfoca a semelhança organizacional e sistematiza explicações relativas à compreensão dos fenômenos de homogeneidade organizacional 13) O que é movimento de estudos críticos em administração? Qual é a contribuição teórica de Alberto Guerreiro Ramos? O movimento de estudos críticos busca contestar atos que não levados em conta no ambiente administrativo expondo atos e desigualdades para mostrar a verdadeira realidade. Alberto Guerreiro Ramos, propõe que seja feito uma concepção administrativa de funções que limitam e orientam atividades humanas associadas, tendo em vista os mesmos objetivos. 38 14) Quais das abordagens analisadas neste capitulo fazem mais sentido para você? Justifique. A abordagem sobre liderança e motivação é de suma importância para o sucesso de uma organização apesar de ser um assunto constante nas empresas na pratica ainda há muito o que melhorar 3.1. ANALISE E SUGESTÃO DE MELHORIA PARA A EMPRESA EM RELAÇÃO Á TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA 3.1.1. FUNDAMENTOS DA TEORIA A administração cientifica, fundada por Frederick Winslow Taylor, tem como meta aperfeiçoar os sistemas produtivos dentro das organizações baseando se em métodos científicos tem o objetivo de produzir mais sem aumentar os custos em menos tempos. Em seu primeiro livro publicado ele propõe a racionalização do trabalho eliminando movimentos inúteis e assim agilizando o processo de produção. Em seu segundo período elabora 5 princípios que devem ser aplicados em todas as organizações. 3.1.2. IDENTFICAÇÃO DE PRÁTICAS DE GESTÃO EM RELAÇÀO À PRODUÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS Podemos dizer que a empresa segue fielmente o “princípio do preparo dos trabalhadores” pois oferece aos seus colaboradores oportunidade para se aperfeiçoarem em materiais relacionados a função exercida dentro da empresa. 3.1.3. ANÁLISE E SUGESTÕES DE MELHORIAS A divisão de trabalhos das equipes deve ser um ponto a melhorar. Quando a operação tem um planejamento fixo do que deve ser feito,evita-se desperdício de tempo e erros, pois os mesmos sabem como e onde deveram atuar. 39 Quando a divisão de trabalho é clara, isso faz com quem o colaborador não se sobrecarregue e tenha mais dedicação e atenção na função que lhe foi designada. Sugerimos que a empresa realize mais feedbacks com os gestores de cada equipe, afim de evitar transtornos e ao mesmo tempo deixando esclarecido a tarefa de cada um dentro da organização. 3.2. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Foi um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração. 3.2.1 FUNDAMENTOS DA TEORIA A teoria das relações humanas busca humanizar e popularizar a administração libertando- a dos conceitos rígidos e burocráticos com principal foco em desenvolver a psicologia nas organizações, entende- se que um colaborador equilibrado e motivado gera bons resultados. 3.2.2 IDENTIFICAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA OU ORGANIZAÇÃO A empresa mantém uma relação flexível e direta com seus colaboradores devido ao proprietário ser o único responsável pelas áreas funcionais existentes. A relação com o cliente procura ser a mais eficaz possível, para que assim possamos ter o maior número de fidelizações de nossos clientes. Com os fornecedores destaca-se a parceria e as negociações de valores, formas de pagamento e prazos de entrega visando a lucratividade de ambas as partes. 3.2.3 ANÁLISE E SUGESTÃO DE MELHORIAS Para o nosso estudo de caso, a empresa Maxi Prime, sugerimos que seja incluso no sistema organizacional da mesma mais uma divisão, o setor de Recursos Humanos. 40 Incluindo esse setor, a organização seria capaz de cuidar de cada um dos colaboradores e gerar relatórios de performance de cada indivíduo, melhorando a qualidade de vida e a performance dentro da empresa. Também, o setor de RH ajudaria a desenvolver o funcionário dentro das demais áreas da mesma, realocando-os nos setores compatíveis a competência demonstrada no dia-a-dia melhoria em outras divisões. 3.3 TEORIA DE SISTEMA Teoria que possui ênfase no ambiente, analisando a inter-relação dos mesmos e a forma como são organizados. 3.3.1 FUNDAMENTOS DA TEORIA Para Sobral (2008), as organizações são vistas como sistemas abertos, interpretando as necessidades gerando assim um conceito amplo por dentro da empresa, isso tanto interna quanto externamente. Ainda o autor concluiu que o sistema aberto da organização possui subsistemas, para que dessa maneira desenvolva níveis funcionais entre os departamentos da empresa, mantendo ligação entre elas e com o ambiente externo, conquistando assim maiores chances de desempenho e adaptações à mudanças do ambiente externo à empresa. 3.3.2 IDENTIFICAÇÃO DA RELAÇÃO DA EMPRESA/ORGANIZAÇÃO COM AS PARTES INTERESSADAS A empresa tem um ótimo relacionamento com os seus clientes e colaboradores, garantindo assim a fidelidade dos mesmos e a garantia de um serviço de qualidade. Seus funcionários são satisfeitos com a maneira de gestão e a maioria já está na prestação de serviços há um bom tempo. 41 3.3.3 ANÁLISE E SUGESTÃO DE MELHORIAS A organização possui boa prática visando a teoria de Sistemas, pois ao adquirir insumos para executar a sua prestação de serviços consegue executar de maneira correta o processo para se atingir o ótimo atendimento e assim, o ambiente externo reagirá de maneira positiva ao se tratar da satisfação e dessa forma não haverá reclamações. Porém, seria viável que a empresa adquirisse ao uso do canal SAC (Sistema de Atendimento ao Consumidor), pois ainda não faz parte do sistema rotineiro presente na organização, atendimento por e-mail ou telefone, que por meio destes, seriam úteis para os clientes apontarem suas observações e qualificarem o serviço prestado, já que atualmente esse canal de comunicação é feito através do número pessoal do gerente da empresa. Entre os benefícios que o SAC traria para a empresa, ainda pode-se ressaltar a economia para a empresa, visando o alto custo das chamadas via telefone, assim como a aproximação com a tecnologia, e o livre arbítrio do consumidor em escolher qual meio de comunicação para contato direto à empresa, visto que é necessário atender a todos os perfis que existem de clientes seja via mídia social, e-mail, SMS e entre outros. Além de integrar diversos setores na empresa como o departamento de marketing e atendimento, atualização de informações tanto da empresa como do cliente e o atendimento pode ser realizado todos os dias. 42 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS A Maxi Prime SP é uma empresa de pequeno porte, porém tem uma alta demanda de serviços e atende diversos clientes, inclusive presta serviços a outras empresas, de grande porte, multinacionais e etc.; portanto deve se adequar ao ambiente em que está integrada e realizar atos para que possam progredir como organização e com isso lucrando mais. No estudo feito na empresa, identificamos pontos fortes e pontos a serem melhorados, tendo como base as práticas de gestão da escola clássica de administração. Como pontos fortes podemos observar: • O interesse em especializar o funcionário, pois quando estão ociosos são atualizados sobre as novidades da área em que atuam e recebem treinamento para a aperfeiçoarem os conhecimentos que já possui ou que vão adquirir. • A divisão das equipes de produção também deve ser elogiada, os funcionários são divididos em equipes conforme regiões, portanto cada equipe sabe qual região ela atua. • O gestor da empresa deixou claro que a Maxi Prime SP sempre está atualizada perante ao mercado, conhecendo os lançamentos da área em que atuam e se informando sobre as mudanças de necessidade de prestação de serviço na área em que trabalha. Com o estudo de caso, foi identificado que a empresa possui alguns pontos que devem ser melhorados, como: • Padronização das tarefas da área administrativa, na empresa os funcionários do administrativo não possuem função determinada, vão fazendo as tarefas conforme a demanda. A dica é que a empresa determine tarefas especificas para cada funcionário visando a melhora da operação. • A divisão de níveis hierárquicos também deve ser levada em consideração. Na Maxi Prime SP, apenas o sócio proprietário Valcir possui autonomia para decidir questões sobre tudo, portanto seria importante a divisão de responsabilidade conforme 43 os cargos, dar autonomia necessária aos funcionários e delegar alçadas, para que a responsabilidade não fique apenas por conta de uma pessoa. • A implantação de áreas funcionais é essencial para o crescimento da empresa, no momento só possuem as áreas de ADM e Produção. São necessárias áreas como RH, Marketing, Financeiro. O Administrador da empresa é responsável por questões como contratação, propaganda, pagamentos, algo que deveria ser dividido para melhor organização. • Referente a remuneração dos funcionários identificamos que não está sendo de custo-benefício para a empresa, pois os colaboradores recebem um salário fixo, mesmo tendo períodos de ociosidade. O Ideal seria um salário mínimo e o pagamento de comissões por serviço prestado. • A empresa deveria contar com um serviço de atendimento ao cliente, para que possam ser ouvidas sugestões, reclamações e tratado duvidas referente ao serviço prestado. As sugestões de melhorias são a realização dos pontos a serem melhorados, sendo dado o devido valor a estes apontamentos, a empresa irá progredir como organização.44 CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho de APS (Atividade Prática Supervisionada) veio com intuito de nos passar o conceito das teorias administrativas que vem sendo usadas nos meios organizacionais há décadas, e também quanto é relativa de uma organização para outra. Elas vieram se moldando a cada ano que passa, desde a era industrial clássica, em seguida com a Era Industrial Neoclássica redimensionando as anteriores, até a que estamos nos dias de hoje, a Era da Informação que está desafiando cada dia mais Administração que conhecemos. Nesse estudo vimos as Teorias Administrativas que podem ser utilizadas em organização de pequeno porte como a ‘Maxi prime SP’’, uma empresa prestadora de serviços de higienização e instalação de ares condicionados industriais. Ao decorrer de nossas pesquisas, vimos, o modo como são aplicadas, as falhas identificadas e suas possíveis soluções de melhorias encontradas pelo grupo. Ressaltamos que os problemas apresentados na empresa, não é somente dela, e sim, de tantas outras de pequeno porte, porém, nada como uma reestruturação e aplicação de novas técnicas administrativas não as resolvam. Para encerrar, gostaríamos de agradecer primeiramente ao diretor da empresa “MAXI PRIME SP”, Valcir Alves Cardoso, pela oportunidade de fazermos nossa pesquisa em sua empresa, sendo receptivo e suprindo todas as nossas duvidas com boa vontade, também gostaríamos de deixar registrado o quão desafiador foi a realização do trabalho, nos superar obstáculos contra o tempo e trabalho em equipe. Ficamos imensamente gratos pelo conhecimento adquirido por todos da empresa, e por descobrir como funcionam as teorias na prática. Esperamos que os leitores consigam tirar o máximo de proveito do nosso trabalho, seja para estudos acadêmicos, na empresa em que trabalham ou até mesmo em sua própria organização. 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARAVANTES, Geraldo R; CARAVANTES, Cláudia B; KLOECKNER, Mônica C. Administração Teorias e Processos, 6º ed. São Paulo. Pearson, 2010 CASERTA, Maria Ines, Ferramentas para a Moderna Gestão Empresarial, 2010 CHIAVANETO, Idalberto, Introdução a Administração, 1993. CHIAVANETO, Idalberto, Administração dos novos tempos, 7ª tiragem, 1999. CHIAVANETO, Idalberto, Teoria Geral da Administração, 2003. CHIAVANETO, Idalberto, Teoria Geral da Administração, 2004. CHIAVANETO, Idalberto, Teoria Geral da Administração, 2010. COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2004. CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. – 7. ed. rev. E ampl. – São Paulo: Atlas, 2000. DRUCKER, Peter, Introdução à administração, 2006 JUNIOR, Isnard Marshall; CIERCO, Aglinerto Alves; ROCHA, Alexandre Varanda; MOTA, Edmarson Bacelar; LEUSIN, Sérgio. Gestão da qualidade. Série Gestão Empresarial. 9 Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. MEIRELES, Manuel. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo: Futura, 2003. MORGAN, Gareth. Imagens da Organização,1a Edição, São Paulo: Atlas 1996 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: Uma abordagem gerencial. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. STONER, James, Livro Administração, 5ª edição, 1994. Taylor WEBER, Max. A ética protestante e o espírito capitalista. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 46 ANEXOS 47 48 49 50 51 52 53 54
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