Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade I ESTUDOS DISCIPLINARES Formação Geral Prof. Ailton Galdino Fonte: http://www.unisolbrasil.org.br/residuos-solidos-e-tema- de-debate-sobre-meio-ambiente/. Acesso em 23/02/2017 Fonte: http://aprendendonocastroalves.blogspot. com.br/2016/06/campanha-de-coleta-de- oleo-de-cozinha.html. Acesso em 23/02/2017 Questão 1: meio ambiente – consumo sustentável e descarte de resíduos (Enade-2016) Leia a charge a seguir: Fonte: <https://desenvolvimentoambiental. wordpress.com>. Acesso em 9 set. 2016. Questão 1: meio ambiente – consumo sustentável e descarte de resíduos A partir das ideias sugeridas pela charge, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A adoção de posturas de consumo sustentável, com descarte correto dos resíduos gerados, favorece a preservação da diversidade biológica. PORQUE II. Refletir sobre os problemas socioambientais resulta em melhoria da qualidade de vida. Questão 1: pergunta A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa correta da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Questão 1: comentário da resposta Alternativa correta c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. Comentário I. Asserção correta. Justificativa. Práticas adequadas de consumo e de descarte de resíduos beneficiam a manutenção da diversidade biológica. b. Asserção incorreta. Justificativa. Apenas refletir sobre os problemas socioambientais não gera melhoria da qualidade de vida. Na charge, uma pessoa está em uma ilha coberta por resíduos de atividades humanas e sonha com uma ilha paradisíaca. INTERVALO Questão 2. formação do Brasil: reflexos da colonização Leia o texto a seguir: O que Portugal tem a ver com o Brasil Alexandra Lucas Coelho “Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma alemã, conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a casa, continuo a pensar na observação desta veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de entender. Mas é impossível ignorar o que se tem manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes dias. Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização encerrou- se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já ter curado o tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira, porque o alcance da violência vai longe, e em muitas direções. Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas, na relação Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na violência da polícia que continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem sido e será para muitas, livros, bibliotecas. O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades mais urgentes, na cultura), não fez o suficiente contra boa parte disto (na educação, na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto (um capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas questões indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e supera pela esquerda, num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa politizada vinda da elite. A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 12 milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil. A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a forma portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar a exploração brutal de um território gigante, à custa do qual um território minúsculo viveu, como toda uma bibliografia tem mostrado de forma cada vez mais desassombrada. Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos portugueses faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos de um milhão.” Fonte: <https://www.publico.pt/mundo/noticia/o-que-portugal-tem-a-ver-com-o-brasil-1727252>. Acesso em 29 jun. 2016. Questão 2: pergunta Com base no texto, assinale a alternativa correta. a) Para entender o que ocorre no Brasil atualmente, o tema da colonização portuguesa é passado, encerrou-se, é desnecessário falar dele. b) Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje. c) Os atuais problemas brasileiros se agravaram com o lulismo, que pôs fim à herança colonial portuguesa, deu poder às periferias e politizou as elites. d) Os portugueses, que inventaram o sistema escravocrata, introduziram uma violência sistêmica no território brasileiro contra índios e africanos. e) O fato de os portugueses terem sido responsáveis por mais da metade do tráfico em grande escala de africanos escravizados deixou um peso na história brasileira equivalente ao Holocausto. Questão 2: comentário da resposta Alternativa correta b) Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje. Comentário da resposta a) Alternativa incorreta. Justificativa. Há muitos reflexos da colonização na atualidade brasileira, por isso o passado não pode ser ignorado. b) Alternativa correta. Justificativa. De acordo com o texto, a violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. c) Alternativa incorreta. Justificativa. O texto não afirma que os problemas se agravaram com o lulismo e nem que ele pôs fim à herança colonial. d) Alternativa incorreta. Justificativa. A escravidão não foi inventada pelos portugueses. INTERVALO Questão 3. meio ambiente e saúde: poluição do ar Questão 3. meio ambiente e saúde: poluição do ar Leia otexto e a charge anterior. “Níveis de poluição do ar estão crescendo em muitas das cidades mais pobres do mundo. OPAS/OMS Brasil – Trecho (12 de maio de 2016) Mais de 80% das pessoas vivendo em áreas urbanas que monitoram a poluição do ar estão expostas a níveis de qualidade do ar que excedem os limites da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora todas as regiões do mundo sejam afetadas, populações de baixa renda são as que mais sofrem impacto. De acordo com o último banco de dados sobre a qualidade do ar em áreas urbanas, 98% das cidades em países de baixa e média renda com mais de 100 mil habitantes não atendem às diretrizes de qualidade do ar da OMS. Em países de alta renda, no entanto, esse percentual cai para 56%. Nos dois últimos anos, o banco de dados – que agora abrange 3 mil cidades em 103 países – quase dobrou, com mais cidades medindo os níveis de poluição de ar e reconhecendo os impactos associados à saúde. Enquanto a qualidade do ar em áreas urbanas cai, o risco de acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão e doenças respiratórias crônicas e agudas (incluindo asma) aumenta para as pessoas que vivem nesses locais. A poluição do ar é uma das principais causas de doenças e mortes. A notícia de que mais cidades estão intensificando o monitoramento da qualidade do ar é positiva, então quando tomam medidas para melhorá-lo passam a ter um ponto de referência, afirmou Flavia Bustreo, diretora-geral assistente do programa da OMS sobre Saúde das Crianças, Mulheres e Família. Quando o ar poluído toma nossas cidades, as populações urbanas mais vulneráveis – mais jovens, mais velhos e mais pobres – são as mais afetadas.” Fonte: <https://catracalivre.com.br.>. Acesso em 18 ago. 2016. Fonte: <http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5096&Itemid=839>. Acesso em 28 jun. 2016 Questão 3. enunciado Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. O objetivo da charge é criticar os problemas do sistema de saúde brasileiro, mostrando que ele salva alguns e prejudica outros. II. De acordo com o texto, 80% da população mundial sofrem os males provocados pela poluição. III. O texto e a charge abordam os problemas de saúde causados pela poluição do ar nas cidades e propõem o monitoramento do ar como a solução para reverter essa situação. IV. Nos países de alta renda, 56% das pessoas são afetadas pela poluição. a) Nenhuma afirmativa é correta. b) Somente as afirmativas II e III são corretas. c) Somente as afirmativas I e IV são corretas. d) Somente as afirmativas II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas I e III são corretas. Questão 3. comentário da resposta Resposta correta a) Nenhuma afirmativa é correta. Comentário da resposta I. Afirmativa incorreta. Justificativa. A charge enfatiza a poluição causada pela ambulância, não se trata de uma crítica ao sistema de saúde. II. Afirmativa incorreta. Justificativa. De acordo com texto, 80% das pessoas que vivem em áreas urbanas monitoradas estão expostas à má qualidade do ar. III. Afirmativa incorreta. Justificativa. Na charge e no texto, não há qualquer proposta de solução. Eles apenas apresentam o problema. IV. Afirmativa incorreta. Justificativa. De acordo com o texto, 56% das cidades em países de alta renda não atendem às diretrizes de qualidade do ar da OMS. INTERVALO Questão 4. arte urbana: expressões artísticas e grafite São Paulo, a capital mundial do grafite. A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus a céu aberto de arte urbana do mundo “Quando estiver andando por São Paulo, olhe para cima. Ou para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de classe média ou pela periferia. Há uma característica comum às diferentes regiões da maior cidade mais populosa da América Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial do grafite. De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião de que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. ‘O grafite é uma manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se impõe’, dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo realismo fantástico com personagens bem característicos, sempre com cores e figuras geométricas parecidas. Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul da capital paulista. ‘A arte não é para você gostar, é para você refletir e pensar’, completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula artivista, por atrelar o grafite a ações sociais. Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as ruas uma das maiores características dessa arte: a acessibilidade. ‘O fato de a arte estar na rua já é muito mais democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver’, diz a artista e grafiteira Prila Paiva, 35 anos. Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, ‘a adrenalina de pichar’, segundo Mundano. Para ele, tudo é relativo. Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para vender lingerie. São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve um acordo entre artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros grafitados. De outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. ‘Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura do grafite", contam Os Gêmeos. ‘Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, em vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte’. Mesmo assim, no final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os grafites na cidade, com uma pequena ficha de alguns artistas. Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter sido apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro Graffiti em São Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de muros grafitados. ‘O grafite tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais aquela má impressão da arte marginal’, diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além do reconhecimento do público, o grafite foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a arte urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo mundo. ‘Depois que fizemos a exposição dos Gêmeos, ganhamos outro público na galeria. Esses artistas têm um apeloque outros não têm’, diz Alexandre Gabriel, diretor da galeria Fortes Vilaça, que representa Os Gêmeos. Neste momento, a cidade abriga a 14ª edição da Graffiti Fine Art, um projeto com curadoria do artista Binho Ribeiro, que expõe grafites no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). A exibição é gratuita. O museu fica em um bairro nobre da capital, no Jardim Europa, uma prova de que essa arte marginal anda mais ao centro do que à margem da cidade. ‘Não existe preconceito do mercado, o que existe são pessoas preconceituosas’, conclui Ribeiro. Pimp My Carroça Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em 2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo reciclável de São Paulo, que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio para os centros de reciclagem. ‘Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para elas’, diz Mundano. A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas refletoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça. Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro de São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos e uma consulta com um clínico geral. De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já incontável de carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável.” Fonte: <http://brasil.elpais.com/brasil/2013/11/23/cultura/1385165447_940154.html>. Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). Questão 4. enunciado Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Apesar de haver controvérsias quanto à aceitação do grafite e da pichação como formas de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente reconhecidas. III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis aos outdoors e deveria haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações. IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características da arte urbana. Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/album/2 017/01/19/as-melhores-cidades-do-mundo- para-arte-urbana-sao-paulo-e-uma- delas.htm?foto=1. Acesso em 23 fev. 2017 Fonte: https://spcity.com.br/roteiro- arte-urbana-sao-paulo/. Acesso em 23 fev. 2017 Questão 4. questões do enunciado Está correto o que se afirma apenas em: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I e IV. e) I, II e IV. Questão 4. comentário da resposta Resposta correta d) I e IV. Comentário da resposta I. Afirmativa correta. Justificativa. O texto menciona ações que mostram o reconhecimento do grafite como obra de arte, como a publicação do livro com figuras de arte urbana e a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. II. Afirmativa incorreta. Justificativa. O texto não afirma que o grafite agrava preconceitos e o aponta como uma forma de expressão de arte popular. III. Afirmativa incorreta. Justificativa. O texto não propõe uma lei semelhante à implantada pelo prefeito Kassab para proibir as manifestações de grafite. IV. Afirmativa correta. Justificativa. A arte urbana é efêmera, pois pode ser apagada ou coberta por outra, e acessível a todos que circulam pela cidade. Normalmente, essas expressões têm relação com causas sociais, pois são manifestações populares. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade I ESTUDOS DISCIPLINARES Formação Geral Prof. Ailton Galdino Disponível em: http://wikimapia.org/3036479/pt/Horta-Org%C3%A2nica- Sa%C3%BAde-e-Vida. Acesso em 23/02/2017 Questão 5. Saúde, Alimentação e Obesidade Questão 5. Saúde, Alimentação e Obesidade Leia o texto a seguir. Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças mundiais na alimentação Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por que não vemos publicidade de legumes na TV? Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação e suas consequências no cenário internacional foram abordadas por Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele participou do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no Sesc Santos. Questão 5. Saúde, Alimentação e Obesidade Confira algumas questões levantadas. Estamos engordando Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas populações dos Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça conclui: essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em países industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia. Os mais pobres engordam mais. Até recentemente, acreditava-se que essa era uma epidemia que atingia principalmente as populações que estavam melhorando economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem assim: O que nós estamos a viver é não só o aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se esperava, quem é mais afetada é a população mais carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da biologia é um paradoxo, afirma. Somos treinados para engordar “Nós somos uma máquina de engordar. Isso porque a capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura foi essencial para a sobrevivência do ser humano, diante da escassez de alimentos. O ser humano está preparado para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 50 anos. Não estamos preparados biologicamente para isso, afirma Pedro.” O que mudou? Diversas alterações demográficas causaram mudanças na alimentação: a entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o envelhecimento da população e a necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta o tempo do trabalho, o que fica para trás é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles que exigem tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em muitos lugares é mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos - ricos em açúcar, sal e gordura - em vez de alimentos frescos. Você já viu propaganda de alface na TV? Provavelmente não. Mas vemos diariamente publicidade de produtos ultraprocessados e super calóricos, não é mesmo? Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes indústrias alimentícias lucram muito, enquanto quem trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos pequenos e são os que mais sofrem comas oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim fica fácil entender como um lado tem muito mais capacidade de investir e produzir comunicação (publicidade, marketing etc.) do que o outro. É preciso reconhecer o ambiente. De acordo com o pesquisador W. Philip James, durante décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual fossem suficientes para prevenir a obesidade, porém, depois de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a subir. Essa epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou obesogênico. Isso significa que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação saudável, se não há um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos saudáveis em local próximo, a preços acessíveis. Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que eu posso criar para que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer como é importante consumir suco de laranja‖, exemplifica Pedro Graça. Disponível em: <http://www.sescsp.org.br/online/artigo/9501_OBESIDADE+CONSUMO+E+POLITICA+UMA+CONVERS A+SOBRE+AS+MUDANCAS+MUNDIAIS+NA+ALIMENTACAO#/tagcl oud=lista>. Acesso em 08 jun 2016 (com adaptações). Questão 5. Enunciado Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual e a obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma vez que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os alimentos frescos. III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, consequentemente, aumenta a prevalência de obesidade. Questão 5. Enunciado IV. A propaganda e o marketing têm influência sobre a venda de produtos industrializados e atingem apenas as regiões urbanas. a) Nenhuma afirmativa está correta. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) Apenas a afirmativa II está correta. d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Alternativa correta: C. Comentários I – Afirmativa incorreta. Justificativa. O texto afirma que a obesidade não é um problema individual, pois é favorecida pelo ambiente da vida moderna. II – Afirmativa correta. Justificativa. O texto afirma que “em muitos lugares é mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos - ricos em açúcar, sal e gordura - em vez de alimentos frescos”. III – Afirmativa incorreta. Justificativa. O texto afirma que a obesidade cresce mais entre os menos privilegiados economicamente. IV – Afirmativa incorreta. Justificativa. A propaganda e o marketing não atingem apenas as áreas urbanas. Questão 5. Comentários da resposta INTERVALO Questão 6. Tecnologia: realidade aumentada Leia o texto e a charge e analise as afirmativas a seguir. Pokémon GO no Brasil: Como foi o primeiro dia do jogo no país Jogo dos monstrinhos leva pessoas à rua e faz estranhos se socializarem 04/08/2016 – Bruno Silva A febre de Pokémon GO no Brasil já era mais do que esperada. Desde os pedidos desesperados nas redes sociais, os protestos que levaram à invasão da conta do criador do game no Twitter ao lançamento oficial do jogo no país, na última quarta- feira (3), alcançando o topo da AppStore em menos de um dia, era de se imaginar que o jogo teria, aqui, o mesmo sucesso encontrado lá fora. Mas e nas ruas do país? Como seria a recepção? Para responder a essa pergunta, aguardamos, como muitos, o raiar do sol (o jogo chegou aqui às 18h da quarta) para embarcar na nossa própria jornada Pokémon. Andei pelas ruas de São Paulo e a resposta é: sim, Pokémon GO é uma febre. Em toda a capital paulista, vários grupos se juntaram espontaneamente para jogar. Foi muito fácil encontrar pessoas de todos os gêneros, idades e estilos nas ruas, com um comportamento aparentemente duvidoso frente à tela do celular, procurando seus monstros. Nossa jornada começou por volta das 9h30. Como a Niantic já afirmou que os monstros têm mais possibilidade de serem encontrados em parques e em pontos turísticos, fui ao local que junta as duas características: o Parque do Ibirapuera. No caminho, dentro de um Uber (nunca jogue ao volante!) liguei o aplicativo na esperança de achar mais monstros, aproveitando o movimento do carro, mas só encontrei Pidgeys e Zubats – os tipos mais comuns na rua. A aposta no Ibirapuera deu certo: logo na entrada do portão 9 do parque encontrei um Eevee, um Goldeen e um Paras. A janelinha de monstros próximos acusava a presença de mais monstros que ainda não havia encontrado até então: Geodude, Staryu e um Bulbasaur. Procurei um bocado, mas o inicial de grama não deu as caras. Observando o parque, era fácil observar que algo estava diferente. Além dos habituais corredores e ciclistas, um terceiro tipo de pessoa era bem comum nas pistas e gramados do parque: pessoas andando com a cabeça baixa, olhando para a tela do celular. Olhei de relance para a tela quando pude; em quase todos os casos, era Pokémon GO. Na maioria das vezes, nem era necessário bisbilhotar: quando duas pessoas ou mais estava com o celular na mão, a conversa invariavelmente era algo como capturei um Zubat com 150 CP ou tô quase evoluindo meu Pidgey. O mais surpreendente, entretanto, veio quando me aproximei do Planetário do Ibirapuera, que no game, é um ponto com quatro pokéstops adjacentes. Nas quatro, foram colocados Lure Modules – itens que servem para atrair monstros para a pokéstop – e, com isso, cerca de 15 pessoas estavam por ali, sentadas ou andando em círculos, olho fixo no smartphone, o polegar se arrastando de baixo para cima da tela. O problema de Pokémon GO No meio do caminho, deparei com o principal problema que aflige o jogador de Pokémon GO: a bateria do celular. O uso do jogo no carro a caminho do parque e no local fez a energia do smartphone despencar de 100% a 10% em pouco menos de uma hora e meia de uso. Depois que o celular apagou, perambulei pelo parque até achar uma tomada em uma lanchonete, e passei 40 minutos esperando o aparelho voltar a um nível seguro de bateria. Lá, tive um encontro inusitado: o entregador da lanchonete estava jogando Pokémon GO e imediatamente começamos a bater papo. “Peguei uns três Bulbassauro já. Estou aproveitando as minhas entregas e o caminho de ônibus pra capturar mais, me contou o entregador, também reclamando que o celular gasta muita bateria. Vou voltar aqui no fim de semana com meu amigo pra capturar mais”, finalizou. Disponível em <https://omelete.uol.com.br/games/artigo/pokemon-go-no-brasil-como-foi-o-primeiro- dia-do-jogo-no-pais/>. Acesso em 10 ago. 2016. Disponível em: <https://www.facebook.com/autonomialiteraria/photos/a.586556438148148.1073741827.58487608831618 3/823842474419542/?type=3&theater>. Acesso em 10 ago. 2016. I. O texto e a charge mostram que o Pokémon Go encontrou grande aceitação entre os brasileiros e enaltecem o poder de engajamento do jogo. II. A charge critica a alienação de pessoas que aderem ao jogo e se desconectam da realidade em que vivem. III. O texto e a charge apontam os problemas do Pokémon Go no comportamento das pessoas, pois o jogo leva o usuário para uma realidade paralela, promovendo a falta de sociabilidade. IV. O objetivo da charge é mostrar os aspectos positivos do jogo, que torna felizes seus usuários, poupando-os dos problemas do mundo em que vivemos. Está correto o que se afirma em:a) I e II. b) II e III. c) I e IV. d) II, III e IV. e) II. Questão 6. Enunciado Alternativa Correta: e Comentário I – Afirmativa incorreta. Justificativa. A charge mostra uma crítica ao jogo, pois enfatiza a alienação provocada por ele. II – Afirmativa correta. Justificativa. A charge mostra um jovem que não percebe o mundo à sua volta pelo fato de estar entretido com o jogo. III – Afirmativa incorreta. Justificativa. A crítica da charge não se refere à falta de sociabilidade, mas sim à alienação. IV – Afirmativa incorreta. Justificativa. A charge é crítica em relação ao jogo, não há referências a aspectos positivos dele. Questão 6. Comentário da resposta INTERVALO Disponível em: http://www.rafazildo.com/blog/a-cultura-est-acima-da-diferena-da-condio-social. Acesso em 23/02/2017 Questão 7. Condição humana: opressão social e comportamento Disponível em: http://www.rafazildo.com/blog/a-cultura-est-acima-da-diferena-da-condio-social. Acesso em 23/02/2017 Questão 7. Condição humana: opressão social e comportamento Disponível em: <http://sorisomail.com/img/1304789819776.jpg>. Acesso em 18 jun. 2016. Questão 7. Condição humana: opressão social e comportamento Leia a charge a seguir. Questão 7. Enunciado Assinale a alternativa que indica um ditado popular que tenha relação com a charge. a) “O maior cego é aquele que se recusa a ver”. b) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. c) “Tão grande é o erro como o que erra”. d) “A grama do vizinho é sempre mais verde”. e) “As melhores essências estão nos menores frascos”. Questão 7. Comentário da resposta Resposta correta Alternativa correta: A. Comentário Na charge, o pássaro maior não percebe que, consideradas as proporções, ele está oprimido em um espaço menor do que o outro. Assim, a crítica da charge é em relação às pessoas que não enxergam a própria realidade. INTERVALO Questão 8. Preconceito: estereótipos sociais e racismo. Leia os Quadrinhos e as afirmativas a seguir. Disponível em: <http://www.quadrinhosacidos.com.br/2015/05/86-racismo-sem- querer.html>. Acesso em 14 jun. 2016. I. O objetivo dos quadrinhos é mostrar que os preconceitos estão enraizados no nosso cotidiano e não incomodam ninguém. II. Os quadrinhos denunciam estereótipos sociais que se baseiam em uma visão racista. III. Os quadrinhos mostram que há pessoas que, no cotidiano, não percebem o teor racista de seus discursos. Está correto o que se afirma em: a) I, II e III. b) II e III. c) I e II. d) I e III. e) III, apenas. Questão 8. Enunciado Alternativa correta: B. Comentários. I – Afirmativa incorreta. Justificativa. As personagens do desenho mostram-se incomodadas com o discurso racista. II – Afirmativa correta. Justificativa. Os quadrinhos mostram visões pré-concebidas de pessoas, com base na cor da pele. III – Afirmativa correta. Justificativa. Os quadrinhos denunciam o discurso racista, que, muitas vezes, é proferido sem que o enunciador admita ser preconceituoso. Questão 8. Comentário da resposta ATÉ A PRÓXIMA! Unidade I ESTUDOS DISCIPLINARES Formação Geral Prof. Ailton Galdino Criminalidade – Edson Gomes É tanta violência na cidade Brother, é tanta criminalidade É tanta violência na cidade Brother, é tanta criminalidade As pessoas se trancam em suas casas Pois não há segurança nas vias públicas E nem mesmo a polícia pode impedir Às vezes a polícia entra no jogo A gente precisa de um super- homem Que faça mudança imediata Pois nem mesmo a polícia pode destruir Fonte: https://www.letras.mus.br/edson- gomes/45613/. Acesso em 23/02/2017 Questão 9. Violência: sistema socioeconômico Certas manobras organizadas Ah! Ah! Ah! É tanta violência na cidade Brother, é tanta criminalidade É tanta violência na cidade Brother, é tanta criminalidade A lua não é mais dos namorados Os velhos já não curtem mais as praças E quem se aventura pode ser a última E quem se habilita pode ser o fim A gente precisa... Questão 9. Violência: sistema socioeconômico Leia o texto a seguir. Criminologia Eduardo Galeano A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças. Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como as guerras, atos normais de canibalismo. Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem. Fonte: <https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11 /eduardo-galeano-criminologia/>. Acesso em 24 ago. 2016. Questão 9. Enunciado Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de milhões de cidadãos. II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema prisional tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões. III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados. IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres. Está correto o que se afirma somente em: a) I e IV. b) I. c) I, III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Questão 9. Comentário da resposta Alternativa correta: B. Comentário I. Afirmativa correta. Justificativa: o autor denuncia as mortes provocadas legitimamente pelo sistema. II. Afirmativa incorreta. Justificativa: de acordo com o texto, os criminosos são os que detêm o poder econômico e político e que não são responsabilizados pelos males que causam. III. Afirmativa incorreta. Justificativa: o autor aponta que os culpados são os que detêm o poder político e econômico. IV. Afirmativa incorreta. Justificativa: o último verso revela, ironicamente, a indignação do autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada com os poderosos e com o povo. Fonte: <http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/atitude-preconceito-estereotipo.htm>. Acesso em 23/02/2017. Questão 10. Preconceito: herança colonial e racismo Questão 10. Preconceito: herança colonial e racismo Fonte: <https://www.mensagenscomamor.com/mensagens-contra-racismo>. Acesso em 23/02/2017. Questão 10. Preconceito: herança colonial e racismo Leia o texto e os quadrinhos a seguir. O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que o negro ocupou fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil, em 1888, foi o último país a abolir a escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008). A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, inclusive escutamos insultos raciais atuais exigindo que negros e negras voltem “para a senzala”. Mas será que o racismo contra o negro brasileiro atualmente só existe por causa do “tempo do cativeiro”? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, têm raiva dos “pretos” e que estes são “fedidos”, “sujos” e “preguiçosos”. O racismo opera cotidianamente por meio de piadas, causos, ditospopulares, etc. Afinal de contas, temos uma variedade de expressões correntes na língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros. Fonte: <http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual/UNIAFRO/mod1/Disc3- Unidade3-UNIAFRO.pdf>. Acesso em 13 jun. 2016. Fonte: <http://photos1.blogger.com/blogger/7946/2941/1600/mafaldapreconceito1.1.gif>. Acesso em 8 jun. 2016. Questão 10. Enunciado Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se tornado cada vez mais frequentes. II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as pessoas mantêm na linguagem seu preconceito. III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata, que imperou até o final do século XIX no Brasil. IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia, permitiu que os negros se integrassem completamente à sociedade capitalista. Está correto o que se afirma somente em: a) II e III. b) II e IV. c) I e III. d) I e II. e) I e IV. Questão 10. Comentário do enunciado Alternativa correta: A. Comentários. I. Afirmativa incorreta. Justificativa: os quadrinhos criticam as pessoas que não se dão conta de que são racistas. II. Afirmativa correta. Justificativa: a amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que confirma a ideia de que o racismo opera por falas e ações do cotidiano, como afirma o texto. III. Afirmativa correta. Justificativa: “O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata”. IV. Afirmativa incorreta. Justificativa: de acordo com o texto, o abolicionismo foi incompleto, pois o negro não pôde realmente se incluir na ordem social capitalista. INTERVALO Fonte: https://pt.slideshare.net/ eloybezerra/influncia- dos-meios-de- comunicao. Acesso em 23/02/2017 Questão 11. Mídia: influência dos meios de comunicação Fonte:: http://www.fundacaoprotocantins.org/noticia-54465-noticia- consumo-ou-. consumismo.html: Acesso em 23/02/2017 Questão 11. Mídia: influência dos meios de comunicação Questão 11. Mídia: influência dos meios de comunicação Fonte: <http://www.materiaincognita.com. br/wp-content/uploads/2012/04/TV- faz-mal-ao-cerebro.jpg>. Acesso em 20 jun. 2016 Considere a ilustração e as afirmativas a seguir: Questão 11. Enunciado I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o conhecimento das crianças, contribuindo para um mundo mais bem informado. II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não promoviam o acesso à informação como a internet faz atualmente. III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam perda de autonomia do raciocínio. Está correto o que se afirma somente em: a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III. Questão 11. Comentário da resposta Resposta Alternativa correta: C. Comentários. I. Afirmativa incorreta. Justificativa: a ilustração é uma crítica ao modo como os meios de comunicação desfazem os pensamentos próprios dos indivíduos. II. Afirmativa incorreta. Justificativa: a crítica refere-se à falta de pensamento crítico que os meios de comunicação causam; não se trata de uma questão de desenvolvimento tecnológico. III. Afirmativa correta. Justificativa: a figura mostra a criança perdendo seu raciocínio próprio ao ficar exposta à televisão. INTERVALO Questão 12. Cidadania: protagonismo social Leia o texto, de autoria de Vladimir Safatle, e analise as afirmativas a seguir. Quem tem o direito de falar? Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma astuta de silenciamento A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos. Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos “política”. Na verdade, a política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos. A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu mundo. Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo. Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: “parem de nos mostrar o que não queremos ver”, “isto irá quebrar a força de nosso discurso”. Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma desafecção. Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados. Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento. Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros). Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres. Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado. Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de circulaçãode afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo que agora codificada como região setorizada do espaço comum. Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do “qualquer um” que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos. O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um. Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-falar.shtml>. Acesso em 13 jun. 2016. Fonte: em:http://www.facip.ufu.br/node/1360. Acesso em 23/02/2017. Fonte: http://www.infojovem.org.br/blog/2016/09/14/entidad es-apresentam-carta-pela-economia-solidaria-a- candidatos-em-sao-paulo/ Acesso em 23/02/2017 UMA OUTRA ECONOMIA ACONTECE Questão 12. Enunciado Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não democrático. I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não democrático. II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade. III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos. Assinale a alternativa correta: a) Todas as afirmativas são corretas. b) Apenas as afirmativas I e II são corretas. c) Apenas a afirmativa III é correta. d) Apenas as afirmativas II e III são corretas. e) Nenhuma alternativa é correta. Questão 12. Comentário da resposta Alternativa correta: E. Comentários. I. Afirmativa incorreta. Justificativa: o autor não afirma que vivemos em um regime autoritário e aponta como silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos representativos de determinado grupo. II. Afirmativa incorreta. Justificativa: o autor afirma que a política é também uma questão da circulação dos afetos e não atribui aos políticos o papel de representar grupos identitários. III. Afirmativa incorreta. Justificativa: de acordo com o texto, a divulgação da foto contribuiu para a quebra de invisibilidade de uma questão importante no cenário atual. INTERVALO Questão 13. Formas alternativas de energia: energia solar. Leia o texto a seguir. Energia solar contra a escuridão do Amazonas Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade Heriberto Araújo – 08 maio 2016. A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don‘t Sleep, There are Snakes (Não durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas, sim, nas movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. “No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do município amazônico de Tefé. O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias no rio, e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da água desde o leito do rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com medo que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. “Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados”, diz Soares Brito. Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena fábrica — prevista para abril — com três congeladores alimentados por painéis solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de barco do povoado, como Manaus. A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, após a implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências, principalmente, para os grandes centros urbanos. Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora prossumidores, neologismo que reflete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o produtor de pelo menos uma parte de sua demanda. “Estamos diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira pode participar diretamente da criação de uma nova matriz energética”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem, segundo Sauaia, a geração compartilhada de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que o que é consumido, e vice-versa”. A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas. Fonte: <http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_041451.html>. Acesso em 10 jun. 2016. Questão 13. Enunciado Com base na leitura, analise as afirmativas: I. O novo paradigma da geraçãode energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor. II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da Amazônia, onde há aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de qualidade. IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma boa alternativa. Questão 13. Assinale a alternativa correta: a) Todas as afirmativas são corretas. b) Apenas as afirmativas I e II são corretas. c) Apenas a afirmativa III é correta. d) Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas. e) Nenhuma afirmativa é correta. Questão 13. Comentário da Resposta Alternativa correta: C. Comentários. I. Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto afirma que o proconsumidor deve produzir uma parte da energia que consome, mas não determina essa porcentagem. II. Afirmativa incorreta. Justificativa: de acordo com o texto, a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar pelo menos 25% mais energia do que a região alemã mais favorecida. Não há comparação referente à produção ou à capacidade geradora dos dois países. III. Afirmativa correta. Justificativa: no texto, consta a informação de que, na região amazônica, há mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica e melhorar as condições de vida das comunidades é o objetivo do Instituto Mamirauá, por meio da instalação de painéis solares. IV. Afirmativa incorreta. Justificativa: não se afirma que o principal problema da Amazônia é a seca. Na verdade, trata-se de uma região bastante abastecida por complexos hidrográficos. O texto menciona que houve secas no Brasil, o que prejudicou a geração de energia hidroelétrica. ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar