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Slides de Aula Unidade I

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Unidade I
ESTUDOS DISCIPLINARES 
Formação Geral 
Prof. Ailton Galdino
Fonte: http://www.unisolbrasil.org.br/residuos-solidos-e-tema-
de-debate-sobre-meio-ambiente/. Acesso em 23/02/2017
Fonte: 
http://aprendendonocastroalves.blogspot.
com.br/2016/06/campanha-de-coleta-de-
oleo-de-cozinha.html. Acesso em 
23/02/2017
Questão 1: meio ambiente – consumo sustentável e 
descarte de resíduos
(Enade-2016) Leia a charge a seguir:
Fonte: 
<https://desenvolvimentoambiental.
wordpress.com>. Acesso em 9 set. 
2016.
Questão 1: meio ambiente – consumo sustentável e 
descarte de resíduos
 A partir das ideias sugeridas pela charge, avalie as asserções 
a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A adoção de posturas de consumo sustentável, com 
descarte correto dos resíduos gerados, favorece a 
preservação da diversidade biológica.
PORQUE
II. Refletir sobre os problemas socioambientais resulta em 
melhoria da qualidade de vida.
Questão 1: pergunta
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma 
justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é 
uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma 
proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição 
verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 1: comentário da resposta
 Alternativa correta
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma 
proposição falsa.
Comentário
I. Asserção correta. 
Justificativa. Práticas adequadas de consumo e de descarte de 
resíduos beneficiam a manutenção da diversidade biológica. 
b. Asserção incorreta. 
Justificativa. Apenas refletir sobre os problemas 
socioambientais não gera melhoria da qualidade de vida. Na 
charge, uma pessoa está em uma ilha coberta por resíduos de 
atividades humanas e sonha com uma ilha paradisíaca. 
INTERVALO
Questão 2. formação do Brasil: reflexos da colonização 
Leia o texto a seguir:
O que Portugal tem a ver com o Brasil 
Alexandra Lucas Coelho
“Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, 
disse-me uma alemã, conhecedora profissional de Portugal e Brasil. 
Estávamos na Alemanha, o Brasil temia uma guerra civil, foi há dez 
dias. Agora, de volta a casa, continuo a pensar na observação desta 
veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de entender. 
Mas é impossível ignorar o que se tem manifestado em Portugal de 
equívoco face ao Brasil ao longo destes dias.
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da 
colonização encerrou- se, chega de falar dele, é passado. Penso o 
contrário, que mal começamos, que é presente, e a atual crise 
brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas 
brasileiras, como pelo que revelou do olhar de Portugal sobre 
o Brasil, e sobre si mesmo.
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação 
portuguesa e 194 de independência. Se alguém acredita que o 
tempo da independência poderia já ter curado o tempo da 
ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira, porque o 
alcance da violência vai longe, e em muitas direções. Esses 322 
anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem 
entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em 
favelas, na relação Casa-Grande & Senzala das elites com os 
empregados, na violência da polícia que continua a ser militar, 
no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e 
estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos 
grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o 
conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é 
elenco para uma crônica, tem sido e será para muitas, livros, 
bibliotecas.
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança 
(nas desigualdades mais urgentes, na cultura), não fez o 
suficiente contra boa parte disto (na educação, 
na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto (um 
capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e 
nas questões indígenas) e historicamente produziu uma 
geração que o critica e supera pela esquerda, num caldo inédito 
de periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa 
politizada vinda da elite.
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências 
fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e 
escravatura africana. Os portugueses não inventaram a 
escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 
12 milhões de indivíduos que as potências europeias 
deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram 
traficados por Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja, 
quase metade do tráfico foi assegurado por Portugal, e a 
maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil.
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos 
XV e XVIII a forma portuguesa de a praticar foi secundada por 
ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal 
coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar
a exploração brutal de um território gigante, à custa do qual 
um território minúsculo viveu, como toda uma bibliografia 
tem mostrado de forma cada vez mais desassombrada. 
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a 
maior parte dos portugueses faça ideia de que Portugal, 
sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no 
Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, 
depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos 
índios, provavelmente não menos de um milhão.” 
Fonte: <https://www.publico.pt/mundo/noticia/o-que-portugal-tem-a-ver-com-o-brasil-1727252>. 
Acesso em 29 jun. 2016.
Questão 2: pergunta
 Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Para entender o que ocorre no Brasil atualmente, o tema da 
colonização portuguesa é passado, encerrou-se, é 
desnecessário falar dele.
b) Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas 
naturezas, tiveram origem no sistema português de 
colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje.
c) Os atuais problemas brasileiros se agravaram com o lulismo, 
que pôs fim à herança colonial portuguesa, deu poder às 
periferias e politizou as elites.
d) Os portugueses, que inventaram o sistema escravocrata, 
introduziram uma violência sistêmica no território brasileiro 
contra índios e africanos.
e) O fato de os portugueses terem sido responsáveis por mais 
da metade do tráfico em grande escala de africanos 
escravizados deixou um peso na história brasileira 
equivalente ao Holocausto.
Questão 2: comentário da resposta
Alternativa correta
b) Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, 
tiveram origem no sistema português de colonização do 
Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje.
Comentário da resposta 
a) Alternativa incorreta. 
Justificativa. Há muitos reflexos da colonização na atualidade 
brasileira, por isso o passado não pode ser ignorado.
b) Alternativa correta. 
Justificativa. De acordo com o texto, a violência sistêmica 
brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da 
colonização portuguesa, extermínio indígena e 
escravatura africana. 
c) Alternativa incorreta. 
Justificativa. O texto não afirma que os problemas se agravaram 
com o lulismo e nem que ele pôs fim à herança colonial. 
d) Alternativa incorreta. 
Justificativa. A escravidão não foi inventada pelos portugueses.
INTERVALO
Questão 3. meio ambiente e saúde: poluição do ar 
Questão 3. meio ambiente e saúde: poluição do ar 
Leia otexto e a charge anterior.
“Níveis de poluição do ar estão crescendo em muitas das cidades mais 
pobres do mundo. OPAS/OMS Brasil – Trecho (12 de maio de 2016) Mais 
de 80% das pessoas vivendo em áreas urbanas que monitoram a 
poluição do ar estão expostas a níveis de qualidade do ar que excedem 
os limites da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora todas as 
regiões do mundo sejam afetadas, populações de baixa renda são as 
que mais sofrem impacto. De acordo com o último banco de dados 
sobre a qualidade do ar em áreas urbanas, 98% das cidades em países 
de baixa e média renda com mais de 100 mil habitantes não atendem às 
diretrizes de qualidade do ar da OMS. Em países de alta renda, no 
entanto, esse percentual cai para 56%. Nos dois últimos anos, o banco 
de dados – que agora abrange 3 mil cidades em 103 países – quase 
dobrou, com mais cidades medindo os níveis de poluição de ar e 
reconhecendo os impactos associados à saúde. 
Enquanto a qualidade do ar em áreas urbanas cai, o risco de 
acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de 
pulmão e doenças respiratórias crônicas e agudas (incluindo 
asma) aumenta para as pessoas que vivem nesses locais.
A poluição do ar é uma das principais causas de doenças e 
mortes. A notícia de que mais cidades estão intensificando o 
monitoramento da qualidade do ar é positiva, então quando 
tomam medidas para melhorá-lo passam a ter um ponto de 
referência, afirmou Flavia Bustreo, diretora-geral assistente 
do programa da OMS sobre Saúde das Crianças, Mulheres e 
Família. Quando o ar poluído toma nossas cidades, as 
populações urbanas mais vulneráveis – mais jovens, mais 
velhos e mais pobres – são as mais afetadas.”
Fonte: <https://catracalivre.com.br.>. Acesso em 18 ago. 2016.
Fonte: <http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5096&Itemid=839>. 
Acesso em 28 jun. 2016
Questão 3. enunciado
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. O objetivo da charge é criticar os problemas do sistema de saúde 
brasileiro, mostrando que ele salva alguns e prejudica outros.
II. De acordo com o texto, 80% da população mundial sofrem os males 
provocados pela poluição.
III. O texto e a charge abordam os problemas de saúde causados
pela poluição do ar nas cidades e propõem o monitoramento 
do ar como a solução para reverter essa situação.
IV. Nos países de alta renda, 56% das pessoas são afetadas pela 
poluição.
a) Nenhuma afirmativa é correta. 
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas I e III são corretas.
Questão 3. comentário da resposta 
Resposta correta
a) Nenhuma afirmativa é correta.
Comentário da resposta 
I. Afirmativa incorreta. 
Justificativa. A charge enfatiza a poluição causada pela 
ambulância, não se trata de uma crítica ao sistema de saúde. 
II. Afirmativa incorreta. 
Justificativa. De acordo com texto, 80% das pessoas que vivem 
em áreas urbanas monitoradas estão expostas à má qualidade 
do ar. 
III. Afirmativa incorreta. 
Justificativa. Na charge e no texto, não há qualquer proposta 
de solução. Eles apenas apresentam o problema. 
IV. Afirmativa incorreta. 
Justificativa. De acordo com o texto, 56% das cidades 
em países de alta renda não atendem às diretrizes 
de qualidade do ar da OMS. 
INTERVALO
Questão 4. arte urbana: expressões artísticas e grafite
São Paulo, a capital mundial do grafite. 
A cidade mais populosa da América Latina concentra 
um dos mais grandiosos museus a céu aberto 
de arte urbana do mundo
“Quando estiver andando por São Paulo, olhe para cima. Ou para 
os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de 
classe média ou pela periferia. Há uma característica comum às 
diferentes regiões da maior cidade mais populosa da América 
Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos 
muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de 
extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial do 
grafite.
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas 
é unânime a opinião de que São Paulo é uma cidade cinza, e o 
grafite insere cor a esse cenário. ‘O grafite é uma manifestação 
artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou 
não. Ele se impõe’, dizem os irmãos Otávio
e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos.
A dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos 
trabalhos que misturam certo realismo fantástico com 
personagens bem característicos, sempre com cores e figuras 
geométricas parecidas. Os irmãos começaram a grafitar em 1987 
no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul da capital 
paulista. ‘A arte não é para você gostar, é para você refletir e 
pensar’, completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula 
artivista, por atrelar o grafite a ações sociais.
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem 
próximo a uma das duas rodoviárias da cidade, um grupo de 58 
artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro Museu Aberto 
de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as ruas 
uma das maiores características dessa arte: a acessibilidade. ‘O 
fato de a arte estar na rua já é muito mais democrático. A pessoa 
não precisa entrar numa galeria fechada para ver’, diz a artista e 
grafiteira Prila Paiva, 35 anos.
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma 
exceção. Como o grande negócio do grafite é ocupar a cidade, os 
artistas nem sempre pintam em muros autorizados. 
Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras 
coisas, ‘a adrenalina de pichar’, segundo Mundano. Para ele, tudo 
é relativo. Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu 
posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir a janela 
de casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa 
propaganda para vender lingerie.
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, 
durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo 
a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e privados. Já 
em relação aos grafites, ainda não houve um acordo entre 
artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a Prefeitura 
apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros grafitados. De 
outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados 
novamente. ‘Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de 
entender e respeitar a cultura do grafite", contam Os Gêmeos. 
‘Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse 
dinheiro do contribuinte, em vez de ser investido em tinta cinza 
para apagar trabalhos de arte’. 
Mesmo assim, no final da gestão de Kassab, a Prefeitura 
publicou um guia bilíngue de lugares para ver os grafites na 
cidade, com uma pequena ficha de alguns artistas.
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e 
no outro pode já ter sido apagada, o consultor financeiro 
Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez tiveram 
a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o 
livro Graffiti em São Paulo, que nasceu de um acervo de mais de 
dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de muros 
grafitados. ‘O grafite tem uma recepção muito boa em todos os 
níveis. Não tem mais aquela má impressão da arte marginal’, diz 
Gonzalez.
Com o passar dos anos, além do reconhecimento do público, o 
grafite foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a arte 
urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo 
mundo. ‘Depois que fizemos a exposição dos Gêmeos, 
ganhamos outro público na galeria. Esses artistas têm um apeloque outros não têm’, diz Alexandre Gabriel, diretor da galeria 
Fortes Vilaça, que representa Os Gêmeos.
Neste momento, a cidade abriga a 14ª edição da Graffiti Fine Art, 
um projeto com curadoria do artista Binho Ribeiro, que expõe 
grafites no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). A exibição é 
gratuita. O museu fica em um bairro nobre da capital, no Jardim 
Europa, uma prova de que essa arte marginal anda mais ao 
centro do que à margem da cidade. ‘Não existe preconceito do 
mercado, o que existe são pessoas preconceituosas’, conclui 
Ribeiro.
Pimp My Carroça
Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em 
2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 
20.000 catadores de lixo reciclável de São Paulo, que 
transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de papelão, 
vidro e alumínio para os centros de reciclagem. ‘Percebi que 
essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para elas’, diz 
Mundano.
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, 
Mundano viu que apenas pintar não bastava. As carroças 
precisavam de itens de segurança, como tintas refletoras para a 
noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. 
Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça. Por meio do site de 
crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 
mil dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se 
transformou em um evento no centro de São Paulo, onde as 
carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, 
alimentos e uma consulta com um clínico geral. De lá pra cá, o 
Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, 
receberam uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 
voluntários e um número já incontável de carroças pintadas. O 
próximo passo é desenvolver um aplicativo para que qualquer 
um possa localizar os catadores que estiverem mais próximos e 
entregar a eles o lixo reciclável.”
Fonte: <http://brasil.elpais.com/brasil/2013/11/23/cultura/1385165447_940154.html>. 
Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações).
Questão 4. enunciado 
 Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. Apesar de haver controvérsias quanto à aceitação do grafite e 
da pichação como formas de arte, há indícios de que o 
reconhecimento dessas expressões artísticas está 
aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana 
de São Paulo.
II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais 
pobres, uma vez que se trata de uma manifestação popular que 
não alcança o prestígio das artes oficialmente reconhecidas.
III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis 
aos outdoors e deveria haver uma legislação semelhante à 
Cidade Limpa para proibir essas manifestações.
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas 
sociais são características da arte urbana.
Fonte: 
https://entretenimento.uol.com.br/album/2
017/01/19/as-melhores-cidades-do-mundo-
para-arte-urbana-sao-paulo-e-uma-
delas.htm?foto=1. Acesso em 23 fev. 2017
Fonte: https://spcity.com.br/roteiro-
arte-urbana-sao-paulo/. 
Acesso em 23 fev. 2017
Questão 4. questões do enunciado 
 Está correto o que se afirma apenas em:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) I, II e IV.
Questão 4. comentário da resposta 
Resposta correta
d) I e IV. 
Comentário da resposta
I. Afirmativa correta. 
Justificativa. O texto menciona ações que mostram o 
reconhecimento do grafite como obra de arte, como a 
publicação do livro com figuras de arte urbana e a criação 
do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. 
II. Afirmativa incorreta. 
Justificativa. O texto não afirma que o grafite agrava 
preconceitos e o aponta como uma forma de expressão 
de arte popular. 
III. Afirmativa incorreta. 
Justificativa. O texto não propõe uma lei semelhante à 
implantada pelo prefeito Kassab para proibir as manifestações 
de grafite. 
IV. Afirmativa correta. 
Justificativa. A arte urbana é efêmera, pois pode ser apagada ou 
coberta por outra, e acessível a todos que circulam pela cidade. 
Normalmente, essas expressões têm relação com causas 
sociais, pois são manifestações populares. 
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I
ESTUDOS DISCIPLINARES 
Formação Geral 
Prof. Ailton Galdino
Disponível em: http://wikimapia.org/3036479/pt/Horta-Org%C3%A2nica-
Sa%C3%BAde-e-Vida. Acesso em 23/02/2017
Questão 5. Saúde, Alimentação e Obesidade
Questão 5. Saúde, Alimentação e Obesidade
Leia o texto a seguir.
 Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as 
mudanças mundiais na alimentação
 Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com 
os alimentos? Por que não vemos publicidade de legumes na 
TV? Essas e outras questões relacionadas às transformações 
na alimentação e suas consequências no cenário internacional 
foram abordadas por Pedro Graça, diretor do Programa 
Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do 
Ministério da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição Humana 
pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele participou 
do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus 
Impactos, no Sesc Santos.
Questão 5. Saúde, Alimentação e Obesidade
 Confira algumas questões levantadas.
Estamos engordando
 Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas 
populações dos Estados Unidos e da área rural de 
Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça conclui: 
essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos últimos 
20 anos não só em países industrializados, com ampla oferta 
de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia.
 Os mais pobres engordam mais.
 Até recentemente, acreditava-se que essa era uma epidemia 
que atingia principalmente as populações que estavam 
melhorando economicamente, associada ao acesso à 
alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas 
não é bem assim: O que nós estamos a viver é não só o 
aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do 
que se esperava, quem é mais afetada é a população mais 
carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam 
de tal maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao 
mesmo tempo. Coisa que para nós da biologia é um paradoxo, 
afirma.
Somos treinados para engordar
 “Nós somos uma máquina de engordar. Isso porque a 
capacidade de acumular reservas de energia na forma de 
gordura foi essencial para a sobrevivência do ser humano, 
diante da escassez de alimentos.
 O ser humano está preparado para lidar com a fome há dois 
milhões de anos. E começou a lidar com excesso de calorias 
há 50 anos. Não estamos preparados biologicamente para 
isso, afirma Pedro.”
O que mudou?
 Diversas alterações demográficas causaram mudanças na 
alimentação: a entrada da mulher no mercado de trabalho 
e na vida acadêmica, o envelhecimento da população e a 
necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos. 
E, se aumenta o tempo do trabalho, o que fica para trás 
é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. 
 Os alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito mais 
apelo do que aqueles que exigem tempo e conhecimentos 
culinários para o preparo. Além disso, em muitos lugares é 
mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e 
calóricos - ricos em açúcar, sal e gordura - em vez de 
alimentos frescos.
Você já viu propaganda de alface na TV?
Provavelmente não. Mas vemos diariamente publicidade 
de produtos ultraprocessados e super calóricos, não é mesmo?
 Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes 
indústrias alimentícias lucram muito, enquanto quem trabalha 
no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos 
pequenos e são os que mais sofrem comas oscilações 
na economia e nos preços dos alimentos. Assim fica fácil 
entender como um lado tem muito mais capacidade de investir 
e produzir comunicação (publicidade, marketing etc.) do que 
o outro.
É preciso reconhecer o ambiente.
 De acordo com o pesquisador W. Philip James, durante 
décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual 
fossem suficientes para prevenir a obesidade, porém, depois 
de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso 
continuaram a subir. Essa epidemia reflete a presença 
de um ambiente tóxico ou obesogênico.
 Isso significa que não adianta ensinar as pessoas sobre 
alimentação saudável, se não há um ambiente favorável a 
isso, ou seja, se não há oferta de alimentos saudáveis em 
local próximo, a preços acessíveis. 
 Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que 
existem ou que eu posso criar para que o suco de laranja 
apareça, para em seguida dizer como é importante consumir 
suco de laranja‖, exemplifica Pedro Graça.
Disponível em: 
<http://www.sescsp.org.br/online/artigo/9501_OBESIDADE+CONSUMO+E+POLITICA+UMA+CONVERS
A+SOBRE+AS+MUDANCAS+MUNDIAIS+NA+ALIMENTACAO#/tagcl oud=lista>. Acesso em 08 jun
2016 (com adaptações).
Questão 5. Enunciado
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale 
a alternativa correta.
I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma 
questão de educação individual e a obesidade aumenta 
entre os mais pobres por falta de instrução.
II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo 
aumento da obesidade, uma vez que há incentivo ao 
consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do 
que os alimentos frescos.
III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos 
alimentos e, consequentemente, aumenta a prevalência 
de obesidade.
Questão 5. Enunciado
IV. A propaganda e o marketing têm influência sobre a venda 
de produtos industrializados e atingem apenas 
as regiões urbanas.
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
c) Apenas a afirmativa II está correta.
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
Alternativa correta: C.
Comentários
I – Afirmativa incorreta. 
Justificativa. O texto afirma que a obesidade não é um problema 
individual, pois é favorecida pelo ambiente da vida moderna. 
II – Afirmativa correta. 
Justificativa. O texto afirma que “em muitos lugares é mais fácil e 
barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos - ricos 
em açúcar, sal e gordura - em vez de alimentos frescos”. 
III – Afirmativa incorreta. 
Justificativa. O texto afirma que a obesidade cresce mais entre os 
menos privilegiados economicamente. 
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa. A propaganda e o marketing não atingem apenas as
áreas urbanas.
Questão 5. Comentários da resposta 
INTERVALO
Questão 6. Tecnologia: realidade aumentada 
Leia o texto e a charge e analise as afirmativas a seguir.
Pokémon GO no Brasil: Como foi o primeiro dia do jogo no país 
Jogo dos monstrinhos leva pessoas à rua e faz estranhos se 
socializarem 04/08/2016 – Bruno Silva
 A febre de Pokémon GO no Brasil já era mais do que 
esperada. Desde os pedidos desesperados nas redes sociais, 
os protestos que levaram à invasão da conta do criador do 
game no Twitter ao lançamento oficial do jogo no país, na 
última quarta- feira (3), alcançando o topo da AppStore em 
menos de um dia, era de se imaginar que o jogo teria, aqui, o 
mesmo sucesso encontrado lá fora. Mas e nas ruas do país? 
Como seria a recepção? 
 Para responder a essa pergunta, aguardamos, como muitos, 
o raiar do sol (o jogo chegou aqui às 18h da quarta) para 
embarcar na nossa própria jornada Pokémon. 
 Andei pelas ruas de São Paulo e a resposta é: sim, Pokémon 
GO é uma febre. Em toda a capital paulista, vários grupos se 
juntaram espontaneamente para jogar. Foi muito fácil 
encontrar pessoas de todos os gêneros, idades e estilos nas 
ruas, com um comportamento aparentemente duvidoso frente 
à tela do celular, procurando seus monstros.
 Nossa jornada começou por volta das 9h30. Como a Niantic já 
afirmou que os monstros têm mais possibilidade de serem 
encontrados em parques e em pontos turísticos, fui ao local 
que junta as duas características: o Parque do Ibirapuera. No 
caminho, dentro de um Uber (nunca jogue ao volante!) liguei o 
aplicativo na esperança de achar mais monstros, aproveitando 
o movimento do carro, mas só encontrei Pidgeys e Zubats –
os tipos mais comuns na rua.
A aposta no Ibirapuera deu certo: logo na entrada do portão 9 
do parque encontrei um Eevee, um Goldeen e um Paras. 
A janelinha de monstros próximos acusava a presença de mais 
monstros que ainda não havia encontrado até então:
 Geodude, Staryu e um Bulbasaur. Procurei um bocado, mas o 
inicial de grama não deu as caras.
 Observando o parque, era fácil observar que algo estava 
diferente. Além dos habituais corredores e ciclistas, um 
terceiro tipo de pessoa era bem comum nas pistas e 
gramados do parque: pessoas andando com a cabeça baixa, 
olhando para a tela do celular. Olhei de relance para a tela 
quando pude; em quase todos os casos, era Pokémon GO. Na 
maioria das vezes, nem era necessário bisbilhotar: quando 
duas pessoas ou mais estava com o celular na mão, a 
conversa invariavelmente era algo como capturei um Zubat 
com 150 CP ou tô quase evoluindo meu Pidgey.
 O mais surpreendente, entretanto, veio quando me aproximei 
do Planetário do Ibirapuera, que no game, é um ponto com 
quatro pokéstops adjacentes. Nas quatro, foram colocados 
Lure Modules – itens que servem para atrair monstros para a 
pokéstop – e, com isso, cerca de 15 pessoas estavam por ali, 
sentadas ou andando em círculos, olho fixo no smartphone, o 
polegar se arrastando de baixo para cima da tela.
O problema de Pokémon GO
 No meio do caminho, deparei com o principal problema que 
aflige o jogador de Pokémon GO: a bateria do celular. O uso 
do jogo no carro a caminho do parque e no local fez a energia 
do smartphone despencar de 100% a 10% em pouco menos de 
uma hora e meia de uso. Depois que o celular apagou, 
perambulei pelo parque até achar uma tomada em uma 
lanchonete, e passei 40 minutos esperando o aparelho voltar a 
um nível seguro de bateria. Lá, tive um encontro inusitado: 
o entregador da lanchonete estava jogando Pokémon GO 
e imediatamente começamos a bater papo.
“Peguei uns três Bulbassauro já. Estou aproveitando as minhas 
entregas e o caminho de ônibus pra capturar mais, me contou o 
entregador, também reclamando que o celular gasta muita 
bateria. Vou voltar aqui no fim de semana com meu amigo pra 
capturar mais”, finalizou.
Disponível em <https://omelete.uol.com.br/games/artigo/pokemon-go-no-brasil-como-foi-o-primeiro-
dia-do-jogo-no-pais/>. Acesso em 10 ago. 2016.
Disponível em: 
<https://www.facebook.com/autonomialiteraria/photos/a.586556438148148.1073741827.58487608831618
3/823842474419542/?type=3&theater>. Acesso em 10 ago. 2016. 
I. O texto e a charge mostram que o Pokémon Go encontrou 
grande aceitação entre os brasileiros e enaltecem o poder de 
engajamento do jogo.
II. A charge critica a alienação de pessoas que aderem ao jogo e 
se desconectam da realidade em que vivem.
III. O texto e a charge apontam os problemas do Pokémon Go no 
comportamento das pessoas, pois o jogo leva o usuário para 
uma realidade paralela, promovendo a falta de sociabilidade.
IV. O objetivo da charge é mostrar os aspectos positivos do jogo, 
que torna felizes seus usuários, poupando-os dos problemas 
do mundo em que vivemos.
Está correto o que se afirma em:a) I e II. b) II e III. c) I e IV. d) II, III e IV. e) II.
Questão 6. Enunciado
Alternativa Correta: e
Comentário
I – Afirmativa incorreta. 
Justificativa. A charge mostra uma crítica ao jogo, pois enfatiza a 
alienação provocada por ele. 
II – Afirmativa correta. 
Justificativa. A charge mostra um jovem que não percebe o 
mundo à sua volta pelo fato de estar entretido com o jogo. 
III – Afirmativa incorreta. 
Justificativa. A crítica da charge não se refere à falta de 
sociabilidade, mas sim à alienação. 
IV – Afirmativa incorreta. 
Justificativa. A charge é crítica em relação ao jogo, 
não há referências a aspectos positivos dele. 
Questão 6. Comentário da resposta
INTERVALO
Disponível em: http://www.rafazildo.com/blog/a-cultura-est-acima-da-diferena-da-condio-social. Acesso 
em 23/02/2017
Questão 7. Condição humana: opressão social e 
comportamento 
Disponível em: http://www.rafazildo.com/blog/a-cultura-est-acima-da-diferena-da-condio-social. 
Acesso em 23/02/2017
Questão 7. Condição humana: opressão social e 
comportamento
Disponível em: <http://sorisomail.com/img/1304789819776.jpg>. Acesso em 18 jun. 2016.
Questão 7. Condição humana: opressão social e 
comportamento
 Leia a charge a seguir.
Questão 7. Enunciado 
Assinale a alternativa que indica um ditado popular que tenha 
relação com a charge.
a) “O maior cego é aquele que se recusa a ver”.
b) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.
c) “Tão grande é o erro como o que erra”.
d) “A grama do vizinho é sempre mais verde”.
e) “As melhores essências estão nos menores frascos”.
Questão 7. Comentário da resposta
 Resposta correta
Alternativa correta: A.
Comentário
 Na charge, o pássaro maior não percebe que, consideradas as 
proporções, ele está oprimido em um espaço menor do que o 
outro. Assim, a crítica da charge é em relação às pessoas que 
não enxergam a própria realidade. 
INTERVALO
Questão 8. Preconceito: estereótipos sociais e racismo. 
Leia os 
Quadrinhos 
e as 
afirmativas 
a seguir.
Disponível em: <http://www.quadrinhosacidos.com.br/2015/05/86-racismo-sem-
querer.html>. Acesso em 14 jun. 2016.
I. O objetivo dos quadrinhos é mostrar que os preconceitos estão 
enraizados no nosso cotidiano e não incomodam ninguém.
II. Os quadrinhos denunciam estereótipos sociais que se baseiam 
em uma visão racista.
III. Os quadrinhos mostram que há pessoas que, no cotidiano, não 
percebem o teor racista de seus discursos.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) I e III.
e) III, apenas.
Questão 8. Enunciado
Alternativa correta: B.
Comentários. 
I – Afirmativa incorreta. 
Justificativa. As personagens do desenho mostram-se 
incomodadas com o discurso racista.
II – Afirmativa correta. 
Justificativa. Os quadrinhos mostram visões pré-concebidas de 
pessoas, com base na cor da pele. 
III – Afirmativa correta. 
Justificativa. Os quadrinhos denunciam o discurso racista, que, 
muitas vezes, é proferido sem que o enunciador admita ser 
preconceituoso. 
Questão 8. Comentário da resposta 
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade I
ESTUDOS DISCIPLINARES 
Formação Geral 
Prof. Ailton Galdino
Criminalidade – Edson Gomes
É tanta violência na cidade
Brother, é tanta criminalidade
É tanta violência na cidade
Brother, é tanta criminalidade
As pessoas se trancam em suas 
casas
Pois não há segurança nas vias 
públicas
E nem mesmo a polícia pode 
impedir
Às vezes a polícia entra no jogo
A gente precisa de um super-
homem
Que faça mudança imediata
Pois nem mesmo a polícia pode 
destruir
Fonte: https://www.letras.mus.br/edson-
gomes/45613/. Acesso em 23/02/2017
Questão 9. Violência: sistema socioeconômico 
Certas manobras organizadas
Ah! Ah! Ah!
É tanta violência na cidade
Brother, é tanta criminalidade
É tanta violência na cidade
Brother, é tanta criminalidade
A lua não é mais dos namorados
Os velhos já não curtem mais as 
praças
E quem se aventura pode ser a 
última
E quem se habilita pode ser o 
fim
A gente precisa...
Questão 9. Violência: sistema socioeconômico 
Leia o texto a seguir.
Criminologia
Eduardo Galeano
A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões 
de camponeses. A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo 
menos dez mil trabalhadores.
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças.
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como as guerras, 
atos normais de canibalismo.
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os 
que estripam multidões. A construção de prisões é o plano de 
habitação que os pobres merecem.
Fonte: <https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11
/eduardo-galeano-criminologia/>. Acesso em 24 ago. 2016.
Questão 9. Enunciado
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as 
afirmativas.
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais 
vigentes causam a morte de milhões de cidadãos.
II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, 
quer dizer que o sistema prisional tem vagas insuficientes 
para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar 
multidões.
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não 
serem indivíduos, não podem ser presos. Portanto, quando 
alguém morre por uma dessas causas, não há culpados.
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e 
instituições e defende a ideia de que as prisões sejam habitações 
destinadas aos mais pobres.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I e IV.
b) I. 
c) I, III e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV.
Questão 9. Comentário da resposta 
Alternativa correta: B.
Comentário
I. Afirmativa correta. 
Justificativa: o autor denuncia as mortes provocadas legitimamente pelo 
sistema. 
II. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: de acordo com o texto, os criminosos são os que detêm o poder 
econômico e político e que não são responsabilizados pelos males que 
causam. 
III. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o autor aponta que os culpados são os que detêm o poder 
político e econômico.
IV. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o último verso revela, ironicamente, a indignação do autor pelo 
fato de a justiça agir de forma diferenciada com os poderosos e com o povo. 
Fonte: <http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/atitude-preconceito-estereotipo.htm>. Acesso em 23/02/2017.
Questão 10. Preconceito: herança colonial e racismo
Questão 10. Preconceito: herança colonial e racismo
Fonte: <https://www.mensagenscomamor.com/mensagens-contra-racismo>. Acesso em 23/02/2017.
Questão 10. Preconceito: herança colonial e racismo
Leia o texto e os quadrinhos a seguir.
O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial 
escravocrata, em que o negro ocupou fundamentalmente a posição de 
pessoa escravizada. O Brasil, em 1888, foi o último país a abolir a 
escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não 
permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; 
FERNANDES, 2008).
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa 
sociedade, inclusive escutamos insultos raciais atuais exigindo que 
negros e negras voltem “para a senzala”. Mas será que o racismo contra 
o negro brasileiro atualmente só existe por causa do “tempo do 
cativeiro”? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse 
contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, têm raiva dos 
“pretos” e que estes são “fedidos”, “sujos” e “preguiçosos”. O racismo 
opera cotidianamente por meio de piadas, causos, ditospopulares, etc. 
Afinal de contas, temos uma variedade de expressões correntes na língua 
portuguesa recheadas de racismo contra os negros.
Fonte: <http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual/UNIAFRO/mod1/Disc3-
Unidade3-UNIAFRO.pdf>. 
Acesso em 13 jun. 2016.
Fonte: <http://photos1.blogger.com/blogger/7946/2941/1600/mafaldapreconceito1.1.gif>. Acesso 
em 8 jun. 2016. 
Questão 10. Enunciado
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as 
afirmativas.
I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de 
racismo têm se tornado cada vez mais frequentes.
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as 
pessoas mantêm na linguagem seu preconceito.
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema 
escravocrata, que imperou até o final do século XIX no Brasil.
IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, 
embora tardia, permitiu que os negros se integrassem 
completamente à sociedade capitalista.
Está correto o que se afirma somente em:
a) II e III. b) II e IV. c) I e III. d) I e II. e) I e IV.
Questão 10. Comentário do enunciado
Alternativa correta: A.
Comentários. 
I. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: os quadrinhos criticam as pessoas que não se dão conta de que 
são racistas. 
II. Afirmativa correta. 
Justificativa: a amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que confirma a ideia 
de que o racismo opera por falas e ações do cotidiano, como afirma o texto. 
III. Afirmativa correta. 
Justificativa: “O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial 
escravocrata”. 
IV. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: de acordo com o texto, o abolicionismo foi incompleto, pois o 
negro não pôde realmente se incluir na ordem social capitalista. 
INTERVALO
Fonte: 
https://pt.slideshare.net/
eloybezerra/influncia-
dos-meios-de-
comunicao. Acesso em 
23/02/2017
Questão 11. Mídia: influência dos meios de 
comunicação
Fonte:: http://www.fundacaoprotocantins.org/noticia-54465-noticia-
consumo-ou-. consumismo.html: Acesso em 23/02/2017
Questão 11. Mídia: influência dos meios de 
comunicação
Questão 11. Mídia: influência dos meios de 
comunicação
Fonte: 
<http://www.materiaincognita.com.
br/wp-content/uploads/2012/04/TV-
faz-mal-ao-cerebro.jpg>. Acesso 
em 20 jun. 2016
Considere a ilustração 
e as afirmativas a 
seguir:
Questão 11. Enunciado
I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de 
comunicação tecem o conhecimento das crianças, 
contribuindo para um mundo mais bem informado.
II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação 
ultrapassados, que não promoviam o acesso à informação 
como a internet faz atualmente.
III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa 
provocam perda de autonomia do raciocínio.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.
Questão 11. Comentário da resposta 
Resposta
Alternativa correta: C.
Comentários. 
I. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: a ilustração é uma crítica ao modo como os meios de 
comunicação desfazem os pensamentos próprios dos indivíduos. 
II. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: a crítica refere-se à falta de pensamento crítico que os 
meios de comunicação causam; não se trata de uma questão de 
desenvolvimento tecnológico. 
III. Afirmativa correta. 
Justificativa: a figura mostra a criança perdendo seu raciocínio
próprio ao ficar exposta à televisão. 
INTERVALO
Questão 12. Cidadania: protagonismo social 
Leia o texto, de autoria de Vladimir Safatle, e analise as 
afirmativas a seguir.
Quem tem o direito de falar?
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu 
grupo é uma forma astuta de silenciamento
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e 
riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão 
a respeito de como as riquezas e os bens devem circular, como 
eles devem ser distribuídos.
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, 
ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos 
internos ao campo que nomeamos “política”. Na verdade, a 
política é também uma questão de circulação de afetos, da 
maneira com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que 
fazem parte destes vínculos. 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que 
não somos capazes de ver, o que somos e não somos capazes de 
sentir e perceber.
Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das 
minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz parte e o 
que está excluído do meu mundo.
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos 
de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino 
sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo.
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de 
certos europeus que invadiram sites de notícias de seu 
continente com posts e comentários. Uma quantidade 
impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram 
publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam 
basicamente a mesma coisa: “parem de nos mostrar o que não 
queremos ver”, “isto irá quebrar a força de nosso discurso”. 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição 
de administrar uma certa zona de invisibilidade. É necessário 
que certos afetos não circulem, que a humanização bruta 
produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. 
Todo fascismo ordinário é baseado em uma desafecção.
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos 
circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal 
foto produzir o que vários discursos até então não haviam 
conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de 
indiferença em relação à sorte dos refugiados.
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras 
formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do 
poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, 
para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não 
fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas 
alguma forma de ressentimento.
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente 
calar quem não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram 
todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais 
vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, 
homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos 
outros).
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua 
fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que o 
enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e 
lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto 
pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, 
fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, 
mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai.
No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e 
deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de silenciamento 
identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros 
devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres 
devem apenas falar dos problemas das mulheres.
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender 
que sujeitos políticos são criados quando conseguem mudar a 
forma como o espaço comum é afetado.
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, 
mas quando aceito limitar minha fala pela identidade que 
supostamente represento, não mudarei a forma de circulaçãode 
afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha 
identidade na narrativa do meu sofrimento. 
Minha produção de afecções continuará circulando em regime 
restrito, mesmo que agora codificada como região setorizada do 
espaço comum.
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que 
implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou 
seja, que se dirigem a esta dimensão do “qualquer um” que faz 
parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição 
de qualquer um que temos mais força de desestabilização de 
circuitos hegemônicos de afetos.
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição 
de qualquer um.
Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-falar.shtml>. Acesso 
em 13 jun. 2016.
Fonte: em:http://www.facip.ufu.br/node/1360. Acesso em 
23/02/2017.
Fonte: 
http://www.infojovem.org.br/blog/2016/09/14/entidad
es-apresentam-carta-pela-economia-solidaria-a-
candidatos-em-sao-paulo/ Acesso em 23/02/2017
UMA OUTRA ECONOMIA 
ACONTECE
Questão 12. Enunciado
Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, 
pois vivemos em um regime autoritário, não democrático.
I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo 
silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não 
democrático.
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos 
representantes dos grupos minoritários, já que as minorias 
tendem a ser silenciadas na sociedade.
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao 
tentar chegar à Europa como imigrante, foi, segundo o texto, 
uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, 
gerou conflitos políticos.
Assinale a alternativa correta:
a) Todas as afirmativas são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
c) Apenas a afirmativa III é correta.
d) Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
e) Nenhuma alternativa é correta.
Questão 12. Comentário da resposta 
Alternativa correta: E. 
Comentários. 
I. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o autor não afirma que vivemos em um regime autoritário 
e aponta como silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos 
representativos de determinado grupo. 
II. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o autor afirma que a política é também uma questão da 
circulação dos afetos e não atribui aos políticos o papel de representar 
grupos identitários. 
III. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: de acordo com o texto, a divulgação da foto contribuiu 
para a quebra de invisibilidade de uma questão importante no cenário 
atual. 
INTERVALO
Questão 13. Formas alternativas de energia: 
energia solar. 
Leia o texto a seguir.
Energia solar contra a escuridão do Amazonas
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção 
total de eletricidade Heriberto Araújo – 08 maio 2016.
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar 
idílico em que a pegada humana esteja entre as menores do 
planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o 
homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don‘t Sleep, 
There are Snakes (Não durma, há serpentes, sem tradução para o 
português). Comunidades inteiras vivem completamente 
desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, mas, 
sim, nas movimentadas margens dos rios — únicas vias de 
comunicação, num ambiente em que a eletricidade é um bem 
desejado, escasso e administrado a conta-gotas.
“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas 
sem eletricidade de qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, 
membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. 
“A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede 
de distribuição, e os povoados só conseguem produzir 
eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina 
fornecidos pelo Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, 
refrigeração e lazer”, relata do município amazônico de Tefé.
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para 
fornecer eletricidade por meio de painéis solares a dezenas de 
comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o 
objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares 
Brito.
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um 
sistema flutuante, sobre boias no rio, e o outro no telhado de 
uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da água desde o 
leito do rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de 
gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma bomba 
elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que 
as crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem 
que seus pais fiquem com medo que um jacaré lhes tire a vida na 
escuridão das margens.
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também 
queremos permitir que elas agreguem valor a produtos como 
polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente 
podem ser comercializados no exterior ou simplesmente 
conservados”, diz Soares Brito.
Os resultados positivos da fase experimental estão criando 
consciência nessa imensa região normalmente esquecida pelos 
centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que 
priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas 
(de eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade amazônica 
de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma 
pequena fábrica — prevista para abril — com três congeladores 
alimentados por painéis solares para poder extrair das frutas a 
polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de 
barco do povoado, como Manaus.
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil 
durante a próxima década, após a implementação em 1º de março 
de novas regras que permitem, pela primeira vez, a geração 
distribuída de
energia e sua ligação às redes de distribuição, trará 
consequências, principalmente, para os grandes centros 
urbanos.
Depois de três anos de secas históricas e consequentes 
apagões, que evidenciaram a excessiva dependência do Brasil de 
seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade 
consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora 
prossumidores, neologismo que reflete o novo paradigma sob o 
qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o 
produtor de pelo menos uma parte de sua demanda.
“Estamos diante do início de uma revolução, porque pela 
primeira vez a sociedade brasileira pode participar diretamente 
da criação de uma nova matriz energética”, diz Rodrigo Sauaia, 
presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica 
(Absolar).
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica 
(Aneel) permitem, segundo Sauaia,
a geração compartilhada de energia solar entre vários clientes, 
que podem se agrupar em forma de consórcio ou de 
cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas 
fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para 
abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que o que é 
consumido, e vice-versa”.
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em 
todas as residências do país, a produção de energia abasteceria 
mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios 
brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira 
menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar pelo 
menos 25% mais energia que a região mais favorecida na 
Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com 
placas fotovoltaicas.
Fonte: <http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_041451.html>. Acesso em 10 jun. 
2016.
Questão 13. Enunciado 
Com base na leitura, analise as afirmativas:
I. O novo paradigma da geraçãode energia elétrica é o de que o 
próprio consumidor produza 30% da sua demanda, tornando-se 
proconsumidor.
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis 
solares em todas as residências do país faria com que a 
produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%.
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco 
comunidades da Amazônia, onde há aproximadamente dois 
milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de 
qualidade.
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua 
produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma 
boa alternativa.
Questão 13. 
Assinale a alternativa correta:
a) Todas as afirmativas são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
c) Apenas a afirmativa III é correta.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas.
e) Nenhuma afirmativa é correta.
Questão 13. Comentário da Resposta 
Alternativa correta: C.
Comentários. 
I. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: o texto afirma que o proconsumidor deve produzir 
uma parte da energia que consome, mas não determina essa 
porcentagem. 
II. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: de acordo com o texto, a região brasileira menos 
exposta à irradiação solar tem potencial para gerar pelo menos 
25% mais energia do que a região alemã mais favorecida. Não há 
comparação referente à produção ou à capacidade 
geradora dos dois países. 
III. Afirmativa correta. 
Justificativa: no texto, consta a informação de que, na região 
amazônica, há mais de 2 milhões de pessoas sem energia 
elétrica e melhorar as condições de vida das comunidades é o 
objetivo do Instituto Mamirauá, por meio da instalação de 
painéis solares. 
IV. Afirmativa incorreta. 
Justificativa: não se afirma que o principal problema da 
Amazônia é a seca. Na verdade, trata-se de uma região bastante 
abastecida por complexos hidrográficos. O texto menciona que 
houve secas no Brasil, o que prejudicou a geração de energia 
hidroelétrica. 
ATÉ A PRÓXIMA!

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