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Material de Apoio Planejamento Tributário

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Olá caro aluno,
Este é um GUIA DE ESTUDOSque visa elevar ainda mais a compreensão sobre a disciplina de Planejamento Tributário. Neste material você encontrará assuntos de (i) Planejamento Tributário, (ii) Simples Nacional, (iii) Microempreendedor Individual, (iv) Lucro Presumido e, (v) Lucro Real.
Bons estudos!
Planejamento Tributário
O governo possui aFunção Distributiva, que visa tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, por meio da tributação e transparências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais pobres da população etc.
Ainda, a equidade impõe o que poderia chamar de justeza tributária ou tributação com a máxima justiça entre os cidadãos.Isto quer dizer que haveria igualdade de tratamento tributário para aqueles que se encontrasse em condições iguais (equidade horizontal) e desigualdade de tratamento tributário para aqueles considerados em situação de desigualdade (equidade vertical).
Para que o governo possa proporcionar serviços de saúde, educação, defesa, policiamento, infraestrutura, entre outros, é necessário cobrar tributos da sociedade. À vista disso, visando encontrar alternativas vantajosas em termos de economia de tributos, destaca-se o Planejamento Tributário.
À luz do Direito Tributário, ninguém é obrigado a escolher, entre diversas maneiras possíveis, aquela que seja sujeita a uma elevada carga tributária, pois a possibilidade de uma estruturação, que em face da legislação tributária seja mais favorável, corresponde ao interesse justo do contribuinte, reconhecido pela ordem jurídica.
O sistema constitucional tributário assegura ao contribuinte o direito de optar pela realização dos negócios ou operações que resultem na menor carga fiscal. Assim, O Planejamento Tributário é uma atividade lícita que tem por escopo a busca da redução do custo tributário sem ferir as leis ou o sistema normativo.
Em outras palavras, Planejamento Tributário é a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis. E ainda, corresponde a um estudo feito preventivamente, isto é, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas.
Ainda, o Planejamento Tributário consiste na formulação de um plano de ação para realizar objetivos de redução da carga tributária, sem ferir a legislação aplicável, utilizando-se de estratégias e recursos adequados à sua viabilização. Além disso, está fundamentado em lei e é implementado por meio de minuciosos exames do sistema tributário vigente e dos princípios gerais de direito.
Sobre as classificações do Planejamento Tributário, destaca-se o preventivo, sendo elaborado antes da ocorrência do fato gerador do tributo. Produz a elisão fiscal, ou seja, a redução da carga tributária dentro da legalidade. Já o mal planejado, o perigo é incorrer em evasão fiscal, ou seja, a redução da carga tributária descumprindo determinações legais, e que é classificada como crime de sonegação fiscal.
Elisão Fiscal e Evasão Fiscal
No contexto tributário, destacam-se as expressões: Elisão Fiscal e Evasão Fiscal. A Elisão Fiscal consiste na redução de impostos por meio de um planejamento prévio estruturado, de acordo com o permissivo legal. Trata-se da economia tributária resultante da adoção da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei. Sendo assim, a Elisão Fiscal é uma alternativa legítima e lícita.
Já a Evasão Fiscal representa uma redução indevida do imposto, construindo afronta e lei, ensejando crime contra a ordem tributária (Sonegação Fiscal). Visto como uma prática contrária à lei, geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, objetivando reduzi-la ou oculta-la.
Por fim, Planejamento Tributário é uma atividade preventiva que estuda a priori os atos e negócios jurídicos que o agente econômico pretende realizar, visando a obtençãoda maior economia fiscal possível, reduzindo a carga tributária para o valor realmente exigido por lei (Elisão Fiscal).
Espécies Tributárias
No Direito Tributário, Tributo pode assumir duas formas de classificação. Na primeira, os tributos são classificados quanto às características fiscais: impostos, taxas e contribuições de melhoria.Na segunda forma, os tributos são classificados quanto às características parafiscais: empréstimo compulsório e contribuições.
IMPOSTO
Considerando as espécies tributárias, na primeira classificação, Imposto é um tributo que não depende de qualquer atividade estatal e ocorre de forma não relacionada com a prestação de algum tipo de prestação de serviço.O governo cobra o imposto visando assim poder com estes recursos fazer o financiamento das despesas do orçamento público.
Ainda, sobre o imposto, sua finalidade é de custear as despesas públicas gerais, abrangendo os serviços públicos universais e indivisíveis do Estado. Quanto a sua instituição, a União, os Estados e os Municípios têm competências próprias de alguns impostos previstos na Constituição.
A seguir são apresentados os impostos de acordo com a respectiva competência:
IMPOSTOS FEDERAIS
IR - Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras
ITR - Imposto Territorial Rural
IE - Imposto sobre a exportação
II - Imposto s/ a importação
IMPOSTOS ESTADUAIS
ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação 
IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor
ITD - Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito
IMPOSTOS MUNICIAPAIS
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais Relativos 
ISS - Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza
TAXA
Taxa é um tributo que tem característica de ser cobrado por ser decorrente da prestação de serviços públicos pelos entes governamentais.Para que seja possível a cobrança da taxa, esta deve estar definida em lei e que seja possível realizar uma razoável mensuração do consumo de cada usuário efetivo ou potencial.
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Quanto a competência, as taxas podem ser instituídas pelos Estados, Municípios e também pela União, podendo inclusive existir taxas com o mesmo nome em esferas diferentes. Por exemplo, a taxa de coleta de lixo, de tratamento de água e esgoto. A taxa,portanto, é um pagamento específico e direto pela utilização de determinado serviço prestado pelo setor público.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
No âmbito do Direito Público, quando alguma obra pública beneficia algum contribuinte no sentido de valorização de imóvel, este será tributado com o pagamento da Contribuição de Melhoria. Esta contribuição é de competência da União, dos Estados e Municípios.
Assim, aContribuição de Melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Continuando com as espécies tributárias, agora na segunda classificação, destacam-se os empréstimos compulsórios e as contribuições.
O Empréstimo Compulsório pode ser instituído pela União a partir de necessidade da realização de algum investimentorelevante para o país ou por motivo de iminência de guerra ou até mesmo por ocorrência de calamidade pública.
CONTRIBUIÇÕES
As contribuições podem ser instituídas somente pela União e podem ser de interesse social ou de alguma categoria profissional ou econômica, podendo aplicar-se também a intervenção no domínio econômico ou da seguridade social.
Classificação Econômica dos Tributos
Existem classificações para os tributos de acordo com a natureza (característica) de cada um, podendo haver mais de uma classificação para o mesmo tributo. Sendo assim, abaixo são apresentadas as classificações.
TRIBUTOS DIRETOS: É quando numa só pessoa se reúnem as condições de contribuinte (aquele que é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações tributárias previstas na legislação).
TRIBUTOS INDIRETOS: É quando na relação jurídico-tributária que se estabelece entre o Estado e o sujeito passivo, este (o contribuinte) paga o tributo correspondente e se ressarce cobrando de terceiro por meio da inclusão do imposto no preço.
TRIBUTOS FIXOS: É quando o valor do imposto é determinado em garantia certa, independendo de cálculo.
TRIBUTOS PESSOAIS: São aqueles que estabelecem diferenças tributárias em função das condições próprias do contribuinte.
TRIBUTOS REAIS: São aqueles que não levam em consideração as condições do contribuinte, indicando igualmente a todas as pessoas.
TRIBUTOS PROPORCIONAIS: São caracterizados quando os impostos são estabelecidos em percentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável.
TRIBUTOS PROGRESSIVOS: São os impostos cujas alíquotas são fixadas em percentagens variáveis e crescentes.
TRIBUTOS FISCAIS: Criados para arrecadar recursos à pessoa jurídica de direito público interno, visando cobrir os gastos públicos.
TRIBUTOS PARAFISCAIS: Corresponde às contribuições cobradas por autarquia, órgãos paraestatais, profissionais ou sociais, para custear seu financiamento autônomo, por exemplo, CRC, CRA, CREA, entre outras.
TRIBUTOS EXTRAFISCAIS: É quando não visa só a arrecadação, mas também, corrigir anomalias, por exemplo, o Imposto de Exportação.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e demais alterações consideradas vigentes.
O Simples Nacional abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
A Lei Complementar nº 123/2006 (e demais alterações vigentes) abrange não só o regime tributário diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à justiça, dentre outros.
A Lei Complementar nº 123/2006 estabelece normas gerais relativas às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O art. 12 da Lei Complementar nº 123/2006 define o Simples Nacional como um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições:
enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte;
cumprir os requisitos previstos na legislação; e
formalizar a opção pelo Simples Nacional.
Microempresa e empresas de pequeno porte
Para os efeitos da Lei Complementar nº 123/2006, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
Abrangência do Simples Nacional
O Simples Nacional abrange os seguintes tributos:
IRPJ (Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica); 
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido); 
PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público); 
Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados); 
ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação); 
ISS (Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza); 
CPP (Contribuição Patronal Previdenciária).
Visto os tributos abrangidos pelo Simples Nacional, cabe destacar ainda que o recolhimento na forma do Simples não exclui a incidência de outros tributos não listados anteriormente. Também, mesmo para os tributos abrangidos pelo Simples Nacional, há situações em que o recolhimento dar-se-á à parte.
Apuração e recolhimento do Simples Nacional
Quanto ao recolhimento, o Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação (DAS - Documento Único de Arrecadação do Simples Nacional), dos impostos e contribuições.
Visando facilitar o processo de apuração do Simples Nacional, o Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D) é um aplicativo disponível no Portal do Simples Nacional na internet. Este programa serve para o contribuinte efetuar o cálculo dos tributos devidos mensalmente na forma do Simples Nacional, declarar o valor devido e imprimir o documento de arrecadação (DAS).
Na apuração do valor do Simples Nacional de cada empresa, é necessário levar em consideração os percentuais de cada tributo, os quais dependem do tipo de atividade e da receita bruta de cada organização. Estes percentuais estão disponíveis nos Anexos da Lei Complementar que trata do Simples Nacional.
O anexo I apresenta os valores e percentuais aplicados ao comércio. No anexo II são encontradas as informações relacionadas às indústrias. Já nos anexos III, IV e V estão disponíveis os valores e percentuais aplicáveis as empresas prestadoras de serviços de modo geral.
Para calcular o valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, este valoré determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes nas tabelas dos Anexos I a V sobre a base de cálculo. Para calcular a partilha dos impostos, deve-se utilizar os percentuais efetivos de cada tributo disponíveis nos Anexos I a V.
Microempreendedor Individual
O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se formaliza como pequeno empresário.
A Lei Complementar n°123/2006 (Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) é a norma jurídica que institui o MEI, alterada por outros dispositivos considerados vigentes.
Existem condições para se tornar ou manter-se como um MEI, entre elas:
Faturar no máximo R$ 81.000,00 por ano;
Não ter participação em outra empresa como sócio ou titular;
Exercer atividade permitida ao MEI prevista no Anexo XIII da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de n° 94/2011.
Entre os requisitos, também se destacam algumas das obrigações do MEI, entre elas:
Emissão de nota fiscal de vendas às pessoas jurídicas;
Guarda das notas fiscais e controles de vendas no prazo mínimo de 5 anos;
Elaboração dorelatório mensal de receita brutas;
Custocom a contratação de um empregado;
Envio da DASN SIMEI (Declaração Anual do Simples Nacional para o MEI).
Sem taxas de registros para a formalização;
Burocracia reduzida – apenas DASN SIMEI.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido constitui uma forma de tributação simplificada a ser exercidapelas empresas, ou seja, é uma alternativa de tributação usada por contribuintes com o objetivo de apurar o lucro e, consequentemente, o Imposto de Renda.
O Lucro Presumido é o lucro determinado por meio da aplicação de um percentual sobre os valores globais da receita auferida pela pessoa jurídica em determinado período.Este percentual ou coeficiente é expressamente previsto em lei e varia conforme a atividade exercida pela empresa.
Limite de faturamento para o Lucro Presumido
Quanto aos aspectos jurídicos, a pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.
Empresas que optarem pelo Lucro Presumido, e durante anos, ultrapassarem os limites da receita, não poderão, naquele exercício, serem tributadas pelo lucro presumido, sendo obrigadas a declarar os impostos com base no lucro real no ano seguinte.
Quanto as pessoas jurídicas autorizadas ou não a optarem pelo Lucro Presumido, com base na legislação, não estão autorizadas a optar as entidades cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de créditos, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privado e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.
Ainda, não estão autorizadas a optarem pelo Lucro Presumido as pessoas jurídicas que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior. Ou ainda, as organizações que, autorizadas pela legislação tributária, desejam usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de IRPJ. Também as pessoas jurídicas que, durante o ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimativa. 
Por fim, não estão autorizadas a optar pelo Lucro Presumido as organizações que explorem atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
No entanto, estão autorizadas a optar pelo Lucro Presumido as empresas cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses. 
Além disso, estão autorizadas as empresas que não estejam obrigados a declarar com base no lucro real em função da atividade exercida. Ou ainda, empresas que (i) tenham sócios ou acionistas residentes no exterior;(ii) sejam constituídas sob qualquer forma societária, cujo capital participem entidades do setor público;(iii) sejam filiais, sucursais, agências ou representação, no país, de pessoas jurídicas com sede no exterior; e (iv) vendam bens importados, independente da receita auferida com esses produtos.
A opção pelo Lucro Presumido
A opção pelo lucro presumido é feita de forma irrevogável na data do pagamento da primeira quota ou da quota única, sendo uma manifestação de forma irrevogável.Quando uma empresa iniciar suas atividades, ela deve observar o limite de valores para o período posterior, para avaliar se pode continuar ou ingressar no lucro presumido.
Apuração do Lucro Presumido
A apuração de IRPJ e CSLL, realizada com base no lucro presumido, ocorre por períodos trimestrais (31 de março, 31 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro). 
Alinhada ao regulamento de Imposto de Renda para efeitos de apuração do montante do Lucro Presumido, são consideradas as seguintes receitas:
Quaisquer outras receitas, mesmo que sejam de fontes não relacionadas com a atividade principal da empresa;
Receitas auferidas na atividade objeto das pessoas jurídicas;
Ganhos de capital;
Receitas financeiras
Rendimentos decorrentes de participações societárias.
Neste sentido, com base no montante do Lucro Presumido, em seguida é aplicado o percentual de presunção corresponde ao tipo de atividade sobre a receita bruta auferida para aquela atividade no período.
No cálculo da receita bruta (para fins de apuração do Lucro Presumido), algumas deduções são permitidas, tais como as vendas canceladas.
Percentuais de presunção para o IRPJ
	Atividade
	%*
	Comercial, industrial, transporte de carga e serviços hospitalares.
	8
	Revendas, para consumo, combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
	1,6
	Prestação de serviços em geral:
	
	a) exclusivamente prestação de serviços: faturamento anual até R$ 120.000.
	16
	b) exclusivamente superior a R$ 120.000 anuais e demais serviços não exclusivamente.
	32
	c) de transporte (exceto carga).
	16
Percentuais de presunção para a CSLL
	Atividade
	%*
	Pessoas jurídicas em geral.
	12
	Prestação de serviços, exceto hospitalares; intermediação de negócios; administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; e factoring.
	32
Em situações quando uma empresa exerce atividades enquadradas em dois ou mais grupos em que os percentuais estabelecidos pela legislação são distintos, o seu lucro presumido deverá ser apurado separadamente em relação à receita bruta de cada atividade.
Lucro Real
Sob o enfoque do Planejamento Tributário, o qual representa um meio legal de redução da carga tributária, Lucro Real corresponde a uma alternativa de regime tributário, isto é, um regime de apuração de tributos que possui características próprias previstas em lei.
Com base no artigo 247 do RIR/99 (Decreto n° 3.000/1999), Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas. Assim, Lucro Real é o resultado contábil do período de apuração ajustado pelas adições e exclusões ou compensações autorizadas.
Neste sentido, o Lucro Contábil (ou Lucro do Período), corresponde a soma de todas as despesas e receitas de um certo período. Já o Lucro Real, parte do Lucro Contábil e considera os ajustes e compensações (adições e exclusões).
O Lucro Real é a base de cálculo do Imposto de Renda, partindo do resultado da contabilidade, incluindo os devidos ajustes (previstos na legislação).
Contribuintes obrigado a apurar o IRPJ pelo Lucro Real
Instituições financeiras, factorings, empresas que usufruem de benefícios fiscais de isenção ou redução do IR, empresas que excedam um determinado limite de receita total.
Despesas Dedutíveis
Despesas Dedutíveis ao Lucro Real são as despesas operacionais, não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. As despesas operacionais admitidas como dedutíveis são as usuais ou normais à operação ou atividade da empresa, entendendo-se como necessárias as pagas ou incorridas para a realização.
Despesas Indedutíveis
Com base no Decreto 3.000/99 (RIR), são indedutíveis para efeitos de apuração ao Lucro Real:
1) Qualquer Provisão, EXCETOaquelas constituída para: férias de empregados e 13° Salário; reserva técnica das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável.
2)As contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços.
3)Asdespesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo conservação, impostos, taxas, seguros, e quaisquer outros gastos com bens móveis e imóveis, exceto se relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização.
4) As despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, desde que não fornecida pela pessoajurídica, indistintamente, a todos os seus empregados.
5) As contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos de empregados e dirigentes da pessoa jurídica.
6) Asdoações, EXCETOàquelas instituídas por lei.
7) As despesas com brindes.
8) O valor da CSLL.
9) As multas de trânsito.
10) Resultado negativo de Equivalência Patrimonial.
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)
Os ajustes de adições e exclusões são realizados, separadamente, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), composto por duas partes: Parte A e Parte B.
Na Parte A, são escriturados os ajustes ao Lucro, demonstrados os cálculos do imposto e transcrita a demonstração do lucro real. Já na Parte B, são lançados os valores que afetarão o Lucro Real de períodos futuros para fins de controle, por exemplo, a compensação de prejuízos e a depreciação acelerada.
Adições consideradas durante a apuração do Lucro Real
Para fins de apuração, são adicionados ao Lucro Contábil:
Custos e despesas considerados indedutíveis pela legislação do IRPJ.
Receitas tributáveis não incluídas no resultado contábil.
- Custos e despesas considerados dedutíveis pela legislação do IRPJ.
Exclusões consideradas durante a apuração do Lucro Real
Para fins de apuração, são excluídos do Lucro Contábil:
Receitas que afetaram o resultado contábil, mas reconhecidas pela lei como receitas isentas do IRPJ.
Despesas adicionadas ao resultado contábil no período anterior por condição necessária para sua dedutibilidade.
Deduções por incentivos fiscais.
Dividendos.
Resultado Positivo com Equivalência Patrimonial.
Reversão de Provisões Indedutíveis.
As adições e exclusões são semelhantes em ambos, mas nem todas as adições e exclusões são realizadas em ambas as bases de cálculos.
Compensações de prejuízos fiscais
Poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos encerrados a partir de 1995, bem como os saldos ainda não compensados, existentes em 31.12.1994, de prejuízos fiscais apurados a partir do ano calendário de 1991. Esta compensação está limitada a 30% da base de cálculo do imposto de renda.
Incentivos Fiscais
Doações ao fundo da criança e do adolescente: A pessoa jurídica poderá deduzir até 1% do imposto devido.
PAT – Programa de Amparo ao Trabalhador: O Valor do incentivo deverá ser calculado pelo menor valor entre as opções de cálculo. No entanto, com base no RIR/99, esta dedução está limitada a 4% do IR (alíquota normal) devido em cada período de apuração.
Programa de desenvolvimento Tecnológico industrial ou agropecuário – PDT ou PDTA: A pessoa jurídica poderá deduzir até 4% do imposto devido.
Operações de Caráter cultural e artístico: A pessoa jurídica poderá deduzir até 4% do imposto devido.
Atividade Audiovisual: Valores efetivamente aplicados na aquisição primária de certificados de investimentos sem projetos aprovados pelo Ministério da cultura. A pessoa jurídica poderá deduzir até 3% do imposto devido.
Doações a entidades civis sem fins lucrativos, legalmente constituída no Brasil reconhecida como de utilidade pública por ato formal de órgão competente da união.
/////////////////////////////////////// FIM \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
Observações:
Caro Aluno,
Visando elevar a sua compreensão sobre o assunto tratado ao longo deste material, acesse as legislações que tratam de cada um dos assuntos listados. Lembre-se de que não existe apenas uma única norma jurídica para um único assunto. Poderá haver mais de uma norma que verse sobre o mesmo conteúdo.
Bons Estudos!
Prof. Antônio Ricardo Catânio

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