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Iniciação à Pesquisa Notas de aula

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1
NOTAS DE AULA
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO - 1o período
INICIAÇÃO À PESQUISA
O que é pesquisa? 
 “Pesquisar, significa, de forma bem simples, procurar respostas para 
indagações propostas.”
 “Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, 
desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela 
ciência.” 
“A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do 
emprego de processos científicos.” 
“Pesquisa científica é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados 
no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para os problemas 
propostos mediante o emprego de métodos científicos.”
1 APRESENTAÇÃO
A atitude de pesquisar é um dos mais importantes aspectos do ser humano: é 
um meio de evolução da racionalidade humana. Amplia, por esse ato, a gama de 
conhecimentos e ordena-os de modo que possam ser transmitidos para as gerações 
futuras, que assim, sucessivamente, vão sendo aperfeiçoados. Para tal, as 
respostas aos problemas de aquisição do conhecimento devem ser buscadas 
através do rigor científico e apresentados por meio das normas acadêmicas 
vigentes.
Dito isto, fica claro que a metodologia do trabalho científico não é um simples 
conteúdo a ser decorado. Trata-se de fornecer aos alunos um instrumental 
indispensável para que sejam capazes de atingir os objetivos da universidade, que 
são o ensino, a pesquisa e a extensão em qualquer área de estudo. 
Se os alunos procuram uma instituição do ensino superior para buscar saber, 
entende-se dessa forma, que a Metodologia da pesquisa científica nada mais é do 
que a disciplina que estuda os caminhos do saber, se entendermos que método que 
dizer caminho, logia que dizer estudo e ciência que dizer saber. 
Por esta ótica, a metodologia científica é uma aliada da pesquisa e dos 
pesquisadores que desejam eticamente produzir conhecimento e, assim contribuir 
positivamente para o bem estar da humanidade. 
2 A LEITURA
Todo pesquisador lê com técnica: busca informações a fim de executar o 
projeto de trabalho. Busca as informações principais e colocam em segundo plano 
as secundárias, descartando aquelas que fogem ao tema da pesquisa. Ou seja, 
realiza leitura com finalidade informativa, para a aquisição e ampliação de 
conhecimentos, tomando cuidado para que a leitura não descambe para a apenas 
formativa (ligada à cultura geral, às notícias e informações genéricas) ou de 
distração (lazer).
Metodologia do trabalho científico - MCGA
2
Antes de começar a escrever, é necessário que o autor do trabalho científico 
realize as seguintes leituras de um mesmo texto:
a) Leitura de reconhecimento ou pré-leitura: fornece uma visão global do 
assunto e permite verificar a existência ou não de informações úteis para o seu 
objetivo específico (é a chamada leitura “por alto”, apenas para tomar contato com o 
texto);
b) Leitura seletiva: seu objetivo é a seleção das informações que 
interessam à elaboração do trabalho em perspectiva;
c) Leitura crítica ou reflexiva: exige estudo e compreensão do texto. Feita 
por análise, comparação, diferenciação e julgamento das ideias contidas no texto.
d) Leitura interpretativa: mais complexa, compreende três etapas:
1 Procura-se saber o que realmente o autor afirma, quais dos dados e 
informações que oferece;
2 Correlacionam-se as afirmações do autor com os problemas (formulação 
do problema) para os quais se está procurando uma solução; e 
3 Julga-se o material coletado em função do critério de verdade.
Feita a análise e o julgamento procedem-se à síntese, isto é, à integração 
racional dos dados descobertos. Escreve-se o texto.
2.1 TÉCNICAS PARA RESUMIR
Para a análise de obras extensas e a montagem de textos, é de grande 
utilidade a elaboração de esquemas e resumos, pois eles ressaltam as ideias 
importantes, tornando fácil a revisão ou memorização do assunto, e o futuro uso em 
citações no corpo dos trabalhos acadêmicos (resenha, projeto de pesquisa, artigo 
científico, monografias, entre outros).
O requisito fundamental para se fazer o resumo é a compreensão do 
assunto, para que se possam separar as ideias principais e secundárias.
Para resumir, podem ser usadas duas técnicas principais: a técnica do 
sublinhamento e a técnica do resumo de ideias.
Metodologia do trabalho científico - MCGA
3
Técnica do sublinhamento
A norma básica desta técnica é não sublinhar parágrafos ou frases inteiras, 
e sim, as palavras-chave.
A técnica de sublinhar requer os seguintes procedimentos:
a) Leitura integral do texto, para tomada de contato;
b) Esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e outras;
c) Releitura do texto, para identificar as ideias principais;
d) Ler e sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que contêm a ideia-
núcleo e os detalhes mais importantes;
e) Assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os casos 
de discordâncias, as passagens obscuras, os argumentos discutíveis;
f) Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido; e
g) Reconstruir o texto, em forma de esquema ou de resumo, tomando as 
palavras sublinhadas como base.
Técnica do resumo de ideias
É o tipo de resumo ideal para quem tem facilidade de selecionar as ideias 
principais do texto apenas pela leitura, não necessitando grifar palavras-chave e 
fazer interpretação posterior. Esta técnica implica ler o texto e reescrever as ideias 
principais nele contidas com as suas próprias palavras, enquanto na técnica de 
sublinhamento, as ideias principais são reescritas com as palavras do autor.
Por fim, vale lembrar que em um resumo não se admitem acréscimos ou 
comentários ao texto, mas as opiniões e pontos de vista do autor (do original) devem 
ser respeitadas. Nos textos bem estruturados, cada parágrafo corresponde a uma só 
ideia principal. Se houver parágrafos com ideias repetitivas, cita-se a ideia apenas 
uma única vez.
Exemplos:
a) Houve tempo em que se poderia defender a ideia de que uma pesquisa 
científica era coisa de gênio, portanto algo excepcional e fora de qualquer restrição 
Metodologia do trabalho científico - MCGA
4
de planejamento. Hoje não é mais possível defender essa ideia, nem para a 
pesquisa científica e, muito menos, para a tecnológica. Sabe-se que na história da 
Técnica intervêm comumente as “invenções” empreendidas por leigos e curiosos. 
Depois do estabelecimento da Tecnologia, essas invenções tornam-se cada vez 
mais raras, dando lugar às “descobertas”, feitas por meio de pesquisas organizadas. 
Assim tornou-se indispensável, um plano de pesquisa, que se constitua como 
programação dos trabalhos a serem realizados durante a pesquisa. Agora o trabalho 
não é mais simplesmente mental, como na fase anterior da escolha, compreensão e 
conhecimento. É necessário, agora, escrever um Plano de Pesquisa para fixá-lo e 
torná-lo independente da memória (VARGAS, 1985, p. 202).
b) Ninguém desconhece o sacrifício da quase totalidade de nossos 
acadêmicos, que vão para suas escolas após uma jornada de oito horas ou mais de 
trabalho profissional. Se isso é sumamente louvável, não o exime, por outro lado, do 
compromisso de estudar e, portanto, de descobrir tempo para estudar. É preciso 
descobrir tempo. Tempo para frequentar as aulas dos diversos cursos, e tempo para 
estudos particulares. Se procurarmos, o tempo aparecerá. E lembremo-nos de que 
meia hora por dia representa três horas e meia por semana, quinze horas por mês e 
cento e oitenta horas por ano. E quemnão conseguiria descobrir um ou mais 
espaços de meia hora em sua jornada? Ou quem não conseguiria fazer aparecerem 
esses espaços, se o quisesse realmente? Ou será que esses espaços não 
aparecem porque nós não os procuramos, por medo de encontrá-los? Quem quer 
descobre tempo, cria tempo, especialmente nós, brasileiros, que somos, por assim 
dizer, capazes do impossível (RUIZ, 1991, p. 22). 
Resumo baseado nas palavras sublinhadas
a) Houve tempo em que se poderia defender a ideia de que uma pesquisa 
científica era coisa de gênio, portanto algo excepcional e fora de qualquer restrição 
de planejamento. Hoje não é mais possível defender essa ideia, nem para a 
pesquisa científica e, muito menos, para a tecnológica. Sabe-se que, na história da 
Técnica, intervêm comumente as “invenções” empreendidas por leigos e curiosos. 
Depois do estabelecimento da Tecnologia, essa invenções tornavam-se cada vez 
mais raras, dando lugar às “descobertas”, feitas por meio de pesquisas organizadas. 
Metodologia do trabalho científico - MCGA
5
Assim, tornou-se indispensável um plano de pesquisa que se constitua como 
programação dos trabalhos a serem realizados durante a pesquisa. Agora o trabalho 
não é mais simplesmente mental, como na fase anterior da escolha, compreensão e 
conhecimento. É necessário, agora, escrever um Plano de Pesquisa para fixá-lo e 
torná-lo independente da memória.
RESUMO: Houve tempo em que pesquisa científica era coisa de gênio. Hoje 
essa ideia não é válida nem para a pesquisa científica e nem para a tecnológica. 
Com o estabelecimento da Tecnologia, as chamadas invenções deram lugar às 
descobertas, feitas por meio de pesquisas organizadas. Para isso, é indispensável 
um plano de pesquisa para a programação dos trabalhos a serem realizados 
(VARGAS, 1985).
b) Ninguém desconhece o sacrifício da quase totalidade de nossos 
acadêmicos, que vão para suas escolas após uma jornada de oito horas ou mais de 
trabalho profissional. Se isso é sumamente louvável, não o exime, por outro lado, do 
compromisso de estudar e, portanto, de descobrir tempo para estudar. É preciso 
descobrir tempo. Tempo para frequentar as aulas dos diversos cursos, e tempo para 
estudos particulares. Se procurarmos, o tempo aparecerá. E lembremo-nos de que 
meia hora por dia representa três horas e meia por semana, quinze horas por mês e 
cento e oitenta horas por ano. E quem não conseguiria descobrir um ou mais 
espaços de meia hora em sua jornada? Ou quem não conseguiria fazer aparecerem 
esses espaços, se o quisesse realmente? Ou será que esses espaços não 
aparecem porque nós não os procuramos, por medo de encontrá-los? Quem quer 
descobre tempo, cria tempo, especialmente nós, brasileiros, que somos, por assim 
dizer, capazes do impossível. 
RESUMO: Todos sabem do sacrifício dos acadêmicos que vão para a escola 
após oito horas de trabalho. Embora louvável isto não o exime do compromisso 
escolar. É preciso tempo para estudar. Tempo para as aulas dos cursos e para 
estudos particulares. Caso procuremos, o tempo aparecerá, ainda mais para nós, 
brasileiros, capazes do impossível (RUIZ, 1991)
Metodologia do trabalho científico - MCGA
6
Resumo que não se prende fielmente às palavras sublinhadas (redigido 
a partir das ideias principais):
a) Acreditava-se que pesquisa científica era coisa de gênio. Hoje isto não é 
válido nem para a pesquisa tecnológica nem para a científica. Com a Tecnologia, as 
invenções foram substituídas pelas descobertas feitas através de pesquisas 
organizadas. Para isso, é indispensável um plano de pesquisa para a programação 
dos trabalhos a serem realizados.
b) Os acadêmicos são penalizados pela dupla jornada de trabalho e escola. 
Para que isso seja possível, eles têm que encontrar tempo. Este aparecerá, caso o 
procuremos, pois somos capazes do impossível: somos brasileiros.
OBS.: Resumos feitos por pessoas diferentes apresentarão palavras diferentes. O 
importante é que todas as ideias principais do texto sejam citadas de forma fiel ao 
original.
Redação de resumos de livros
Para o resumo de livros são necessários os seguintes procedimentos:
a) leitura integral do texto, para conhecimento do assunto;
b) aplicar a técnica de sublinhar, para ressaltar as ideias importantes e os 
detalhes relevantes, em cada capítulo;
c) reestruturar o plano de redação do autor, valendo-se, para isto, do índice 
ou sumário, isto é, identificar, pelo sumário, as principais partes do livro; em cada 
parte, os capítulos, os títulos e subtítulos. De posse desses elementos, elaborar um 
plano ou esquema de redação do resumo;
d) tomar por base o esquema ou plano de redação, para fazer um rascunho, 
resumindo por capítulos ou por partes; e
e) concluído o rascunho, fazer uma leitura, para verificar se há possibilidade 
de resumir mais, ou se não houve omissão de algum elemento importante. Refazer a 
redação, com as alterações necessárias, e transcrever em fichas, segundo as 
normas de fichamentos.
Metodologia do trabalho científico - MCGA
7
É bom lembrar sempre que o resumo bem elaborado deve:
Apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;
Não apresentar juízos críticos ou comentários pessoais;
Respeitar a ordem das ideias e fatos apresentados;
Empregar linguagem clara e objetiva;
Evitar a transcrição de frases do original;
Apontar as conclusões do autor; e
Dispensar a consulta ao original para a compreensão do assunto.
Metodologia do trabalho científico - MCGA
8
3 O FICHAMENTO COMO MÉTODO DE ESTUDO
O saber constitui-se pela capacidade de reflexão no interior de determinada 
área do conhecimento. A reflexão, no entanto, exige o domínio de uma série de 
informações. Estas informações só se podem adquirir através da documentação 
realizada criteriosamente. Participar de aulas e palestras brilhantes, ler livros 
clássicos ou periódicos de alcance nacional só apresentam valores à medida que se 
traduzirem em documentação pessoal, ou seja, à medida que esses elementos 
puderem estar à disposição do estudante, a qualquer momento de sua vida 
intelectual. 
Neste contexto, documentação refere-se à tomada de apontamentos durante 
a leitura ou coisa ouvida. Esses registros servem de matéria-prima para os trabalhos 
acadêmicos, como resenhas, projetos de pesquisas, monografias, dissertações, 
teses, etc. Não é recomendado tomar notas em cadernos, de maneira sequencial, 
assim como não é prático assinalar no próprio texto as passagens que serão 
utilizadas na redação final do trabalho. Os elementos julgados relevantes devem ser 
transcritos nas fichas de documentação. 
3.1 FICHAMENTO
O Fichamento é uma parte importante na organização para a efetivação da 
pesquisa de documentos. Ele permite um fácil acesso aos dados fundamentais para 
a conclusão do trabalho. Os registros e a organização das fichas dependerá da 
capacidade de organização de cada um. Os registros não são feitos 
necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Pode ser 
feito em folhas de papel comum ou, mais modernamente, em qualquer programa de 
banco de dados de um computador. O importante é que elas estejam bem 
organizadas e de acesso fácil para que os dados não se percam. 
É relevante anotar SEMPRE as fontes bibliográficas completas. Há uma 
tendência de querer anotar essas referências de forma abreviada, ou confiar na 
Metodologia do trabalho científico - MCGA
9
memória, e isso muitas vezes acabam gerando a infeliz situação de se ter uma cópia 
xerox, por exemplo, na mão que serve bastanteao trabalho, mas que não se sabe 
de onde foi retirada.
Basicamente, existem três tipos de fichamentos, a saber: o fichamento 
bibliográfico, o fichamento de resumo ou conteúdo e o fichamento de citações.
Ficha bibliográfica: é a descrição, com comentários, dos tópicos abordados 
em uma obra inteira ou parte dela.
Exemplo:
A luta pelo direito (1)
 .................................................. (2) .............. (3) 
IHERING, Rudolf von. A luta pelo direito. São Paulo: Martin Claret, 2001. 100 p. v. 
47. (Coleção a obra-prima de cada autor).
Insere-se no campo do estudo da Filosofia, História, Literatura, Sociologia e do 
Direito. O autor utiliza a sua experiência de jurista e faz uma abordagem descritiva e 
analítica. Analisa o direito romano observando as causas que fizeram de Roma, a 
nação do Direito. No capítulo I, Ihering se opõe à escola histórica do Direito, fundada 
por Savigny que diz ser a formação do Direito um processo indolor e espontâneo, 
independente de qualquer esforço. Para esse autor, a luta é a própria essência do 
Direito: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos. Nos 
capítulos 2 e 3, observa-se que essa luta não se restringe ao direito privado, mas é a 
semente lançada nesse que frutifica no direito público e internacional, enfim, o direito 
subjetivo está em todas as áreas do Direito e é um dever do titular para consigo 
mesmo e para com a nação. No entanto, capítulo 4, um Estado que não respeita 
esse direito pode destruir o sentimento de justiça da nação. Termina com uma 
pergunta, se o Direito romano, comum naqueles dias, corresponde à abordagem de 
suas ideias. A resposta é não e apresenta um relato das três fases distintas da 
evolução do Direito romano, chamando à atenção de que este é um direito estranho, 
escrito numa língua estranha e acessível somente aos letrados. Falta a energia 
necessária, que só poderia ser proporcionada pelo pleno domínio espiritual da 
matéria, levando em consideração as peculiaridades de cada nação. (4)
Observação: Neste e nos outros exemplos de fichas, os números entre parênteses 
representam o que está explicado abaixo:
(1) - Título do trabalho. 
(2) - Capítulo ou subtítulo do trabalho. 
(3) - Numeração do capítulo ou subtítulo a que se refere o fichamento. 
(4) - Comentários ou anotações do pesquisador sobre a obra registrada.
Metodologia do trabalho científico - MCGA
10
Ficha de resumo ou conteúdo: é uma síntese das principais ideias contidas 
na obra ou parte dela (capítulo). O pesquisador elabora esta síntese com suas 
próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra. 
Exemplo: 
A luta pelo direito (1)
 .................................................. (2) ........... (3) 
IHERING, Rudolf von. A luta pelo direito. São Paulo: Martin Claret, 2001. v. 47 
(Coleção a obra-prima de cada autor).
A obra dispõe, em âmbito geral, sobre a ideia de que não há direito sem luta, 
e que no momento em que o direito renuncia à luta, ele renuncia a si mesmo. Como 
dependente da luta, o direito não está ao alcance de povos e indivíduos que não se 
esforcem. Dois critérios são colocados para embasar a busca pela justiça, a saber: a 
suscetibilidade (que difere entre os indivíduos) isto é, a capacidade de se sentir 
ofendido mediante a violação ou ofensa a seu direito, e a energia, que pode ser 
definida como a vontade e determinação de repelir tal agressão. Ihering afirma que a 
luta pelo direito além de ser um dever do indivíduo para consigo mesmo, constitui 
também um dever para com a comunidade.
O autor observa que um Estado déspota (copa) pode abalar o sentimento de 
justiça (a raiz) ao violar o direito privado, com atos de desrespeito ao indivíduo e em 
seguida exterminando a verdadeira figura do Estado. O poder deve ser contestado 
sempre que houver abuso em seu uso, pois a essência do direito está na nação. 
Ressalta-se que sem luta não há direito, que essa é um direito dos povos e dos 
indivíduos, e que deve ser permeada pela ética. Todos os direitos da humanidade 
foram adquiridos por intermédio da luta. Sempre houve e sempre haverá injustiça, e 
o direito não é capaz de solvê-la pacificamente. A luta representa o trabalho externo 
do direito, da mesma forma que sem trabalho não há propriedade. A essência do 
direito está na ação, na energia daquele que reage ao sentir abalado seu direito. (4)
Ficha de citações: as citações são informações colhidas em outra fonte 
escrita ou oral. Podem ser literal (reprodução das próprias palavras do texto citado) 
ou paráfrase (eu reproduzo sem distorcer, com minhas palavras, as ideias 
desenvolvidas por um outro autor). É característica essencial do trabalho a 
necessidade de indicar as fontes das citações utilizadas no texto. Trata-se de uma 
prática de apontar sistematicamente para as origens das ideias, dos conhecimentos 
e dos pensamentos que se utiliza nos trabalhos acadêmicos. A prática da citação 
baseia-se, portanto, nos princípios da justiça e da propriedade intelectual. 
Metodologia do trabalho científico - MCGA
11
O exemplo, a seguir, retrata a reprodução fiel das frases que se pretende 
usar como citação na redação do trabalho, ou seja, é uma transcrição literal da fonte 
consultada.
Exemplo: 
A luta pelo direito (1)
.................................................. (2) ........... (3)
IHERING, Rudolf von. A luta pelo direito. São Paulo: Martin Claret, 2001. v. 47 
(Coleção a obra-prima de cada autor).
“O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta. 
Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça - e isso perdurará 
enquanto o mundo for mundo - , ele não poderá prescindir da luta." (IHERING, 2001, 
p. 1).
Podemos afirmar sem o menor receio que o amor que um povo 
dedica ao seu direito e a energia despendida na sua defesa são 
determinados pela intensidade do esforço e do trabalho que ele 
lhe custou. Os elos mais sólidos entre um povo e seu direito 
não são forjados pelo hábito, mas pelo sacrifício. E se Deus 
ama um povo, não lhe presenteia com aquilo de que precisa, 
nem lhe facilita o trabalho alcança-lo, mas torna-o mais difícil. 
Por isso mesmo, não hesito em afirmar que a luta necessária 
ao nascimento do direito não é nenhuma maldição, mas uma 
benção (IHERING, 2001, p. 34).
"A luta pelo direito, porém, não se restringe ao direito privado, nem à vida 
particular do indivíduo: supera-os em muito." (IHERING, 2001, p. 73).
Metodologia do trabalho científico - MCGA
12
4 cm 
4 TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS
Segundo Azevedo (1992) e Medeiros (2007), os trabalhos acadêmicos mais 
comuns são, a saber:
Resumo
É uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a 
progressão e a articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor 
do texto. O redator do resumo deve seguir alguns procedimentos, a saber: ser 
redigido em linguagem objetiva; evitar a repetição de frases inteiras do original e 
respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são apresentados. Não deve apresentar 
juízo valorativo ou crítico e deve ser compreensível por si mesmo, a tal ponto de 
dispensar a consulta ao original.
Resenha
É um resumo crítico de determinado livro. Seu objetivo principal é incentivar 
a leitura do livro e dialogar com seu autor. As três seções principais da resenha são: 
introdução, resumo e opinião (inclui julgamentos de valor). Exige leitura e análise 
crítica da obra.
Revisão bibliográfica
É uma compilação crítica e retrospectiva em torno de determinadoassunto 
em várias obras. Seu objetivo é sintetizar as principais contribuições deixadas pelos 
autores e demonstrar o estágio atual da pesquisa sobre o tema. Exige leitura e 
análise crítica do material coletado.
Projeto de pesquisa 
Metodologia do trabalho científico - MCGA
13
O projeto de pesquisa é o planejamento da pesquisa, nele constando 
elementos como delimitação do tema, formulação do problema, justificativa, fontes 
bibliográficas, metodologia, cronograma, entre outros. Seu objetivo é organizar e 
sistematizar todo o procedimento que terá pela frente na construção do TCC 
(monografia, artigo científico, relatório, entre outros). 
O Quadro 1 apresenta a estrutura do projeto de pesquisa adotado na 
Fadivale.
Quadro 1 – Estrutura do projeto de pesquisa
E
S
T
R
U
T
U
R
A
CAPA
FOLHA DE ROSTO
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO (de quem?)
2 OBJETO DA PESQUISA (o quê?)
2.1 TEMA
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
2.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
2.4 HIPÓTESE(S)
3 JUSTIFICATIVA (por quê?)
4 OBJETIVOS (para quê? O quê se pretende alcançar?)
4.1 OBJETIVO GERAL
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5 EMBASAMENTO TEÓRICO (em quê?)
5.1 TEORIA DE BASE ou MARCO TEÓRICO
5.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
6 METODOLOGIA (como? Com quê?)
6.1 MÉTODO 
6.2 TÉCNICAS DE PESQUISA
7 CRONOGRAMA (quando?) 
8 SUMÁRIO PRÉVIO DO ARTIGO CIENTÍFICO
9 REFERÊNCIAS
10 APÊNDICE(S) (no caso de pesquisa de campo – questionário e entrevista)
Fonte: Marconi e Lakatos, 2009. 
Quadro 1 – Estrutura do Projeto de pesquisa
Metodologia do trabalho científico - MCGA
14
Monografia
É a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico investigado 
cientificamente, geralmente escrito como tarefa final de uma disciplina ou curso 
(graduação e pós-graduação stricto sensu e lato sensu). 
Artigo científico
Trata de problemas científicos e apresenta resultados de estudos e 
pesquisas, sendo publicados em periódicos especializados. Sua abordagem é atual, 
muitas vezes temas novos. Sua redação leva em conta o público alvo. Quanto ao 
tipo podem ser analíticos, classificatórios ou argumentativos. O estilo, como em 
qualquer trabalho de natureza científica, deve ser claro, conciso e objetivo.
Nas palavras de Medeiros (2007, p. 226), os motivos para a redação de um artigo 
são: “existência de aspectos de um assunto que não foram estudados 
suficientemente ou o foram superficialmente; necessidade de esclarecer uma 
questão antiga; inexistência de um livro sobre o assunto; aparecimento de um erro.”
I - Normas para elaboração e apresentação do ARTIGO de conclusão de curso 
a) O passo inicial é a elaboração de um PROJETO DE PESQUISA, visando 
esclarecer/definir o tema, o objeto a ser focalizado na pesquisa, seus objetivos, tanto 
o geral quanto os específicos, a metodologia de trabalho, bem como a bibliografia 
básica a ser consultada. No Quadro 1 é possível identificar a estrutura do projeto de 
pesquisa adotado na Fadivale e detalhada/explicada nas aulas de TCC ministradas 
no curso. 
b) quantidade mínima de laudas: 12;
c) quantidade máxima de laudas: 30;
d) fonte: Arial 12;
e) tamanho da folha: A-4;
f) espaço entre as linhas: 1,5, e margem 3 cm à esquerda e superior e 2 cm à direita 
e inferior;
g) título e nome completo do(a) aluno(a) e professor(a) orientador(a), com local 
próprio da assinatura.
Metodologia do trabalho científico - MCGA
15
h) um resumo de no máximo 500 palavras, capaz de transmitir uma ideia rápida e 
clara do conteúdo e das conclusões do trabalho, logo abaixo do título;
i) no máximo cinco (05) palavras-chave logo após o resumo;
j) um abstract, que é o resumo em inglês, ou resumen, em espanhol e as cinco 
palavras-chave também em inglês ou espanhol, respectivamente;
l) sumário que será lançado logo após o resumo e o abstract e as palavras-chave;
m) as referências devem seguir as normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT – NBR 6023/02) e deverão ser colocadas, no fim do artigo, em 
ordem alfabética.
n) as citações devem ser feitas no texto, utilizando o sistema autor-data (NBR 
10520/02), ou seja, “Diniz (2000, p. 8)” para citações literais ou “Diniz (2000)” para 
citações parafraseadas. As citações em língua estrangeira deverão ser 
acompanhadas de sua respectiva tradução;
o) as notas de rodapé serão utilizadas para notas explicativas e numeradas em 
ordem sequencial, colocada na página em que estiverem as chamadas;
p) as tabelas devem conter número, título e fonte completa; os gráficos, além de 
número, título e fonte, devem vir acompanhados dos dados que os geraram;
q) a revisão do texto em português, inglês e espanhol é de responsabilidade do 
autor(a).
A estrutua do artigo científico da Fadivale encontra-se no arquivo Normas3 – 
Artigo científico.
Dissertação
Destina-se à obtenção do grau acadêmico de mestre e deve revelar 
capacidade de sistematização e domínio do tema escolhido. 
Tese
Contribuição inédita para o conhecimento e apresentada para obtenção do 
grau acadêmico de doutor. 
Relatório
Metodologia do trabalho científico - MCGA
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Relatório consiste na apresentação final de estudo, pesquisa ou atividade em 
que, além dos dados coletados, o autor comunica resultados e conclusões.
O relatório técnico-científico é o documento pelo qual se faz a difusão das 
informações correntes, sendo ainda o registro permanente dessas informações. 
Utiliza-se para descrever experiência, investigação, processo, métodos e análise.
O relatório de estágio registra as atividades desenvolvidas pelo estagiário, 
período de duração da visita ou do estágio e local. Seu principal elemento consiste 
na capacidade de observação sistemática, isto é, capacidade de se descreverem em 
termos adequados o local, as pessoas, a relação interpessoal, as falhas, a maneira 
como as tarefas são realizadas, entre outros.
Esquema
Formular um esquema significa traçar o esqueleto da obra; organizar o texto 
com lógica, colocando em destaque a inter-relação das ideias. Um esquema ajuda o 
pesquisador a assimilar a matéria e levantar as ideias do texto (análise), ordenando-
as (síntese). É uma forma ativa de se tomar contato com o assunto, obrigando o 
estudioso a retirar do texto as ideias principais, os detalhes importantes e as ideias 
secundárias que subsidiam as ideias principais. 
É uma antecipação do resumo, mas apresenta as ideias de uma forma mais 
simplificada, simples e clara. O objetivo é que com um golpe de vista sejamos 
capazes de ver toda a informação contida no texto (memória visual). Deve ser 
elaborado mantendo-se fiel às ideias do autor e formulado conforme as 
necessidades de cada pessoa, por meio de símbolos, códigos e palavras.
Seminários
É um procedimento metodológico, que supõe o uso de técnicas (dinâmica de 
grupo) para o estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado.
O seminário pode assumir diversas formas, mas o objetivo é um só: leitura, 
análise e interpretação de textos dados sobre apresentação de fenômenos. Consiste 
em buscar informações, por meio de pesquisa bibliográfica ou de entrevista de 
especialistas, discussão em grupo, confronto de pontos de vista, formulação de 
conclusões.
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De qualquer maneira, um grupo que se propõe a desenvolver um seminário 
precisa estar ciente da necessidade de cumprir alguns passos:
a) determinar um problema a ser trabalhado;
b) definir a origem do problema e da hipótese;
c) estabelecer o tema;
d) compreender e explicitaro tema-problema;
e) dedicar- se à elaboração de um plano de investigação (pesquisa);
f) definir fontes bibliográficas, observando alguns critérios;
g) documentação e crítica bibliográficas:
h) realização da pesquisa;
i) elaboração de um texto, roteiro, didático, bibliográfico ou interpretativo.
Para a montagem e a realização de um seminário há um procedimento 
básico:
I) o professor ou o coordenador geral fornece aos participantes um texto 
roteiro apostilado, ou marca um tema de estudo que deve ser lido antes por todos, a 
fim de possibilitar a reflexão e a discussão;
II) procede-se à leitura e discussão do texto-roteiro em pequenos grupos.
Cada grupo terá um coordenador para dirigir a discussão e um relator para 
anotar as conclusões particulares a que o grupo chegar;
III) cada grupo é designado para fazer:
1 exposição temática do assunto, valendo-se para isso das mais variadas 
estratégias: exposição oral, quadro, slides, cartazes, filmes, entre outros. Trata-se de 
uma visão global do assunto e ao mesmo tempo aprofunda-se o tema em estudo; 
2 contextualizar o tema ou unidade de estudo na obra de onde foi retirado do 
texto, ou pensamento e contexto histórico-filosófico-cultural do autor; 
3 apresentar os principais conceitos, ideias e doutrinas; 
4 levantar os problemas sugeridos pelo texto e apresentar os mesmos para 
discussão; 
5 apresentar a bibliografia especializada sobre o assunto e se possível 
comentá-la;
Plenário: é a apresentação das conclusões dos grupos.
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O coordenar geral ou o professor faz a avaliação sobre os trabalhos dos 
grupos, especialmente de quem atuou na apresentação, bem como uma síntese das 
conclusões. 
Outros métodos e técnicas de desenvolvimento de um seminário podem ser 
acatados, desde que seja respeitado o plano de prontidão para a aprendizagem.
Finalizando, apontamos que todo tema de um seminário precisa conter em 
termos de roteiro as seguintes partes:
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
4.1 FONTES DE PESQUISA
Acervo bibliográfico: conjunto de obras que formam o patrimônio de uma 
biblioteca, ou conjunto de documentos abrigados e organizados por uma biblioteca.
Conteúdos de compêndios, artigos científicos, monografia, teses, 
dissertações, doutrina, legislações interpretadas. 
Fontes estatísticas (IBGE, etc.), documentos históricos, relatórios, Boletim de 
ocorrência, sentenças, acórdãos, entre outros.
Metodologia do trabalho científico - MCGA
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5 PESQUISA CIENTÍFICA
5.1 QUANTO AO MÉTODO
5.1.1 MÉTODO DE ABORDAGEM
a) Dedutivo
Deduzir é inferir, levar para fora. Por esse método é possível demonstrar o 
que já se encontra implicitamente no fator antecedente.
Lei fundamental do raciocínio dedutivo: a conclusão não pode ter extensão 
maior que as premissas
Criado por René Descartes, pensador e filósofo francês, que em seu 
Discurso do método, expõe a idéia fundamental de que é possível chegar-se à 
certeza por intermédio da razão.
É o caminho do geral para o particular.
Exemplo:
Todo homem é mortal. (premissa geral/maior)
José é homem. (premissa particular/menor)
Logo, José é mortal. (conclusão particular)
b) Indutivo
Indução é levar para dentro. A indução caminha de fatos singulares para 
chegar a uma conclusão ampla. 
 Criado por Francis Bacon (1561-1626), filósofo inglês, que critica a lógica 
cartesiana, racionalista.
É o caminho do particular para o geral.
Na indução, mesmo que todas as proposições do antecedente sejam 
verdadeiras, a conclusão pode não o ser.
Exemplo:
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Folhas-de-flandres conduzem calor. (premissa particular)
Cobre conduz calor. (premissa particular)
Alumínio conduz calor. (premissa particular)
Logo, todo metal conduz calor. (conclusão geral)
c) Método hipotético-dedutivo
Proposto por Popper, consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio:
quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são 
insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para 
tentar explicar a dificuldades expressas no problema, são formuladas 
conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se 
conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa 
tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. Enquanto no 
método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método 
hipótetico-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para 
derrubá-la (GIL, 1999, p.30).
d) Método dialético
De forma sucinta, o conceito de dialética usado hoje pelos intelectuais é um 
misto da forma idealista de Hegel e da materialista de Marx. Didaticamente essa 
teoria é apresentada como consistindo de tese [posição] que produz sua antítese 
[oposição]. A união dessas duas produz a síntese [composição] que é uma nova 
tese que produzirá sua antítese. Tese versus Antítese = Síntese
5.1.2 MÉTODO DE PROCEDIMENTO
Os métodos de procedimentos quando comparado com os métodos de 
abordagem são menos abstratos; são etapas da investigação. Assim, os métodos de 
procedimento, também chamados de específicos ou discretos, estão relacionados 
com os procedimentos técnicos a serem seguidos pelo pesquisador dentro de 
determinada área de conhecimento. O(s) método(s) escolhido(s) determinará(ão) os 
procedimentos a serem utilizados, tanto na coleta de dados e informações quanto na 
análise.
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“Esses métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios 
técnicos, para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fatos sociais.” (GIL, 
2008, p. 15). Mais especificamente, visam a fornecer a orientação necessária à 
realização da pesquisa social, em especial no que diz respeito à obtenção, ao 
processamento e à validação dos dados pertinentes à problemática objeto da 
investigação realizada.
Método histórico: busca nos acontecimentos passados explicações, causas 
para a ocorrência de determinados fatos.
Método comparativo: visa explicar semelhanças e dessemelhanças por meio 
de observações de duas épocas, ou dois fatos.
Método estatístico: vale-se das probabilidades da teoria estatística para 
explicar a realidade.
Método monográfico (estudo de caso): parte de acontecimentos particulares – 
empresas, instituições, grupos sociais – para obter generalizações.
 Método estruturalista: parte do concreto, chega ao abstrato (estrutura, ou fase 
em que obtém um modelo para a explicação da realidade) e retorna ao concreto.
5.1.3 TÉCNICA DE PESQUISA 
I) Documentação indireta:
 
a) pesquisa bibliográfica (Fonte secundária) – conteúdos de compêndios, 
artigos científicos ou da imprensa escrita, monografia, teses, dissertações, doutrina, 
legislações interpretadas, entre outros.
 b) documental (Fonte primária) – Fontes estatísticas (IBGE, CNJ, etc.), 
documentos históricos, relatórios, Boletim de ocorrência, sentenças, acórdãos, entre 
outros.
II) Documentação direta (Pesquisa de campo /Fonte primária): 
a) observação direta intensiva (entrevistas)
b) observação direta extensiva (os questionários, formulários, médias de 
opinião, os testes, as histórias de vida, pesquisa de mercado, ou outra 
documentação semelhante).
Metodologia do trabalho científico - MCGA
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5.2 QUANTO AOS OBJETIVOS
a) EXPLORATÓRIA: estabelece critérios, métodos e técnicas para a 
elaboração de uma pesquisa e visa oferecer informações sobre o objeto da pesquisa 
eorientador a formulação de hipóteses.
b) DESCRITIVA: estudo, análise, registro e interpretação dos fatos do mundo 
físico sem a interferência do pesquisador
c) EXPLICATIVA: pesquisa que registra fatos, analisa-os, interpreta-os e 
identifica suas causas.
d) PESQUISA-AÇÃO: espécie de estudo creditado por muitos a Paulo Freire 
como nova forma de investigação, que além do caráter científico, pressupõe também 
a intervenção social, superando a dicotomia entre teoria e prática presente nas 
pesquisas convencionais, consoante prelecionam Gajardo, Michel Thiollent e 
Zuniga (SIQUEIRA, 1999, p. 148-149).
5.3 QUANTO AO OBJETO
a) BIBLIOGRÁFICA (utilização de textos para a pesquisa)
b) DE LABORATÓRIO (experimental)
c) DE CAMPO (ciências sociais)
5.4 QUANTO AOS SEUS FINS
a) QUANTITATIVA: caracteriza-se pelo emprego da quantificação desde a 
coleta à análise dos dados. Os dados empíricos coletados, objetivando respostas às 
questões, são tratados por meio de técnicas estatísticas simplificadas como 
percentuais, média, moda, desvio padrão, e as mais complexas, como coeficientes 
de correlação e análise de regressão.
Esta concepção de pesquisa tem como referência teórica os postulados do 
positivismo e, é muito útil em estudos descritivos e estudos que buscam relação de 
causalidade entre os fenômenos.
Augusto Comte (1798-1857) – aplicação do método científico das ciências 
naturais como única forma de investigação do fenômeno social.
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b) QUALITATIVA: reação ao método positivista: segunda metade do séc. XIX 
– Dilthey (1833-1911) e Weber (1864-1920).
Os fatos sociais não são passíveis de quantificação como o fenômenos 
naturais, pois estão impregnados de emoções, valores e subjetividade. Retirando 
estas características dos fatos sociais, eles perdem a sua dimensão realística.
O principal interesse da pesquisa social é o comportamento significativo dos 
indivíduos engajados na ação social, comportamento ao qual os indivíduos agregam 
significado considerando o comportamento de outros indivíduos.
No início do séc. XX – Escola de Chicago – metodologia Interacionista e 
Multidisciplinar. Objetivo: produzir conhecimentos úteis e propor uma intervenção 
buscando a solução de problemas sociais próprios da cidade de Chicago. 
Esta preocupação originou técnicas de pesquisa qualitativa inovadoras, tais 
como: a utilização científica de documentos pessoais, cartas, diários, formas de 
observação direta dos fenômenos estudados.
Três referenciais teóricos:
Estrutural funcionalismo
Fenomenologia 
Dialética marxista
(substitui as construções explicativas pela descrição do sujeito que vive no 
cotidiano da situação estudada, apregoando a necessidade conhecer e transformar 
essa realidade – Pesquisa-ação)
Os instrumentos para a coleta de dados são os mesmos (pesquisa 
quantitativa e qualitativa) – questionários, entrevista e observação. 
O dado é coletado centrado não unicamente no informante, mas também nos 
elementos produzidos no meio em que vive e nos determinantes socioeconômico e 
culturas da sociedade.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e 
documentação – referências – elaboração: NBR 6023. Rio de Janeiro, 2002.
______. Apresentação de citações em documentos: NBR 10520. Rio de Janeiro, 
2002.
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______. Informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação: 
NBR 14724. Rio de Janeiro, 2005.
ANDRADE, Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São 
Paulo: Atlas, 1994. 
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de 
metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. A prática de fichamentos, resumos e 
resenhas. 9.ed. São Paulo: 2007.
MEZZADORA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia da 
pesquisa no direito. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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	1 APRESENTAÇÃO
	2 A LEITURA
	2.1 TÉCNICAS PARA RESUMIR
	3.1 FICHAMENTO
	E
	REFERÊNCIAS

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