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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE NUTRIÇÃO ALEXANDRA VIEIRA DE SOUZA CAROLINA MELO DE MOURA CLEANE SANTOS DA SILVA KARINA GOMES SANTANA ROSANA NAIARA COSTA FONSECA TRABALHO DE COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS VITAMINAS E MINERAIS ARACAJU-SE Vitaminas/Minerais Funções Deficiência Toxicidade Fontes Vitamina D A vitamina D apresenta-se na forma de vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). A principal função da vitamina D é manter a homeostase de cálcio. Através dos VDR’s (vitamina D receptor) de membranas aumenta o transporte de cálcio do meio extracelular para o intracelular e mobiliza cálcio dos estoques intracelulares. A vitamina D está altamente relacionada com o paratormônio, com a absorção ativa de fosfato e de magnésio. Além de possuir função de calcificação direta dos ossos, também é um sinalizador para outras células que possuem um receptor especifico como células dos rins, pancreáticas, hematopoiéticas, neurônios e músculos, sinalizando funções biológicas não relacionadas ao cálcio diretamente. A deficiência de vitamina D manifesta-se como raquitismo em crianças e como osteomalácia em adultos. A deficiência dessa vitamina também pode agravar a osteoporose e fraturas em adultos e está associada a aumento do risco de cânceres comuns, doenças autoimunes, hipertensão e doenças infecciosas. Causa aumento das concentrações séricas de cálcio e fosforo, podendo causar calcificação de tecidos moles, incluindo rim, pulmões e coração. Pacientes com frequência reclamam de náusea e dores de cabeça. A vitamina D pode ser obtida através da forma exógena, na alimentação ou da síntese endógena a partir do colesterol que é sintetizado pela incidência de raios UVB do sol sobre a pele. Os alimentos que possuem vitamina D estão em produtos de origem animal e as fontes mais ricas são os óleos de peixe e de fígado. Ela é encontrada apenas em quantidades pequenas e altamente variáveis em manteiga, nata, gema de ovo e fígado Vitamina E A vitamina E (tocoferol) é um antioxidante: Protege as células contra lesões causadas pelos radicais livres, que são subprodutos da atividade celular normal e que participam das reações químicas com as células. Anemia: diminuição de glóbulos vermelhos no sangue. Disfunções neurológicas: prejuízo na sensação de posição e vibratória. Neuropatia periférica: perda de reflexos tendíneos. Ataxia espinocerebral: alteração no equilíbrio e coordenação Miopatia esquelética: fraqueza muscular. Retinopatia pigmentada: distúrbios visuais Podem aumentar o risco de sangramento (incluindo o sangramento cerebral, o que provoca derrame), principalmente nos adultos que também estão sob tratamento com anticoagulantes (em especial varfarina) Vitamina E: Óleo de germe de trigo, carnes magras, laticínios, alface, óleo de amendoim. Vitamina K Atua no processo de coagulação sanguínea. Ativa a osteocalcina (importante proteína dos ossos). Inibir a calcificação vascular, dificultando a formação de placas nas artérias. Enfraquecimento do processo de coagulação sanguínea, levando à hemorragia. Desordem esqueléticas: raquitismo, osteoporose e osteomalácia Equimose, melena, hematúria (urina vermelha) e hematêmese (vômito c/ sangue). O excesso de vitamina K no organismo (hipervitaminose K) pode provocar doença hepática e anemia hemolítica (por destruição de células vermelhas do sangue). Altas doses de vitamina K em crianças podem provocar danos cerebrais. Vegetais verdes, tomate, castanha. Vitamina A é necessária para a função das células nervosas (fotorreceptores) sensíveis à luz na retina do olho. Ele também ajuda a manter saudável a pele e o revestimento dos pulmões, do intestino e do trato urinário, e protege contra infecções. Hemeralopia ou cegueira noturna: prejuízo a adaptação ao escuro Xeroftalmia: cegueira total por ressecamento da córnea Subsequentemente, a deficiência de Vit. A resulta em falhas nas suas funções sistêmicas, desenvolvimento embrionário prejudicado ou espermatogênese, aborto espontâneo, anemia, imunocompetência prejudicada e menos osteoblastos nos ossos. queda de cabelo, lábios rachados, pele seca, ossos enfraquecidos, dores de cabeça e aumento da pressão no cérebro. vegetais amarelos (cenoura, abóbora, batata doce, milho), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovo, manteiga, fígado Vitamina B1 Formar TPP que é responsável por transformar piruvato em acetil coA Beribére pode interferir no metabolismo de outras vitaminas do complexo B – Grãos integrais, – carnes magras, – sementes oleaginosas, – gema de ovo, – leguminosas, – Vísceras (fígado, coração e rins), – levedo de cerveja, – peixes Vitamina B2 Formar FAD (processo de formação de energia) Dermatite seborreica Queilose (inflamação na boca) Glossite (inflamação na língua) pode haver possíveis coceiras ou sensação de queimação na pele. – Cereais integrais, – vegetais folhosos, – leite e derivados (queijo e requeijão), – sementes oleaginosas, – ovos, – leguminosas, – vísceras Vitamina B3 Formar ADP e NAD Pelagra podendo causar sintomas como ardor, formigamento, gases intestinais, tonturas, dor de cabeça e coceira e vermelhidão no rosto, nos braços e no peito. – cereais integrais, – carnes magras, – sementes oleaginosas (amendoim), – leguminosas, – vísceras, – levedo de cerveja, – aves e peixes, – proteína rica em triptófano Vitamina B5 O ácido pantotenico, conhecido como vitamina B5 possui papel importante no metabolismo. Ele é parte integrante da CoA que é essencial na produção de energia a partir dos macronutrientes e da proteína acil-carreador (ACP). A deficiência do ácido pantotênico resulta em prejuízo na síntese de lipídios e na produção de energia. As deficiências são raras, mas tem sido observada em seres humanos desnutridos. Os sintomas incluem parestesia nos dedos e solas dos pés, sensação de queimação nos pés depressão, fadiga, insônia e fraqueza. A toxicidade do ácido pantotênico é insignificante, não foi relatado qualquer efeito adverso após a ingestão de grandes quantidades da vitamina em nenhuma espécie. As doses maciças administradas em seres humanos produziram apenas leve desconforto intestinal e diarreia O ácido pantotênico está presente em todos os tecidos animais e vegetais. As fontes mais importantes são carnes (principalmente fígado e coração) Cogumelos, brócolis, gema de ovo, fermento, leite, abacate e batata-doce Vitamina B6 Atua como coenzimas na transformações de aminoácidos Degradação Proteica Formigamento nas mãos e pés; Cãimbras e espasmos musculares; Dor de cabeça intensa; Náuseas e perda de apetite; Aumento da pressão arterial; Cansaço excessivo; Dificuldade para dormir; Alterações bruscas de humor. . – cereais integrais, – germe de trigo, – carnes, – sementes oleaginosas, – leguminosas, – vísceras, – levedo de cerveja Vitamina B7 ou B8 Metabolismo de B12 e B5 Crescimento celular Homeostase da glicose Síntese de DNA Problemas neurológicos Depressão A biotina é tolerada pelo homem sem efeitos colaterais, mesmo em doses altas. – Leite humano e de vaca – Fígado – Gema de ovo – Pode ser sintetizada por bactérias intestinais. – Cogumelos – Amendoins – Algumas frutas e vegetais Vitamina B9 Formação do tubo neural Síntese de DNA e RNA Formação de células sanguíneas Má formação fetal Apesar de não ser tóxico para o homem, doses elevadas dessa vitamina pode interferir no tratamento de doenças anticonvulsivas com produtos químicos Interferência na absorção do mineral zinco. – Vegetais folhosos (espinafre, aspargo, brócolis, ...), – cereais integrais ou fortificados, – laranja, – carnes, – peixes, – feijão, – vísceras (fígado), – Nozes, – levedo de cerveja Vitamina B12 Degrada a homocisteína em metionina Formação da baia de mielina Maturação das células sanguíneas vermelhas Anemia. Alterações mentais Isto pode se dever a casos de leucemiamieloide crônica e outras síndromes mieloproliferativas, cirrose hepática e câncer de fígado. – Alimentos proteicos de origem animal: – carnes, mariscos, crustáceos, peixes, – leite cru e derivados, – ovos, – vísceras Vitamina C Reciclo de Vitamina E Antioxidante Auxilia na absorção de Ferro Diarréia Desconforto abdominal Promove danos ao sistema digestivo, rins e pode alterar o mecanismo de ação de diversos medicamentos. – Frutas cítricas (laranja, limão, acerola, morango, tomate, goiaba, kiwi, caju, ...) – Vegetais verdes (brócolis, repolho, espinafre, ...) Ferro (Fe) Ativador enzimático transportador de O2. Anemia terropriva, anorexia, irritabilidade e problemas de crescimento Hemacromatose, complicações cardiovasculares e oxidação do LDL Figado, ostras , rin , coração, carnes vermelhas, aves e peixes, feijão, grãos integrais, vegetais verdes escuros. Enxofre (S) Atua no sistema de enzimas catalizadoras Astenia, depressão nervosa, neurite, histerismo Não é acumulativo. É excretado pela urina. Carnes, aves, peixes, ovos, cereais, brócolis, frutas secas, couve flor, leite e derivados. Zinco (Zn) Ativador de enzimas, atua no metabolismo do Ac. Nucleico Baixa imunidade, diarreia, doença renal e hepática crônica, psoríase, gengivite, debates, doenças coronárias. Anemia, febre, distúrbio no sistema nervoso central Ostras, carnes vermelhas magras, iogurte, cereais, fígado, peixe, castanhas, nozes, semente de abóbora, amêndoa e legumes. Cobre (Cu) Associado ao ferro na produção de energia e síntese de hemoglobina. Anemia hicocrônica, edema, lesões pancreáticas, miocardipatias, alterações metais e progressiva, retardo no crescimento. Cirrose hepática e Biliar. Fígado, frutos do mar, castanhas, cacau, cereais integrais, carnes em geral e soja. Flúor (F) Essencial na prevenção de cárie dentária e perda óssea Cárie e osteoporose Provoca fluorese dental e descoloração dos dentes Água fluoretada, chás, alguns peixes marinhos, produtos dentários fluorados. Cálcio(ca) Função plástica e estrutural; Ativador de enzimas. Alterações vasculares e neuromusculares; raquitismo(criança); osteoporose Hipercalcemia dos tecidos moles e rins; problemas vasculares e neurológicos. Hortaliças de folhas verdes; sardinha, salmão ; moluscos, ostras; leite e derivados. Potássio(K) Regulador do equilíbrio ácido-básico dos fluidos orgânicos; equilíbrio da pressão osmótica. Hipertensão e osteoporose. Alterações na regulação da atividade neuro-muscular. frutas, hortaliças, couve fresca e laticínios. Mangnésio(Mg) Plástica e estrutural; ativador de enzimas Tetania, anorexia, osteoporose, diminuição do PTH pela paratireoide, náuseas e vômitos. Inibe a calcificação óssea. Sementes, nozes, folhas verdes, cereais e leguminosas. Enxofre(S) Atua no sistema de enzimas catalizadoras, interagem com o DNA no controle de proteínas importante para o metabolismo. Astenia, depressão nervosa, neurite, histerismo. Não é acumulativo, é excretado na urina. carnes, aves , peixes, ovos, cereais, brócolis, frutas secas, couve-flor, leite e derivados. Iodo O iodo é armazenado na glândula tireóide, onde é na síntese de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), hormônios que aceleram as reações celulares em praticamente todos os órgão e tecidos do organismo, com o aumento do metabolismo basal, do consumo de O² e da produção de calor A deficiência de iodo é a causa mais evitável de deficiência mental do mundo. As ingestões muito baixas de iodo estão associadas ao desenvolvimento do bócio endêmico ou simples, que é aumento do volume da glândula tireóide. Aumento ou diminuição da produção dos hormônios da tireoide, o que pode afetar a saúde e crescimento. Os frutos do mar, tais como moluscos, lagostas, ostras, sardinhas e outros peixes de água salgada são fontes mais ricas de iodo. Selênio O selênio age em sinergismo com a vitamina E, em sua função antioxidante A primeira doença de deficiência de selênio é conhecida como doença de Keshan, uma forma de miocardiopatia que afeta principalmente crianças e mulheres (observada na China). A segunda doença é conhecida como doença de Kashin-Beck e é comum é pré-adolescentes e adolescentes (descoberta na Mongólia) Quando há toxicidade, os principais sinais e sintomas são: hálito com odor de alho, cansaço, dores e fraqueza muscular, irritação, unhas e cabelos frágeis e com queda acentuada. Alterações no sistema gastrointestinal e sistema nervoso também podem ocorrer. Castanhas do Pará, frutos do mar, rins, fígado, carne vermelha e aves. Cromo O cromo potencializa a ação de insulina, e como tal, influencia no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. resistência à insulina e algumas anormalidades lipídicas efeitos colaterais, como cansaço, perda de apetite, tendência a hematomas, náuseas, dores de cabeça, tonturas, alterações urinárias, sangramento nasal e reações cutâneas tipo urticária levedo da cerveja, ostras, fígado e batatas possuem altas concentrações de cromo; os frutos de mar, grãos integrais, queijos, frango, carnes e farelo Fósforo O fósforo é um mineral que auxilia na produção e estoque energia. Está presente na composição do código genético (DNA e RNA) e nos ossos, auxiliando a manutenção óssea. Combinado ao cálcio, o fósforo forma o maior componente dos ossos e dentes. O corpo precisa do fósforo para equilibrar seu pH e, assim, garantir o sucesso das reações químicas que mantêm os órgãos funcionando Sua falta ocasiona anemia, fraqueza muscular, diminuição de apetite, dor nos ossos e maior chances de encontrar infecções. Concentrações elevadas de fósforo podem resultar em uma redução de massa óssea e da densidade óssea levando a fraturas por fragilidade. Isso pode ocorrer em uma dieta rica em potássio e consequentemente pobre em cálcio. Essa condição se chama hiperparatireodismo nutricional secundário Boas fontes de proteína como carne, aves, peixes e ovos. O leite e seus derivados são boas fontes, assim como as nozes, grãos cereais e leguminosas. Cloro Esse mineral é um dos mais importantes na regulação da pressão osmótica, pois o cloro ionizado, juntamente com o sódio, mantém o balanço aquoso. Participa no equilíbrio ácido-base e na manutenção do pH sanguíneo. O cloro secretado pela mucosa gástrica como ácido clorídrico acarreta a acidez necessária para a digestão no estômago e para a ativação de enzimas. Alcalose metabólica: pode causar o desequilíbrio de outros eletrólitos do sangue, como cálcio e potássio e provocar sintomas como fraqueza, dor de cabeça, alterações musculares, convulsões ou arritmia cardíaca. Acidose metabólica: quando o pH sanguíneo cai, a respiração torna-se mais profunda e rápida à medida que o organismo tenta livrar o sangue do excesso de ácido reduzindo a quantidade de dióxido de carbono. Os rins também tentam compensar excretando mais ácido na urina. Essa tentativa do corpo de equilibrar o pH causa cefaleia, confusão mental e hiperventilação. Sal de cozinha, frutos do mar, leite, carnes, ovos. REFERÊNCIAS MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
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