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Resumo FUNDAMENTOS DO COMÉRCIO EXTERIOR AULAS 01 a 10 EAD ESTÁCIO

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FUNDAMENTOS DO COMÉRCIO 
EXTERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 01 - Panorama econômico atual 
Introdução 
Esta aula propõe apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com 
foco na visão abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil 
nesse cenário. 
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica 
brasileira em comparação a do principal país emergente, a China. 
Fenômenos no processo de transformação 
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos 
séculos. Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu 
respectivo impacto no comércio exterior brasileiro, apresentaremos o 
desenvolvimento da China e de Brasil, dois países emergentes, como fenômenos 
importantes nesse processo de transformação. 
Líderes políticos 
DENP XIAOPING  A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, 
mergulhada na revolução cultural maoísta e fechada para o comércio internacional, 
começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a partir de Deng 
Xiaoping, em 1978. 
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Den Xiaoping teve oportunidade 
de conhecer as faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar 
à China o melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que 
durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976. 
 
MAO TSÉ-TUNG  De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão 
do camponês na economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado 
como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde entender que a real 
inclusão social se dá através da educação e da especialização. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que 
começaram nos estados e municípios à base de investimentos em educação e 
infraestrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em 
que a China vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional. 
O fenômeno China 
Campos agrícolas que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas 
no mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação. Isso 
tudo fez da China um caso de sucesso mundial, colecionando índices de 
crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de 
produtos baratos vindos de lá. 
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos 
oferecidos, mas não é bem assim. há China pra todos os gostos. 
 O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender 
diversos mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os 
mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos Estados Unidos. 
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm 
aumentando a sua participação na pauta das exportações chinesas. 
Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela 
musculosa demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em 
breve. 
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e 
educação subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de 
salários impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e pelo 
aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise 
mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me 
parece adequada para a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a 
cada ano. 
Reflexo negativo do crescimento econômico 
• Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, 
começam a enfrentar problemas antes inexistentes,, como a falta de gente para 
trabalhos mais básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da 
população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para previdência 
social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila. 
• De acordo com projeções da das Nações Unidas, o número de chineses em idade 
para trabalhar começará a cair, consequência da política de filho único, instituída 
em 1979 para conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de 
ficar rica”. 
• Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as 
cidades, num real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está 
acabando. Numa razão diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles, 
a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, como 
fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser 
tão fácil para um país de dimensões continentais e muito populoso 
O desenvolvimento do Brasil 
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento 
chinês. 
Como foi comentado sobre o fenômeno Chinês, o vigoroso aumento das 
commodities acabou com o nosso déficit comercial, valorizou o real, possibilitou a 
queda dos juros e alavancou a nossa economia, que vem crescendo 
desordenadamente sem investimento em infraestrutura, o que não aconteceu com 
a China, que aproveitou décadas de crescimento para investir pesado em 
infraestrutura. 
Com portos, aeroportos e estradas mal dimensionadas, temos que pisar no freio do 
crescimento econômico por não termos meios modernos para escoar a produção. 
Outro fator limitador do crescimento brasileiro é a inflação. Com a economia 
aquecida e maior poder de compra, o brasileiro está comprando e provocando 
aumento inesperado de preços, que devem ser controlados para manter 
adormecido o mostro da inflação que assolava a nossa economia nos anos oitenta. 
Com isso, a desindustrialização que estamos vivendo é inevitável e deve fazer parte do 
cenário econômico brasileiro por mais alguns anos. 
De qualquer forma, deixamos para trás um passado agrário e, paulatinamente, 
incluímos no mercado de consumo cidadãos que viviam abaixo da linha de pobreza. 
Uma nova classe média emergente impulsiona um consumo mais exigente, tudo 
como consequência da forte demanda do nosso minério de ferro pelas indústrias 
chinesas. 
Riquezas de um país 
 
 
 
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser 
punido e, se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização 
de que essa punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na 
medida da influência do punido. 
 Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que 
não será nada fácil. 
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, 
educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há 
interesse político nisso? 
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, 
ficamos patinando na passada categoria de eterno país do futuro. 
 
 
 
 
Aula 02: Doutrina do comércio internacional e processos de integração 
 
Introdução 
 
Esta aula irá apresentar à você um conhecimento doutrinário do funcionamento dos 
processos de integração comercial no contexto internacional e a estrutura do 
sistema internacional do comércio do ponto de vista público e privado. 
 
Relações internacionais 
 
As Relações Internacionais pressupõem um ordenamento supranacional capaz de 
fomentar o maior número de trocas de produtos oriundos de importação e 
exportação, porém, a necessidade soberana de cada país de limitar as importações 
e incentivar as exportações, como paradigma de uma balança comercial 
superavitária, dificulta o liberalismo proposto pelo comércio internacional com 
atitudes protecionistas propostas pelo comércio exterior de cada Estado soberano. 
 
Se de um lado temos o liberalismo econômico promovido pelocomércio 
internacional materializado em acordos internacionais assinados por países, por 
outro temos o protecionismo promovido pelo comércio exterior de cada país 
materializado pela legislação administrativa, fiscal e tributária imposta a cada 
empresa importadora. 
 
Mesmo sabendo que a legislação de comércio exterior de cada país não pode ferir 
cláusulas dos acordos internacionais dos quais esses países são signatários, 
historicamente há inúmeros exemplos de barreiras tarifárias e não tarifárias que 
emperram a proposta liberalista do comércio internacional. Entende-se por barreira 
tarifária a restrição imposta pelo imposto de importação e barreira não tarifária as 
restrições às importações promovidas administrativamente por regulamentos e 
normas técnicas que enriquecem a burocracia do setor. 
 
Eventualmente o país importador não pode se utilizar da barreira tarifária pelo 
imposto de importação já ter atingido a alíquota máxima permitida por acordos 
internacionais assinados por esse país ou, no caso de Blocos Econômicos, a 
majoração desse imposto ter que ser negociada com os demais países pertencentes 
a esse Bloco. Nesses casos, o uso de barreiras não tarifárias vem à tona para 
restringir as indesejáveis importações. 
 
Os impostos de importação 
 
O imposto de importação não tem uma função exclusivamente protecionista, ele 
também tem função promotora de competitividade que, com uma simples redução 
da alíquota, provoca a entrada de produtos importados com menores preços e 
melhor qualidade que os nacionais, obrigando a indústria local a se adequar à nova 
realidade. Outra função do imposto de importação é a função seletora quando são 
selecionadas as alíquotas do imposto de acordo com a essencialidade do produto 
importado, creditando alíquotas menores aos produtos mais necessários à nossa 
economia e aumentando a alíquota de produtos supérfluos potencializando a função 
arrecadadora do tributo. 
 
O conflito entre o liberalismo promovido pelo comércio internacional e o 
protecionismo promovido pelo comércio exterior é antigo, data de 1815 com as Leis 
de Proteção à Importação de Milho, as “Corn Laws” inglesas, contestadas, na 
época, por contribuir para o aumento de preços ao impedir a concorrência. 
 
Diametralmente oposto, nos Estados Unidos, o Liberalismo econômico promovido 
pelos produtores de algodão, tentava evitar retaliações protecionistas inglesas. 
Devido a aumento de preços, retração do desenvolvimento ou, até mesmo, devido 
a retaliações comerciais, não uma dosagem exata para medidas protecionistas ou 
não. 
 
A escolha da melhor política fiscal e tributária a ser adotada dependerá do cenário 
econômico que se apresenta. 
 
Em ambas escolhas haverá boas e más consequências, por isso, deve-se avaliar 
criteriosamente a melhor política a adotar. 
 
 
 
O comércio internacional 
 
 
O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de 
natureza supranacional e privada que tem por objetivo fomentar o maior fluxo de 
mercadorias e trocas internacionais protegendo os países menos desenvolvidos 
para também promoverem o equilíbrio do comércio global. 
 
Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais de 
comércio para harmonizar as relações comerciais entre diferentes países. 
 
Os organismos de natureza privada promovem o equilíbrio do comércio global 
enquanto os organismos de natureza supranacional promovem a resolução de 
práticas de comércio internacional entre os países signatários dos respectivos 
acordos promovidos por estes organismos seguindo as seguintes cláusulas 
principais de um tratado internacional, que são: 
 
• Reciprocidade de tratamento que estabelece que qualquer benefício ou restrição 
serão alterados mediante acordo entre os países signatários do tratado. 
 
• Paridade de Tratamento de taxas que estabelece que os tributos devem ser 
aplicados igualmente a produtos similares. 
 
• Cláusula da Nação Mais Favorecida que estabelece que os privilégios e concessões 
oferecidos a um país signatário do tratado internacional, deverá ser igualmente 
oferecido aos demais países também signatários do respectivo tratado. Sob o ponto 
de vista comercial, todo país deve respeitar as concessões bilaterais e passar do 
bilateral para o multilateral e, sob o ponto de vista de política interna , os pequenos 
países recebem tratamento igual aos países do Primeiro Mundo. 
 
O principal organismo supranacional interveniente nas políticas fiscais, tributárias, 
administrativas e aduaneiras brasileiras é a OMC desde 1995 e a UNCTAD desde 
1964. 
 
A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é o organismo de natureza privada de 
maior amplitude global e é responsável pelos INCOTERMS 2010 e pelas regras da 
Arbitragem Internacional. 
 
 
Organização Mundial do Comércio – OMC 
 
 
A representação majoritária da OMC é feita pelos países em desenvolvimento que 
têm nesse organismo um instrumento regulador do desequilíbrio inerente às 
relações comerciais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países 
em desenvolvimento necessitam da intervenção da OMC para promoverem os seus 
respectivos desenvolvimentos. 
 
Constituída pela Rodada do Uruguai com a participação de 123 países, em 1994, 
por consenso, a estrutura da OMC contextualizava-se dentro dos seguintes temas: 
 
• Incorporação plena da agricultura e do setor têxtil e de confecções com redução 
de subsídios para a o setor agrícola rigor às regras do GATT para o setor têxtil e de 
confecções. 
 
• Reduções de tarifas industriais dos países desenvolvidos. 
Acordo sobre o comércio de serviços (GATS). 
 
• O estabelecimento do TRIM – Trade Investiment Measuraments (medidas de 
investimentos). 
DoTRIPS – Trade Intelectual Property Rights (direitos de propriedade intelectual). 
 
• A regulamentação das compras governamentais. 
 
• O TPRM – Trade Policy Review Mechanism (monitoramento da legislação do país) 
para regular avaliação se as leis internas de cada país respeitam as cláusulas e 
diretrizes acordadas na OMC. 
 
 
 
Estrutura do OMC 
 
A OMC chegou com promessa de liberdade econômica, as políticas protecionistas 
unilaterais teriam que dar lugar ao liberalismo econômico multilateral demandante 
pela globalização que já se mostrava irreversível. 
 
 
Para tanto os mecanismos de solução de controvérsias eram muito mais 
musculosos devido a personalidade jurídica da OMC. Para os países em 
desenvolvimento houve uma redução das margens de manobra para o uso de 
instrumentos discriminatórios de proteção e de promoção dos produtos domésticos. 
 
 
 
 
Aula 03: Histórico e estrutura do comércio exterior brasileiro 
 
Introdução 
 
Nessa aula será apresentado à você um histórico da formação organizacional do 
nosso atual comércio exterior com a complexidade de sua estrutura vinculada a 
influência de diversos órgãos intervenientes com suas respectivas hierarquias e 
procedimentos. 
 
As diversas fases históricas da política de exportação e de importação 
 
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento. 
Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, 
porcelanas, condimentos etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via 
caravanas e eram trocados por outras mercadorias (Escambo). Essas caravanas 
passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, tinham que pagar 
taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação. 
 
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar 
pelos territórios em conflito, sujeitas a saques e cobrançade pedágios. 
A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao 
Estado um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar 
Políticas Protecionistas e, em particular, estabelecendo barreiras tarifárias e 
medidas de apoio à exportação. 
 
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América. 
Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a 
implementar suas explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos 
pacíficos para evitar conflitos cuja maior expressão foi o Tratado de Tordesilhas 
(07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas a oeste da Ilha 
de Santo Antônio. Todas as terras descobertas a oeste desse meridiano pertenceria 
à Espanha e a leste, à Portugal. 
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o 
Brasil. A partir daí, o Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios. 
 
1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI) 
 
Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e 
só podia ser usada pela realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do 
Tapete Vermelho para ostentar deferência. 
 
2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: 
 
Agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na 
importação e escravização de africanos. Essa atividade gerou todo um setor 
paralelo, chamado de tráfico negreiro. 
O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós. 
 
3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO: 
A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, 
levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de 
cana-de-açucar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força motriz nos 
engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o 
interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais 
areas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura. 
 
Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da 
Integração Nacional)o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado 
por todo o longo do seu curso, daí sua denominação também de Rio dos "Currais" 
chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Pìauí e 
Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado 
do Maranhão. 
 
De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da 
Espanha que herdou o reino de portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. 
ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS. 
 
4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS: 
Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais. 
A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os 
diversos tipos de expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os 
de simples exploração do território, busca de riquezas minerais, captura ou 
extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos. 
Ainda de maneira geral, considera-se que: 
 
As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram 
financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da 
Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal. 
 
As Bandeiras eram iniciativas de particulares, associados ou não, que, com recursos 
próprios, buscavam obtenção de lucros, ou seja, eram expedições organizadas por 
bandeirantes. 
 
Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, 
em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias 
apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas também em 
busca do apresamento do próprio índigena. 
 
A revolução industrial e o avanço napoleônico 
 
A Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII 
repercutiram significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na 
configuração europeia. Napoleão tenta conquistar e dominar toda Europa, 
principalmente a Inglaterra. 
 
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo 
inglês possuía uma base militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. Joaõ VI 
é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar no Brasil no momento histórico, 
conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL. 
 
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro 
da fazenda (Visconde de Cairu, abriu os portos às nacões amigas. Esse foi 
considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro). 
 
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o 
que seria um Decreto Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: 
“...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas 
e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências que se 
conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos 
meus vassalos, pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a 
títulos de donativo”. 
 
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os 
estrangeiros possam exportar para os portos que lhes bem parecer em benefício do 
comércio e da agricultura que tanto deseja promover”. 
 
Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de 
Janeiro. 
 
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia braileira, decreta que todas as 
espécies de indústrias e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no 
Brasil, revogando, assim, um decreto anterior que proibia a instalação de indústria 
e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO. 
 
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o 
despacho de livros ou papéis sem que fosse apresentada a competente licença de 
desembargo do Paço Imperial. Esse foi o primeiro ato de LICENCIAMENTO COM 
ANUÊNCIA PRÉVIA. 
 
Os efeitos da vinda da família real para o Brasil 
 
Imprensa Régia (gráfica) – Em uma das caravelas, D. João VI trouxe máquinas 
gráficas o que deu origem à nossa atual Imprensa Nacional. 
 
Criação da Academia da Marinha Mercante e Artilharia, muitas fortificações, fábricas 
de pólvora, Hospital Central do Exército, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, 
Jardim Botânico, Banco do Brasil, a 1ª. Companhia de Transportes Coletivos e a 1ª. 
Cia de Seguros. 
 
Missões de cientistas, matemáticos e engenheiros para levantamento da base 
territorial do Brasil. 
 
No tocante ao COMEX, notas diplomáticas de mercadores portugueses queixando-
se da alíquota de 24%, fez com que D. João VI, em 1809, reduzisse a alíquota para 
16% às mercadorias transportadas por embarcações portuguesas. 
 
No entanto, em 1810, o reino de Portugal assina o TRATADO DE NAVEGAÇÃO E DE 
COMÉRCIO COM A INGLATERRA. Por força deste, a Inglaterra impõe a CLÁUSULA 
DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA, que estabelecia que as mercadorias transportadas 
pelos navios ingleses e desembarcadas no Brasil pagariam 15% de direitos 
aduaneiros. Este tratado vigorou até 1827. 
 
 
Normas Administrativas do COMEX 
 
Você sabe o que é o MDIC? 
 
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro. 
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as normas 
administrativas do COMEX, delas, a mais importante para o comex é a SECEX 
(Secretaria de Comércio Exterior), que tem quatro departamentos: DECEX, DECOM, 
DEINT e DEPLA. 
 
 No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário 
Oficial da Uniãoo Decreto nº 7096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a 
nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior (MDIC). Com as alterações, a Secretaria de Comércio 
Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade 
(Denoc). 
 
1 ) De acordo com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será 
o órgão da Secex responsável por atividades relacionadas a normas e 
procedimentos. Além disso, o Denoc vai coordenar ações relativas aos acordos de 
facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de importação junto à 
Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, 
ainda encontram-se a coordenação dos agentes externos autorizados a processar 
operações de comércio exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o 
Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da 
legislação específica. 
 
2 ) Cabe também ao Denoc a administração do Sistema de Registro de Informações 
de Promoção (Sisprom). O departamento vai registrar as operações de pagamento 
de despesas no exterior, com redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de 
ações de promoção comercial, pagamento de comissões e despesas com logística. 
Os técnicos do Denoc vão, ainda, planejar ações orientadas para a logística de 
comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade 
internacional de produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, 
tributário, financeiro ou logístico. 
 
3 ) Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de 
simplificação, desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria 
passa a trabalhar com maior harmonização dos normativos e procedimentos, 
buscando contribuir para a redução dos custos das operações de comércio exterior. 
 
 
Você sabe o que é o CAMEX? 
 
A Câmara de Comércio Exterior – Camex, órgão integrante do Conselho de 
Governo, tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a 
coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e 
serviços, incluindo o turismo. 
 
A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior; que a preside, pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações 
Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do 
Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Aula 04: Normas administrativas, fiscais e cambiais do comércio exterior 
brasileiro. 
 
Introdução 
 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno o ordenamento legal do comércio 
exterior brasileiro, a hierarquia das normas, os impactos administrativos nas 
decisões operacionais e no SISCOMEX. 
 
A Hierarquia dos Instrumentos Legais 
 
Constituição Federal de 1988. 
 
Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes 
(Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. 
É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana. 
Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma 
emenda constitucional e já sofreu mais de 40 desde a sua promulgação. Para se 
fazer uma emenda constitucional ou uma nova Constituição é preciso que 
Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte. 
 
Lei Complementar. 
 
Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo 
constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei 
complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma 
comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará 
conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial. 
 
A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o 
seguinte trâmite: 
 
• Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para 
apreciação. 
 
• Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente 
da República sancioná-lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o 
Congresso que dará o parecer final, podendo, inclusive, derrubar o veto do 
Executivo). 
 
• Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial. 
 
Medida Provisória. 
 
A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo 
Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de 
Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, 
baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional. 
 
Atualmente, por modificações, a medida provisória pode vigorar por 60 dias 
podendo ser prorrogada por mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse 
período a MP não se transformar em Lei, ela cai. 
 
 
 
 
 
Decreto. 
 
No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência 
dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). 
Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer 
nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, 
por exemplo), entre outras coisas. 
 
Decreto é a forma de que se revestem do atos individuais ou gerais, emanados do 
Chefe do Poder Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode 
subdividir-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e 
aquele a pessoas que se encontram em mesma situação. 
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 
84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não 
podendo ir contra a lei ou além dela. 
 
Outros Normativos Legais. 
 
Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP 
e Leis. 
 
Legislação Cambial 
 
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco 
Central do Brasil (BACEN), por meio de suas Resoluções, Circulares e Comunicados. 
 
O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio. 
 
EXEMPLO: Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas 
operadoras de câmbio autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao 
SISBACEN (SISTEMA DE OPERAÇÕES E CONTROLE DO BANCO CENTRAL). 
 
Legislação securitária 
 
 
As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP por meio de Portarias e 
Circulares. 
 
Legislação aduaneira 
 
 
É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o 
exercício do controle dos sistemas aduaneiros vientes no país. 
 
A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS 
NORMATIVOS (Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um 
comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato 
de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para 
com os administrados. São aqueles que contêm um comando geral do executivo 
visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a 
norma legal a ser observada pela Administração para com os seus administrados) e 
ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, Aviso, Portarias que são 
aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta 
funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos 
endereçados aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas 
atribuições. 
 
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos: 
 
• Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando 
divergências por falta de entrosamento entre eles. 
 
• Existência de atos legais semas respectivas regulamentações gerando períodos 
de vacâncias e impasses decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser 
regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo Decreto 91030/85, 19 anos 
depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro. 
 
• Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que 
mudam em função de considerações subjetivas. 
 
• Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos 
funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias 
SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro). 
 
• Pela excessiva proliferação de obrigações de caráter acessório criadas para 
facilitar o trabalho da própria fiscalização aduaneira. 
 
 
• Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda. 
 
• Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita 
Federal do Brasil – SRFB. 
 
• Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – 
COANA. 
 
• Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, 
Delegacias e Inspetorias. 
 
 
Terminais alfandegados 
 
O território aduaneiro compreende todo o território nacional e a jurisdição 
aduaneira abrange todo esse território e divide-se em zona primária e secundária. 
 
A Zona Primária Compreende: 
 
Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída 
da parte terrestre ou aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas. 
 
Aeroportos Alfandegados: Compreende a parte terrestre devidamente demarcada 
pela autoridade aduaneira local por eles ocupados. 
 
Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela 
autoridade aduaneira competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com 
outro país. 
A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, 
mercadorias e veículos. 
 
OBS.: se pessoas entram fora da ZP são denominadas clandestinas. Se, no caso, 
essa entrada ou saída for de mercadorias, denomina-se contrabando (produtos de 
comercialização proibida ou ilícita) ou descaminho (mercadoria sem procedimento 
aduaneiro, porém de comercialização permitida). 
Na zona primária, a autoridade aduaneira precede a qualquer autoridade do 
governo brasileiro, isto é, a autoridade aduaneira é mais importante que qualquer 
outra autoridade do governo brasileiro. 
 
A Zona Secundária compreende: 
 
O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base 
territorial, espaço aéreo, águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima. 
 
 
Recinto Alfandegado 
 
Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles 
possa ocorrer, sob o controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho 
aduaneiro de: mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive 
sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas postais 
internacionais. 
 
EXEMPLO: 
 
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel 
sólido, grãos); depósitos, lojas e zonas francas. 
 
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais 
administradas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos 
Secos(os Portos Secos são recintos alfandegados de uso público dos quais são 
executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de 
mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro). 
 
• Não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar 
os serviços aduaneiros dos portos e aeroportos, minimizando custos operacionais. 
 
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à 
exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas 
privadas ou consórcio de empresas. 
 
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a 
movimentação e armazenagem das cargas. São terrenos públicos arrendados por 
empresas privadas que exploram essa atividade por prazo determinado. Os 
terminais especializados em movimentação de containers são denominados TECON. 
 
As principais funções do Imposto de Importação (II): 
 
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar 
estrangeiro. Funciona como um benefício à indústria e não ao consumidor. 
 
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da 
mercadoria. Os produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas 
menores, já os supérfluos, terão alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, 
cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, automóveis etc. 
 
3ª) Função Arrecadadora. Arrecada fundos para o Tesouro Nacional. 
 
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o 
nacional. A qualidade da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são 
melhores, o que obriga a melhoria dos produtos nacionais. 
 
As características do Imposto de Exportação (IE): 
 
O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com 
finalidade de disciplinar os efeitos monetários decorrentes de variações de preços 
no exterior preservando as receitas de exportação e o consumo interno, é um 
tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar. 
 
 
Elementos limitadores ou impeditivos das importações/exportações 
 
1) Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio 
era livre, mas, a partir do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na política 
exterior. 
 
2) Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de 
mercadorias destinadas ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a 
origem, o destino e a classificação fiscal da mercadoria. 
 
3) Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs 
and Trade, Genebra, 1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas 
aduaneiras e dividir os países em relação ao seu desenvolvimento a partir de regras 
específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao produto nacional 
deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. 
 
Os seus membros poderiam se agrupar em Blocos Comerciais Econômicos com a 
finalidade de desenvolver uma determinada região (exemplo: a reconstrução dos 
países afetados pela Segunda Guerra Mundial), surgindo o Mercado Comum 
Europeu, 1947 e, posteriormente, a ALADI (Associação Latino-Americana de 
Integração, 1980). 
 
4) Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de 
preços. O Governo disciplina os preços quando necessário. 
 
 
SISCOMEX 
 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento 
do Comércio Exterior Brasileiro. 
 
Em 1.º de janeiro de 1997, o Governo Federal (SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE 
PROCESSAMENTO DE DADOS) finalizou a implantação do SISCOMEX ao 
disponibilizar o módulo Importação. A nova sistemática administrativa do comércio 
exterior brasileiro integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da 
Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, 
acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de COMEX. 
 
O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados 
paralelos, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o 
que permite, também, a harmonização de conceitos e a uniformização de códigos e 
nomenclaturas, tornando mais ágil o processamento administrativo, o que significa 
um salto de qualidade nos serviços prestados,contribuindo para a redução do 
“custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS 
ÓRGÃOS ANUENTES. 
 
 
 
 
SISCOMEX – Órgãos regulatórios 
 
ORGAÕS ADMINISTRADORES / GESTORES: O sistema foi desenvolvido pelo Serviço 
Federal de Processamento de Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: 
SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o 
controle dos produtos, SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar 
/ regular o controle fiscal e o BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por 
legislar / regular o controle cambial. 
 
ORGÃOS INTERVENIENTES / ANUENTES: Também integrados ao Sistema, esses 
órgãos são responsáveis por fiscalizar e executar as normas de controle reguladas 
pelos órgãos gestores. Podemos citar como exemplos: COTAC (Comissão 
Coordenadora de Transporte aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de Energia 
Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, 
Agropecuário, Aeronáutica etc. 
 
Orientações ao SISCOMEX Importação WEB 
 
Conceitos 
 
Assinatura Digital  É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema 
criptográfico assimétrico, que permite ao usuário usar sua chave privada para 
declarar a autoria de documento eletrônico a ser entregue à SRF, garantindo a 
integridade de seu conteúdo. 
 
Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF)  É a entidade 
integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, 
responsável pela assinatura dos certificados das Autoridades Certificadoras 
Habilitadas. 
 
Autoridade Certificadora Habilitada  É a entidade integrante da ICP-Brasil em 
nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral 
de Tecnologia e Segurança da Informação – Cotec, em nome da SRF, responsável 
pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-CNPJ. 
 
Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF)  É a entidade 
operacionalmente vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade 
dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades Certificadoras 
integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF. 
 
Autoridades de Registro  São as entidades operacionalmente vinculadas à 
determinada Autoridade Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da 
identidade dos solicitantes dos certificados e-CPF e e-CNPJ. 
 
Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ  É o documento eletrônico de identidade 
emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz 
da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), 
que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos documentos e dados 
que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a 
inviolabilidade destes. 
 
Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ as pessoas físicas cuja 
situação cadastral perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as 
pessoas jurídicas cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja enquadrada na 
condição de inapta, suspensa ou cancelada. 
 
Documento Eletrônico  É aquele cujas informações são armazenadas, 
exclusivamente, em meio eletrônico. 
 
ICP–Brasil  É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser 
implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o 
objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de 
documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações 
habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações 
eletrônicas seguras. 
 
Usuário  Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, 
respectivamente, bem assim de qualquer outro certificado digital emitido por 
Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF e credenciada pela ICP Brasil. 
 
Cadastramento no SISCOMEX 
 
 
 
Tratamento administrativo 
 
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento 
administrativo aplicado na importação. Define-se nessa função se o licenciamento 
será automático ou não automático necessitando, portanto, de LI antes do 
embarque ou se a importação está dispensada de licenciamento. ESTE VEM A SER 
O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO. 
 
LI SUBSTITUTIDA: Até o registro da Declaração de Importação, o importador 
poderá solicitar alteração do LI, inclusive prorrogação de validade (se a validade de 
60 dias não estiver vencida), mediante sua substituição no Sistema, sujeito a novo 
exame pelos órgãos anuentes (LI SUBSTITUTIVA). Quando as alterações efetuadas 
não se relacionarem à validade, será mantida a validade do licenciamento original. 
 
A LI SUBSTITUTIVA é um documento independente da LI original. Ela tem um novo 
número de registro, porém é um outro documento vinculado ao anterior que está 
sendo corrigido. 
 
CANCELAMENTO E CONSULTAS LI: O prazo de validade de um LI é de 90 dias a 
contar do seu deferimento. O Siscomex cancelará automaticamente as licenças 
deferidas após decorridos 90 (noventa) dias da data de validade, quando se tratar 
de licenciamento com restrição de embarque, ou após decorridos 90 (noventa) dias 
da data de deferimento, no caso de LI deferida sem restrição à data de embarque. 
 
Declaração 
 
Documento eletrônico que contém todas as informações detalhadas da 
operação, possibilitando ao REPRESENTANTE LEGAL efetuar o despacho 
aduaneiro 
 
A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma 
determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de 
cada mercadoria. Adição da Importação e RE na exportação. 
 
É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador. 
 
De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende: 
 
A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias 
objeto do despacho, inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no 
caso da importação. 
 
Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento 
automático – TAMBÉM CHAMADO ADIÇÃO na importação. 
 
Nos casos de mercadorias sujeitas ao licenciamento automático ou não automático, 
indicação do número da LI e introdução dos demais dados não constantes daquele 
documento. Inserido o número da LI, os dados informados na Licença migram 
automaticamente para a Declaração de Importação. 
 
OBS.: a LI é a adição referente ao licenciamento não automático, cabendo, 
portanto, numa mesma DI, adições referentes a licenciamentos automáticos e não 
automáticos. 
 
 
AULA 05: Os organismos internacionais e nacionais: os sítios na Internet 
 
Introdução 
 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as entidades do comércio internacional e 
do comércio exterior brasileiro, bem como os procedimentos operacionais a serem 
aplicados através dos sítios institucionais públicos e privados e da legislação 
vigente. 
 
Fase comercial na exportação 
 
Continuando com a divisão do comércio exterior em fases, verificaremos em cada 
uma das fases apresentadas quais os sítios institucionais a serem visitados, a 
importância de cada um, quais as suas orientações e como navegar de forma eficaz 
em cada um deles. 
 
Nesta fase o exportador deverá preocupar-se com a divulgação do seu produto e 
procurar os possíveis compradores desse produto lá fora. Nesse sentido o 
exportador brasileiro se sentirá bastante amparado em consultar os seguintes sítios 
especializados em promoção comercial: 
 
 
 
Feiras internacionaisAs feiras internacionais vem a ser a principal vitrine para o exportador brasileiro 
para apresentar os seus produtos a potenciais compradores internacionais, bem 
como uma vasta oportunidade de encontrar o produto ideal e adequado para os 
nossos importadores. 
 
Segue abaixo o endereço eletrônico das principais feiras internacionais de diversos 
setores da economia mundial: 
 
Demais sítios de órgãos de comércios nacionais e internacionais 
 
 
 
Ministério das Relações Exteriores 
 
Neste sítio o Ministério das Relações Exteriores disponibiliza: 
 
• Informações sobre a Política Externa nacional. 
• Relações de integração regional na América do Sul. 
• Formação profissional inter-regional. 
• Mecanismos culturais de promoção internacional. 
• Atos das Embaixadas e Consulados brasileiros pelo mundo todo. 
• Acesso à assistência para brasileiros lá fora, entre outras informações e serviços. 
 
 
Câmaras de comércio 
 
As diversas Câmaras de Comércio são associações civis com fins não lucrativos que, 
por prazo indeterminado podem constituir filiais e escritórios no território nacional e 
no exterior e cooperar com outras organizações interessadas na promoção do 
relacionamento econômico, cultural e técnico-educacional com o Brasil. 
 
As Câmaras de Comércio têm por objetivo principal fomentar as relações 
econômicas entre o Brasil e outros países, atuando também de maneira pública, 
facilitando principalmente o acesso ao mercado e a sua ampliação para pequenas e 
médias empresas. 
 
Entre seus objetivos se incluem a representação de seus associados e de outros 
interessados no relacionamento econômico entre o Brasil e os demais países, bem 
como o assessoramento e a sua orientação, segundo critérios de qualidade. 
 
 
 
 
Associação de Comércio Exterior do Brasil 
 
A Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB é uma entidade privada sem fins 
lucrativos, que congrega as empresas exportadoras e importadoras de mercadorias 
e serviços, bem como as de atividades de apoio ao comércio exterior. 
 
A AEB tem como finalidades principais: 
 
• Estudar os assuntos relacionados com o comércio exterior do Brasil e propor 
soluções para os seus problemas. 
• Realizar levantamentos estatísticos da importação e exportação do país, que 
sirvam de base orientadora para a política de comércio exterior e para as atividades 
dos associados. 
• Cooperar para o aprimoramento técnico dos métodos de produção, visando 
alcançar maior produtividade e melhores padrões, com as consequentes reduções 
de custos e melhoria da qualidade dos produtos, que assegurem posição mais 
competitiva nos mercados mundiais, participando, quando indicada, de órgãos a 
esse fim destinados. 
• Colaborar no constante aperfeiçoamento dos sistemas de crédito e de seguro de 
crédito à exportação. 
• Contribuir para que seja adotada, sempre que possível, legislação que facilite as 
atividades do comércio exterior. 
• Estudar e propor, aos órgãos oficiais competentes, providências que facilitem a 
implantação de novas empresas dedicadas ao comércio internacional e a ampliação 
das existentes. 
• Colocar à disposição dos seus associados assistência técnica legal, em nível de 
consultoria. 
• Estabelecer relações com entidades semelhantes em outros países, bem como 
com organismos internacionais, cujos princípios e atividades coincidam com os da 
AEB, aos quais poderá filiar-se. 
• Tomar quaisquer outras iniciativas que beneficiem os interesses do comércio 
exterior e assegurem o desenvolvimento e o progresso da economia nacional. 
 
Curiosidade: A Associação de Exportadores Brasileiros - AEB foi criada em janeiro 
de 1971, e, em agosto de 1985 mudou o nome para Associação de Comércio 
exterior do Brasil- AEB 
 
Alibaba.com 
 
Fundada em 1999, em Hangzhou, China ,o sítio Alibaba.com torna mais fácil para 
milhões de compradores e fornecedores em todo o mundo fazer negócios online, 
principalmente através de três links: um para o comércio global ( www.alibaba.com 
), direto entre importadores e exportadores do mundo todo; um link ( 
www.1688.com ) para o comércio interno na China e um link de transação baseado 
no atacado do site global ( www.aliexpress.com ) voltadas para pequenos 
compradores que procuram envio rápido de pequenas quantidades de mercadorias. 
 
 Juntos, esses mercados formam uma comunidade de cerca de 72,8 milhões de 
usuários registrados em mais de 240 países e regiões. 
 
Como parte de sua estratégia o Alibaba.com oferece também uma ampla gama de 
software de gestão empresarial, serviços de infra-estrutura de Internet e 
exportação de serviços. O Alibaba.com tem escritórios em mais de 70 cidades por 
toda a Grande China, Índia, Japão, Coréia, Europa e Estados Unidos. 
 
 
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior - Mdic 
 
Neste sítio o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior 
disponibiliza: 
 
• Estatísticas do comércio exterior, emitida pelo DEPLA (Departamento de 
Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior) com resultados da Balança 
Comercial Brasileira semanal, mensal e anual por estados e municípios também. 
• Relação de empresas brasileiras exportadoras e importadoras por faixa de valor 
também. 
• Informações comerciais no link do Radar Comercial. 
• Informações sobre a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) com seus 
respectivos códigos e unidades de medida estatística. 
• Informações sobre a estrutura do comércio exterior brasileiro. 
• Exportação Simplificada e uma série de procedimentos específicos para 
determinados tipos de exportação é o que se pode achar na série: Aprendendo a 
Exporta neste mesmo sítio. 
• Além dessas, diversas outras funções como o agendamento de Encontros de 
Comércio Exterior (Encomex) na sua cidade, orientações diversas aos exportadores, 
legislação aduaneira poderão ser encontradas no sítio do MDIC que precisa ser 
consultado. 
 
Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet - ALICE Web 
 
O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet, 
denominado ALICE-Web, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério 
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi desenvolvido com 
vistas a modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação dos dados 
estatísticos das exportações e importações brasileiras. 
 
O ALICE-Web é atualizado mensalmente, quando da divulgação da balança 
comercial, e tem por base os dados obtidos a partir do Sistema Integrado de 
Comércio Exterior (SISCOMEX), sistema que administra o comércio exterior 
brasileiro. 
 
No momento, o acesso ao ALICE-Web é gratuito. Para proceder à consulta, basta 
clicar no módulo de pesquisa desejado. 
 
COMEXbrasil.gov.br 
 
O Portal Brasileiro do Comércio Exterior (PBCE) foi desenvolvido com base no 
Projeto de Apoio à Inserção Internacional das Pequenas e Médias Empresas 
Brasileiras (PAIIPME), parte do Acordo de Cooperação entre o Brasil e a União 
Europeia. 
 
O Portal oferece a você, de forma clara, simples e direta as informações básicas 
sobre os temas exportação, importação, legislação, acordos, promoção comercial, 
estatísticas, entre outros de grande relevância. A ideia é apresentar os principais 
termos, procedimentos, eventos e atividades que possam ajudá-lo a alcançar novos 
mercados mundo afora. 
 
O PBCE é um produto do governo federal, e antes de tudo, atua como prestador de 
serviços à comunidade brasileira. Por isso, o Portal demonstra quais são as 
atribuições e responsabilidades de cada órgão ou entidade relacionados ao processo 
de exportação e importação no Brasil.O Portal disponibiliza, também, um serviço de fundamental importância, 
denominado "Comex Responde", canal direto com o público de comércio exterior, 
que é destinado a esclarecer dúvidas e acatar sugestões do usuário atuante em 
comércio exterior. 
 
A proposta deste Portal é ser fonte importante de informações do tema importação 
e exportação. Ele contribui com um serviço eficiente e eficaz para ampliar as 
exportações e facilitar o comércio entre os países. 
 
 
 
 
 
AULA 06: Os incentivos e barreiras ao comércio internacional 
 
Introdução 
 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as práticas administrativas do Comércio 
Exterior, os incentivos às exportações e as barreiras às importações. 
 
O pontapé inicial para conhecermos o tratamento administrativo das importações e 
exportações brasileiras é a uniformização desses procedimentos aplicados aos 
produtos objetos das compras e vendas internacionais. 
Para promover essa padronização, o comércio internacional adotou a classificação 
fiscal de mercadorias. 
 
A classificação fiscal de mercadorias e sua evolução histórica 
 
No ano de 1913, em Bruxelas, houve a 2ª.Conferência Internacional sobre 
estatística, onde estiveram 29 participantes. Como resultado dessa conferência, as 
mercadorias foram divididas em 5 grupos: 
• Animais Vivos 
• Alimentos e bebidas 
• Matéria Prima 
• Produtos manufaturados 
• Ouro e Prata 
 
Todavia, foram catalogados apenas 186 itens que passaram a ser utilizados com 
finalidade estatística e aduaneira. 
 
Regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado 
 
A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras: 
 
1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para 
os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das 
Notas de Seção e de Capítulo, e, desde que não sejam contrárias aos textos das 
referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes. 
 
2.a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo, 
mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresentem, no estado em que se 
encontram, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange 
 igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das 
disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
 
2.b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a 
essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. 
Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada 
abrange as obras constituídas, inteira ou parcialmente, dessa matéria. A 
classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme 
os princípios enunciados na Regra 3. 
 
3. Quando parecer que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições 
por aplicação da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve 
efetuar-se da forma seguinte: 
 
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando 
duas ou mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma parte das 
matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a 
apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais 
posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como 
igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa 
ou completa da mercadoria. 
 
b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes, ou 
constituídas pela reunião de artigos diferentes, e as mercadorias apresentadas em 
sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa 
efetuar pela aplicação da Regra 3.a), todos se classificam pela matéria ou artigo 
que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta 
determinação. 
 
c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a 
mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, 
dentre as suscetíveis de validamente serem tomadas em consideração. A frase está 
correta? 
 
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima 
enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes. 
 
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão 
sujeitas às regras seguintes: 
 
Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, 
para instrumentos de desenho, para joias e receptáculos semelhantes, 
especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e 
suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se 
destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente 
vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos 
que confiram ao conjunto a sua característica essencial. 
 
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias 
classificam-se com estas últimas quando são do tipo normalmente utilizado para o 
seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as 
embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida. 
 
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é 
determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de 
Subposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regras 
precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo 
nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também 
aplicáveis, salvo disposições em contrário. 
 
Nomenclaturas 
 
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM - O Brasil aderiu, em 
31.10.86, à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação 
e de Codificação de Mercadorias, comprometendo-se , por conseguinte, a adotar o 
referido Sistema em substituição à Nomenclatura do Conselho de Cooperação 
Aduaneira então vigente. 
Não obstante a Convenção facultar aos países em desenvolvimento, que sejam 
Partes Contratantes, o diferimento da aplicação de parte ou da totalidade das 
subposições do Sistema Harmonizado pelo tempo que considerem necessário, o 
Brasil optou por implementar o referido Sistema na sua totalidade, já a partir do 
ano de 1989. 
A partir de 01.01.97, a Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM passou a 
constituir a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM. 
Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM - O processo de integração para a 
consolidação do MERCOSUL e a necessidade de uma nomenclatura unificada 
paraatender o fluxo de comércio, estatísticas e tarifas para o comércio intra e extra 
Mercosul levaram à criação da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM , tendo 
como base o Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias. 
 levaram 
Esta nomenclatura foi utilizada na elaboração da Tarifa Externa Comum – TEC, que 
passou a vigorar em 01 de janeiro de 1996, em substituição à Tarifa Aduaneira do 
Brasil (TAB). 
Mantendo a mesma estrutura do Sistema Harmonizado com 96 capítulos, 
ordenados em 21 seções, foram realizadas as adaptações necessárias introduzindo-
se subdivisões em nível de itens e subitens. 
Desta forma foram utilizados 8 dígitos, sendo os 6 primeiros idênticos aos do 
Sistema Harmonizado. 
Os itens da NCM são representados pelo sétimo dígito, e os subitens pelo oitavo. 
 Quando não existirem as subdivisões nestes níveis, serão representados pelo 
número zero (0). 
 
Nomenclatura da Associação Latino Americana de Integração –NALADI - 
Com a aceitação sistemática do Sistema Harmonizado em nível internacional, a 
Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) promoveu a elaboração de 
uma nomenclatura adaptada àquele novo sistema de designação e codificação de 
mercadorias, para uso dos países-membros nas negociações de preferências 
tarifárias dentro dos instrumentos de negociação da Associação e para a formulação 
das suas estatísticas de comércio exterior. 
Com a adoção efetiva da nomenclatura, a partir de julho de 1991, todas as 
negociações realizadas no âmbito da ALADI passaram a observar os novos códigos, 
devendo os Acordos e Protocolos Adicionais negociados consignar as descrições e 
classificações da NALADI/SH. Também os documentos da Associação – Certificados 
de Origem, Certificados de Utilização de Cotas, etc. – e, necessariamente, os dos 
países-membros têm que indicar a nova codificação. 
A NALADI/SH mantém a mesma estrutura do Sistema Harmonizado, com suas 21 
 Seções e 96 Capítulos, além das Regras Gerais para Interpretação da 
Nomenclatura, sendo que seus códigos constam de oito dígitos. 
 
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades 
 
As barreiras comerciais são dificuldades que os Estados instituem nas operações de 
COMEX. 
Essas barreiras são divididas em duas categorias: Aduaneiras e Não Aduaneiras, 
como vemos a seguir: 
 
ADUANEIRAS: 
1ª.) Direitos Aduaneiros ou barreira tarifária - A barreira tarifária aparece quando a 
mercadoria tem que pagar para entrar em outro país. Ex.: Imposto de Importação. 
 
 
2ª.) Direitos Compensatórios - Utilizados quando existe uma prática desleal de 
comércio internacional na qual esses direitos neutralizam um excesso de subsídio 
concedido pelo governo à mercadoria importada. 
 
3ª.) Direitos Anti-Dumping - São utilizados quando ocorre prática desleal de 
comércio internacional na qual a mercadoria é exportada com preço mais baixo que 
o custo de sua fabricação. 
 
4ª.) Impostos niveladores de fronteiras - Utilizados para equilibrar o preço de 
mercadorias em circulação entre cidades fronteiriças. OBS.: O Brasil não adota esse 
mecanismo. 
5ª.) Depósitos Prévios às Importações - Utilizados pelo Brasil em 1962, 1963 e de 
1974 a 1979 (período restritivo às importações). Tratava-se de um depósito 
compulsório à razão de 100% do valor FOB/FCA que a CACEX exigia para a emissão 
da guia de importação (GI), ficando essa quantia depositada no BECEN por um 
período de 12 meses, quando era, então, devolvido ao importador sem juros ou 
correção monetária. 
 
6ª.) Valor Aduaneiro - Foi estabelecido pelo GATT em 1986, através do Acordo de 
Valoração Aduaneira, que estabeleceu 6 métodos para o cálculo do valor real que 
uma mercadoria tem quando entra no território aduaneiro de um país. Nem sempre 
o valor da fatura comercial representa o real valor aduaneiro, e a parametrização 
em canal cinza expressa a dúvida do fisco. Abaixo, os 6 métodos de valoração 
aduaneira: 
 
Valor da negociação mercantil propriamente dito (expresso na fatura comercial). 
Mercadoria idêntica (valor comparativo a outra mercadoria igual). 
Valor similar (valor comparativo de mercadoria similar). 
Outros valores a serem deduzidos. 
Outros valores a serem acrescentados. 
 Métodos condizentes com o acordo e com os dados do país importador, tendo em 
vista outro despacho aduaneiro no país. 
 
7ª.) Classificação Fiscal - Terá impacto de tributação seletiva sobre a mercadoria, 
de acordo com os critérios de classificação do país. 
 
8ª.) Certificação de Origem - É estabelecida por tratados de acordos comerciais 
internacionais para comprovar a origem da mercadoria dentro das condições 
exigidas. É um formulário oficial emitido por entidades certificadoras devidamente 
credenciadas pelos tratados. É um documento exigido na alfândega para sustentar 
o desconto na alíquota do Imposto de Importação. Esse desconto chama-se 
Preferência Percentual e será registrado na D.I. Ex.: Alíquota do II (20%), 
Preferência Percentual (70%); logo, o II de 20 % será reduzido preferencialmente 
de 14% (70% de 20), ficando a nova alíquota residual do II = 6% (20%-14%). 
 
9ª.) Vistos Consulares - São exigências entre alguns países que os documentos que 
amparam uma exportação tenham a chancela do seu consulado no país exportador 
com a devida assinatura do cônsul ou de funcionário competente. 
 
NÃO ADUANEIRAS: 
 
1ª.) Licenciamento ou guias exigidas administrativamente por uma mercadoria 
estrangeira ao entrar no país. 
 
2ª.) Quotas ou contingenciamentos - Estabelecem quantitativos de mercadorias 
(restrição limitada ao volume comercializado). 
 
3ª.) Controle de câmbio - O BACEN controla o câmbio no Brasil e autoriza a operar 
com câmbio as agências de turismo, agências de câmbio, agências de bancos e 
entidades de financiamento ou investimento. 
 
4ª.) Preços máximos e mínimos estipulados pelo DECEX, que identifica se as 
mercadorias importadas têm o mesmo preço. 
 
5ª.) Compras reguladoras (niveladoras) para o estoque governamental. 
6ª.) Monopólios - Importação por parte do governo, proibida para pessoas 
jurídicas. Exemplo: importação de armas de uso exclusivo das forças armadas. 
 
7ª.) Os normativos de COMEX - Resoluções, portarias ou circulares dos órgãos que 
são autorizativos do COMEX. Atos legais que disciplinam e ditam as regras do 
COMEX, orientados pelo MDIC. 
 
8ª.) Anuências prévias ou autorizações específicas da competência de órgãos 
anuentes do governo, de acordo com a espécie da mercadoria importada. Exemplo: 
ANVISA, IBAMA, INMETRO, entre outros. 
 
9ª.) Medidas de proteção à produção e à exportação. 
 
10ª.) Certificações diversas - Sanitárias, fitossanitárias, de qualidade, safra, laudos 
técnicos, entre outros. 
 
11ª.) Medidas adotadas pelos EUA para evitar ações terroristas. 
 
Incentivos fiscais à exportação 
 
Uma das questões fundamentais das transações comerciais internacionais é quem 
tributa as operações de exportação de mercadorias: o país vendedor ou o 
comprador? 
 
Alguns países adotam o princípio da tributação no destino, em que a incidência dos 
tributos ocorre no país onde serão consumidas as mercadorias. Dessa forma, a 
exportação é isenta dos tributos internos. Outros adotam o princípio da tributação 
na origem das mercadorias. As exportações são tratadas como qualquer transação 
interna, sofrendo a incidência dos tributos. 
 
No Brasil, é adotado o princípio da tributação no país de destino, pelo que as 
exportações de mercadorias não sofrem a incidência de impostos, respeitados os 
princípios internacionais. 
 
Imposto de exportação – regulamento aduaneiro 
 
Da incidência  O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou 
nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-lei no 1.578, de 11 de outubro de 
1977, art. 1o). 
 
§ 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título 
definitivo. 
 
§ 2o A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará 
as mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, 
com a redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o). 
 
Produtos alcançados pelo imposto: 
 
Armas e munições. 
Castanha de caju com casca. 
Couro. 
Cigarros e fumo. 
Cilindros para filtros. 
 
 
 
Do fato gerador  O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da 
mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o). 
 
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato 
gerador na data do registro deexportação no Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (Siscomex) (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o). 
 
Da base de calculo e do calculo  A base de cálculo do imposto é o preço normal 
que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma 
venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as 
normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-lei no 1.578, de 
1977, art. 2o, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, 
art. 51). 
 
O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base 
de cálculo (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 3o, com a redação dada pela Lei no 
9.716, de 1998, art. 1o). 
 
Do pagamento e do contribuinte  O pagamento do imposto será realizado na 
forma e no prazo fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá 
determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da 
mercadoria a ser exportada (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 4o). 
 
É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa que 
promova a saída de mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 
1977, art. 5o). 
 
 
Aula 7: Condições de vendas – INCOTERMS 2010 
 
Introdução 
 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno os INCOTERMS 2010, elaborados a cada 
década pela CCI (Câmara de Comércio Internacional), e sua importância na 
organização do Comércio Internacional. 
 
INCOTERMS (Versão 2010) 
 
A padronização das fronteiras de responsabilidades assumidas entre importadores e 
exportadores deixa internacionalmente mais inteligível a contratação de serviços 
adicionais, como o frete e o seguro internacionais. 
 
Daí a necessidade da codificação dessas modalidades de vendas, fixando direitos e 
deveres para os players do comércio internacional. Essa codificação foi elaborada 
pela CCI (Câmara de Comércio Internacional) e chamada de INCOTERMS, que sofre 
uma revisão em sua estrutura a cada década. 
 
Os Incoterms (International Commercial Terms) definem os direitos e obrigações 
recíprocos do exportador e do importador. Eles estão incluídos na fatura comercial, 
no contrato de compra e venda e estabelecem um padrão de definições de regras e 
práticas usuais, neutras, imparciais e de caráter uniformizador. 
 
O objetivo dos Incoterms é oferecer diversas opções de regras internacionais para a 
interpretação dos termos comerciais usuais no comércio internacional. 
 
A padronização desses termos nas operações de comércio exterior minimiza a 
insegurança nas interpretações das responsabilidades assumidas, uma vez que 
determina, precisamente, o momento de transferência de obrigações, seja no 
custo, seja no risco. 
 
A utilização dos Incoterms facilita o entendimento entre o exportador (vendedor) e 
o importador (comprador), quanto às obrigações necessárias para viabilizar a 
logística de entrega da mercadoria, objeto da transação comercial, até o local de 
destino final da embalagem, transportes internos, tratamento administrativo, fiscal 
e tributário, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais, 
despesas alfandegárias, entre outras coisas. 
 
Como a CCI é um organismo internacional de origem privada, não poderia impor 
essa padronização, porém propô-la para o melhor entendimento entre importador e 
exportador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do 
local de procedência até o local de destino final para o consumo ou revenda. 
 
É indispensável ao operador do COMEX o domínio dos Incoterms para que o 
vendedor possa incluir todos os seus gastos nas transações em Comércio Exterior e 
o comprador possa negociá-los. Os Incoterms estão limitados ao contrato de 
compra e venda internacional, não devendo ser utilizados nas atividades internas 
de cada país. 
 
1 - História e aplicação dos Incoterms 
 
A primeira edição dos Incoterms foi em 1936, pela Câmara Internacional do 
Comércio – CCI, com sede em Paris. 
 
A CCI interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo 
utilizadas no comércio internacional até aquele momento. 
 
Depois disto, vários aperfeiçoamentos do texto original foram produzidos, sempre 
com foco nas mudanças do processo negocial e logístico, sendo que o último 
absolveu a maior parte das alterações. A última versão publicada do Incoterms é do 
ano de 2000. 
 
A utilização dos Incoterms é feita por intermédio dos 11 termos (siglas), que são 
chamados de condições de venda e que são mundialmente reconhecidos por 
importadores e exportadores. Eles são divididos em quatro grupos, o que facilita o 
entendimento e a definição de cada um. 
 
Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio 
simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os 
direitos e as obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas 
adicionais ao processo de elaboração do produto. Por isso, são também 
denominados "Cláusulas de Preço", pelo fato de cada termo determinar os 
elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção. 
 
2 - Significado jurídico 
 
Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força 
legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, 
simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. 
 
3 - Quadro Resumo dos Incoterms 
 
 
 
4 - Definições dos Incoterms 
 
 
EXW - Ex Works 
 
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando as coloca à disposição do 
comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro local designado (por 
exemplo, obra, fábrica, armazém etc.). O vendedor não necessita carregar as 
mercadorias em qualquer veículo de coleta, nem desembaraçar as mercadorias 
para exportação, caso tal desembaraço seja aplicável. 
 
 
FCA - Free Carrier 
 
Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou a outra 
pessoa designada pelo comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro 
local designado. Aconselha-se que as partes especifiquem o mais claramente 
possível o ponto dentro do local designado para entrega, já que o risco é 
transferido ao comprador nesse ponto. 
 
FOB - Free on Board 
 
Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio designado pelo 
comprador, no porto de embarque designado, ou obtém as mercadorias já dentro 
do meio de transporte principal. O risco de perda ou dano em relação às 
mercadorias é transmitido quando estas estão a bordo do navio, e o comprador 
arca com todos os custos desse momento em diante. 
 
FAS - Free Alongside Ship 
 
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas ao 
lado do navio (por exemplo, em um cais ou em uma barca) designado pelo 
comprador no porto de embarque designado. O risco de perda das mercadorias, ou 
danos a elas, é transferido quando estão ao lado do navio, e o comprador arca com 
todos os custos desse momento em diante. 
 
CFR - Cost and Freight 
 
Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio ou obtém as 
mercadorias já entregues dessa forma. O risco de perda ou dano em relação às 
mercadorias é transferido quando estas estão a bordo do navio. O vendedor deve 
contratar o transporte e pagar pelos custos necessários para trazer as mercadorias 
ao porto de destino designado. 
 
CIF - Cost, Insurance and Freight 
 
Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio ou obtém as 
mercadorias já entregues dessa forma. O risco de perda ou dano em relação às

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