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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO AULA 1: REVISÃO 2018 Prof. Dr. José Fernando METABOLISMO E SISTEMAS ENERGÉTICOS “As disciplinas Fisiologia e Bioquímica são virtualmente inseparáveis na área de exercícios e ciências do esporte. Respostas para questões pertinentes à fisiologia do exercício podem ser obtidas apenas pela combinação da aplicação dessas duas disciplinas” (MAUGHAN, 2000) A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O DEFINIÇÕES ENERGIA QUÍMICA = está armazenada num átomo ou numa molécula. Existem várias formas de energia, mas os seres vivos só conseguem utilizar a energia química; está presente nas ligações químicas. METABOLISMO = (do grego metabolismos, μεταβολισμός, que significa "mudança", troca) é o conjunto de transformações, reações químicas, que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. Estas reações químicas são responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula e constituem a base da vida, permitindo crescimento e reprodução das células, mantendo as suas estruturas e adequando respostas aos seus ambientes. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O HOMEOSTASE É o termo empregado para significar a TENDÊNCIA dos sistema biológicos resistirem a mudanças e permanecerem em estado de equilíbrio. Todos os mecanismos vitais, apesar de sua diversidade, têm apenas uma finalidade, a de MANTER CONSTANTES as condições de vida no ambiente interno A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O HOMEOSTASE Os SISTEMAS ORGÂNICOS atuam para manter os parâmetros físicos e químicos do meio interno dentro de LIMITES TOLERÁVEIS PELA ESPÉCIE. Ou seja, cada sistema orgânico tem como função a homeostase do meio interno em relação a um ou mais de seus parâmetros. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Organismo em HOMEOSTASE MUDANÇA EXTERNA MUDANÇA INTERNA PERDA DA HOMEOSTASE RESPOSTAS DE COMPENSAÇÃO SUCESSO NA COMPENSAÇÃO FALHA NA COMPENSAÇÃO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Quais outros fatores Estressores podemos citar? JEJUM ALTITUDE FATORES PSICOLÓGICOS CALOR A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O HOMEOSTASE Do que a Homeostase depende??? MEIO INTRACELULAR MEIO EXTRACELULAR A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O MEIO INTRACELULAR MEIO EXTRACELULAR Cerca de 56% do corpo humano é composto de líquidos, a maior parte desse líquido fica no INTERIOR DAS CÉLULAS, o qual contém grandes quantidades de íons potássio, magnésio e fosfato. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O MEIO INTERNO ≠ MEIO EXTERNO Contém íons sódio, cloreto e bicarbonato, mais os nutrientes para as células, tais como oxigênio, glicose, ácidos graxos e aminoácidos. Potássio, magnésio e bicarbonato A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ... esta entrada e saída estabelece um EQUILÍBRIO DINÂMICO entre as moléculas dentro e fora da célula... Devido a esta DIFERENÇA na composição do meio externo e interno, vários produtos entram e saem da célula continuamente... MEIO INTERNO ≠ MEIO EXTERNO HOMEOSTASE A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMO ESSES DOIS MEIOS SE EQUILIBRAM ? MEMBRANA PLÁSMATICA CITOPLASMA INTERSTÍCIO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMO ESSES DOIS MEIOS SE EQUILIBRAM ? CITOPLASMA INTERSTÍCIO H2O = SOLVENTE PARTICULAS = SOLUTO Para transportar essas substâncias pela membrana: ATIVO PASSIVO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMO ESSES DOIS MEIOS SE EQUILIBRAM ? CITOPLASMA INTERSTÍCIO PASSIVO DIFUSÃO SIMPLES DIFUSÃO FACILITADA OSMOSE A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMO ESSES DOIS MEIOS SE EQUILIBRAM ? CITOPLASMA INTERSTÍCIO DIFUSÃO SIMPLES A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMO ESSES DOIS MEIOS SE EQUILIBRAM ? CITOPLASMA INTERSTÍCIO PROTEINA CARREADORA OU PROTEINA DE CANAL A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O MEMBRANA PLASMÁTICA É uma dupla camada fosfolipídica que separa a célula do meio externo. Propicia a célula ELASTICIDADE, RESISTÊNCIA MECÂNICA e PERMEABILIDADE SELETIVA. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O CITOPLASMA Conhecido também como HIALOPLASMA ou CITOSOL. É um líquido dentro da célula onde encontram-se imersas inúmeras organelas A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O RIBOSSOMO É a organela responsável pela SÍNTESE PROTÉICA A partir dos aminoácidos ele forma novas proteínas A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O RETÍCULO ENDOPLASMATICO RUGOSO É a organela responsável pelo TRANSPORTE de substâncias e SÍNTESE PROTEÍNAS A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O RETÍCULO ENDOPLASMATICO LISO É a organela responsável pelo TRANSPORTE de substâncias e PRODUÇÃO de lipídeos A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMPLEXO DE GOLGI É a organela responsável pelo ARMAZENAMENTO e SECREÇÃO de diversas substâncias A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O MITOCONDRIA É a organela responsável pela RESPIRAÇÃO CELULAR. Está presente em células animais e vegetais e APRESENTA SEU PRÓPRIO DNA (DNA MITOCONDRIAL) A função principal das mitocôndrias é a produção de ATP A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Rev Bras Med Esporte – Vol. 23, No 1 – Jan/Fev, 2017 “Repetidos episódios de contração muscular promovidos pelo treinamento físico, são potentes estímulos para as adaptações moleculares..... Destaca-se também a adaptação mitocondrial” A U L A1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O LISOSSOMO É a organela responsável pela DIGESTÃO INTRACELULAR, pois possuem no seu interior enzimas digestivas. Fagocitose (partículas sólidas) Pinocitose (partículas liquidas) A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O NÚCLEO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O CROMOSSOMO É uma longa sequencia de DNA, são responsáveis por carregar toda informação que as células necessitam para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. DNA - ácido desoxirribonucleico - é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O O comprimento dos telômeros tem sido associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas, enquanto a atividade física, por outro lado, parece exercer um efeito de proteção destas estruturas. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A prática de atividade física contribuiu para a redução de 3% a 59% no encurtamento dos telômeros, estruturas celulares cujo desgaste corresponde ao envelhecimento celular A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A lógica da FISIOLOGIA aplicada ao TREINAMENTO ENERGIA X ATIVIDADE FÍSICA MOVIMENTO ENERGIA MOVIMENTO ENERGIA PROPORCIONAL "A duração do exercício é inversamente PROPORCIONAL à sua intensidade" Capacidade para realizar um exercício de maneira eficaz superando a fadiga (PLATONOV, 2001). A lógica do TREINAMENTO RESISTÊNCIA AERÓBIA ANAERÓBIA Há OXIGÊNIO SUFICIENTE A DISPOSIÇÃO PARA A OXIDAÇÃO dos substratos energéticos. É a capacidade de executar um trabalho de ALTA INTENSIDADE EM DÉBITO DE O2. Onde o suprimento de oxigênio é insuficiente para a oxidação dos substratos energéticos, e a energia é obtido de forma anaeróbica. A ENERGIA para realizar a maioria dos tipos de exercício é originária de uma COMBINAÇÃO DE FONTES anaeróbias e aeróbias (MCARDLE et al., 2001) A lógica do TREINAMENTO A l ó g i c a d o T R E IN A M E N T O % AERÓBIA % ANAERÓBIA 0 100 10 90 20 30 40 50 60 70 80 90 100 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 – 3 SEGUNDOS 10 SEGUNDOS 30 SEGUNDOS 60 SEGUNDOS 2 MINUTOS 4 MINUTOS 10 MINUTOS 30 MINUTOS 120 MINUTOS Levantamento de peso Nado de 100 metros Nado de 200 metros Nado de 800 metros; Corrida de 3200 m. Corrida de 10000 m. Contribuições da Produção de Energia AERÓBIA/ANAERÓBIA C o n tr ib u iç ã o d o A T P p ro d u zi d o d e f o rm a A E R Ó B IA /A N A E R Ó B IA Ao se INICIAR uma ATIVIDADE FÍSICA, aumenta-se o consumo energético e podem ocorrer 3 situações: ESFORÇO EXTENUANTE (> 100% do VO2máx) ESFORÇO INTENSO Entre 85 a 100% do VO2máx) ESFORÇO MODERADO (< 85% do VO2máx) “Os sistemas de energia a serem envolvidos na geração de energia dependem de quão difícil e quanto tempo os músculos estão sendo trabalhados”. FONTES DE ENERGIA E EXERCÍCIO Todo organismo é capaz de converter os substratos absorvidos nos alimentos em energia utilizável para as ações relacionadas aos movimentos. As fontes de energia dos alimentos ingeridos encontram-se sob a forma de CARBOIDRATOS, GORDURAS e PROTEÍNAS que são armazenadas no organismo em estoques necessários para utilização, renovação e transformação da energia química em energia mecânica, o que permite ao organismo humano executar suas tarefas diárias. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Qual é a nossa fonte de ENERGIA? A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O O QUE É METABOLISMO ? COMO NOSSOS CORPOS TRANSFORMAM O QUE COMEMOS NO QUE SOMOS A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O O metabolismo refere-se ao conjunto de reações bioquímicas que controla a síntese e a degradação de substâncias no nosso organismo. degradação síntese ANABOLISMO relaciona-se com a síntese de compostos orgânicos estruturais e funcionais, tais como proteínas de membrana, enzimas e hormônios. Essas reações são fundamentais para o desenvolvimento de um organismo e para reparar danos nas células. CATABOLISMO envolve algumas reações que têm por função degradar substâncias orgânicas para obtenção de ATP. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O degradação síntese X A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O 1 Grama de CARBOIDRATO 1 Grama de GORDURA 4 CAL DE ENERGIA 9 CAL DE ENERGIA 1 Grama de PROTEINA A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O DEFINIÇÃO DE CALORIA... Caloria (cal) é uma medida que indica a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1 g de água de 14,5 para 15,5 °C. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O FONTES DE ENERGIA Todo organismo é capaz de converter os substratos absorvidos nos alimentos em energia utilizável para as ações relacionadas aos movimentos. As fontes de energia dos alimentos ingeridos encontram-se sob a forma de CARBOIDRATOS, GORDURAS e PROTEÍNAS que são armazenadas no organismo em estoques necessários para utilização, renovação e transformação da energia química em energia mecânica, o que permite ao organismo humano executar suas tarefas diárias. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ...um processo químico no interior das células do corpo, chamada respiração celular converte o alimento que consumimos em ADENOSINA TRIFOSFATO, comumente chamado de ATP... ATP PROTEÍNAS CARBOIDRATOS LIPÍDIOS A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O QUAL ORGANELA É RESPONSÁVEL PELA respiração celular ? ATP A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A FUNÇÃO PRINCIPAL DAS MITOCÔNDRIAS É A PRODUÇÃO DE ATP A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X ER C Í C I O ...quando a molécula de ATP é ativada, a terceira unidade de fosfato se separa e liberta a energia necessária para estimular o MOVIMENTO MUSCULAR... ENERGIA QUIMICA ENERGIA MECANICA A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ...quando a molécula de ATP é ativada, a terceira unidade de fosfato se separa e liberta a energia necessária para estimular o MOVIMENTO MUSCULAR... energia A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O As CÉLULAS MUSCULARES armazenam quantidades limitadas de ATP... Por essa razão, como o EXERCÍCIO MUSCULAR requer um suprimento constante de ATP para a contração... ...as células musculares precisam produzir ATP... A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O TRANSFORMAÇÃO: degradação ressíntese A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O + = A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO SISTEMA ANAERÓBIO LÁTICO SISTEMA AERÓBIO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A PARTICIPAÇÃO DAS DIFERENTES VIAS METABÓLICAS DURANTE A PRÁTICA DE UMA ATIVIDADE FÍSICA TEM SIDO DESCRITA POR MUITOS AUTORES. O MÚSCULO USA TODAS AS VIAS METABÓLICAS O TEMPO TODO, A QUANTIDADE É QUE VAI DEPENDER DE VÁRIOS FATORES ENVOLVIDOS COM O EXERCÍCIO. ANAERÓBIO AERÓBIO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ESFORÇO EXTENUANTE SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO O sistema ATP-CP fornece cerca de 10 segundos de energia. Este caminho não requer nenhum O2 para gerar ATP. Ele 1º utiliza qualquer ATP armazenado no músculo (nos primeiros 2-3 segundos de exercício intenso) e, em seguida, ele usa a CP para ressintetizar ATP até o CP acabar (dos 6-8 segundos). Como as reservas de CP no músculo são muito limitadas, depois que o ATP e CP são usados o corpo vai passar para o metabolismo aeróbio ou anaeróbio (lático) para continuar a formar ATP para o exercício. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O S I S T E M A A N A E R Ó B I O A L Á T I C O Liberação de energia pelas ligações de fosfato. Até 12” - 15” DE ESFORÇO MÁXIMO e 5 minutos para sua reposição total. C R E A T I N A ESFORÇO EXTENUANTE (> 100% do VO2máx) TREINAMENTO DO SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO Essa via ocorre no início do exercício e sua duração depende do nível de aptidão, em indivíduos treinados pode ser mantida por até 30 segundos e em indivíduos sedentários até 12 segundos. (BOGDANIS et al, 1995; SOARES; VIVEIROS, 2001; FAIGENBAUM et al, 2009) Para melhorar essa via e, consequentemente, a potência anaeróbia alática, a estratégia recomendada é o TREINAMENTO INTERVALADO, em que seja respeitado o tempo do estímulo, e o intervalo entre as séries. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O TEXTO COMPLEMENTAR: OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo verificar se a suplementação de creatina exerce efeito ergogênico durante a execução do exercício concorrente. A suplementação foi realizada seguindo o modelo DUPLO-CEGO, 20g de placebo ou creatina durante cinco dias e posteriormente 3g por sete dias A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O TEXTO COMPLEMENTAR: RESULTADOS: A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O TEXTO COMPLEMENTAR: CONCLUSÕES: Uma das possíveis causas da fadiga no exercício de força está relacionado à depleção dos estoques de creatina-fosfato. Provavelmente, o maior conteúdo de creatina-fosfato, induzido pela suplementação, acelerou a ressíntese da ATP, servindo como um substrato energético adicional para o exercício concorrente. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ESFORÇO INTENSO SISTEMA ANAERÓBIO LÁTICO Forma ATP a partir do GLICOGÊNIO armazenado no músculo sem a utilização de oxigênio. Consiste na progressiva degradação do glicogênio de modo a fornecer energia pra que duas moléculas de ácido fosfórico se unem a outras duas moléculas de ADP (fosforilação) obtendo novas moléculas de ATP. Como resíduos dessa reação temos duas moléculas de H2O e outras duas de ácido lático. Esse mecanismo é usado para exercícios de alta intensidade e não duram mais do que alguns minutos antes de o ácido lático atingir um limite conhecido como o LIMIAR DE LACTATO. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O S I S T E M A A N A E R Ó B I O L Á T I C O G L I C O G Ê N I O 3 – 4 MINUTOS DE ESFORÇO MÁXIMO,... E em torno de 60 minutos para a sua reposição total ESFORÇO INTENSO (Entre 85 a 100% do VO2máx) TREINAMENTO DO SISTEMA ANAERÓBIO LÁTICO É caracterizado por intensidade menor quando comparada ao exercício anaeróbio alático. Essa via apresenta uma alta produção de lactato, podendo atingir até 20 mmol de lactato por litro de sangue. (BOGDANIS et al, 1995; DANTAS, 1995; FAIGENBAUM et al, 2009) Essa via pode ser treinada com uma alta intensidade (90-100% do VO2max) do indivíduo e com o tempo variando entre 3 a 30 minutos. Lembrando que quanto maior for a intensidade, menor será o tempo de esforço e vice-versa. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O TREINAMENTO DO SISTEMA ANAERÓBIO LÁTICO Esse tipo de treinamento faz que o sujeito seja exercitado sempre próximo ao máximo, ocasionando em um aumento na concentração de lactato e metabólitos. Dessa forma, o organismo se adapta ao excesso desses metabólitos e consegue manter o exercício por mais tempo. Essa adaptação do organismo diz respeito em aumentar a capacidade de tamponamento da acidose metabólica e na remoção e metabolização do lactato no fígado, via CICLO DE CORI, disponibilizando glicose para o músculo A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O CICLO DE CORI É a via metabólica de produção de glicose a partir do lactato. O ciclo evita que o lactato se acumule na corrente sanguínea, o que poderia provocar acidose láctica. O ciclo é muito importante para manter a glicemia constante durante o período de elevada atividade física. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E RC Í C I O DEPLEÇÃO DO GLICOGÊNIO MUSCULAR NO EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO 1 x 6’’ 14% (GAITANOS et al., 1993) 1 x 30’’ 27 % (ESBJORNSSON-LILJEDAHL et al., 1999) 2 x 30’’ ; 4’ intervalo 47% (HARGREAVES et al., 1998) 3 x 30’’; 4’ intervalo 47%, após o 2º tiro e 15%, após o 3º tiro (SPRIET et al ., 1999) ESFORÇO MODERADO SISTEMA AERÓBIO No EXERCÍCIO AERÓBIO o oxigênio funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a energia transportada para o músculo em atividade. O exercício aeróbio é um exercício de LONGA DURAÇÃO, CONTÍNUO E DE BAIXA E MODERADA INTENSIDADE.. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O S I S T E M A A E R Ó B I O No METABOLISMO AERÓBIO são sintetizadas moléculas de ATP necessárias para as atividades de longa duração. Ele usa o oxigênio para converter os nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), para ATP. G O R D U R A ESFORÇO MODERADO (< 85 do VO2máx) TREINAMENTO DO SISTEMA AERÓBIO Existem diversas maneiras de se treinar o sistema aeróbio, onde a intensidade varia entre 40-85% do VO2max. Os métodos mais utilizados para treinar essa via energética são: o método contínuo e o método intervalado (ARVIDSSON et al, 2009; FAIGENBAUM et al, 2009). Nesse tipo de exercício encontramos altas concentrações de ácidos graxos no sangue, porém as concentrações de lactato mantém-se relativamente baixa, e o gasto energético pode variar entre 17,8 a 25 kcal/min. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Na prática, durante a execução dos exercícios de alta intensidade, a ressíntese de ATP é suprida basicamente pelas vias metabólicas ANAERÓBICAS ALÁTICA e LÁTICA, e o predomínio de uma dessas vias nesse processo depende da intensidade, volume e pausas entre as séries. Sistema Anaeróbio Alático Sistema Anaeróbio Lático Sistema Aeróbio Nas pausas, a VIA AERÓBIA É RECRUTADA para a recuperação de esforços. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.70. Suplementar 1. p.784-790. Jan./Dez. 2017. A remoção do lactato é mais rápida quando se realiza um exercício leve contínuo (recuperação ativa) em comparação a recuperação passiva. Isso se dá devido ao fato de o exercício leve aumentar a oxidação do lactato pelo músculo em atividade INTENSIDADE DO EXERCÍCIO E A UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO ENERGÉTICO Durante o exercício de BAIXA INTENSIDADE o substrato energético predominante utilizado são as GORDURAS e no exercício de ALTA INTENSIDADE são os CARBOIDRATOS (WILMORE; COSTILL, 2001; POWER; HOWLEY, 2005; JONES et al., 2007) A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O INTENSIDADE DO EXERCÍCIO E A UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO ENERGÉTICO A mudança de metabolismo deve- se a dois fatores: o aumento no recrutamento de fibras rápidas e glicolíticas (tipo II) e aumento da secreção de adrenalina EM INTENSIDADES BAIXAS HÁ UMA PREDOMINANCIA NAS FIBRAS LENTAS, QUE APRESENTAM GRANDES QUANTIDADES DE MITOCÔNDRIAS, ESSA GRANDE QUANTIDADE DE MITOCONDRIAS FAZ A OXIDAÇÃO DE GORDURAS SER MAIOR A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O OS CAMINHOS DA GORDURA INGESTÃO DIGESTÃO ABSORÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO ESTOQUE A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O INGESTÃO GORDURA: Elemento fundamental para FISIOLOGIA HUMANA A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O FUNÇÕES: 1.PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS 2.TRANSPORTE DE VITAMINAS A, D, E e K 3.RESERVA ENERGÉTICA A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ENERGIA ABSORVIDA MAIOR QUE ENERGIA DISPENDIDA IGUAL ROMPIMENTO DA HOMEOSTASIA DIGESTÃO AÇÃO ENZIMÁTICA LIPASE GÁSTRICA LIPASE PANCREATICA DEGRADAÇÃO DE GORDURAS EMULSIFICAÇÃO A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O ABSORÇÃO A ABSORÇÃO É FEITA NO INTESTINO DELGADO CISTERNA DO QUILO Sistema Linfático QUILOMICRON A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O PARA GARANTIR A SOBREVIVÊNCIA: Os mamíferos são capazes de estocar o excesso de calorias consumidas e não requisitadas para suprir suas necessidades metabólicas A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O TRIACILGLICEROL G L I C E R O L ÁC. GRAXO ÁC. GRAXO ÁC. GRAXO BIOTRANSFORMAÇÃO NO FIGADO ESTOQUE A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O METABOLISMO DE GORDURA QUEBRA QUEIMA ≠ LIPÓLISE A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O lipólise TRIACILGLICEROL G L I C E R O L ÁC. GRAXO ÁC. GRAXO ÁC. GRAXO GLICEROL Corrente sanguínea L I P A S E MÚSCULO FIGADO ÁC. GRAXO + PROTEINA Corrente sanguínea MÚSCULO MITOCONDRIA A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O COMO FAÇO PARA QUEBRAR O TRIACILGLICEROL EM ACIDOS GRAXOS E GLICEROL ? HORMÔNIOS LIPOLITICOS GH CORTISOL CATECOLAMINAS RECURSOS TERAPÊUTICOS A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A concentração de ácidos graxos circulantes no plasma aumenta durante a atividade física. Atletas com alto nível de treinamento, mesmo com baixos percentuais de tecido adiposo, possuem ELEVADA METABOLIZAÇÃO de ácidos graxos durante o exercício físico A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Durante os exercícios de baixa a moderada intensidade, a maior parte das gorduras utilizadas como fonte de energia deriva da circulação, na forma de ácidos graxos livres, a medida que a intensidade da atividade aumenta, o metabolismo lipídico deixa de ser a principal fonte energética. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O O treinamento aeróbio leva ao aumentoda densidade de capilares no tecido adiposo, assim como de sua capacidade de oxidação.. Quanto maior for o nível de treinamento aeróbio maior será a utilização de gordura como fonte de energia, isso ocorre devido a um aumento celular de novas mitocôndrias. A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O Em exercícios prolongados de baixa intensidade a secreção de adrenalina, noradrenalina e glucagon aumentam a atividade das lipases, aumentando assim a lipólise, isso aumenta a disponibilidade de ácidos graxos, privilegiando o metabolismo de gorduras QUAL A MELHOR ESTRATÉGIA PARA EMAGRECER ? A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O REDUÇÃO DE PESO CORPORAL A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA... A U L A 1 - F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O
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