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Art 477A

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Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. (Red. 13.467/17).
O nosso ordenamento jurídico permite a dispensa do empregado, independente de motivo, desde que seja paga a indenização e ou multa do FGTS e as verbas rescisórias. A lei deve proibir e ou indenizar os casos de abusos e coações por parte do empregador.
Extinção do contrato Por força da Reforma, o art. 477 da CLT ganhou nova redação e agora lista as obrigações do empregador quando o contrato de trabalho é extinto: a) anotar a CTPS; b) comunicar a dispensa aos órgãos competentes; c) pagar as verbas rescisórias no prazo e na forma previstos no mesmo artigo. Os §§ 1º, 3º e 7º foram revogados e, portanto, passou a ser dispensável a assistência sindical ou do Ministério do Trabalho no caso de pedido de demissão ou rescisão contratual de empregado com mais de um ano de serviço. Os §§ 2º e 5º permaneceram. O § 4º, com redação alterada, regula a forma de pagamento das verbas rescisórias, que devem ser em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado. Este último não pode ser usado quando o empregado for analfabeto. Prazo de entrega de documentos e de pagamento: dez dias a contar do término do contrato (§ 6º). Acrescentados à CLT os arts. 477-A e 477-B, que regulam as dispensas imotivadas. Tanto a individual como a plúrima e a coletiva se equiparam para todos os fins. Para efetivar qualquer delas, não há necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva (CCT) ou acordo coletivo (ACT). No caso de PDV ou PDI previsto em CCT ou ACT, a quitação é plena e irrevogável, salvo se as partes estipularam em contrário. Foi criada a possibilidade de extinção do contrato de trabalho por acordo (art. 484-A), fazendo jus o empregado aos seguintes direitos: a) metade do aviso prévio (se indenizado) e da multa do FGTS; b) demais verbas integrais; c) sacar 80% dos depósitos do FGTS. Perde direito ao seguro-desemprego.
13- Dispensa Coletiva – O Projeto insere o art. 477-A, na CLT, para autorizar a dispensa coletiva, independentemente da intervenção sindical. Causa estranheza que um Projeto, que prima pela valorização da atuação sindical, dispense a intervenção do ente coletivo, justamente no momento em que este poderá ajudar na busca de soluções para minimizar o impacto das demissões em massa na economia e na sociedade. O texto é contrário aos valores sociais do trabalho e à livre iniciativa (art. 1º. III e IV, da CF), à função social da propriedade e a busca do pleno emprego (art. 170, III, e VIII, da CF).
CLT - Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. A jurisprudência consolidada do TST entende que a negociação coletiva é pré- requisito para a dispensa coletiva. Referida negociação deixa de ser necessária
 A fragilização de normas sobre a despedida:
           
Também é grave a proposta de introdução do art. 477-A, para dispor que: “As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação”. Ou seja, para negar validade à Convenção 158 da OIT, cuja aplicação no âmbito interno já foi admitida no chamado “caso Embraer”.  
           
A proposta de introdução do Art. 477-B tem o objetivo de dispor que “Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes”. Ou seja, torna lei o que o STF decidiu, em evidente contrariedade à irrenunciabilidade que orienta os créditos trabalhistas e que está inclusive disciplinada no art. 100 da Constituição, no Recurso Extraordinário (RE) 590415, com repercussão geral reconhecida.
           
A quitação não é algo à disposição das partes. É resposta ao pagamento, tal como a própria definição do art. 477 da CLT. Deve abranger as verbas pagas e devidamente discriminadas no ajuste. No mesmo sentido dispõe o artigo 320 (A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante) do Código Civil.
           
Aliás, o próprio CPC tem disposição expressa referindo que a homologação de acordo constitui decisão final de mérito (art. 487), que deve se restringir aos limites da lide, conforme art. 503 (A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida). Um acordo que versa sobre verbas trabalhistas não pode implicar renúncia prévia e genérica a crédito alimentar, sob pena de violação do art. 100 da Constituição, do art. 1.707 do Código Civil[xii] e do art. 9o  da CLT[xiii].

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