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Viabilidade Econômica da AP

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VIABILIDADE ECONÔMICA DA AGRICULTURA DE 
PRECISÃO: O CASO DO PARANÁ 
 
 
Claudia Brito Silva1 
Antonio Carlos Moretto2 
Rossana Lott Rodrigues2 
 
 
Resumo 
A agricultura de precisão envolve um conjunto de conceitos inovadores e desafiadores, os 
quais interagem fortemente com a otimização da produtividade e menor impacto ambiental 
possível. O fio da balança para a adoção da agricultura de precisão está, naturalmente, na 
análise econômica, na questão: se a redução dos insumos, acompanhados do aumento da 
produtividade, compensa os investimentos tecnológicos e os demais custos de sua 
implantação. O aspecto econômico perturba o potencial usuário e esse tem sido o lado em que 
o sistema menos avançou. Visando verificar a viabilidade econômica do uso da técnica de 
agricultura de precisão, este estudo desenvolveu uma análise comparativa dos custos 
envolvidos nos sistemas produtivos tradicional de plantio direto e o que adota técnica de 
agricultura de precisão, também com utilização da prática de plantio direto. No sentido de 
analisar a relação custo-beneficio da agricultura de precisão, foi feita uma comparação dos 
custos de produção convencional com as da técnica de agricultura de precisão, estimando-se 
os possíveis retornos em cada sistema produtivo. A partir desta análise comparativa, baseada 
em dois levantamentos elaborados pela Área de Economia Rural da Embrapa - Soja, o estudo 
mostrou que é possível se obter uma relação custo-beneficio favorável ao usuário interessado 
em adotar a agricultura de precisão. 
 
Palavras-chave: agricultura de precisão; custo de produção; variabilidade espacial. 
 
 
 
1. Introdução 
 
O atual cenário mundial caracteriza-se pela globalização dos mercados, pela crescente 
aceleração tecnológica e pela democratização da informação e do conhecimento, obrigando o 
setor agrícola nacional a utilizar novos conceitos, métodos e técnicas, a fim de atender as 
necessidades dos consumidores finais, fornecendo produtos com qualidade superior, preços 
mais acessíveis e possibilitando maior competitividade no mercado mundial. 
Os conceitos de agricultura de precisão têm despertado, no mundo, interesse muito 
grande e são considerados por alguns autores como a “terceira onda” na agricultura, sendo a 
mecanização com tração animal, a primeira, e a com equipamentos motorizados, a segunda 
(BALASTREIRE, (2000). A “agricultura de precisão” não é um conceito novo. Muitos 
trabalhos científicos e bibliografias especializadas disponibilizam informações sobre esta 
técnica que vem sendo, cada vez mais, utilizada no Brasil. Nos países desenvolvidos, a 
expansão comercial da aplicação de conceitos como esse tem gerado muitas expectativas. Sua 
prática, no entanto, não é algo recente. Desde há tempos, os agricultores vêm dando 
 
1 Aluna do Mestrado em Economia Aplicada, UFV – Viçosa – MG, e-mail: cloubrito@hotmail.com. 
2 Professores do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina, E-mails: acmoretto@uel.br 
e rlott@uel.br. 
 2 
tratamento localizado a suas lavouras. E, conhecendo palmo a palmo cada pedaço da sua terra, 
estão praticando a agricultura de precisão, embora empírica e de baixa tecnologia (MOLIN, 
2001). A proposta da agricultura de precisão é permitir que se faça aquilo que o pequeno 
agricultor sempre fez porém, em larga escala e associando todo o conhecimento acumulado 
pelas ciências agrárias até hoje (MOLIN, 2002) 
A crescente intensificação da produção agropecuária levou a agricultura convencional 
a tratar o campo de maneira uniforme, com base em valores médios, ignorando as variações 
espaciais e temporais dos diversos fatores envolvidos no processo de produção agrícola como, 
por exemplo, o teor de nutrientes, o teor de matéria orgânica, a umidade, a variabilidade do 
solo e do clima, etc. O embasamento da agricultura de precisão está na análise dessas 
variações espaciais e temporais dos fatores de produção, especialmente do solo. A partir dessa 
análise, o agricultor define como aplicar, no local correto, no momento adequado, as 
quantidades de insumos necessários à produção agrícola. 
A agricultura de precisão permite, pelo uso de delimitação de lavouras por 
coordenadas georreferenciadas, um planejamento mais racional do manejo de nutrientes, 
pragas, umidade do solo, plantas daninhas, além de seleção de cultivares em função de sua 
adaptabilidade às diferentes condições identificadas nas áreas cultivadas. A expectativa de 
redução de custos está, principalmente, relacionada ao fato de que os insumos agrícolas 
somente serão aplicados onde de fato se faz necessário e não, indiscriminadamente, em toda a 
extensão da área cultivada como tradicionalmente é feito. 
O adequado emprego dessa tecnologia deve-se basear em análises econômicas que 
mostram seus benefícios, como o aumento da produtividade e a redução dos custos de 
produção. Paralelamente, tais informações permitem a racionalização de utilização de 
insumos agrícolas, minimizando os impactos ambientais da atividade. Balastreire (2000) 
discute a possibilidade de redução da poluição ambiental por meio da agricultura de precisão, 
já que menores quantidades de insumos são aplicadas localizadamente. De acordo com o 
autor, embora se acredite que exista um potencial dessa tecnologia para reduzir o impacto 
ambiental das atividades agrícolas, não existe, ainda, dados suficientes para ser quantificados 
os benefícios advindos do uso dessa tecnologia. 
Segundo Robert (2002), estudos recentes mostram que a adoção da agricultura de 
precisão pelos seus usuários vem aumentando e a infraestrutura dos serviços associados a ela 
vem se desenvolvendo. No entanto, o termo agricultura de precisão ainda é incipiente e 
existem muitas barreiras sócio-econômicas, tecnológicas e agronômicas para se eliminar, 
antes de expandir sua adoção e aumentar significativamente sua lucratividade. 
Há alguns anos a agricultura de precisão vem sendo adotada em países 
tecnologicamente mais desenvolvidos como os Estados Unidos, Canadá e Europa, com 
retorno econômico bastante significativo. Os Estados Unidos são os que mais utilizam a 
agricultura de precisão e há mais tempo. A adoção da técnica neste país já é uma realidade. 
No Brasil, a agricultura de precisão é considerada, ainda, em estágio experimental, 
com poucas pesquisas nesse campo. Na maioria das vezes, a iniciativa é de produtores mais 
tecnificados. Não se encontram, ainda, muitas informações disponíveis sobre os custos e os 
benefícios econômicos resultantes da adoção desse sistema de produção. As principais razões 
para tal são o fato de que a relação custo-beneficio varia de gleba a gleba e que a tecnologia 
ainda está em seu início. Contudo, as poucas análises e a percepção dos usuários apontam 
para uma relação custo-beneficio bastante favorável. Obter informações sobre a viabilidade 
econômica da agricultura de precisão é essencial para a adoção desta nova técnica pelos 
agricultores. O objetivo deste trabalho foi verificar, com base em estimativas de custos de 
produção, a viabilidade econômica do uso da técnica de agricultura de precisão na cultura de 
soja no Paraná. Constitui objetivo específico estimar os custos de produção da agricultura de 
 3 
precisão com a utilização da prática de plantio direto e compará-lo os custos envolvidos no 
sistema produtivo tradicional de plantio direto. 
 
 
2. Metodologia 
 
Utilizou-se o orçamento parcial como metodologia para o levantamento dos custos de 
produção nos sistemas produtivos tradicional de plantio direto e o que adota técnica de 
agricultura de precisão, também com utilização da prática de plantio direto. O orçamento 
parcial se refere à análise de parte dos negócios de uma dada empresa, sendo um instrumento 
por meio do qual se estima o possível retorno propiciado por uma modificaçãointroduzida no 
processo produtivo de uma empresa, neste caso, o uso da técnica de agricultura de precisão. 
Consiste no cálculo direto dos custos (tanto variáveis como fixos) e dos retornos 
quantificando-se essa diferença esperada. Na categoria dos custos fixos são enquadrados os 
elementos de despesas que são suportados pelo produtor, independente do volume de 
produção, tais como depreciação, seguros, juros, manutenção periódica das máquinas, 
arrendamentos da terra, Contribuição Especial para a Seguridade Social Rural – CESSR, etc. 
Na categoria de custos variáveis são agrupados todos os componentes que participam do 
processo à medida que a atividade produtiva se desenvolve, enquadrando-se aqui os itens de 
custeio, as despesas de pós-colheita e as despesas financeiras. O orçamento parcial é o método 
mais utilizado para o cálculo dos custos de produção. Vale a pena ressaltar que o orçamento 
parcial é a metodologia utilizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para 
o cálculo dos custos de produção. A CONAB é a empresa responsável, no âmbito do 
Ministério da Agricultura, pela formulação da política de apoio à produção agrícola, tendo 
como uma de suas tarefas o cálculo do custo de produção para as principais lavouras 
amparadas pela Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM. 
Segundo Robert (2002), estudos mais recentes sobre a lucratividade da agricultura de 
precisão, baseados no orçamento parcial, têm mostrado uma tendência positiva e lucratividade 
nas técnicas de agricultura de precisão. Estudo recente na região centro-oeste dos Estados 
Unidos, a partir de 108 casos, indicou que 63% deles tiveram lucros e retornos positivos com 
a adoção da agricultura de precisão, 26% tiveram resultados mistos e 11% resultados 
negativos. 
Cabe registrar que os preços utilizados para o cálculo do custo de produção, como por 
exemplo, os preços dos maquinários e equipamentos necessários à implantação da técnica de 
agricultura de precisão, foram obtidos das lojas de revenda, buscando-se com isso refletir, 
com o máximo de fidedignidade, os preços efetivamente pagos pelos produtores. 
A análise de viabilidade econômica do emprego de técnicas de agricultura de precisão 
realizou-se por meio do levantamento de todos os componentes de custos associados à 
agricultura de precisão. Dessa maneira, foi feita uma comparação entre este levantamento de 
custo de produção que adota técnica de agricultura de precisão e o levantamento de custo de 
produção tradicional de plantio direto. Posteriormente, estimou-se o possível retorno em 
ambos os sistemas produtivos. 
Dessa forma, o estudo possibilitou comparar os custos envolvidos nos sistemas 
produtivos tradicional de plantio direto e o que adota a técnica de agricultura de precisão, 
possibilitando determinar o quanto vai custar a adoção da agricultura de precisão que se 
pretende implantar e quais os retornos esperados que advirão da implementação dessa nova 
técnica, permitindo oferecer subsídios aos usuários da agricultura de precisão. 
 
3. Resultados e Discussão 
 
 4 
A presente análise foi realizada com base na comparação de dois levantamentos de 
custo de produção elaborados pela Área de Economia Rural da Embrapa Soja de Londrina. O 
primeiro é um levantamento de custo de produção de plantio direto, no Estado do Paraná, 
estimando-se o custo de produção da safra de soja para o ano de 2003/2004. O segundo foi 
obtido associando os componentes de custo da agricultura de precisão no primeiro 
levantamento tradicional. Como conseqüência, alteraram-se os valores dos custos fixos, 
custos variáveis, receitas bruta e líquida, etc. Além de considerar um investimento necessário 
para a implementação da agricultura de precisão, levou-se em conta, também, depreciação, 
seguros, juros, conservação e reparos, combustíveis e lubrificantes. 
Os custos estão atualizados e os retornos foram estimados para a safra de soja do ano 
de 2003/2004. Dentre os custos de investimentos, ou seja, necessários à adoção da agricultura 
de precisão, foram levados em conta os investimentos principais, tais como softwares, 
palmtop, acessórios, maquinários e implementos para aplicação variável de insumos. 
É importante ressaltar que o valor da saca obtido para efeito de receita bruta foi 
considerado como de R$ 38,00/saca, estimado para a época de colheita da safra 2003/2004, 
pela Área de Economia Rural da Embrapa Soja. Não significa que esse preço será praticado 
em março/abril de 2004. A estimativa do preço da saca de soja, baseou-se no contexto 
econômico que se apresenta para 2004, no mercado futuro (Bolsa de Chicago), na demanda 
do produto e em dados históricos de anos anteriores. 
Os custos de produção do sistema produtivo tradicional (de plantio direto) e do que 
adota técnica de agricultura de precisão estão elencados na Tabela 1. A referida tabela mostra 
o que o custo de produção, no sistema tradicional de plantio direto, por saca de 60 kg, com 
arrendamento da terra foi de 33,49 reais e sem arrendamento foi de 26,17 reais. No item 
serviços e operações da Tabela 1 comparativa de agricultura tradicional e agricultura de 
precisão, o valor do arrendamento da terra foi considerado o mesmo para os dois sistemas 
produtivos. 
A Tabela 1 mostra os custos fixos, os custos variáveis e os custos totais para os dois 
sistemas de produção. Na categoria dos custos variáveis, os seguintes componentes de custos 
são considerados: 
- Insumos. 
O item insumo engloba as despesas de aquisição de sementes, fertilizantes, defensivos 
agrícolas, entre outros. 
- Serviços e operações. 
Nas operações agrícolas, tais como preparo do solo (subsolagem, calagem e grade 
niveladora), plantio (semeadeira/adubadeira), tratos culturais (aplicação de defensivos 
agrícolas) e colheita, os custos variáveis são representados pelas despesas das máquinas com 
combustível e conservação. Essas despesas estão englobadas no valor do custo variável para 
cada operação agrícola. Pela Tabela 1 verifica-se que para executar o plantio, tanto na 
agricultura tradicional como na agricultura de precisão, o custo variável é de R$ 21,12, ou 
seja, é a soma do gasto com conservação (R$ 9,48) e combustível (R$ 16,92), multiplicado 
pelo coeficiente técnico de produção (0,8h/ha). 
A despesa com mão-de-obra foi considerada, também, custo variável. O valor da 
diária considerado foi de 32 reais no sistema produtivo de agricultura de precisão. Esse valor 
foi obtido através de levantamento de preços de mercado pela Área de Economia Rural da 
Embrapa de Londrina. Como mostra a Tabela 1, o custo variável da mão-de-obra foi de 11,20 
reais por hectare, ou seja, a multiplicação do coeficiente técnico (0,35 h/ha) pelo valor da 
diária (R$ 32,00). 
Na categoria de custos variáveis se enquadram outros itens, tais como assistência 
técnica, administração, transporte externo, os gastos efetuados para recepção, limpeza, 
 5 
secagem e embalagem enquanto na categoria dos custos fixos foram considerados os 
seguintes componentes de custos: 
- Serviços e operações. 
 
 
 
 
Tabela 1 – Componentes de custos da soja por ha entre os sistemas tradicional e o de 
agricultura de precisão, plantio direto, Paraná, safra 2003/2004. 
(continua) 
Agricultura de precisão 
(56 sc/ha) 
Agricultura tradicional 
(50 sc/ha) Componentes de custo 
CF 
(1) 
CV 
(2) 
CT 
(3) 
CF 
(4) 
CV 
(5) 
CT 
(6) 
% 
(6/3)-1 
1. INSUMOS 
Calcário –dolomítico 10,73 - 10,73 16,39 - 16,39 52,78 
Fungicida plantio - 4,43 4,43 - 4,43 4,43 0,00 
Micronutriente – COMO (cobalto/molibdênio) - 11,21 11,21 - 11,21 11,21 0,00 
Semente - 79,95 79,95 - 86,10 86,10 7,69 
Herbicida dessecação – Glyphosate - 24,56 24,56 - 30,70 30,70 25,00 
Herbicida dessecação – 2.4. D. - 0,00 0,00 - 0,00 0,00 - 
Óleo mineral - 4,11 4,11 - 4,25 4,25 3,25 
Herbicida FL (folha larga)– Chlorimuron – ethyl - 51,84 51,84 - 57,60 57,60 11,11 
Herbicida FL (folha larga) – Imazethapyr - 69,70 69,70 - 82,00 82,00 17,65 
Herbicida FE (folha estreita) - Clethodim - 68,04 68,04 - 76,54 76,54 
Óleo - 4,11 4,11 - 5,14 5,14 25,00 
Fertilizante – 00-20-20 - 160,51 160,51 - 192,61 192,61 20,00 
Aplicação de KCl em cobertura - 35,64 35,64 - 0,00 0,00 - 
Inseticida Lagarta - 3,99 3,99 - 5,55 5,55 38,89 
Inseticida Percevejo - 33,29 33,29 - 44,38 44,38 33,33 
Inseticida Lagarta - 0,00 0,00 - 0,00 0,00 - 
Fungicida DFC (doença de fim de ciclo) - 22,17 22,17 - 27,71 27,71 25,00 
Fungicida ferrugem - 107,63 107,63 - 107,63 107,63 0,00 
SUBTOTAL 1 - INSUMOS 10,73 681,17 691,90 16,39 735,84 752,23 8,72 
2. SEVIÇOES/OPERAÇÕES 
2.1 Preparo do solo 
Subsolagem (trienal) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 
Calagem 6,06 10,56 16,62 6,06 10,56 16,62 0,00 
Grade niveladora (2x; trienal) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 
2.2 Plantio 
Semeadora/Adubadora 22,75 21,12 43,87 22,75 21,12 43,87 0,00 
2.3 Tratos culturais 
Aplicação herbicidas – dessecações 15,91 18,82 34,72 7,77 7,92 15,69 -54,82 
Aplicação herbicidas – pós-emergente (2x) 31,82 37,63 69,45 15,54 15,84 31,38 -54,82 
Aplicação inseticidas (3x) 47,72 56,45 104,17 23,31 15,84 39,15 -62,42 
Aplicação fungicidas (2x) 31,82 37,63 69,45 15,54 23,76 39,30 -43,42 
2.4 Colheita 
Colheita mecânica 39,81 46,06 85,88 - 114,00 114,00 32,75 
Transporte interno 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 
2.5 Mão-de-obra 
Mão-de-obra - 11,20 11,20 - 3,36 3,36 -70,00 
SUBTOTAL 2 – SERVIÇOS/OPERAÇÕES 195,88 239,49 435,36 90,97 212,40 303,36 -30,32 
3. JUROS 98,64 - 98,64 92,36 - 92,36 -6,36 
4. PROAGRO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 - 
5. ASSITÊNCIA TÉCNICA - 22,55 22,55 - 21,11 21,11 -6,36 
6. TERRA-ARRENDAMENTO 366,00 - 366,00 366,00 - 366,00 0,00 
7. ADMINISTRAÇÃO - 22,55 22,55 - 21,11 21,11 -6,36 
 6 
SUBTOTAL 3 464,64 45,09 509,73 458,36 42,22 500,59 -1,79 
 
 
 
 
Tabela 1 – Componentes de custos da soja por ha entre os sistemas tradicional e o de 
agricultura de precisão, plantio direto, Paraná, safra 2003/2004. 
Agricultura de precisão 
(56 sc/ha) 
Agricultura tradicional 
(50 sc/ha) Componentes de custo 
CF 
(1) 
CV 
(2) 
CT 
(3) 
CF 
(4) 
CV 
(5) 
CT 
(6) 
% 
(6/3)-1 
Custo de produção – R$ (sem arrendamento) 0,00 0,00 1.270,99 0,00 0,00 1.190,18 -18,74 
Custo de produção – R$ (com arrendamento) 1.636,99 1.556,18 -14,99 
8. OUTROS 
8.1 Transporte externo - 42,18 42,18 - 42,18 42,18 0,00 
8.2 CESSR1 42,56 - 42,56 38,00 - 38,00 -10,71 
8.3 RECEP/SECAG/LIMP - 42,56 42,56 - 38,00 38,00 -10,71 
SUBTOTAL 4 42,56 84,74 127,30 38,00 80,18 118,18 -7,16 
INVESTIMENTOS 
Software de campo (Field Rover II) 0,43 0,60 1,03 
Palmtop + acessórios (cabo conexão) 0,62 0,86 1,48 
Software de manipulação de dados 2,86 3,98 6,84 
Aplicação variável de insumos 23,86 33,17 57,02 
TOTAL INVESTIMENTO 66,37 
Total geral dos custos (com arrendamento) 780,18 1.050,48 1.830,66 603,72 1.070,64 1.674,36 -8,54 
Total geral dos custos (sem arrendamento) 414,18 1.050,48 1.464,66 237,72 1.070,64 1.308,36 -10,67 
Custo por saca de 60 kg (com arrendamento) 32,69 33,49 2,44 
Custo por saca de 60 kg (sem arrendamento) 26,15 26,17 0,05 
Receita Bruta 2.128,00 1.900,00 -10,71 
Receita Líquida/ha (com arrendamento) 297,34 225,64 -24,11 
Receita Líquida/ha (sem arrendamento) 663,34 591,64 -10,81 
Custo Fixo/Variável (com arrendamento) 74,27% 56,39% 
Custo Fixo/Variável (sem arrendamento) 39,43% 22,20% 
Ponto de nivelamento da produtividade 56,00 51,89 -7,34 
Fonte: EMBRAPA (2003). 
1 (Contribuição Especial para a Seguridade Social Rural) 
 
Nas operações agrícolas de preparo do solo, plantio, tratos culturais e colheita, os 
custos fixos são aqueles relacionados à depreciação, juros e seguros das máquinas e 
implementos utilizados para executar a função para a qual foi projetada. A depreciação refere-
se à desvalorização da máquina ou implemento em função do tempo, seja ela utilizada ou não. 
O método adotado para o cálculo da depreciação foi o método linear. Esse método é o mais 
simples de ser utilizado, resultando em uma depreciação anual constante da máquina, durante 
sua vida útil. 
Assim, para executar a aplicação de fungicida no sistema produtivo de agricultura de 
precisão, como mostra a Tabela 1, é debitado um custo fixo de R$31,82. Obtém-se esse 
resultado somando depreciação, seguros e juros (R$53,03), e multiplicando essa soma pelo 
coeficiente técnico de produção (0,6h/ha). Para executar essa operação agrícola, utilizou-se 
um pulverizador. 
 7 
Os valores da depreciação, seguros e juros calculados para os maquinários e 
implementos necessários para implantar a técnica de agricultura de precisão e para executar as 
operações agrícolas, tanto no sistema tradicional como no de precisão, foram calculados com 
base nos indicadores fornecidos pela EMBRAPA (2003). 
A variação percentual dos insumos, serviços/operações e investimentos quando 
positivo significa que a agricultura de precisão obtém resultados favoráveis em relação à 
agricultura tradicional. Em termos de receita, quando o percentual se apresenta negativo, 
significa, também, condição favorável à agricultura de precisão, pois se está dividindo a 
coluna agricultura tradicional pela referente à agricultura de precisão. Assim, a receita líquida 
por hectare, considerando o arrendamento, é 24,11% maior na agricultura de precisão quando 
comparada à agricultura tradicional. 
Como era de se esperar, observando a Tabela 1, nota-se que os custos totais dos 
insumos despendidos com a agricultura de precisão são mais baixos quando comparados à 
agricultura tradicional. Isso porque, com a possibilidade de realizar aplicações localizadas, há 
diminuição na quantidade dos insumos, com conseqüente queda nos custos. Evidentemente, a 
redução dos custos dos insumos está, principalmente, relacionada ao fato de que os insumos 
agrícolas somente serão aplicados onde de fato se faz necessário e não, indiscriminadamente, 
em toda a extensão da área cultivada como tradicionalmente é feito. É importante salientar, 
que a aplicação localizada de insumos gera benefícios, uma vez que a dosagem de insumos 
permite maximizar a produção sem que potenciais excedentes de fertilizantes e defensivos 
comprometam a qualidade, especialmente da água. Assim, obtêm-se benefícios com a 
aplicação localizada de insumos, havendo aumento do rendimento, redução dos custos e 
menor impacto ambiental. 
Um aspecto interessante a destacar é o fato histórico da área do Paraná apresentar altas 
concentrações de calcário. Na verdade, grandes quantidades de calcário no solo são 
prejudiciais às plantas, uma vez que o excesso do magnésio proveniente da aplicação 
exagerada do calcário dolomítico altera a relação Ca/Mg, que, quando muito baixa, causa 
desequilíbrios nutricionais. Dessa forma, com o emprego da agricultura de precisão é possível 
a distribuição localizada de insumos, o que permite que a quantidade de calcário utilizada seja 
menor do que no caso da agricultura tradicional. Resumindo, o uso de insumos foi reduzido 
com a técnica de agricultura de precisão, quando comparado à agricultura tradicional. 
Por outro lado, em relação a itens como serviços/operações, mão-de-obra, juros, 
assistência técnica, administração e outros, a agricultura de precisão é mais onerosa em 
relação à agricultura tradicional. Nesse caso, pelas variações percentuais apresentadas na 
Tabela 1, os números são negativos, ou seja, a agricultura de precisão apresenta maior custo 
para esses itens. Dessa maneira, os custos com todos esses itens, anteriormente citados, foram 
somados aos investimentos necessários à adoção da técnica de precisão, tais como, softwares, 
palmtop, acessórios, maquináriose implementos para aplicação variável de insumos. O valor 
total dos investimentos foi de 66,37 reais por hectare. Percebe-se, portanto, que o total geral 
dos custos para a agricultura de precisão foi maior do que o custo total geral para a agricultura 
tradicional. 
Mas, o mais importante a ser destacado é o custo unitário, ou seja, o custo por saca 
produzida. A Tabela 1 mostra que estes custos por saca de 60 kg (com arrendamento e sem 
arrendamento) para a agricultura de precisão são inferiores aos custos por saca para a 
agricultura tradicional. Isto pode ser observado através das porcentagens positivas para os 
custos unitários da agricultura de precisão. Em poucas palavras, pode-se dizer que, apesar do 
total geral dos custos da agricultura de precisão ser maior, o custo por saca é menor, devido à 
maior produtividade. A produtividade esperada da agricultura de precisão aponta para um 
aumento de até 12% com a utilização dessa tecnologia e relação ao sistema convencional 
conforme dados fornecidos pela Insolo Soluções Agrícolas - Agricultura de Precisão. 
 8 
Para obter a receita bruta de cada sistema de produção multiplicou-se a produtividade 
estimada em cada sistema (56 e 50 sc/ha) pelo preço da saca de soja estimado em R$ 38,00 
para a safra de soja de 2003/2004. Esse preço estimado, baseou-se no contexto econômico que 
se apresentava para 2004, no mercado futuro (Bolsa de Chicago), na demanda do produto e 
em dados históricos de anos anteriores. 
A Tabela 1 comparativa, que visa a determinação da análise custo-beneficio da 
agricultura de precisão, mostra o ponto de nivelamento da produtividade. Este ponto significa 
que a agricultura de precisão deve ter uma produtividade acima de 7,34% maior que a 
agricultura tradicional para que o investimento compense. Do contrário, de acordo com os 
dados apresentados, a receita líquida será a mesma. Assim, acima do ponto de nivelamento da 
produtividade, ou seja, acima de 7,34% o uso da agricultura de precisão é favorável no 
sistema apresentado. 
Cabe ressaltar, ainda, que a mensuração da relação custo-benefício da agricultura de 
precisão é muito complexa e intuitiva. Grande parte do produto desse investimento todo se 
chama “informação”. Estabelecer valor à informação é algo nada mecânico. Justifica-se, 
então, o objetivo deste trabalho que consiste em fornecer subsídios aos produtores 
interessados em adotar a tecnologia, mostrando que é possível se obter uma relação favorável 
com o uso de técnicas de agricultura de precisão. Como mostra a tabela comparativa, as 
receitas totais são suficientes para, pelo menos, cobrir os custos totais de produção, ou seja, os 
custos fixos mais os custos variáveis. 
É importante lembrar que, neste trabalho, foram considerados os principais 
investimentos necessários para implantar a técnica de precisão. No entanto, altos 
investimentos podem ser feitos e muitos outros equipamentos podem ser adquiridos para o 
uso da técnica de agricultura de precisão. Nem sempre com altos investimentos se consegue 
aumentos de produtividade com a adoção da agricultura de precisão. Caso sejam considerados 
altos investimentos e outros equipamentos para implantar a tecnologia, além dos estabelecidos 
nessa pesquisa, esta técnica pode inicialmente não dar lucro. No entanto, dará no longo prazo, 
pois a área cultivada com a tecnologia será cada vez mais homogeneizada e otimizada. 
Finalmente, vale a pena assinalar, ainda, que em função da dificuldade da obtenção 
dos dados de aluguel de serviços terceirizados, não foi considerado, nesse trabalho, o custo 
com a terceirização, ou seja, todo o serviço da agricultura de precisão sendo alugado, o que 
eliminaria, assim, os custos de investimentos. 
 
4. Considerações Finais 
 
Os conceitos de agricultura de precisão e aplicação localizada de insumos são as 
ferramentas mais modernas disponíveis para a racionalização dos processos de produção 
agrícola e que, num futuro não muito distante, farão parte do cotidiano das atividades 
agrícolas brasileiras. 
Os custos envolvidos e o know-how necessário são obstáculos para a utilização dessa 
tecnologia diretamente pelos agricultores. Devido ao elevado custo, sua utilização parece mais 
adequada aos prestadores de serviço na aplicação localizada de insumos. Independente disto, 
a tendência do mercado é de uma rápida evolução tecnológica e redução gradual de custos, o 
que irá garantir a viabilidade técnica e econômica da utilização destas tecnologias num curto 
espaço de tempo. 
O aspecto econômico perturba o potencial usuário e esse tem sido o lado em que o 
sistema menos avançou. Evidentemente, para se medir o benefício de uma nova tecnologia é 
necessário executá-la por completo. Essa tem sido a dificuldade maior, pois o cumprimento 
do ciclo completo na agricultura de precisão requer tempo. 
 9 
Dentre os pontos levantados pelos técnicos e agricultores quando se pretende 
implementar as técnicas de agricultura de precisão, normalmente se questiona sobre qual a 
expectativa de aumento da renda líquida se espera obter com a adoção desta tecnologia. Uma 
vez que toda intervenção no processo produtivo implica em alterações nos custos e nos 
benefícios, torna-se fundamental avaliar a magnitude destas mudanças, visando subsidiar o 
processo de decisão. 
Este trabalho mostrou, a partir de uma análise comparativa baseada em dois 
levantamentos elaborados pela Área de Economia Rural da Embrapa Soja, que é possível se 
obter uma relação custo-beneficio favorável ao usuário interessado em adotar a agricultura de 
precisão. Com base nos dados apresentados, os resultados analisados sugerem aumento da 
renda líquida com o uso da agricultura de precisão. No entanto, questionamentos com relação 
ao aspecto econômico da nova tecnologia continuarão, tendo em vista a insipiência das 
informações disponíveis e a complexidade do assunto. A cada caso deve seguir-se uma nova 
análise, de acordo com as particularidades que lhe são inerentes. Não se pode, assim, 
pretender apresentar dados aplicáveis genericamente. 
Há, ainda, muito que fazer em termos de pesquisa nacional na área econômica para 
expansão da prática da agricultura de precisão no país. É fundamental, portanto, que estudos 
de casos sejam realizados em propriedades agrícolas que já vem adotando a tecnologia e 
executando o seu ciclo completo há mais tempo. Neste sentido, é possível analisar a relação 
custo/beneficio, comparando-se áreas cultivadas com agricultura de precisão e com o sistema 
tradicional, obtendo-se resultados mais confiáveis, porém sem grandes generalizações. 
 
5. Bibliografia 
 
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