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cor e luz modulo 5

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Introdução às cores
Nos últimos anos, as tecnologias em várias fases do processo de impressão evoluíram, eliminando as manipulações tradicionais que consumiam tempo e mão-de-obra específica para cada etapa do processo. O fotógrafo utilizava laboratórios para obterem os originais, dependendo de fatores como temperatura, tempo de revelação, película utilizada, gastando material e em processo lento. Além disso, no começo desta evolução digital, os equipamentos eram caros, complexos e difíceis de operar. Exigiam que comprassem todos os dispositivos necessários ao fluxo de trabalho como scanners, impressoras, fotocompositoras, softwares e hardwares, de um único fabricante, gerando o que chamamos de sistema fechado. A escolha ficava difícil já que uma impressora de determinado fabricante poderia apresentar melhores características que um outro que, por sua vez, possuía um hardware em melhores condições.
Hoje, há muitos fabricantes no mercado possibilitando a livre escolha, sistemas abertos em vários periféricos de diferentes marcas à disposição com total interface entre eles. Não há mais a necessidade de especialistas específicos, já que, por exemplo, pode-se obter fotografias com máquinas fotográficas digitais que, ao invés de produzir uma película, envia a imagem em meio digital diretamente ao computador em interface amigável. Ou ainda mesmo, utilizar imagens já prontas em CD-ROM ou DVD.
Scanners “Flatbed” de alta qualidade, scanners cilíndricos, scanners de tambor, máquinas fotográficas digitais e sistemas de vídeo permitem capturar e manipular imaginar imagens com precisão e flexibilidade de controle, usando para retocar e modificar imagens o software Adobe Photoshop®. Resultados finais são produzidos em tempo curto, sem perdas de qualidade, muitas vezes, por um único indivíduo, que faz a captura da imagem, tratamento e correções, montagem e saída em filme, chapa ou direto na impressão.
O processo tradicional de impressão offset com uso de filmes também evoluiu. O aparecimento da tecnologia “film less” ou ainda a impressão digital, permitiu a manipulação de arquivos, obtendo diretamente do computador um impresso de alta qualidade, facilitando a impressão por demanda, sem a necessidade de filmes ou chapas, e acerto de máquina que consumia horas do impressor. Por enquanto, essa tecnologia torna-se econômica quando a tiragem está em torno de 5.000 unidades. Em futuro próximo, esta tecnologia terá mais vantagem que o sistema tradicional, permitindo maiores tiragens e em qualidade superior.
Com toda essa tecnologia, com o aparecimento de vários dispositivos de diferentes fabricantes, o que antes era assegurado quanto à fidelidade de cores quando trabalhavam-se com periféricos da mesma marca, agora deve ser gerenciado pelo usuário. Cada tipo de equipamento tem seu próprio espaço de cor, seu próprio alcance de cores, sua própria definição. Como uma imagem passa por várias fases até a impressão final cada dispositivo ao longo do trabalho introduz mudanças sutis em sua cor. Até mesmo monitores produzidos pelo mesmo fabricante, podem mostrar a mesma cor de maneiras diferentes.Também, existem efeitos de impressão criados com vernizes e tintas metálicas que não podem ser representados na editoração ou DTP (Desktop Publishing).
Contudo, já não temos aquela garantia de consistência de cor. É necessário então o gerenciamento de cores. Sem o gerenciamento de cores, não há nenhum controle das cores desde a entrada da imagem até a sua impressão final, já que muitas vezes um, único operador participa de todo esse processo. O gerenciamento de cores é um assunto complexo, que vai desde conhecer a fabricação da tinta e papéis, de conhecer sistemas de impressão, conhecer os diversos equipamentos e suas limitações, assim como o modo como trabalham as cores.
Teoria das Cores
As cores podem ser obtidas de duas maneiras diferentes: pela combinação de tintas e pela combinação de luzes. Quando pintamos sobre um suporte qualquer ou quando imprimimos, obtemos diferentes cores graças à mistura das tintas.
Num monitor de vídeo as cores da imagem são, reproduzidas pela adição das luzes coloridas. Se olharmos a tela com um conta-fios veremos que a imagem colorida é formada por séries de elementos luminosos verdes, vermelhos e azuis-violeta.
Porém, a visualização das cores e sua interpretação pertence à uma área complexa da ciência e está longe de ser totalmente compreendida. Como as pessoas não têm a mesma sensação para um determinado estímulo, existem deficiências na avaliação das cores. Fatores físicos e psicológicos interferem, como por exemplo cansaço, nervosismo e gripe, ficando difícil analisar da mesma maneira determinada cor. O que se pode afirmar é que as pessoas têm sensações semelhantes quando ondas eletromagnéticas entre aproximadamente 300 e 700 nm incidem no olho.
Em 1807,Young formulou a teoria de que existiam receptores na retina do olho humano, conectadas ao cortex visual do cérebro por uma série de redes neurais. Estes receptores denominados cones, são sensíveis a radiações de comprimento de onda definido: Vermelho (600 – 700 nm), Verde ( 500 – 600 nm), a Azul (400 – 500 nm).
Segundo essa teoria, a visualização de uma cor se cor se dá em resposta ao mecanismo dos nossos olhos que são atingidos por luzes coloridas de diferentes intensidades. No monitor essas luzes são geradas diretamente. Na imagem impressa elas resultam da reflexão da luz branca pelas tintas. A mistura de todas essas luzes resulta na luz branca. Essas três cores de luzes são consideradas primárias porque misturando-as podem-se obter todas as outras cores.
Pela teoria deYoung, o amarelo é a mistura das luzes vermelha e verde. Entretanto, não é possível perceber evidências delas na composição do amarelo. Ficou então definido que o amarelo juntamente com as três luzes evidentes (vermelho, verde e azul) formam as cores primárias psicológicas e têm tom unitário. Baseado nisso, em 1878, Hering desenvolveu uma teoria que dividia-se em três partes de cores: branco-preto, amarelo-azul, e vermelho-verde, explicando a existência das cores primárias psicológicas e os problemas na deficiência de visão das cores.
Em 1930, Muller definiu que as duas teorias somadas completavam o estudo da percepção das cores.
 
Cor e Luz
A luz é produzida quando elétrons passam de um nível de energia mais alto para um nível de energia mais baixo, sendo a diferença entre os dois emitida. Quando esta energia irradiada (também chamada fótons) tiver comprimento de onda entre 400 e 700nm, região chamada de espectro visível, o olho humano detecta-a. O espectro magnético também inclui comprimento de ondas curtas e longas como micro-ondas, ondas de rádios, radar.Televisão, raios gammas, radiações ultra-violetas e infra-vermelhas. A sensação de cor existe quando ondas eletromagnéticas de 400 a 700 nm incidem nos olhos. Portanto, a cor é obtida quando objetos coloridos refletem e/ou absorvem parte da luz que, por sua vez, atingem os olhos e o cérebro de um observador humano. Estes elementos interagem entre si para produzir a sensação de cor. A cor vista depende de quanto de luz vermelha, verde e azul atingem os olhos.
Os nossos olhos são bastante sensíveis para perceber milhares de cores diferentes no espectro visível – inclusive várias cores que não podem ser exibidas em um monitor e nem impressas. O efeito visual pode ser completamente diferente dependendo das condições do objeto, fonte de luz, condições de visualização e do observador. A qualidade da luz que atinge os olhos do observador determina a cor eu o objeto parece ter. Portanto, qualquer mudança na cor da luz de iluminação também provocará alterações na cor da luz refletida pelo objeto e, assim, mudará a cor percebida pelo observador. Isso explica porque condições padronizadas de observação, com luz de cor e intensidade padrão, são tão importantes para garantir a consistência durante a avaliação da cor em diferentes locais, durante a avaliação das folhas impressas na gráfica em diferentes intervalos de tempo,durante a comparação dos originais com as provas ou, ainda, comparando-se as prova “OK” às folhas impressas na gráfica.
 
Fatores que influenciam na visualização das cores
       Condições físicas e psicológicas do observador;
       Condições de iluminação (luz incandescente, fluorescente);
       Metamerismo: é a propriedade do olho e do cérebro perceber a mesma sensação de cor de dois objetos com diferentes distribuições de energia espectral. O olho tem três receptores sensíveis às cores e os dois objetos refletem a mesma quantidade de energia. Existem três fatores a considerar: metamerismo do observador, metamerismo do iluminante e metamerismo do objeto, sendo este último o mais importante;
       Adaptação cromática (constância): o olho pode aumentar ou diminuir sua sensibilidade para se adaptar às condições do ambiente como mudanças bruscas de luminosidade. É necessário um tempo para a adaptação. Um objeto amarelo parecerá vermelho se o olho estiver adaptado à luz verde;
       Contraste simultâneo (adjacência): a análise das cores de um objeto não são estímulos isolados. Dependem da iluminação e das cores que circundam este objeto;
       Memória de Cor (familiaridade): entre um tratamento de uma foto azul e outra vermelha, por exemplo, é necessário um tempo de descanso.
       Temperatura de cor: A cor da luz é medida em Kelvin (K). Uma fonte de luz com temperatura de 5000K e distribuição semelhante à luz natural é conhecida como iluminante D50 e é recomendada na análise e tratamento das cores.
Cores RGB, CMYK e Pantone
A descrição das cores para obter no impresso ou vídeo um resultado desejado é determinada numericamente. Na tecnologia de vídeo (monitor/TV) usa-se o padrão RGB também conhecido por síntese aditiva ou adição de luzes monocromáticas. Os valores para cada canal (vermelho, verde e azul violeta) variam de 0 a 255. O vermelho, por exemplo, é dado nos valores de 190 RED, 1 GREEN e 8 BLUE.
Na impressão, o padrão de cores usados para as tintas são Cyan, Magenta, Amarelo e Preto, conhecido por síntese subtrativa (CMYK), variando de 0 a 100%. A partir das três cores (CMY), é possível produzir uma vasta gama de cores. Cada subtrativa primária absorve da síntese aditiva vermelho, verde ou azul da luz branca para produzir uma outra cor. O valor para produzir o vermelho apresentado acima no RGB, ficaria 0C, 100M, 100Y e 0K.
Outra forma de descrever uma determinada cor é através das cores especiais. Ao invés de misturar as tintas na impressão, essas cores são pré-determinadas na própria composição das tintas. A escala de cores especiais mais conhecida é a Pantone®. São também chamadas de cores “spots” e têm a vantagem de permitir uma maior gama de cores do que as cores de escala (CMYK) e são mais fáceis padronizar cores de identidade usadas em marcas como Cola-Cola, McDonald’s, Maizena.Também são usadas em cores fora da gama, geralmente cores saturadas e tons pastéis, cores douradas e metálicas ou em substituição de cores CMYK por cores especiais economizando tintas, fotolitos e chapas.
Cada tipo de projeto gráfico tem a sua exigência e aplicação específica das cores.
Segmento Editorial 
    As cores utilizadas nesse segmento geralmente são de processo (CMYK) devido ao custo, aplicação dos impressos e características dos equipamentos de impressão, que possuem apenas 4 torres de impressão. Vale ressaltar que no segmento editorial três aplicações podem diferenciar as cores: capa, miolo e encartes. Numa revista Veja, por exemplo, A capa é trabalhada em um papel diferenciado do miolo, mais encorpado e brilhante. Quando necessário, pode ser aplicada cor especial para a capa, o que geralmente acontece em edições especiais. Quanto ao miolo, tanto para manchetes como para anúncios, as cores utilizadas são cyan, magenta, amarelo e preto responsáveis por todas as variações tonais. Caso o cliente anunciante queira utilizar cores especiais para anúncios, fica inviável para a produção no miolo mas, por custos maiores (aproximadamente 30% a mais), tem-se a opção de utilizar encartes nas revistas incluindo cores especiais.
    Para livros, capas e miolos também são trabalhados separadamente, podendo ser utilizadas 1 ou mais cores, que normalmente, são de processo.
Segmento Embalagem 
    Podemos dividir o segmento de embalagens em flexíveis, semi-rígidas e rígidas. As cores utilizadas na maioria das vezes são cores especiais pois indicam marcas, produtos e devem ser padronizadas. Para as imagens, as cores são formadas por CMYK e para outros elementos, cores especiais, variando entre 5 a 12 cores.
Segmento Promocional 
    Para este segmento não existem regras na utilização das cores podendo variar entre 1 e 8 cores. Deve ser levado em consideração para o promocional qual é o objetivo da campanha ou da peça gráfica. Podemos entender como promocional malas-diretas, outdoors, cartazes, posters, banners, revistas institucionais etc.
 
    A aula em formato PDF trata da teoria das cores assim como o seu uso na produção gráfica e na psicodinâmica na criação. Bons estudos.

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