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Direito Ambiental 3

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Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 127 
Questões: 
35 ± Cespe ± Tipo de Licenças (LP ± LI ± LO); 
36 ± FGV ± Licenciamento Ambiental + Acesso à Informação; 
37 ± FGV - Tipo de Licenças (LP ± LI ± LO); 
38 ± FGV ± Licenciamento Ambiental: Poder de Polícia Ambiental; 
39 ± FGV - Tipo de Licenças (LP ± LI ± LO) + Competências; 
40 ± FGV ± EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) x EIA/RIMA; 
41 ± FGV - EIA/RIMA; 
42 ± FGV - EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança); 
43 ± FGV ± Licenciamento Ambiental + Princípios; 
44 ± FGV - Licenciamento Ambiental + Princípios + Audiência 
Pública; 
47 ± FGV ± Licenciamento Ambiental (Conceito); 
48 ± FGV ± Licenciamento Ambiental (EIA/RIMA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 127 
Introdução 
 
 O fundamento da exigência do licenciamento ambiental reside na 
possibilidade, constitucionalmente outorgada, de o Poder Público impor 
condições/restrições ao exercício do direito de propriedade e do direito ao 
livre empreendimento, a fim de que a função socioambiental da 
propriedade seja observada. 
O licenciamento ambiental reflete os princípios da supremacia do 
interesse público na proteção do meio ambiente em relação aos interesses 
privados, já que cuida de proteger o direito fundamental ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, disposto no art. 225, caput, da Constituição 
Federal de 1988. 
Dada a indisponibilidade desse direito, cabe ao Poder Público ± em 
defesa do meio ambiente ± intervir nas atividades que impactam o meio 
ambiente, condicionando o seu exercício a determinadas obrigações que 
busquem atingir um padrão de desenvolvimento reputado sustentável. 
O licenciamento tem a finalidade de controlar atividades 
potencialmente poluentes, procurando imprimir-lhes um padrão de atuação 
sustentável, de modo a prevenir, minimizar e/ou mitigar danos ambientais. 
Nesse sentido, o licenciamento operacionaliza os princípios da 
precaução, da prevenção e do poluidor-pagador, além de outros, como a 
exigência de publicidade. Cabe também o princípio da participação por meio 
de audiências públicas, convocadas de acordo com regulamentação do 
Conama. 
Uma aplicação do princípio da prevenção e da precaução seria o 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Quando da realização de um EIA, 
poderá haver a necessidade de aplicação de um ou de outro princípio, que 
determinará a concessão ou não da licença ambiental. 
Assim, se o risco é conhecido, certo, concreto, a análise pode indicar 
medidas preventivas no intuito de mitigar os impactos ou até mesmo a não 
aprovação da obra ou do empreendimento proposto. 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 127 
 Por outro lado, se identificados apenas riscos potenciais, incertos, 
abstratos, em que não haja certeza científica quanto a sua extensão ou 
grau, a atividade poderá não ser aprovada por conta da aplicação do 
princípio da precaução, haja vista que devemos adotar a opção mais 
favorável à manutenção do equilíbrio ambiental (in dubio pro natura) e 
da saúde (in dubio pro salute). 
 Importante destacar que, embora o licenciamento ambiental seja 
aplicação de vários princípios, é bastante comum a cobrança em provas 
como sendo aplicação do princípio da prevenção. 
 O Licenciamento e a Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) 
são instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (art. 9º, IV, 
da Lei nº 6.938/1981). A Constituição Federal de 1988, em seu art. 
225, § 1º, IV, exige estudo prévio de impacto ambiental para 
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente. 
A localização, construção, instalação, ampliação, modificação 
e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de 
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, 
de causar degradação ambiental, dependerão de prévio 
licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras 
licenças legalmente exigíveis. 
 
EIA/RIMA (ATENÇÃO!!! Tema muito cobrado em prova!) 
 
A licença ambiental para empreendimentos e atividades 
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa 
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto 
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente 
(EIA/RIMA), ao qual será dado publicidade, garantida a realização de 
audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. Há, 
inclusive, uma Resolução do Conama específica para disciplinar a aplicação 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 127 
do princípio da publicidade no licenciamento ambiental, que é a Resolução 
Conama nº 06/1986. 
(ATENÇÃO!!! Tema muito cobrado em prova! Precisa ser 
memorizado!) 
Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) 
e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA) o licenciamento 
de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: 
I ± Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 
II ± Ferrovias; 
III ± Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; 
IV ± Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do 
Decreto-Lei nº 32, de 18 de setembro de 1966; 
V ± Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e 
emissários de esgotos sanitários; 
VI ± Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; 
VII ± Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais 
como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de 
saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, 
GUHQDJHP�H�LUULJDomR��UHWLILFDomR�GH�FXUVRV�G¶iJXD, abertura 
de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; 
VIII ± Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); 
IX ± Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no 
Código de Mineração; 
X ± Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos 
tóxicos ou perigosos; 
XI ± Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte 
de energia primária, acima de 10MW; 
XII ± Complexo e unidades industriais e agro-industriais 
(petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, 
hulha, extração e cultivo de recursos hidróbios); 
XIII ± Distritos industriais e zonas estritamente industriais ± 
ZEI; 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
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XIV ± Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas 
acima de 100 (CEM) hectares ou menores, quando atingir áreas 
significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de 
vista ambiental; 
XV ± Projetos urbanísticos, acima de 100 (CEM) hectares ou 
em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a 
critério da SEMA e dos órgãos estaduais ou municipais; 
XVI ± Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou 
produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por 
dia; 
XVII ± Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 
1.000 (MIL) hectares ou menores, neste caso,quando se tratar 
de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do 
ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental. 
XVIII ± Empreendimentos potencialmente lesivos ao 
patrimônio espeleológico nacional. 
 
 Essas são algumas atividades que devem ser licenciadas e para as 
quais é exigido o EIA/RIMA. É um rol aberto, exemplificativo. Notem que o 
FDSXW� GR� DUWLJR� GL]� ³WDLV� FRPR´�� RX� VHMa, são exemplos. Não é um rol 
taxativo ou exaustivo, pois o órgão ambiental pode exigir EIA/RIMA de 
qualquer atividade que cause ou possa vir a causar significativo impacto 
ambiental. 
O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou 
empreendimento não é potencialmente causador de significativa 
degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes 
ao respectivo processo de licenciamento. 
 
Veja como caiu em prova! 
 
(CESPE/UnB ± Juiz Federal ± TRF 2ª Região ± 2013) 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
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A resolução do CONAMA que regulamenta a realização de EIA 
enumera exaustivamente as atividades obrigatoriamente sujeitas a 
esse tipo de estudo. 
Errado. O rol não é taxativo ou exaustivo. A Resolução do Conama 
apresenta um rol aberto ou exemplificativo de atividades sujeitas ao 
EIA/RIMA. 
 
 Muita atenção, pois licenciamento ambiental e Estudo de Impacto 
Ambiental e seu Relatório (EIA/RIMA) não são sinônimos! 
 O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo 
(exercício do poder de polícia) pelo qual o órgão ambiental competente 
licencia um empreendimento considerado efetiva ou potencialmente 
poluidor ou que possa causar degradação ambiental. 
 Para realizar o licenciamento, são exigidos estudos 
ambientais. Um desses estudos pode ser o EIA/RIMA, pois existem 
outros estudos. 
 O detalhe é que o EIA/RIMA é exigido nos casos de efetivo ou 
potencial SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. Logo, tenham muita 
atenção, pois não é um estudo exigido para qualquer atividade ou 
empreendimento. 
 
Veja como foi cobrado em prova! 
 
(CESPE/UnB ± Juiz Federal ± TRF 3ª Região ± 2013) 
O estudo prévio de impacto ambiental e o respectivo relatório de 
impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA) é necessariamente 
exigido em todas as atividades que causem impacto ao meio 
ambiente. 
Errado. O EIA/RIMA é exigido para atividades ou empreendimentos com 
potencial de causar SIGNIFICATIVA degradação ambiental. O item está 
errado ao afirmar que será necessariamente exigido em todas as atividades 
impactantes. 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
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Veja como foi cobrado! 
 
(FGV ± XXII EXAME DE ORDEM ± 2017) 
A sociedade empresária Asfalto Joia S/A, vencedora de licitação 
realizada pela União, irá construir uma rodovia com quatro pistas 
de rolamento, ligando cinco estados da Federação. Sobre o 
licenciamento ambiental e o estudo de impacto ambiental dessa 
obra, assinale a afirmativa correta. 
A) Em caso de instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, é exigível 
a realização de Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA), sem o 
qual não é possível se licenciar nesta hipótese. 
B) O licenciamento ambiental dessa obra é facultativo, podendo ser 
realizado com outros estudos ambientais diferentes do Estudo 
prévio de Impacto Ambiental (EIA), visto que ela se realiza em mais 
de uma unidade da Federação. 
C) O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), gerado no âmbito do 
Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA), deve ser apresentado 
com rigor científico e linguagem técnica, a fim de permitir, quando 
da sua divulgação, a informação adequada para o público externo. 
D) Qualquer atividade ou obra, para ser instalada, dependerá da 
realização de Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA), ainda que 
não seja potencialmente causadora de significativa degradação 
ambiental. 
 
De acordo com o artigo 225, §1º, VI, da CF/88, incumbe ao Poder Público 
exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio 
de impacto ambiental, a que se dará publicidade. 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
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Apenas com essa informação era possível gabaritar a questão! Como eu 
sempre falo, estudem o artigo 225, da CF/88!!! É para tatuar no cérebro!!! 
É o coração do Direito Ambiental! 
Lembrando que o EIA é extremamente complexo! Já o RIMA reflete as 
conclusões em uma linguagem acessível. 
Letra A. 
 
O órgão ambiental definirá os estudos ambientais pertinentes ao 
respectivo processo de licenciamento, caso o empreendimento não seja 
potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente. 
Assim, estudos mais simples podem ser exigidos. 
Cabe destacar que a análise técnica dos estudos ambientais é 
atividade própria do Poder Executivo, é exercício do poder de polícia! 
Tanto União quanto estados, DF e municípios possuem competência para 
licenciar, de acordo com as disposições da Lei Complementar nº 140/2011. 
Cabe lembrar que é competência comum da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição 
em qualquer de suas formas. 
 
Jurisprudência 
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. MANDADO DE 
SEGURANÇA. CONSTRUÇÃO DE PISCICULTURA PARA CRIAÇÃO DE ROBALO 
EM CATIVEIRO. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL E ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL. NECESSIDADE. 
COMPETÊNCIA GERENCIAL-EXECUTIVA, COMUM E CONCORRENTE DA 
UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS. FISCALIZAÇÃO CONJUNTA DOS 
AGENTES DO PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL DAS ENTIDADES FEDERADAS 
COMPETENTES. PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA DO IBAMA. 
LEGITIMIDADE. I ± Na ótica vigilante da Suprema Corte, ³a incolumidade 
do meio ambiente não pode ser comprometida por interesses empresariais 
nem ficar dependente de motivações de índole meramente econômica, 
ainda mais se se tiver presente que a atividade econômica, considerada a 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
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disciplina constitucional que a rege, está subordinada, dentre outros 
princípios gerais, àquele que privilegia a µdefesa do meio ambiente¶�(CF, 
art. 170, VI), que traduz conceito amplo e abrangente das noções de meio 
ambiente natural, de meio ambiente cultural, de meio ambiente artificial 
(espaço urbano) e de meio ambiente laboral (...) O princípio do 
desenvolvimento sustentável, além de impregnado de caráter 
eminentemente constitucional, encontra suporte legitimador em 
compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro e representa 
fator de obtenção do justo equilíbrio entre as exigências da economia e as 
da ecologia, subordinada, no entanto, a invocação desse postulado, quando 
ocorrente situação de conflito entre valores constitucionais relevantes, a 
uma condição inafastável, cuja observância não comprometa nem esvazie 
o conteúdo essencial de um dos mais significativos direitos fundamentais: 
o direito à preservação do meio ambiente, que traduz bem de uso comum 
da generalidade das pessoas, a ser resguardadoem favor das presentes e 
futuras gerações´ (ADI-MC nº 3540/DF ± Rel. Min. Celso de Mello ± DJU de 
03/02/2006). Nesta visão de uma sociedade sustentável e global, baseada 
no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça 
econômica e numa cultura de paz, com responsabilidades pela grande 
comunidade da vida, numa perspectiva intergeneracional, promulgou-se a 
Carta Ambiental da França (02.03.2005), estabelecendo que ³o futuro e a 
própria existência da humanidade são indissociáveis de seu meio natural e, 
por isso, o meio ambiente é considerado um patrimônio comum dos seres 
humanos, devendo sua preservação ser buscada, sob o mesmo título que 
os demais interesses fundamentais da nação, pois a diversidade biológica, 
o desenvolvimento da pessoa humana e o progresso das sociedades estão 
sendo afetados por certas modalidades de produção e consumo e pela 
exploração excessiva dos recursos naturais, a se exigir das autoridades 
públicas a aplicação do princípio da precaução nos limites de suas 
atribuições, em busca de um desenvolvimento durável. II ± A tutela 
constitucional, que impõe ao Poder Público e a toda coletividade o dever de 
defender e preservar, para as presentes e futuras gerações, o meio 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
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ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, 
como direito difuso e fundamental, feito bem de uso comum do povo (CF, 
art. 225, caput), já instrumentaliza, em seus comandos normativos, o 
princípio da precaução (quando houver dúvida sobre o potencial deletério 
de uma determinada ação sobre o ambiente, toma-se a decisão mais 
conservadora, evitando-se a ação) e a consequente prevenção (pois uma 
vez que se possa prever que uma certa atividade possa ser danosa, ela 
deve ser evitada), exigindo-se, assim, na forma da lei, para instalação de 
obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do 
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade (CF, art. 225, § 1º, IV). III ± Na hipótese dos autos, versando 
a controvérsia em torno de suposta ilegalidade de licença ambiental, 
expedida, tão-somente, pelo órgão ambiental municipal, deve o IBAMA 
adotar as medidas cabíveis, na condição de responsável pela ação 
fiscalizadora decorrente de lei, a fim de coibir abusos e danos ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, por eventuais beneficiários de 
licenças emitidas sem a sua participação, na condição de órgão executor 
da política nacional do meio ambiente, pois é da competência gerencial-
executiva e comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios proteger as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, as paisagens naturais notáveis, os sítios arqueológicos e o meio 
ambiente e, ainda, preservar as florestas, a fauna e a flora (CF, art. 23, 
incisos III, VI e VII). IV ± Em sendo assim, no caso em exame, afigura-se 
insuficiente o licenciamento concedido pela municipalidade, sem o 
acompanhamento fiscal do IBAMA e a elaboração do respectivo EIA/RIMA, 
para fins de licenciar a atividade a ser realizada em Zona Costeira, de 
acordo com o que estabelece o art. 6º, § 2º, da Lei nº 7.661/1988, bem 
assim, conforme dispõe a Constituição Federal, quando determina a 
proteção especial à Mata Atlântica e à Zona Costeira (CF, art. 225, § 4º), 
caracterizando-se, portanto, a legitimidade da multa aplicada e o embargo 
da referida atividade, na espécie dos autos. V ± Apelação desprovida. 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
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127 
mesmo porte em outras localidades. Sobre o licenciamento 
ambiental dessa iniciativa, assinale a afirmativa correta. 
A) Como a sociedade empresária já possui outras unidades 
industriais do mesmo porte e da mesma natureza, não será 
necessário outro licenciamento ambiental para a nova atividade 
utilizadora de recursos ambientais, se efetiva ou potencialmente 
poluidora. 
B) Para uma nova atividade industrial utilizadora de recursos 
ambientais, se efetiva ou potencialmente poluidora, é necessária a 
obtenção da licença ambiental, por meio do procedimento 
administrativo denominado licenciamento ambiental. 
C) Se a sociedade empresária já possui outras unidades industriais 
do mesmo porte, poderá ser exigido outro licenciamento ambiental 
para a nova atividade utilizadora de recursos ambientais, se efetiva 
ou potencialmente poluidora, mas será dispensada a realização de 
qualquer estudo ambiental, inclusive o de impacto ambiental, no 
processo de licenciamento. 
D) A sociedade empresária só necessitará do alvará da prefeitura 
municipal autorizando seu funcionamento, sendo incabível a 
exigência de licenciamento ambiental para atividades de 
metalurgia. 
 
Questão bastante simples! 
Bastava conhecer o conceito de Licenciamento Ambiental, previsto na LC 
140/11 ou na Resolução CONAMA 237/97. Evidente que há a necessidade 
de fazer o licenciamento, uma vez que se trata de nova unidade 
industrial. Além disso, a questão enfatiza que é empreendimento de grande 
porte. 
De acordo com o art. 1º, I, da Resolução CONAMA 237/97, temos: 
Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o 
órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e 
a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
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127 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, 
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas 
aplicáveis ao caso. 
O artigo Art. 2º, I, da LC 140/11 traz um conceito semelhante: 
Licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado 
a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos 
ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob 
qualquer forma, de causar degradação ambiental. 
Gabarito: Letra B. 
 
Os empreendimentos e as atividades serão licenciados em um único 
nível de competência e todas as despesas e custos referentes à 
realização do estudo de impacto ambiental correrão por conta do 
proponente do projeto (empreendedor). 
 Assim, os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão 
ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas 
do empreendedor. Atenção aqui! Os estudos são pagos pelo 
empreendedor! É muito comum questões afirmando que o órgão 
ambiental assume os custos, o que deve ser julgado como errado! 
 O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos 
serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às 
sanções administrativas, civis e penais (TRÍPLICE 
RESPONSABILIZAÇÃO). 
 As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou 
sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do 
empreendimento ou atividade. 
 O Conama definirá, quando necessário, licenças ambientais 
específicas, observadas a natureza, as características e peculiaridades da 
atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de 
licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação do 
empreendimento ou atividade. Olhem aí mais uma competência do 
Direito Ambiental para o Exame deOrdem 
Prof. Rosenval Júnior ± Aula 03 
 
 
Prof. Rosenval Júnior www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 
127 
Conama! Memorizem mais essa! Cai direito dizendo que é competência do 
Ibama... o que está errado, claro! 
 No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, 
obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o 
local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com 
a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a 
autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da 
água, emitidas pelos órgãos competentes. 
 
Diretrizes gerais 
 
O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em 
especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do 
Meio Ambiente, obedecerá às seguintes DIRETRIZES GERAIS: 
I ± Contemplar TODAS as alternativas tecnológicas e de 
localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não 
execução do projeto; 
II ± Identificar e avaliar sistematicamente os impactos 
ambientais gerados nas fases de implantação e operação da 
atividade; 
III ± Definir os limites da área geográfica a ser direta ou 
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de 
influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia 
hidrográfica na qual se localiza; 
IV ± Considerar os planos e programas governamentais, 
propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua 
compatibilidade. 
 
Atividades técnicas 
 
O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as 
seguintes ATIVIDADES TÉCNICAS: 
Direito Ambiental para o Exame de Ordem 
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127 
I ± Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, 
completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas 
interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação 
ambiental da área, antes da implantação do projeto, 
considerando: 
a) o meio físico ± o subsolo, as águas, o ar e o clima, 
destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e 
aptidões do solo, os corpoV� G¶iJXD�� R� UHJLPH�KLGUROyJLFR�� DV�
correntes marinhas, as correntes atmosféricas; 
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais ± a fauna 
e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade 
ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas 
de extinção e as áreas de preservação permanente; 
c) o meio socioeconômico ± o uso e ocupação do solo, os 
usos da água e a socioeconomia, destacando os sítios e 
monumentos arqueológicos, históricos e culturais da 
comunidade, as relações de dependência entre a sociedade 
local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura 
desses recursos. 
II ± Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas 
alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e 
interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, 
discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e 
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, 
temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas 
propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e 
benefícios sociais. 
III ± Definição das medidas mitigadoras dos impactos 
negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de 
tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas. 
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127 
IV ± Elaboração do programa de acompanhamento e 
monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os 
fatores e parâmetros a serem considerados. 
 
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente ± RIMA 
 
 O relatório de impacto ambiental (RIMA) refletirá as 
conclusões do estudo de impacto ambiental (EIA) e deve ser 
apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. 
As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, 
ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de 
comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e 
desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de 
sua implementação. 
O RIMA é o instrumento que apresenta em uma linguagem mais 
acessível, de maneira mais compreensível para leigos, as informações 
técnicas do EIA. Lembrem-se de que o EIA é um estudo extremamente 
técnico elaborado por uma equipe multidisciplinar, assim temos 
engenheiros, biólogos, advogados, antropólogos, geólogos, geógrafos, 
enfim, diversos profissionais que farão as suas análises técnicas no seu 
campo de atuação e apresentarão os seus estudos, laudos e pareceres 
sobre o local, acerca dos possíveis impactos. 
Notem que no EIA é utilizado um jargão técnico, muito específico e 
que não é de fácil entendimento para pessoas que não são da área. Por 
LVVR�� R�5,0$� WHP�TXH� VHU� HODERUDGR� HP�XPD� OLQJXDJHP�GLJDPRV� ³PDLV�
GLGiWLFD´�SDUD�TXH�D�SRSXODomR�LQWHUHVVDGD�H�DIHWDGD�SHOD�SURSRVWD�WHQKD�
entendimento suficiente sobre os impactos negativos e positivos da 
atividade ou empreendimento. 
 
O relatório de impacto ambiental ± RIMA conterá, no mínimo: 
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127 
I ± Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e 
compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas 
governamentais; 
II ± A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e 
locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de 
construção e operação a área de influência, as matérias-primas, e 
mão de obra, as fontes de energia, os processos e técnicas 
operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos e perdas de 
energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados; 
III ± A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos 
ambiental da área de influência do projeto; 
IV ± A descrição dos prováveis impactos ambientais da 
implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas 
alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e 
indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua 
identificação, quantificação e interpretação; 
V ± A caracterização da qualidade ambiental futura da área de 
influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto 
e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização; 
VI ± A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras 
previstas em relação aos impactos negativos, mencionando 
aqueles que não puderem ser evitados, e o grau de alteração 
esperado; 
VII ± O programa de acompanhamento e monitoramento dos 
impactos; 
VIII ± Recomendação quanto à alternativa mais favorável 
(conclusões e comentários de ordem geral). 
 
 Respeitado o sigilo industrial, assim solicitado e demonstrado pelo 
interessado, o RIMA será acessível ao público. 
 
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127 
Etapas do Licenciamento Ambiental Federal (Competência do 
Ibama) 
 
De acordo com a Instrução Normativa Ibama nº 184/2008, 
alterada pela Instrução Normativa Ibama nº 14/2011, que estabelece, 
no âmbito do Ibama, os procedimentos para o licenciamento ambiental 
federal, os procedimentos para o licenciamento ambiental deverão 
obedeceras seguintes etapas: 
 
9 instauração do processo; 
9 licenciamento prévio; 
9 licenciamento de instalação; e 
9 licenciamento de operação. 
 
A instauração do processo de licenciamento ambiental federal obedecerá 
as seguintes etapas: 
9 inscrição do empreendedor no Cadastro Técnico Federal ± CTF do 
Ibama (http://www.ibama.gov.br/cogeq) na categoria Gerenciador 
de Projetos; 
9 acesso ao Serviços on line ± Serviços ± Licenciamento Ambiental pelo 
empreendedor, utilizando seu número de CNPJ e sua senha emitida 
pelo CTF e a verificação automática pelo sistema da vigência do 
Certificado de Regularidade; 
9 preenchimento pelo empreendedor do Formulário de Solicitação de 
Abertura de Processo ± FAP e seu envio eletrônico ao Ibama pelo 
sistema; 
9 geração de mapa de localização utilizando as coordenadas 
geográficas informadas no FAP, como ferramenta de auxílio a tomada 
de decisão; 
9 verificação da competência federal para o licenciamento; 
9 abertura de processo de licenciamento; 
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127 
Instaurado o processo, o empreendedor deverá providenciar o envio 
SHOR�³6HUYLoR�on line ± Serviços ± Licenciamento Ambiental de proposta de 
Termo de Referência ± 75�SDUD�HODERUDomR�GR�(VWXGR�$PELHQWDO´��FRP�EDVH�
no Termo de Referência Padrão da tipologia específica do empreendimento, 
disponibilizado no site do Ibama/Licenciamento. 
O Ibama providenciará agendamento para a apresentação do 
empreendimento pelo empreendedor, convidando os órgãos 
intervenientes quando necessário. Neste momento serão discutidos 
preliminarmente o teor do TR e a necessidade de realização de vistoria ao 
local pretendido para o empreendimento. 
O EIA e o RIMA deverão ser elaborados pelo empreendedor em 
conformidade com os critérios, as metodologias, as normas e os padrões 
estabelecidos pelo TR definitivo aprovado pela Diretoria de Licenciamento 
Ambiental ± DILIC. O RIMA deverá ser elaborado em linguagem acessível 
ao entendimento da população interessada. 
Aos órgãos envolvidos no licenciamento (órgãos intervenientes) 
será solicitado posicionamento sobre o estudo ambiental no que segue: 
x órgãos estaduais de meio ambiente envolvidos ± avaliar o 
projeto, seus impactos e medidas de controle e mitigadoras, em 
consonância com plano, programas e leis estaduais; 
x unidade de conservação ± identificar e informar se existem 
restrições para implantação e operação do empreendimento, de 
acordo com o instrumento de criação, do plano de manejo ou 
zoneamento; 
x FUNAI e Fundação Palmares ± identificar e informar possíveis 
impactos sobre comunidades indígenas e quilombolas e se as 
medidas propostas para mitigar os impactos são eficientes; 
x IPHAN ± informar se na área pretendida já existem sítios 
arqueológicos identificados e se as propostas apresentadas para 
resgate são adequadas. 
O RIMA ficará disponível no site do Ibama na internet e nos locais 
indicados na publicação. 
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Para a realização de Audiência Pública, o Ibama providenciará a 
publicação de Edital de Convocação, informando data, horário e local. 
As atas das audiências públicas deverão ser disponibilizadas no site 
do Ibama/Licenciamento. 
A DILIC emitirá Parecer Técnico Conclusivo sobre a viabilidade 
ambiental do empreendimento, e o encaminhará à Presidência do Ibama 
para subsidiar o deferimento ou não do pedido de licença. 
O parecer técnico conclusivo deverá ser disponibilizado no site do 
Ibama/Licenciamento. 
Para a emissão da Licença Prévia, o empreendedor deverá apresentar 
ao Ibama a Certidão Municipal, a qual declara que o local de instalação do 
empreendimento está em conformidade com a legislação aplicável ao uso 
e ocupação do solo ou documento similar. 
 
II ± Licença de Instalação (LI) ± autoriza a instalação do 
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes 
dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de 
controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem 
motivo determinante. 
A concessão da Licença de Instalação ± LI é subsidiada pelo Projeto 
Básico Ambiental ± PBA e a emissão de autorização de supressão de 
vegetação, por Projeto ou Plano de Recuperação de Áreas Degradadas ± 
PRAD e Inventário Florestal. 
O PBA e o Inventário Florestal deverão ser elaborados em 
conformidade com os impactos identificados no EIA e com os critérios, 
metodologias, normas e padrões estabelecidos pelo Ibama e fixados nas 
condicionantes da LP. 
Quando couber, deverá ser apresentada pelo empreendedor, no 
momento do envio do PBA, a outorga de utilização de recursos hídricos. 
 
III ± Licença de Operação (LO) ± autoriza a operação da 
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento 
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do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle 
ambiental e condicionantes determinados para a operação. 
Para subsidiar a concessão da Licença de Operação ± LO, o 
empreendedor deverá elaborar os seguintes documentos técnicos: 
I ± Relatório Final de Implantação dos Programas Ambientais; 
II ± Relatório Final das Atividades de Supressão de Vegetação, 
quando couber; e 
III ± No caso de licenciamento de Usinas Hidrelétricas e Pequenas 
Centrais Hidrelétricas, o Plano de Uso do Entorno do reservatório 
(PACUERA). 
O requerimento de LO deverá ser gerado pelo empreendedor 
utilizando o Serviço on line ± Serviços ± Licenciamento Ambiental Federal 
após o envio dos relatórios. 
 
Etapas 
 
Assim, de forma resumida, o procedimento de licenciamento 
ambiental obedecerá às seguintes ETAPAS: 
I ± Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação 
do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos 
ambientais, necessários ao início do processo de 
licenciamento correspondente à licença a ser requerida; 
II ± Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, 
acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais 
pertinentes, dando-se a devida publicidade; 
III ± Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do 
Sisnama, dos documentos, projetos e estudos ambientais 
apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando 
necessárias; 
IV ± Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo 
órgão ambiental competente integrante do Sisnama, uma única 
vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos 
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127 
ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a 
reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e 
complementações não tenham sido satisfatórios; 
V ± Audiência pública, quando couber, de acordo com a 
regulamentação pertinente; 
VI ± Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo 
órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, 
quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os 
esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios; 
VII ± Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, 
parecer jurídico; 
VIII ± Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, 
dando-sea devida publicidade. 
 
O órgão ambiental competente definirá, se necessário, 
procedimentos específicos para as licenças ambientais, observadas a 
natureza, as características e peculiaridades da atividade ou 
empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento 
com as etapas de planejamento, implantação e operação. 
Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as 
atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental. 
Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental 
para pequenos empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para 
aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados, 
previamente, pelo órgão governamental competente, desde que definida a 
responsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou atividades. 
Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os 
procedimentos de licenciamento ambiental das atividades e 
empreendimentos que implementem planos e programas voluntários de 
gestão ambiental, visando à melhoria contínua e ao aprimoramento do 
desempenho ambiental. 
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O custo de análise para a obtenção da licença ambiental deverá ser 
estabelecido por dispositivo legal, visando ao ressarcimento, pelo 
empreendedor, das despesas realizadas pelo órgão ambiental competente. 
Logo, o órgão ambiental não faz essa análise de graça! 
Será facultado ao empreendedor acesso à planilha de custos 
realizados pelo órgão ambiental para a análise da licença. 
O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise 
diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das 
peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a 
formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo 
máximo de seis meses a contar do ato de protocolar o requerimento até 
seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver 
EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 
meses. 
A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos 
estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos 
pelo empreendedor. 
Os prazos estipulados poderão ser alterados, desde que justificados 
e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente. 
O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e 
complementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro 
do prazo máximo de quatro meses, a contar do recebimento da respectiva 
notificação. O prazo estipulado poderá ser prorrogado, desde que 
justificado e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental 
competente. 
O não cumprimento dos prazos estipulados para o órgão ambiental 
competente analisar as licenças ambientais e o prazo para o empreendedor 
atender à solicitação de esclarecimentos e complementações, 
respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha 
competência para atuar supletivamente e ao arquivamento do pedido de 
licença do empreendedor. 
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A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os 
prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos 
máximos estabelecidos. 
O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade 
específicos para a Licença de Operação (LO) de empreendimentos ou 
atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a 
encerramento ou modificação em prazos inferiores. 
Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou 
empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão 
motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação 
do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de 
vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos. 
O § 4º do art. 18 da Resolução Conama nº 237/1997 dispõe que a 
renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou 
empreendimento deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 
dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva 
licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação 
definitiva do órgão ambiental competente. 
Já o § 4º do art. 14 da LC 140/2011 prevê que a renovação de 
licenças ambientais deve ser requerida com antecedência 
mínima de 120 dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na 
respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a 
manifestação definitiva do órgão ambiental competente. 
 
Modificação, suspensão ou cancelamento de licença 
 
O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá 
modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, 
suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer: 
 
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o mesmo projeto e respectivo RIMA. 
 A audiência pública será dirigida pelo representante do órgão 
licenciador que, após a exposição objetiva do projeto e o seu respectivo 
RIMA, abrirá as discussões com os interessados presentes. 
 Ao final de cada audiência pública será lavrada uma ata sucinta. 
Serão anexados à ata todos os documentos escritos e assinados que forem 
entregues ao presidente dos trabalhos durante a seção. A ata da audiência 
pública e seus anexos servirão de base, juntamente com o RIMA, para a 
análise e parecer final do licenciador quanto à aprovação ou não do projeto. 
 
Órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental (órgãos 
intervenientes) 
 
No âmbito do licenciamento ambiental federal, são os órgãos públicos 
federais (Fundação Nacional do Índio ± Funai, Fundação Cultural Palmares 
± FCP, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ± Iphan e 
Ministério da Saúde) incumbidos da elaboração de parecer sobre temas de 
sua competência, em processo visando à emissão de licença ambiental, no 
âmbito do procedimento de licenciamento ambiental. 
De acordo com a Portaria Interministerial nº 60/2015, que 
revogou a Portaria Interministerial nº 419, de 26 de outubro de 
2011, os órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental 
deverão apresentar ao Ibama manifestação conclusiva sobre o estudo 
ambiental exigido para o licenciamento, nos prazos de até noventa dias, no 
caso de EIA/RIMA, e de até trinta dias, nos demais casos, contado da data 
de recebimento da solicitação, considerando: 
I ± no caso da Funai, a avaliação dos impactos provocados pela atividade 
ou pelo empreendimento em terras indígenas e a apreciação da adequação 
das propostas de medidas de controle e de mitigação decorrentes desses 
impactos; 
II ± no caso da Fundação Cultural Palmares-FCP, a avaliação dos 
impactos provocados pela atividade ou pelo empreendimento em terra 
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quilombola e a apreciação da adequação das propostas de medidas de 
controle e de mitigação decorrentes desses impactos; 
III ± no caso do Iphan, a avaliação dos impactos provocados pela atividade 
ou pelo empreendimento nos bens culturais acautelados de que trata esta 
Portaria e a apreciação daadequação das propostas de medidas de controle 
e de mitigação decorrentes desses impactos; e 
IV ± no caso do Ministério da Saúde, a avaliação e a recomendação 
acerca dos impactos sobre os fatores de risco para a ocorrência de casos 
de malária, na hipótese de a atividade ou o empreendimento localizar-se 
em áreas de risco ou endêmicas para malária. 
O Ministério da Saúde publicará anualmente, em seu sítio eletrônico 
oficial, os municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para 
malária. 
O Ibama consultará o Ministério da Saúde sobre os estudos 
epidemiológicos e os programas destinados ao controle da malária e seus 
vetores propostos e a serem conduzidos pelo empreendedor. 
 
Atores envolvidos no processo de EIA são: 
x Órgão Ambiental Licenciador; 
x Ministério Público; 
x Empreendedor: é o interessado, do Poder Público ou privado; 
x Equipe Interdisciplinar: são os consultores da empresa; 
x Organizações Não Governamentais (ONGs): Grupos sociais 
organizados; 
x População Afetada: direta ou indiretamente; 
x Instituições Governamentais: outros órgãos do governo (Funai, 
Iphan...); 
x Consultores Autônomos: Especialistas que podem ser contratados 
para auxiliarem na análise técnica do EIA e do RIMA. 
 
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Compensação Ambiental (Lei nº 9.985/2000; Instrução Normativa 
Ibama nº 08/2011) -> Cai bastante, pois tem um julgado do STF 
sobre o tema! 
 
 Compensação ambiental é um instrumento previsto no art. 36 da 
Lei nº 9.985/2000, que obriga o empreendedor a apoiar a implantação 
e manutenção de unidade de conservação, nos casos de 
licenciamento ambiental de empreendimentos que causem 
significativo impacto ambiental, com fundamento no EIA/RIMA. 
 Segundo o caput do art. 36, as unidades de conservação beneficiadas 
são as pertencentes ao grupo de proteção integral; entretanto, no 
parágrafo 3º do mesmo artigo, temos que no caso de o empreendimento 
afetar uma unidade específica (mesmo que não seja de Proteção Integral) 
ou sua zona de amortecimento, a unidade afetada deverá ser uma das 
beneficiárias, ou seja, se uma unidade de conservação sustentável for 
afetada pela atividade, também deverá ser beneficiada com a 
compensação. Além disso, o licenciamento só será concedido mediante 
autorização do órgão responsável pela administração da UC atingida. 
 A lei estabeleceu, em seu texto original, que o montante de recursos 
a ser destinado para as unidades de conservação pelo empreendedor não 
poderia ser inferior a 0,5% dos custos totais de implementação do 
empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental 
licenciador de acordo com o grau de impacto causado pelo 
empreendimento. 
 O art. 36, § 1º, da Lei nº 9.985/2000 ainda traz essa redação. E é 
aqui que mora o perigo! Pois o Supremo Tribunal Federal declarou a 
inconstitucionalidade da expressão ³não pode ser inferior a meio 
por cento dos custos totais previstos para a implantação do 
empreendimento´ (STF. ADI 3.378-DF, Relator Min. Carlos Britto. 
Julgamento: 09-04-2008. DJ 20-06-2008). 
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 Hoje não temos mais um piso! O órgão ambiental fixará o 
montante de acordo com o grau de impacto causado, com 
fundamento no EIA/RIMA. 
 Observe que a decisão do STF declarou inconstitucional 
apenas o piso de 0,5%. A compensação ambiental é constitucional 
e continua em vigor. 
Assim, para os fins de fixação da compensação ambiental, o Ibama 
estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto 
ambiental e respectivo relatório ± EIA/RIMA, ocasião em que considerará, 
exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente. 
ATENÇÃO! É o Ibama que faz o cálculo da compensação ambiental! 
 Apenas para complementar o assunto, vale dizer que, de acordo com 
o art. 36, § 2º, da Lei nº 9.985/2000, as unidades de conservação a 
serem beneficiadas são definidas pelo órgão ambiental licenciador, 
considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o 
empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas 
unidades de conservação. Além disso, o Decreto nº 4.340/2002 acrescenta 
que fixado em caráter final o valor da compensação, o Ibama definirá sua 
destinação, ouvindo o Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade ± Instituto Chico Mendes. 
A aplicação dos recursos da compensação ambiental nas 
unidades de conservação, existentes ou a serem criadas, deve obedecer à 
seguinte ordem de prioridade: 
I ± regularização fundiária e demarcação das terras; 
II ± elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo; 
III ± aquisição de bens e serviços necessários à implantação, 
gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua 
área de amortecimento; 
IV ± desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova 
unidade de conservação; e 
V ± desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da 
unidade de conservação e área de amortecimento. 
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Jurisprudência 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E 
3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE 
DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS 
DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. INCONSTITUCIONALIDADE 
PARCIAL DO § 1º DO ART. 36. 
1. O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da 
Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver 
sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as 
unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação 
ao princípio da separação dos Poderes, por não se tratar de delegação 
do Poder Legislativo para o Executivo impor deveres aos administrados. 
2. Compete ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação, 
de acordo com a compostura do impacto ambiental a ser 
dimensionado no relatório ± EIA/RIMA. 
3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o PRINCÍPIO USUÁRIO-
PAGADOR, este a significar um mecanismo de assunção partilhada da 
responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade 
econômica. 
4. Inexistente desrespeito ao postulado da razoabilidade. 
Compensação ambiental que se revela como instrumento adequado à 
defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras 
gerações, não havendo outro meio eficaz para atingir essa finalidade 
constitucional. Medida amplamente compensada pelos benefícios que 
sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente garantido em sua 
higidez. 
5. Inconstitucionalidade da expressão ³não pode ser inferior a meio 
por cento dos custos totais previstos para a implantação do 
empreendimento´, no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da 
compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao 
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impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a 
ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os 
custos do empreendimento. 
6. Ação parcialmente procedente. 
(STF: ADI 3378 DF, Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento:08/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-112 Divulg. 19-06-
2008 Public. 20-06-2008) 
 
 Por fim, cabe dizer que o novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) 
dispôs em seu art. 41, § 6º, que os proprietários localizados nas zonas de 
amortecimento de Unidades de Conservação de Proteção Integral são 
elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação prevista no 
art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de 
recuperação e manutenção de áreas prioritárias para a gestão da unidade. 
De acordo com a Resolução do Conama nº 428/2010, o licenciamento 
de empreendimentos de significativo impacto ambiental que possam afetar 
Unidade de Conservação (UC) específica ou sua Zona de Amortecimento 
(ZA), assim considerados pelo órgão ambiental licenciador, com 
fundamento em Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental (EIA/RIMA), só poderá ser concedido após autorização 
do órgão responsável pela administração da UC ou, no caso das Reservas 
Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), pelo órgão responsável pela sua 
criação. 
Ainda conforme disposição da Resolução do Conama nº 428/2010, 
caso o empreendimento de significativo impacto ambiental afete duas ou 
mais UCs de domínios distintos, caberá ao órgão licenciador consolidar as 
manifestações dos órgãos responsáveis pela administração das respectivas 
UCs. 
A Instrução Normativa nº 8/2011, com as alterações promovidas pela 
IN nº 11/2013, regulamenta, no âmbito do Ibama, o procedimento da 
Compensação Ambiental, conforme disposto nos Decretos nº 4.340/2002, 
com as alterações introduzidas pelo Decreto nº 6.848/2009. Constará do 
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Termo de Referência ± TR a exigência de apresentação, por ocasião do 
EIA/RIMA, do Plano de Compensação Ambiental, do qual deverão constar, 
no mínimo: 
I ± informações necessárias para o cálculo do Grau de Impacto, de acordo 
com as especificações constantes do Decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 
2002; e 
II ± indicação da proposta de Unidades de Conservação a serem 
beneficiadas com os recursos da Compensação Ambiental, podendo incluir 
proposta de criação de novas Unidades de Conservação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento 
ambiental, de acordo com o Anexo I da Resolução Conama nº 
237/1997 
 Obs.: Trata-se de uma relação aberta, portanto não taxativa. 
 
Extração e tratamento de minerais 
- pesquisa mineral com guia de utilização 
- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento 
- lavra subterrânea com ou sem beneficiamento 
- lavra garimpeira 
- perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural 
 
Indústria de produtos minerais não metálicos 
- beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração 
- fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos, tais como: 
produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre 
outros. 
 
Indústria metalúrgica 
- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos 
- produção de fundidos de ferro e aço/forjados/arames/relaminados com 
ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia 
- metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, 
inclusive ouro 
- produção de laminados/ligas/artefatos de metais não-ferrosos com ou 
sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia 
- relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas 
- produção de soldas e anodos 
- metalurgia de metais preciosos 
- metalurgia do pó, inclusive peças moldadas 
- fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, 
inclusive galvanoplastia 
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- fabricação de artefatos de ferro/aço e de metais não-ferrosos com ou sem 
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia 
- têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de 
superfície 
 
Indústria mecânica 
- fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e 
sem tratamento térmico e/ou de superfície 
 
Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações 
- fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores 
- fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para 
telecomunicação e informática 
- fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos 
 
Indústria de material de transporte 
- fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e 
acessórios 
- fabricação e montagem de aeronaves 
- fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes 
 
Indústria de madeira 
- serraria e desdobramento de madeira 
- preservação de madeira 
- fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e 
compensada 
- fabricação de estruturas de madeira e de móveis 
 
Indústria de papel e celulose 
- fabricação de celulose e pasta mecânica 
- fabricação de papel e papelão 
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- fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra 
prensada 
 
Indústria de borracha 
- beneficiamento de borracha natural 
- fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de 
pneumáticos 
- fabricação de laminados e fios de borracha 
- fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, 
inclusive látex 
 
Indústria de couros e peles 
- secagem e salga de couros e peles 
- curtimento e outras preparações de couros e peles 
- fabricação de artefatos diversos de couros e peles 
- fabricação de cola animal 
 
Indústria química 
- produção de substâncias e fabricação de produtos químicos 
- fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de 
rochas betuminosas e da madeira 
- fabricação de combustíveis não derivados de petróleo 
- produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais 
vegetais e outros produtos da destilação da madeira 
- fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha 
e látex sintéticos 
- fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-
desporto, fósforo de segurança e artigos pirotécnicos 
- recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais 
- fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos 
- fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, 
inseticidas, germicidas e fungicidas 
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- fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, 
solventes e secantes 
- fabricação de fertilizantes e agroquímicos 
- fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários 
- fabricação de sabões, detergentes e velas 
- fabricação de perfumarias e cosméticos 
- produção de álcool etílico, metanol e similares 
 
Indústriade produtos de matéria plástica 
- fabricação de laminados plásticos 
- fabricação de artefatos de material plástico 
 
Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos 
- beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos 
- fabricação e acabamento de fios e tecidos 
- tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e 
artigos diversos de tecidos 
- fabricação de calçados e componentes para calçados 
 
Indústria de produtos alimentares e bebidas 
- beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos 
alimentares 
- matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de 
origem animal 
- fabricação de conservas 
- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados 
- preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivados 
- fabricação e refinação de açúcar 
- refino/preparação de óleo e gorduras vegetais 
- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para 
alimentação 
- fabricação de fermentos e leveduras 
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- fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais 
- fabricação de vinhos e vinagre 
- fabricação de cervejas, chopes e maltes 
- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e 
gaseificação de águas minerais 
- fabricação de bebidas alcoólicas 
 
Indústria de fumo 
- fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de 
beneficiamento do fumo 
 
Indústrias diversas 
- usinas de produção de concreto 
- usinas de asfalto 
- serviços de galvanoplastia 
 
Obras civis 
- rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos 
- barragens e diques 
- canais para drenagem 
- retificação de curso de água 
- abertura de barras, embocaduras e canais 
- transposição de bacias hidrográficas 
- outras obras de arte 
 
Serviços de utilidade 
- produção de energia termoelétrica 
- transmissão de energia elétrica 
- estações de tratamento de água 
- interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto 
sanitário 
- tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos) 
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- tratamento/disposição de resíduos especiais, tais como: de agroquímicos 
e suas embalagens usadas e de serviço de saúde, entre outros 
- tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles 
provenientes de fossas 
- GUDJDJHP�H�GHUURFDPHQWRV�HP�FRUSRV�G¶iJXD 
- recuperação de áreas contaminadas ou degradadas 
 
Transporte, terminais e depósitos 
- transporte de cargas perigosas 
- transporte por dutos 
- marinas, portos e aeroportos 
- terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos 
- depósitos de produtos químicos e produtos perigosos 
 
Turismo 
- complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos 
 
Atividades diversas 
- parcelamento do solo 
- distrito e polo industrial 
 
Atividades agropecuárias 
- projeto agrícola 
- criação de animais 
- projetos de assentamentos e de colonização 
 
Uso de recursos naturais 
- silvicultura 
- exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais 
- atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre 
- utilização do patrimônio genético natural 
- manejo de recursos aquáticos vivos 
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- introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas 
- uso da diversidade biológica pela biotecnologia. 
Passo a passo do licenciamento ambiental federal 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.ibama.gov.br/perguntas-frequentes/licenciamento-
ambiental 
 
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Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) 
x 
Estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) 
 
O estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e o estudo prévio de 
impacto de vizinhança (EIV) são instrumentos da Política Urbana, segundo 
art. 4º, VI, da Lei nº 10.257/2001. 
Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou 
públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio 
de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de 
construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público 
municipal. 
O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e 
negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da 
população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no 
mínimo, das seguintes questões: 
I ± adensamento populacional; 
II ± equipamentos urbanos e comunitários; 
III ± uso e ocupação do solo; 
IV ± valorização imobiliária; 
V ± geração de tráfego e demanda por transporte público; 
VI ± ventilação e iluminação; 
VII ± paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. 
Será dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que 
ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público 
municipal, por qualquer interessado. 
ATENÇÃO! A elaboração do EIV NÃO substitui a elaboração e a 
aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA ou EPIA), 
requeridas nos termos da legislação ambiental. 
 
 
 
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Questões Comentadas 
 
1 ± (CESPE/UnB ± Promotor de Justiça ± MPE-AM ± 2007) 
O licenciamento de estabelecimentos destinados a produzir 
materiais nucleares deve ser feito pelos órgãos estaduais, 
municipais e distritais. 
 
Errado. 
Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único 
nível de competência. 
 ³São ações administrativas da União: promover o licenciamento 
ambiental de empreendimentos e atividades: destinados a pesquisar, 
lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material 
radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em 
qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (Cnen)´ (art. 7º, XIV, ³g´� da LC 140/2011). 
 Lembrando que compete à União explorar os serviços e 
instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio 
estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e 
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios 
nucleares e seus derivados. 
 Além disso, toda atividade nuclear em território nacional 
somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do 
Congresso Nacional. 
 Outra questão importante e muito cobrada em concurso é que a 
responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência 
de culpa (Responsabilidade Civil Objetiva). 
 Por fim, cabe recordar que as usinas que operem com reator 
nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o 
que não poderão ser instaladas (art. 225, § 6º, da CF/88). 
 Percebam que tudo é federal. Assim fica mais fácil. Quando aparecer 
na prova energia nuclear, lembrem-se de que é federal! O licenciamento 
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ambiental é de competência do órgão ambiental federal. A localização 
depende de lei federal. E a atividade nuclear depende de aprovação do 
Congresso Nacional. 
 
2 ± (Cesgranrio ± BNDES ± Advogado ± 2010) 
No que se refere à tutela constitucional do meio ambiente e aos 
princípios orientadores do Direito Ambiental, sabe-se que a 
efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado é assegurada pelo Poder Público, ao exigir 
licenciamento ambiental e estudo prévio de impacto ambiental para 
instalação de todas as obras ou atividades potencialmente 
causadoras de degradação do meio ambiente. 
 
Errado. 
 Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é realizado previamente para 
o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades consideradas 
efetiva ou potencialmente causadoras de SIGNIFICATIVA degradação 
do meio ambiente. 
 Portanto, não é qualquer, nem toda atividade, obra ou 
empreendimento que será submetido ao EIA/RIMA. 
 Para atividades ou empreendimentos que não são potencialmente 
causadores de significativa degradação do meio ambiente, o órgão 
ambiental definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo 
procedimento de licenciamento. 
 
3 ± (Cesgranrio ± EPE ± Advogado ± 2010) 
As atividades potencialmente poluidoras devem submeter-se a 
procedimento de licenciamento ambiental conduzido pelo órgão 
ambiental competente, que deve sempre exigir a realização de 
Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental (EIA/Rima). 
 
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Errado. Detalhe muito cobrado! EIA/RIMA é estudo realizado para o 
licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades consideradas 
efetiva ou potencialmente causadoras de SIGNIFICATIVA degradação 
do meio ambiente. 
 Portanto, não é qualquer atividade. Tem que ser efetiva ou 
potencialmente causadora de significativa degradação. 
 Para atividade ou empreendimento que não é potencialmente 
causador de significativa degradação do meio ambiente, o órgão ambiental 
definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de 
licenciamento. 
 
4 ± (CESPE/UnB ± Procurador de Estado ± PGE-PE ± 2009) 
O licenciamento ambiental, instrumento da Política Nacional do 
Meio Ambiente, é procedimento administrativo pelo qual o órgão 
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação 
e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de 
recursos ambientais. Acerca da configuração jurídica do 
licenciamento nos termos da Resolução nº 237/1997 do CONAMA, 
é correto afirmar que 
A) o licenciamento é obrigatório somente para as atividades 
arroladas no anexo da Resolução nº 237/1997. 
B) o licenciamento não consubstancia o exercício do poder de 
polícia. 
C) o licenciamento pode ser realizado por meio de uma única 
licença que agregue a concepção, instalação e operação do 
empreendimento. 
D) os prazos máximos de vigência para as licenças prévia, de 
instalação e de operação são distintos. 
E) o órgão ambiental não pode, por decisão motivada, modificar 
licenças já concedidas. 
 
Gabarito D. 
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elas estão oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e 
emissários de esgotos sanitários. 
É imprescindível a leitura das resoluções 01/1986 e 237/1997. 
 
8 ± (Cesgranrio ± Petrobras ± Analista Ambiental ± 2008) 
No licenciamento ambiental, o documento emitido pelo órgão 
licenciador que determina a abrangência, os procedimentos e os 
critérios para a elaboração de um determinado estudo ambiental é 
denominado Termo de 
A) Concessão. 
B) Referência. 
C) Compromisso. 
D) Ajustamento de Conduta. 
E) Sigilo e Confidencialidade. 
 
 Termo de referência é o instrumento orientador para a elaboração 
dos estudos ambientais, como o EIA/RIMA. Contém as diretrizes, o 
conteúdo e abrangência dos estudos, além dos procedimentos. 
Gabarito B. 
 
9 ± (Cesgranrio ± Petrobras ± Advogado ± 2008) 
³Licença ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão 
ambiental competente estabelece as condições, restrições e 
medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo 
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, 
ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos 
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar 
degradação ambiental.´ Resolução CONAMA nº 237/97 ± Art. 1º II 
Acerca das regras relativas ao procedimento de licenciamento 
ambiental previstas na Resolução CONAMA nº 237, de 19 de 
dezembro de 1997, analise as afirmações a seguir. 
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LP ± Licença Prévia 5 anos 
LI ± Licença de Instalação 6 anos 
LO ± Licença de Operação 4 a 10 anos 
 
Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s) 
A) I. 
B) IV. 
C) I e III. 
D) I e IV. 
E) I, II e III. 
 
Gabarito A. 
 
10 ± (Cesgranrio ± Engenheiro Ambiental ± SEAD Amazonas ± 
2005) 
A Constituição Federal assegura o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independente de autorização do Poder Público, 
ressalvados os casos legalmente previstos. Assim, 
empreendimentos que utilizam recursos ambientais são 
submetidos à licença ambiental, a qual consiste em ato 
administrativo plenamente vinculado, pelo qual o Poder Público 
faculta a um empreendedor o exercício de determinada atividade, 
preenchidos os requisitos exigíveis. A licença ambiental que aprova 
a localização e a concepção de um empreendimento ou atividade é 
denominada licença: 
(A) final. 
(B) prévia. 
(C) intermediária. 
(D) de instalação. 
(E) de operação 
 
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127 
I 
 
Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto 
considerando: 
a) o meio físico; 
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais; 
c) o meio socioeconômico. 
II Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas 
alternativas. 
III Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos. 
IV Programa de acompanhamento e monitoramento. 
 
13 ± (Cesgranrio ± Engenheiro de Meio Ambiente ± Petrobras ± 
2/2010) 
De acordo com a Resolução do Conama nº 010, de 06 de dezembro 
de 1990, na hipótese de dispensa do Estudo de Impacto Ambiental 
e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para a 
obtenção de licença prévia de atividade de extração mineral de 
jazida de emprego imediato na construção civil, o empreendedor 
deverá apresentar um 
(A) Relatório de Controle Ambiental. 
(B) Relatório Ambiental Preliminar. 
(C) Projeto Básico Ambiental. 
(D) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. 
(E) Plano de Controle Ambiental. 
 
Gabarito A. 
 Segundo a Resolução do Conama nº 10/1990, a critério do órgão 
ambiental competente, o empreendimento,

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