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petição inicial consignação em pagamemto

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Exmo.(a) Sr.(a) Dr.(a) Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de Itapetininga-SP
DAS PARTES
LUIZ PAULO DOMINGUES, brasileiro, casado, professor, portador do RG nº 9.654.325-9 e do CPF 789.456.128-53, residente e domiciliado na rua Francisco Válio, nº 1510, centro, na cidade de Itapetininga/SP, cep 18.200-035, com endereço de e-mail luizpaulo@gmail.com, por seu procurador(a) infra assinado, vem à presença de vossa excelência propor ação de consignação em pagamento em face de JOSÉ CARLOS DA SILVA, brasileiro, casado, agricultor, portador do RG: 43.258.142-8 e do CPF nº 123.456.978-00, residente e domiciliado na rua Martha de Moraes Matheus, 321, Jardim Maria Luiza, cidade de Itapetininga/SP, cep: 18.208-150, com endereço de e-mail: josecarlos@gmail.com.
DOS FATOS
no dia 09 de outubro de 2017 foi celebrado um contrato de locação entre as partes acima qualificadas, onde foi compactuado que o Sr. Luiz Paulo Domingues na situação de locatário pagaria todo dia 10 de cada mês o valor de R$ 800,00 referente a locação do imóvel, tal valor seria feito pessoalmente ao locador; Sr. José Carlos da Silva, na referida data, pois este não possuía conta corrente para possível depósito.
O locatário, sempre atendeu a todos os requisitos estipulados nas cláusulas previstas no contrato por eles celebrado, porém, no dia 10 de fevereiro de 2018 injustificavelmente o locador passou a recusar-se a receber os valores do aluguel, se fazendo necessária a presente ação. 
DO DIREITO:
Certo é, que o contrato celebrado entre as partes, é legitimo e ambas as partes assinaram e concordaram com todas as clausulas nele previstas, e que o fato do Sr. José Carlos da Silva estar agora se recusando a receber tal pagamento afronta diretamente os direitos do Sr. Luiz Paulo Domingues, que até a presente data nunca deu causa a tal comportamento do locador, e que tal atitude; o não recebimento dos alugueres pode acarretar em prejuízo contra o locatário que ao não efetuar o pagamento poderia este ser acionado na justiça pelo não cumprimento de suas obrigações. Conforme ensinamentos de Orlando Gomes: "Celebrado que seja, com observância de todos os pressupostos e requisitos necessários à sua validade, deve ser executado pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos legais imperativos." (GOMES, Orlando. Contratos. 18ª ed, Forense, Rio, 1998, p. 36.).
Neste sentido, uma vez que o contrato entabulado entre as partes continha obrigações recíprocas, certo é que não assiste razão à conduta praticada pelo locador de se recusar injustificavelmente de receber os valores que sempre foram pagos em dia e limitar-se a notificar o autor acerca da rescisão unilateral do contrato.
Os artigos 334 e 335 do Código Civil Brasileiro preveem:
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.”
O Egrégio Tribunal tem decidido no sentido de que é cabível a presente ação, mesmo se houvesse mora do devedor, pois há nesse caso uma recusa injustificável por parte da ré:
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Mora do devedor Ajuizamento da ação Possibilidade Demonstração de que existe recusa injustificada do credor em receber o montante acrescido de todos os encargos moratórios Necessidade: Mesmo havendo a mora do devedor, admite-se a propositura de ação de consignação em pagamento, desde que ele demonstre, já na petição inicial, que esteja existindo recusa injustificada do credor em receber o montante acrescido de todos os encargos moratórios. RECURSO PROVIDO.
(TJ-SP - APL: 00027443020088260020 SP 0002744-30.2008.8.26.0020, Relator: Nelson Jorge Júnior, Data de Julgamento: 14/08/2013, 17ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 16/08/2013)
Considera-se extinta a obrigação do devedor em relação às parcelas vencidas, da primeira até a décima quarta, tendo em vista que os valores até a décima terceira parcela foram pagos regularmente, conforme estabelecido no contrato, e a décima quarta foi pago mediante depósito bancário, conforme comprovante de depósito (doc. 5), cumprindo o disposto no artigo 334 do Código Civil Brasileiro.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
A expedição de guia para depósito da quantia devida no valor de R$ 800,00 a ser efetuada no prazo de 24 horas após intimação do requerente uma vez que se encontra em dia com sua obrigação sendo lhe deferido o depósito das parcelas vincendas.
Designação de audiência previa de conciliação
Citação do requerido para levantar o depósito.
Julgar procedente a ação e extinta a obrigação, condenando o réu no pagamento das custas e honorários advocatícios.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas.
Atribui-se à causa o valor de R$ 9.600,00 (NOVE MIL E SEISCENTOS REAIS)
Com essas breves considerações, pede deferimento.
Itapetininga, 07 de março de 2018.
Katia Merylin de Moraes Souza 
advogada
OAB 85532

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