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a cibercultura e a sociedade mod. 2

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Texto 03  - Sociedade da Informação – a integração de tecnologias e mídias para a construção do conhecimento
                    A Sociedade da Informação se solidifica ao final do século XX devido aos processos de globalização que é marcado por necessidades de expansão e crescimento econômico dos Estados, não há como dissociar deste cenário os processos de integração das tecnologias e mídias. De acordo com Oliveira et al. (2007), a consequência mais significativa do surgimento da Sociedade da Informação seria a aplicação das TIC em todos os espaços da vida dos indivíduos.
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Entende-se, portanto, que as mudanças existentes na sociedade exigirão uma nova postura da sociedade em relação ao trabalho, à escola, à educação, à cultura etc., como afirma Barbero (2009, p. 22):
                                                      Dois processos estão transformando radicalmente a cultura em nossa sociedade: a revitalização das identidades e a revolução das tecnologias. O processo da globalização reaviva a questão das identidades culturais – étnicas, raciais, locais, regionais até chegar a ponto de se tornar protagonista de muitos dos mais violentos e complexos conflitos internacionais. Do outro lado atravessamos uma revolução tecnológica cuja particularidade está em configurar um novo modo de relação entre os processos simbólicos – apresenta um novo modo de produzir associado a um novo modo de comunicar-se.
          Pode-se dizer que a sociedade começa a mudar, pois a mediação das TIC deixa de ser meramente instrumental para converter-se em estruturais, e com isso os indivíduos passam a ter a necessidade de desenvolverem outras racionalidades, ritmos de vida e relações com os objetos e com as pessoas (BARBERO, 2009).
       Se na sociedade industrial o capital era o recurso de produção, a Sociedade da Informação vai trazer a abundância de informações e a    necessidade da transformação destas em conhecimento. As organizações agora atuam de forma descentralizada, e seus mercados são fluídos, o que gera tarefas complexas, intelectuais e participativas. A estabilidade do passado se transforma no emprego dinâmico em empresas menores. A tecnologia é eletrônica, microeletrônica e biológica, e a informação é interativa. De acordo com Levy (1999), este momento chama-se cibercultura.
          A reorganização do regime de acumulação de capital é acompanhada por profundas consequências. Hoje, a dinâmica do mundo globalizado muda, dentro do processo de produção, sua forma de agir, fazer e requerer dos profissionais a atualização e competências distintas (CASTELLS, 2005).
        Sendo assim, compreende-se a necessidade de uma formação profissional não mais baseada na memorização e repetição de procedimentos, vivencia-se a necessidade de saber lidar com as dúvidas e as incertezas (MORAN, 1995) para percorrer novos caminhos, despertar a originalidade e a criatividade por intermédio de um ensino crítico e inovador. 
         Essa nova visão do ensinar e aprender implica não só no domínio de conteúdo por parte do educador, como também em uma visão de caminhos metodológicos diferentes, de ações colaborativas, de projetos intelectuais multidisciplinares, com a integração de tecnologias e mídias digitais.
         Não se pode perder de vista que cada época apresenta necessidades diferenciadas daquilo que se deseja de educação. Para Gadotti (1982), a educação nunca está desapropriada historicamente do poder, dessa forma a educação acaba sendo um prolongamento de um projeto político.
 [...] o poder pode ser definido como a capacidade, a potência, a virtualidade de realizar algum ato, mesmo que nunca venha a se realizar. O poder é o nome atribuído a um conjunto de relações que formigam por toda a parte na espessura do corpo social (poder pedagógico, pátrio poder, poder do policial, poder do contra mestre, poder do psicanalista, poder do padre etc. etc.) [...]. O poder é descoberto e analisado não apenas no seu caráter negativo, limitativo da liberdade, é descoberto também em seu caráter positivo de possibilidade, de hegemonia, de projeto, de exercício de poder, de direção [...] (GADOTTI, p. 55-56).
      Para Castells (2005), o novo sistema de comunicação altera a forma de agir da sociedade uma vez que, a partir deste novo paradigma, as dimensões de espaço e tempo se transformam e aquilo que antes era transmitido de forma linear agora dá espaço a uma diversidade de sistemas de representação.
Diante deste novo paradigma, é importante refletir que a busca pelo conhecimento deve integrar a recriação do significado das coisas, a colaboração, a discussão, a negociação e a solução de problemas, e para que isso ocorra é necessária a existência da interação entre os indivíduos que buscam a construção deste conhecimento. Moran (2004) afirma que:
Para conhecer, precisamos estar inseridos em um novo paradigma, que pressupõe educar sempre dentro de uma visão de totalidade. Educar pessoas inteiras, que integrem todas as dimensões: corpo e mente, sentimentos, espírito, psiquismo; o pessoal, o grupal e o social; que tentem encontrar as pontes, as relações entre as partes e o todo, entre o sensorial e o racional, entre o concreto e o abstrato, entre o individual e o social.
Neste novo contexto social, não há como não repensar o papel do indivíduo na busca do conhecimento. Para Bottentuit e Coutinho (2008), os cidadãos do século XXI precisam estar preparados para acompanhar o ritmo das transformações e para se adaptar à mudança, o que implica saber identificar os melhores métodos de ensino e de aprendizagem, saber acender e partilhar a informação e saber trabalhar em equipe, uma vez que esses pressupostos são considerados as chaves do sucesso na sociedade em rede.
 
Texto 04 - Uma nova forma de ver a cidade
 
Quando pensamos em cibercultura temos claro que este conceito é polissêmico, ou seja, possui sentidos variados de acordo com a área que o estuda. Para se compreender a Cibercultura em relação a sociedade pode-se definir o termo como a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias surgidas na década de 1970, graças à convergência das telecomunicações com a informática.
É possível afirmar então que o que existe na era da cibercultura é o estabelecimento de uma relação íntima entre as novas formas sociais e as novas tecnologias digitais se caracterizando como a cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais, ou seja, é o uso de Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, imposto de renda via web, compras online etc que mostram que a Cibercultura está presente na vida cotidiana de cada indivíduo
            Para Lévy (1999) é no ciberespaço que se consolidam as manifestações de uma inteligência coletiva que se desenvolve a partir da inter-relação entre homem e as tecnologias digitais de comunicação. A inteligência coletiva surge da colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades pode-se dizer que está é uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa.
É neste cenário que surgem as Cibercidades ou Cidades digitais uma concepção na qual o lugar físico não é mais tão importante quanto era a 30, 40 anos atrás. O deslocamento físico muitas vezes não é mais necessário surgem os trabalhos via web, a educação a distância mediada por computadores e até mesmo a chamada telemedicina e também à possibilidade de se conhecer lugares virtualmente.
Há, porém, estudiosos que afirmam que  o espaço de fluxos planetários de informações instaurados pela Cibercultura pode levar o individuo a querer conhecer e conviver no espaço físico, exemplo: Uma visita virtual ao Museu do Louvre em Paris pode despertar o desejo do individuo conhecê-lo no real. Com isso são criados projetos que aproveitam o potencial da tecnologias de informação e comunicação
para aumentar o interesse das pessoas pelos espaços concretos das cidades, reaquecer o espaço público, criar novos vínculos comunitários, tornar a participação políticas dessas pessoas mais dinâmica e, claro, ajudar os indivíduos a se familiarizarem com essas novas tecnologias.
            De acordo com o Instituto Nacional de Desenvolvimento e Pesquisas Tecnológicas - INITEC os  projetos de  CIDADE DIGITAL visam a modernização da gestão pública interligando a prefeitura às demais repartições como telecentros, escolas, secretarias, postos de saúde e demais órgãos públicos, tornando assim a cidade autônoma em internet, diminuindo gastos com provedores, suporte técnico, assistências técnicas e demais serviços de terceiros. O projeto internet para todos visa a inclusão digital, promoção a assistência social, aumento da arrecadação municipal, captação de recursos e de incentivos fiscais e financeiros, assim como o pleno desenvolvimento da cidade nos meios tecnológico, cultural, educacional, econômico, comercial e auto-sustentável. Levando assim interconexão digital à prefeitura e demais órgãos públicos, e também às famílias do município, com teto salarial familiar de até mil reais, via banda larga até a rede mundial de computadores (internet), acesso a dados, imagem e Voz sobre IP(VoIP).

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