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Administrativo 2

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- Serviços Públicos 
Atividade desempenhada não só pelo Estado, órgãos e seus agentes, mas também por concessionárias e permissionárias. 
- Classificação: 
Propriamente dito: são os serviços públicos prestados pelo Estado e que não aceitam sua delegação ou concessão a particulares. Ex: segurança publica, defesa nacional, fiscalização de atividades (exercício do poder de policia). 
Próprio: aqueles prestados diretamente pelo Estado ou por particulares colaboradores. Ex: energia elétrica, transporte coletivo, distribuição de água. 
Impróprio: mesmo atendendo às necessidades publicas, não são assumidos privativamente pelo Estado. São serviços prestados por particulares, mas que atendem a necessidade coletiva, sendo pelo Estado apenas autorizado, regulado e fiscalizado. Ex: serviço de táxi, despachante, ensino, saúde. 
Individuais ou ut singuli: são os serviços púbicos prestados para um número determinado de usuários. Pode-se especificar individualizar as pessoas atendidas. É remunerado por taxa ou tarifa. Ex: coleta de lixo domiciliar, serviço telefônico, energia domiciliar. 
Gerais ou ut universi: são os serviços prestados a toda coletividade indistintamente. Abrangem um numero indeterminado ou indeterminável de pessoas. Não há como parcelar, mensurar a quantidade de serviço prestado a cada usuário individualmente. São remunerados por imposto ou contribuição, porque não há vinculação entre o pagamento e os fins que se destinam. São exemplos: a limpeza urbana, a iluminação publica, a segurança publica. 
- Princípios 
Eficiência: está ligado à noção de custo-benefício, ou seja, a busca pela melhor qualidade no serviço publico, com o menor custo. 
Continuidade do Serviço Público: os serviços não devem ser interrompidos ou paralisados, devendo ser prestados de forma contínua. Esse princípio não impede que em determinados momentos o serviço não possa ser interrompido ou suspenso, desde que atendidos determinados requisitos, como por ex., o aviso prévio do consumidor. 
Modicidade das Tarifas: os serviços devem ser remunerados a preços módicos, suficientes para retribuir pelo serviço prestado. A remuneração pelo serviço deve ser compatível com o poder aquisitivo de seus usuários. É por esse principio, também, que se utiliza dos mecanismos de reajuste e revisão, ambos com finalidade de manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Generalidade: os serviços devem ser prestados tendo a maior amplitude possível, ou seja, abrangendo o maior número de usuários possível. Da mesma forma que devem ser prestados de forma isonômica, igualitária: sem discriminação entre os usuários. 
Regularidade: deve ser prestado em quantidade e periodicidade suficientes para atender as demandas de seus usuários, o que significa que a execução não deverá apresentar variação apreciável das características técnicas de sua prestação aos usuários. 
Atualidade: é possível que a administração exija a modernidade de técnicas e equipamentos, bem como a melhoria e expansão dos serviços. É claro que não se pode esquecer que em se tratando a concessão ou permissão de contratos, qualquer exigência mais específica quanto à atualidade poderá refletir na cláusula econômico-financeira gerando ônus para o Estado ao fim do contrato ao para o usuário no valor da tarifa. 
Segurança: a prestação do serviço não pode colocar em risco a vida ou a integridade física dos usuários. Tais riscos não podem ser maiores do que os aceitáveis segundo parâmetros previamente definidos em relação à atividade que lhes é inerente. 
- Formas de Prestação do Serviço Público 
Prestação Direta: quando a realização do serviço é efetuada diretamente pela própria administração direta, através de seus órgãos ou agentes. Acumula as funções de titular e prestador do serviço. Ainda que a realização do serviço seja prestada diretamente pela administração, esta pode ser de forma desconcentrada, quando dividida nos mais diversos órgãos que compõem a administração direita, como ministério, secretarias, etc. 
Prestação Indireta: o Estado também pode decidir por conveniência transferir a execução do serviço publico para determinada pessoa integrante ou não da administração. Quando a prestação do serviço é efetuada por pessoa integrante da própria administração diz-se que há descentralização por outorga. Quando a prestação é feita por particular, não integrante da administração, diz-se que há descentralização por delegação (por contrato ou ato administrativo), em que o poder público transfere tão somente a execução do serviço possuindo assim caráter temporário. 
- Concessão de Serviços Públicos 
É o contrato administrativo pelo qual a administração publica transfere, sob condições, a execução e exploração de certo serviço público, que lhe é privativo a um particular que para isso manifeste interesse e que será remunerado adequadamente mediante a cobrança, dos usuários, de trafica previamente por ela aprovada. 
Concessão Comum 
Concessão de Serviço Público: é a delegação da prestação do serviço público, feita pelo poder concedente (U, E, DF, M), mediante licitação, na modalidade de concorrência à pessoa jurídica ou consórcio de empresas (concessionária) que demonstre capacidade para desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. 
Concessão de Serviço Público Precedida da Execução de Obra Pública: é a construção, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência à pessoa jurídica ou consórcio de empresa que demonstre capacidade para a sua realização, por sai conta e risco de forma que o investimento concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado
Concessão Público-Privada (PPP) 
Concessão Patrocinada: concessão de serviço público ou de obra pública de que trata a lei n. 8.987/95 quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Na concessão patrocinada, a tarifa cobrada do usuário é em parte subsidiada (contraprestação pecuniária do parceiro público) pelo poder público. 
Concessão Administrativa: é o contrato de prestação de serviço, de que a administração seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento de instalação de bens. Não há cobrança de tarifa do usuário. 
- Formas de Extinção das Concessões 
Advento do Termo Contratual: é a forma natural de extinção: o esgotamento da concessão, com o retorno ao poder concedente dos bens reversíveis, direitos e privilégios, bem como com a assunção imediata do serviço pelo poder concedente. 
Anulação: é declarada sempre que há vício de legalidade na licitação ou no contrato da concessão, produzindo efeito “ex tunc”, possuindo o mesmo sentido da anulação estudada no capítulo referente aos atos administrativos. 
Rescisão: ÚNICA FORMA que a concessionária tem de extinguir uma concessão por sua iniciativa. Nada impede, porém, aparentemente, que a administração também se utilize deste instrumento para a extinção contratual, ainda que a lei mencione expressamente por iniciativa da concessionária. Deve ter por fundamento o descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente e necessita de ação judicial. Contudo, os serviços não poderão deixar de ser prestados pela concessionária até o transito julgado da decisão. 
Encampação: também chamada de resgate é a forma de extinção unilateral da concessão em que prevalece o interesse público, retomando o poder concedente, mediante lei e após o prévio pagamento de indenização (correspondente aos investimentos vinculados e bens reversíveis ainda que não amortizados) o objeto da concessão. 
Caducidade: a caducidade pode ser declarada unilateralmente pelo poder concedente sempre que haja um descumprimento das cláusulas contratuais ou normas legais, seja por inadimplemento, seja por adimplemento defeituoso por parte da concessionária. 
Falência ou Extinção da EmpresaConcessionária: assim como o falecimento ou incapacidade do titular no caso de empresa individual, a falência e extinção da empresa concessionária provocam a extinção de pleno direito do contrato de concessão, porque inviabiliza, por óbvio, a execução do serviço público concedido. 
- Permissão de Serviço Público 
Delegação a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. 
- Autorização de Serviço Público 
É ato administrativo precário, pelo qual o poder público delega a alguém (interesse privado) o exercício de certa atividade, como exercício profissional de taxista, despachante, vigilância privada. É modalidade de serviço adequada às atividades que não exigem execução direta pela administração, nem mesmo grande especialização. 
Não é precedido de licitação e independe da celebração de contrato, pois é ato administrativo (unilateral). Logo, pode ser revogado ou modificado sumariamente, sem direito à indenização. 
LICITAÇÃO 
- Conceito: processo administrativo prévio às contratações do poder publico. 
- 3 Finalidades Básicas: 
Seleção de proposta mais vantajosa (interesse publico): se ele tem a melhor proposta não poderá abrir mão da melhor para a pior. 
Isonomia: qualquer um que queira pode contratar com a administração publica. 
Desenvolvimento Nacional Sustentável. 
- Princípios
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: Tudo o que é relevante para licitação deve estar previsto no edital. Exige que todas as regras a serem a respeitadas estejam previstas no edital (não se pode exigir nem menos nem mais do que está previsto no edital). O Edital ou a Carta-Convite contém as regras da licitação.
Princípio do Julgamento Objetivo: O Edital tem que definir o Tipo de Licitação, não é possível a utilização de qualquer critério subjetivo numa licitação, sob pena de violação a este princípio: (diferencia-se de modalidade): * Melhor Preço * Melhor Preço e Técnica* Melhor Técnica * Melhor Lance (leilão).
Princípio do Procedimento Formal: O Processo de Licitação tem que respeitar todas as formalidades previstas na lei. É um procedimento vinculado.
Princípio do Sigilo das Propostas (válido inclusive para o pregão): As propostas são sigilosas até o momento de sua abertura em sessão pública. Se houver fraude (preços combinados entre concorrentes): crime previsto na Lei de Licitação e improbidade administrativa. Exceção a este princípio: Leilão (propostas verbais).
- Tipos de Licitação é diferente de Modalidades. Tipo diz respeito ao critério de escolha do vencedor: 
Melhor Preço
Melhor técnica 
Técnica e Preço
Maior Lance
- Segue 3 regras: 
Intervalo Mínimo: a administração publica no momento que publica o edital marca a data de abertura dos documentos e propostas respeitando um intervalo mínimo de duração. 
Obrigatoriedade de Licitar: administração direta, indireta, demais entes mantidos ou supervisionados pelo dinheiro publico e fundos especiais, (empresas publicas e sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica é diferenciado pela lei 13.303). Todos devem licitar. 
Comissão de Licitação: no mínimo três membros, dois devem ser servidores efetivos do órgão licitante. A autoridade superior do órgão vai designar a comissão. Os membros da comissão respondem solidariamente por todos os atos praticados pela comissão. Podem ser: 
Comissão Especial: designada especialmente para um procedimento licitatório, terminando o procedimento desfaz a comissão. 
Comissão Permanente: designada para o órgão; Fica responsável por todos os procedimentos licitatórios de tal órgão no período de um ano. Da passagem de um ano para outro é vedada a recondução de todos os membros. Pelo menos um membro deve ser alterado. 
- Modalidades 
Concorrência 
Tomada de Preço 
Convite 
Concurso 
Leilão
Pregão
- a diferença está no valor da licitação 
- a diferença está no objeto 
- Concorrência 
O que a torna obrigatória é o valor do contrato. Qualquer um pode participar. Ela é obrigatória para contratações de obras e serviços de engenharia nos valores ACIMA DE 1,5 MILHÕES e bens ACIMA DE 650 MIL. 
- Exceção: existem alguns casos em que a lei considera tão importante que ela exige a concorrência independentemente do valor do contrato. O que vai a tornar obrigatória é o contrato e não o valor dele: 
1. Concessão de Serviço Publico;
2. Concessão de Direito Real de Uso;
3. Aquisição e alienação de bens imóveis. Nos casos de alienação por dação em pagamento e decisão judicial poderá ser feito por concorrência ou leilão. 
4. Empreitada Integral: o Estado contrata um empreiteiro para executar a obra e ele fica responsável por todas as etapas da obra devendo entregar o bem ao Estado pronto para o uso. Ele fica responsável pela execução integral da obra. 
5. Licitação Internacional: permitem empresas estrangeiras que não tem sede no país. Se o órgão tiver um cadastro internacional de licitantes ele poderá fazer licitação internacional por tomada de preço, desde que esteja no limite de valor. Se o órgão comprovar que não há fornecedor de bem no país poderá fazer licitação por convite, respeitando o limite de valor. 
- Prazo de Intervalo Mínimo: 
Se for de melhor preço técnica ou técnica e preço: 45 dias 
Nos outros casos: 30 dias 
Nos contratos de empreitada integral não importa o tipo de licitação o prazo será de 45 dias. 
- Tomada de Preço 
Participam os licitantes que estiverem cadastrados no órgão e todos aqueles que cumprirem os requisitos para cadastro pelo menos três dias antes da data marcada para o inicio da licitação. Obras e serviços de engenharia nos valores ATÉ 1,5 MILHOES E BENS ATÉ 650 MIL. 
- Intervalo Mínimo:
Melhor Técnica ou técnica e preço: 30 dias 
Nos outros casos: 15 dias
- Convite
Utilizada para contratações de valores mais baixos. Podem participar os licitantes que forem convidados. Devem ser convidados no mínimo três, salvo comprovado a restrição de mercado. Ex: quero adquirir um bem que só tem dois fornecedores; o convite será feito a esses dois. 
Além dos convidados participam os licitantes que estejam cadastrados no órgão desde que manifestem interesse em participar do convite pelo menos 24h antes do inicio da licitação. 
- O instrumento convocatório não é o edital e sim a carta-convite. Tratando-se de convite não há publicação do instrumento convocatório. Publicidade há, pois sempre deve ter e é feita por meio de envio da carta convite, depois se afixa a carta no átrio da repartição em local visível ao publico, com isso se faz a publicidade sem a publicação. 
Obras e serviços de engenharia até 150 mil e bens até 80 mil. 
- Intervalo Mínimo: 5 dias úteis. 
- Exceção: é possível que no convite não haja comissão. Se o órgão justificar ele pode abrir mão da comissão e fazer o convite com apenas um servidor desde que seja servidor efetivo do órgão. 
- Concurso 
Feito para contratação de trabalhos técnicos, artísticos, científicos mediante remuneração ou prêmio ao vencedor. 
- Intervalo Mínimo: 45 dias 
- Comissão: especial. No caso do concurso os membros não precisam ser servidores públicos. Devem ser pessoas idôneas, que tenham conhecimento na área do concurso.
- Leilão 
Para alienação de bens móveis e imóveis. 
- Imóveis: dação em pagamento e decisão judicial
- Móveis: inservíveis, apreendidos, penhorados (bens entregues à penhor) até 650 mil. 
- Não há comissão de licitação. É feito pelo leiloeiro. 
- Intervalo Mínimo de 15 dias 
- Leva o maior lance que seja maior ou igual o valor da avaliação.
- Pregão 
Toda vez que a administração deseja adquirir bens e serviços comuns. Serviços comuns é a expressão usual de mercado. Na pratica todo bem e serviço acabam sendo comum. Modalidade licitatória mais utilizada. Não há limite de valor. 
- Intervalo Mínimo: 8 dias úteis. 
- Não tem comissão. Quem realiza é o pregoeiro. 
- Vence o menor preço. 
- Procedimento Licitatório 
Concorrência1. Fase Interna: atos preparatórios, até a publicação do edital. Designação de comissão, exposição de motivos, adequação orçamentária declaração informando que aquela despesa prevista se adéqua ao orçamento do órgão. Elaboração do edital. O porquê precisa contratar qual a necessidade do órgão na contratação daquele objeto. 
2. Fase Externa: a partir da publicação do edital. Todos passam a ter ciência do procedimento licitatório. 
- Publicação: no jornal de grande circulação e no diário oficial. 
- Qualquer um pode impugnar o edital desde que o faça até o 5º dia útil anterior da data marcada para abertura. 
- Os licitantes podem impugnar, mas até o 2° dia útil anterior. J
- Se a administração observar vício no edital ela pode e deve alterar o edital (autotutela). Até mesmo sem a impugnação de terceiro. 
- Alterado o edital deve fazer a publicação da parte alterada e reabrir prazo de intervalo mínimo para as partes se adequarem, salvo se a alteração não modificar o conteúdo das propostas. 
3. Fase de Habilitação 
Serão abertos os envelopes com os documentos dos licitantes e o outro com as suas propostas. Os critérios de habilitação estão dispostos no art. 27 da lei 8666:
- Habilitação Jurídica
- Qualificação econômico-financeira 
- Qualificação técnica. Deve ser compatível com o contrato que será executado. Não se pode exigir mais ou menos. 
- Se adequar ao art. 7°, XXXIII, CF: “Não há possibilidade de nenhum trabalho insalubre, perigoso ou penoso para o menor de 18 anos e nenhum trabalho ao menor de 16, salvo nas condições de aprendiz, a partir dos 14”. 
- Regularidade Fiscal 
- Regularidade Trabalhista. 
OBS: Microempresa ou empresa de pequeno porte pode participar da licitação mesmo que não tenha regularidade fiscal e/ou trabalhista. Saindo vencedora, concluído o procedimento, terá o prazo de 5 dias úteis prorrogáveis por mais 5 para que se regularize. 
- Da decisão da fase de habilitação caberá recurso no prazo de 5 úteis. Esse recurso terá efeito suspensivo. 
OBS: prazo para recurso não é prazo para juntar documento obrigatório e sim para discutir se a inabilitação foi justa ou não. 
- Se todos forem inabilitados a administração pode/deve abrir no prazo de 8 dias úteis para que se adéqüem ao edital. NÃO SERÁ RECURSO. 
OBS2: Até a habilitação qualquer licitante poderá abrir mão sem justificativa. Depois que abrem a habilitação para desistir deverá ter justificativa e autorização do poder publico. 
4. Classificação/Julgamento 
Analisar as propostas dos licitantes, os tipos. A comissão irá aplicar o critério de julgamento que o edital estabeleceu no caso concreto. 
- Dessa decisão abre-se prazo para recurso de 5 dias úteis com efeito suspensivo. 
- Se todos forem desclassificados, abre-se prazo de 8 dias úteis para que se adéqüem e tragam novas propostas. NÃO É RECURSO. 
5. Homologação 
A comissão depois de passada pela fase de julgamento mandará pro órgão responsável paras analisar e fazer a homologação, anulação ou revogação. 
- Anulação: se houver vício de ilegalidade. 
- Revogação: por motivo de interesse publico superveniente, ou seja, a situação de interesse publico foi modificada depois do início da licitação. 
- Anulando ou revogando abre-se prazo para recurso 5 dias úteis. 
6. Adjudicação 
Dar título de vencedor ao vencedor. A administração não é obrigada a celebrar o contrato com o vencedor, mas caso aceite só poderá fazer com ele. 
- O vencedor (adjudicatário) é obrigado a celebrar o contrato com a administração desde que ele seja convocado no prazo de 60 dias contados da abertura da proposta. 
- Caso o vencedor não celebrar o contrato a administração irá chamar o segundo colocado na proposta do primeiro. Não há obrigatoriedade para aceitar, assim seguirá até que aceitem sempre na proposta do primeiro.
Tomada de Preço 
Segue o procedimento normal, só não tem a fase de habilitação pois os licitantes já estão previamente cadastrados. 
Convite 
Segue normal e também não tem fase de habilitação. Como essa é uma modalidade mais célere, os prazos são mais curtos. 
- Para recurso 2 dias úteis
- Em caso de desclassificação de todos 3 dias úteis para nova proposta. 
Pregão 
1. Edital
2. Classificação
3. Habilitação 
4. Adjudica 
5. Homologa 
- Se o primeiro não celebrar, chama o segundo para NEGOCIAÇÃO. 
-Na fase de classificação, os envelopes são entregues, as propostas são escritas e escolhe-se aquelas que vão continuar na fase seguinte de lances verbais: melhor proposta e aquela que não ultrapassar 10% da melhor proposta. 
- Passam no mínimo 3 propostas pro lance verbal. 
- Não cabe recurso entre as fases do procedimento. Na fase de adjudicação abrirá prazo para recorrer e é imediato tendo 3 dias para entregar as razões. 
- Em outras situações a administração licita para registrar os preços no órgão, ou seja, é feita somente para fins de registro de preços. Validade de 1 ano. Dentro desse prazo a administração pode contratar com o vencedor de registro a qualquer momento. 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 
A regra é a contratação indireta (licitação). A direta é exceção. 
- Inexigibilidade art. 25/8666
- É inexigível sempre que for inviável a competição, ou seja, se a competição for impossível não há motivo pra licitar. Ex: quero adquirir um bem que só tem um fornecedor. 
- Se demonstrar que a competição é inviável, ainda que não esteja prevista no art.25, torna-se inexigível. O rol do artigo é exemplificativo. 
- É vedada a inexigibilidade para serviços de divulgação e publicidade. 
- Dispensa art. 17 e 24 rol taxativo 
A competição é viável, mas a lei dispensa por prevalência de algum outro interesse público. 
- Ler os artigos. 
- CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
No contrato há uma manifestação recíproca de vontades entre dois entes conformando uma relação jurídica bilateral, em que os respectivos interesses das partes se compõem e instituem uma vontade comum nascida do consenso autônoma e diferenciada das vontades individuais originais, que, a ambas subordinadas, passará a reger a relação assim formada. 
- Características
Consensual 
Oneroso
Comutativo
Formal
Intuito Personae
Envolvendo a Administração Pública o contrato deve ser celebrado com aquele que comprovou ter a melhor proposta para administração na licitação realizada, ou seja, leva em consideração as condições pessoais do contratado. 
- Cláusulas Exorbitantes: são as cláusulas que conferem vantagens à administração pública. 
Exigência de Garantia: a autoridade competente, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá exigir a prestação de garantias do contratado. 
Execução e Fiscalização da Execução: uma vez o contrato assinado pelas partes, está apto para ser executado. Cumprir as suas cláusulas segundo a comum intenção das partes no momento de sua celebração. A administração deve acompanhar e fiscalizar a execução do contrato por representante da administração especialmente designado, sendo permitida a contratação de terceiro para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
Aplicações de Sanções: permite à administração pública aplicar sanções diretamente, desde que devidamente motivada, sempre que o contratado descumprir total ou parcialmente o pactuado. São elas: 
Advertência; 
Multa, na forma prevista o instrumento convocatório ou no contrato, podendo ser aplicada juntamente com as demais sanções;
Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração, por prazo não superior a 2 anos; 
Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração publica enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contrato ressarcir a administração pelos prejuízos resultantes e após o decorrido o prazo da sanção aplicada com base no item anterior. 
Na modalidade pregão, o licitante ficará impedido de licitar e contratar com os Entese será descredenciado no SICAF (Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores) pelo prazo de até cinco anos quando: 
Não celebrar o contrato ao ser convocado 
Deixar de entregar a documentação ou apresentar documentação falsa exigida para o certame
Ensejar o retardamento da execução do objeto do contrato
Não mantiver a proposta
Falhar ou fraudar na execução do contrato 
Comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal 
Alteração Unilateral: confere à administração a possibilidade de alterar unilateralmente o contrato, para melhor adequá-lo às finalidades de interesse público, respeitando, contudo, os direitos do contratado. 
Podem ser alterados unilateralmente (devidamente justificado): 
A – Quando houver modificação no projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos (alteração qualitativa); 
B – Quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto (alteração quantitativa). 
Não é possível a administração alterar unilateralmente o contrato de forma a importar aumento dos encargos do contratado, devendo, sempre que isso ocorrer, restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Rescisão Unilateral: as possibilidades de rescisão unilateralmente estão mencionadas no art. 78 da lei de licitações. (GRAND PRA CARALHO) 
Anulação: a administração pública deve anular seus atos cometidos com vício de legalidade, no exercício da autotutela. Contudo, a anulação por força do art. 59 da lei 8666 não exonera a administração de indenizar o contratado pelo que este tiver executado até a data de declaração, e pelos prejuízos comprovados, contanto que a anulação não lhe seja imputável. 
Restrição ao uso da cláusula de exceção de contrato não cumprido: Caso a administração não cumpra o que o contrato lhe obriga, ao contratado impõe-se o dever de continuar executando o contrato, não podendo fazer assim o uso da cláusula exceptio non adimpleti contractus.
Retomada do Objeto: diz respeito à possibilidade de a administração, de forma a assegurar a continuidade do serviço publico, assumir imediatamente, ocupar e utilizar o local, instalações, equipamentos, material e pessoal necessários à continuidade do serviço. 
- Formalização do Contrato
Já se falou que a regra dos contratos é seu formalismo, ou seja, um instrumento escrito, sendo inclusive considerado nulo e de nenhum efeito o contrato feito de forma verbal, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, ou seja, até R$ 4.000,00. 
- Duração e Prorrogação Contratual 
É vedado contrato por prazo indeterminado, ficando inclusive sua duração adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, salvo os casos do art. 57, 8666/93 (LEIAM A PORRA DO ARTIGO PQ SÓ CAI EXCEÇÃO NA PROVA). 
Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação (justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente), mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorram algum dos seguintes motivos autuados em processo: 
A – Aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; 
B – À prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com a vista à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 meses; 
C – Ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática podendo a duração estender-se pelo prazo de 48 meses após o início de vigência do contrato. 
D – Às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do artigo 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 meses, caso haja interesse da administração. 
- Extinção Contratual 
Forma Ordinária: os contratos podem ser extintos de forma normal ou ordinária, ou seja, após as partes terem cumprido seu objetivo (extinto de pleno direito) ou após o término do prazo de vigência. 
Forma Extraordinária: pode se dar antes do prazo estipulado ou antes da entrega da coisa, de forma anormal ou extraordinária pela anulação (vício quanto a legalidade) ou pela rescisão. 
Culposa: pode decorrer pela culpa de alguma das partes, impondo-se ao ingrator responsabilidade administrativa, civil e penal, mas também pode ocorrer sem que qualquer contratante tenha incorrido em culpa (negligência, imprudência ou imperícia – inexecução de culpa). 
Sem Culpa: a inexecução sem culpa existe quando uma das partes não cumpre sua parte pactuada, não por sua vontade, mas sim por fatos estranhos, supervenientes à celebração do contrato. Estes acontecimentos podem gerar tanto o retardamento quanto a inexecução do contrato. 
Teoria da Imprevisão: sempre que o retardo ou não cumprimento do contrato vier a ocorrer por fatos supervenientes à sua celebração, de eventos extraordinários, imprevistos ou imprevisíveis (ou até mesmo previsíveis, porém de conseqüências incalculáveis), causando desequilíbrio econômico financeiro muito grande, libera-se o inadimplente das sanções legais e contratuais em razão da denominada teoria da imprevisão. 
Caso Fortuito ou Força Maior: o retardamento ou inexecução do contrato pode ainda se dar por eventos decorrentes da natureza, como ciclones, tufões, terremotos, ou por alguma atividade humana estranha ao contrato, como greve ou paralisações, denominados de caso fortuito ou força maior. 
Fato do Príncipe: todo ato geral do Estado, positivo ou negativo, imprevisto ou imprevisível, que incida indireta ou reflexamente nos contratos onerando-os substancialmente denomina-se fato do príncipe. Constitui álea administrativa extraordinária e extracontratual. Ex: elevação substancial de um tributo de importação (pode gerar uma revisão contratual) ou a proibição de importação deste (pode ensejar a rescisão do contrato). 
Fato da Administração: atos da administração que incidem específica e diretamente sobre um determinado contrato, retardando ou impedindo sua execução. Nestes casos temos o chamado fato da administração. Incide nos casos, por exemplo, em que a administração não consegue promover a liberação de uma área onde deveria ocorrer a construção de hospital público. 
- Espécies de Contratos 
Contrato de Obra Pública: é o ajuste que tem por objeto a construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de um imóvel. O poder público quer a realização de uma obra. 
Contrato de Serviço: ajuste feito pela administração para a execução de uma atividade realizada em seu favor. O poder público quer a realização de uma atividade. 
Contrato de Fornecimento: utilizado pela administração para aquisição de coisas móveis. 
Contrato de Concessão: é o ajuste no qual a administração delega ao particular a execução remunerada de serviço, de obra ou de uso de bem público, para que explore por sua conta e risco, por determinado prazo, condições legais e contratuais previamente estabelecidas. 
Permissão de Serviço Público: é um ajuste formalizado por contrato de adesão no qual a administração delega serviço público, a título precário, precedido de licitação, à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. 
Contrato de Gestão: não se trata propriamente de um contrao porque não há interesses contraditórios. É acordo realizado entre a administração pública direta e a administração pública indireta qualificando-as como agência executiva estabelecendo objetivos, metas e indicadores de desempenho de atividade, reduzindo custos, otimizando e aperfeiçoando a prestação dos serviços. 
- Consórcio Público 
É a união de Entes Federados, que criam uma pessoa jurídica, para a realização de objetivos e interesses comuns integrando a administração indireta destes entes. É um acordo de vontades, com objetivo e interesses comuns, mas difícilde caracterizar como contrato. É constituído por contrato, cuja celebração dependerá de prévia subscrição de protocolo de intenções, devendo ainda ser ratificado por lei.
- Convênio
Não constitui modalidade de contrato, porque neste os interesses são opostos, enquanto no convênio os interesses são comuns, paralelos. É um ajuste entre o poder público e entidade privada ou pública mediante mútua colaboração, termo de cooperação. 
INTERVERÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO SOCIAL 
	Com o advento da Revolução Francesa, o Estado que era absolutista passou a ter intervenção mínima na vida social e econômica das pessoas, exigia-se do Estado uma posição negativa frente aos direitos do povo. Com isso, houve o crescimento do capitalismo e o descaso com o social. Assim, viu-se que esse Estado mínimo/liberal não era suficiente para proteger todos. Ele não garantia a “igualdade” defendida na Revolução Francesa. 
	Atualmente, vivemos num Estado Social (art. 193, 170, 3º, I CF/88). A CF atual valoriza o trabalho e o trabalhador, sem desmerecer a ordem econômica, ambas devem andar juntas com a justiça social. 
- Art. 193: a ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social. 
	Para que de fato ocorra a justiça social é preciso que o Estado implemente políticas sociais (ex. bolsa família) podendo estar serem administradas de forma direta e indireta. É através dessas políticas publicas que o Estado intervém no domínio social, assim como pelos serviços sociais (educação, saúde, etc) ou em atividades privadas de interesse social.
- Reserva do Possível: é um argumento constante que o Estado utiliza quando não existe uma política publica em determinado setor. Argumenta-se que por não ter como resolver todas as necessidades sociais, o Estado deve cuidar, preferencialmente, das necessidades prioritárias. 
- Mínimo Existencial: o Estado social deve prover aos seus nacionais o mínimo existencial, aquilo necessário pra existência digna. Portanto, frente ao mínimo existencial de cada um, o Estado não poderá alegar a reserva do possível. 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
	O Estado Social exige que se regule a economia através do poder de polícia, estabelecendo limites a esta economia. A ordem econômica está intrinsecamente ligada à ordem social (art. 170, CF).
- Liberdade de Iniciativa: em regra, a administração publica não precisa autorizar para que um particular exerça uma atividade econômica e nem a quanto será produzido por este particular. 
OBS: Exceções: 1. Quando a própria CF impõe tratamento específico a certos setores da economia. Ex: setor bancário, setor de rádio, empresas estrangeiras que queiram trabalhar no BR. 2. São os monopólios da União (art. 177, CF). Situações em que só o Estado pode atuar. 
- Livre Concorrência: O Estado deve vedar o abuso do poder econômico. Evitar que uma empresa de grande poder econômico impeça outra, menor, do mesmo ramo de atuar. O Estado deve vedar o monopólio ilícito de empresas privadas. 
- CADE: Conselho Administrativo de Defesa Econômica: é uma autarquia federal, que tem competência para julgar infrações contra a ordem econômica, principalmente no que se refere ao abuso do poder econômico (Lei 12.529/11). 
- Função Social da Propriedade: é um direito fundamental. Em uma noção geral, quer dizer função social o fato do individuo, quando inserido na sociedade, abrir mão de seu interesse individual em prol da coletividade. Com relação à propriedade, o proprietário deve dar uma destinação útil à propriedade. Caso não seja dada a função social, o Estado poderá intervir nessa propriedade. 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE 
	Fundamenta-se na função social da propriedade e no princípio da supremacia do interesse publico. A competência para legislar sobre a propriedade é privativa da União. Já para efetuar de fato a intervenção poderá ser de todos os Entes. 
- Modos de Intervenção: 1. Restritivo: é aquele que limita e condiciona o uso da propriedade. Há uma limitação imposta ao proprietário do uso da propriedade. 2. Supressivo: são casos mais graves acarretando a perda da propriedade. 
- Formas de Intervir
1. Requisição: (art. 5º, XXV, CF): no caso de iminente perigo público a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. Ex: para apagar um incêndio no imóvel A utiliza o imóvel B do vizinho. 
- Objeto: pode recair sobre bens móveis, imóveis e também sobre serviços. Ex: acidente grande e o hospital público não consegue atender todos. Requisita atendimento em unidades particulares 
- A Requisição é ato autoexecutório, decorre do poder de Império do Estado, não é preciso que haja autorização do judiciário, basta haver o perigo iminente ao público. 
- Tem caráter temporário. Cessando a existência do perigo público, cessará também a requisição. 
2. Limitação Administrativa: são restrições às faculdades de usar e fruir de um bem imóvel, através de uma determinação administrativa de caráter geral. 
- As restrições podem ser positivas e negativas. 
- São instituídas através de atos administrativos unilaterais de caráter geral, ou seja, não individualiza o individuo. 
- Não geram direito a indenização, em regra. OBS: em caso de limitação administrativa superveniente poderá haver indenização. 
3. Servidão Administrativa: é um direito real público instituído por ato administrativo unilateral através do qual o poder publico impõe a um imóvel privado o dever de suportar ou não fazer, sempre em prol do interesse publico. 
- Geram direito de indenização em regra. OBS: em casos que o proprietário não tiver prejuízos advindos da servidão, não haverá indenização. 
4. Ocupação Temporária: é a utilização de forma transitória, pelo poder publico, de um imóvel particular
- Caberá indenização somente nos casos de dano 
- Particular sede seu imóvel para realização de obras publicas. Ex: guardar equipamentos e máquinas. 
5. Tombamento: é o instrumento utilizado pelo poder publico para estabelecer um dever de manutenção da identidade de um bem para proteger ou tutelar o patrimônio cultural. 
- Tem processo administrativo próprio. Três tipos: 
a) Tombamento de Ofício: é quando o bem tombado pelo poder publico pertence à ele mesmo. 
b) Tombamento Voluntário: é quando um particular julga ter um bem de relevância cultural, leva sua posição ao poder publico, que irá analisar. Sendo aprovado, o bem será tombado. 
c) Tombamento Compulsório: o poder publico decide que determinado bem particular merece ser preservado. 
- Efeitos do Tombamento: 
O proprietário não pode destruir, demolir ou prejudicar o bem 
Se o bem for móvel não pode sair do país sem prévia autorização e por prazo determinado
Os vizinhos não podem reduzir a visibilidade do bem
O proprietário deve conservar o bem ou na sua impossibilidade solicitar ao órgão técnico responsável a sua manutenção. 
Gera um direito de preferência na alienação, ou seja, se o proprietário quiser vender o bem, o poder público terá a preferência. 
BENS PÚBLICOS 
	São todos os bens, móveis ou imóveis, que pertencem à uma pessoa jurídica de direito público interno. 
Todos os outros são particulares seja qual for a pessoa a que pertencerem.
OBS: Bens privados de pessoa jurídica de direito privado, que preste serviços públicos, se submeterão ao regime público de bens, com suas características peculiares.
CLASSIFICAÇÃO
1 – Quanto a titularidade (Federais/ Estaduais/ Municipais/ Distritais):
- Quem detém é que dá a titularidade ao bem público.
2 – Quanto a destinação:
- Bens de uso comum do povo: é aquele bem que pode ser utilizado por todos, de forma igualitária. Podem ser gratuitos ou exigir contra prestação.
Ex: praças, mares, ruas, estradas, etc.
- Bens de uso especial: são bens que possuem uma destinação pública, funcionam em prol de um interesse público.
Ex: imóvel onde funcione uma escola ou hospital público, veículo oficial, etc.
- Bens Dominicais: são os bens que não possuem destinação públicaespecífica. Não atendem mais o interesse público.
Ex: prédio onde funcionava uma escola pública e agora está vazio e fechado.
3 – Quanto a Disponibilidade: 
- Bens indisponíveis por natureza: são aqueles que não possuem valor de mercado, estão indisponíveis para venda.
Ex: praças, praias, mares, rios, etc.
- Bens patrimoniais indisponíveis: são aqueles que, apesar de terem valor de mercado, por estarem destinados/afetados ao interesse público não serão vendidos.
Ex: prédio onde funcione uma escola pública.
- Bens patrimoniais disponíveis: são aqueles que tem valor de mercado e que não estão destinados/afetados.
Ex: prédio onde tinha escola.
CARACTERÍSTICAS/REGIME JURÍDICO
1 – Inalienabilidade: os bens públicos não podem ser alienados. No entanto, esta característica não é absoluta, se restringe aos bens de uso especial e aos de uso comum.
OBS: bens dominicais podem ser vendidos.
2 – Impenhorabilidade: não podem ser penhorados pois, além de nem todos poderem ser vendidos, a administração pública não paga seus credores como um devedor privado paga, a administração pública paga seus credores através de precatórios.
3 – Imprescritíveis: não recairá a prescrição sobre os bens públicos.
Ex: Nunca ocorrerá, com bem público, o instituto da usucapião. Não importa por quanto tempo se exerça a posse do bem. 
- Esta regra se aplica tanto para bens móveis quanto para bens imóveis.
 4 – Não Onerabilidade: é a impossibilidade de dar o bem público em garantia. Não se pode onerá-lo seja com penhor, hipoteca, anticrese, etc.
- Vale lembrar que estas mesmas características se aplicarão à bens particulares caso estejam prestando serviço público.
AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO
Afetação: está afetado o bem que tem uma destinação pública, quando está servindo ao interesse público.
Desafetação: quando o bem não está ou passa a não ser mais utilizado para uma finalidade de interesse público.
- Processo de afetação: bem não tinha nenhuma destinação e passa a ter.
- Processo de desafetação: bem tinha uma destinação específica e passa não ter.
Ex: BEM DE USO ESPECIAL ---- Processo de Desafetação ---- Bem Dominical
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 AFETADO DESAFETADO
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 NÃO ALIENÁVEL ALIENÁVEL
ESPÉCIES
1 – Terras Devolutas: terras públicas não utilizadas para nenhuma finalidade. Bem dominical.
2- Terrenos da Marinha: da União, terra banhada por mar ou rio navegável até 33 metros para a área terrestre. Bem dominical.
3 – Terra ocupadas por índios: são bens de uso especial, pois são destinadas à finalidade pública de preservação indígena.
4- Plataforma Continental: extensão do continente até uma profundidade de 200 metros no mar.
 5 – Ilhas: podem ser dominicais ou de uso comum do povo.
6 – Faixa de fronteira: faixa de 150 Km de largura entre países, fundamental para defesa nacional.
 7 – Águas públicas: são os mares, rios e lagos. Podem ser dominicais ou de uso comum do povo.
UTILIZAÇÃO
1 – Autorização de uso: 
É o ato administrativo discricionário – a administração pública irá avaliar se é conveniente ou não o uso do bem público, pelo particular.
- Não há licitação.
- Ato precário: pode ser revogada a qualquer tempo e sem indenização. (salvo se onerosa ou a prazo)
- Em regra, será por prazo indeterminado.
- Poderá ser gratuito ou oneroso.
Ex: fechar rua para festas populares.
2 – Permissão de uso
Na sua maioria é igual à autorização. No entanto, aqui haverá licitação.
Ex: bancas de jornais nas calçadas.
3 – Concessão de uso
 - É contrato administrativo
- Haverá Licitação
- Não é precário
- Prazo determinado
- Gratuito ou oneroso
- Revogação nas hipóteses da lei.
- Cabe Indenização
Ex: exploração de jazida mineral.
4 – Concessão de direito real de uso - Maioria igual a concessão de uso
Diferenças: 
- Na concessão de uso, somente a pessoa que obteve a concessão poderá utilizar o bem público, é um direito pessoal/personalíssimo. Prazo determinado.
- Na concessão de direito real de uso, o direito poderá ser transmitido, seja por ato inter vivos, seja por ato causa mortis. Prazo poderá ser determinado ou indeterminado.
- Propriedade resolúvel, se extingue se ocorrer hipóteses previstas em lei.
SERVIDORES PÚBLICOS
	Pessoas físicas que trabalham na administração pública que prestam concurso público, obrigatoriamente. O concurso é uma forma isonômica de contratar, pois todos deverão prestá-la.
	 *Aquele que trabalha na adm. Pública, de forma irregular, ou seja, sem ter prestado concurso público, independentemente do tempo em que ocupa o cargo, será afastado. No entanto, não será necessário que devolva a remuneração que ganhou duramente o período em que trabalhou.
	Poderão prestar concurso público os brasileiros e os estrangeiros. No caso destes exceto a dos os cargos destinados à brasileiros, apenas.
	O concurso será de provas ou provas e títulos, ou seja, não será considerada apenas a análise curricular.
	*Desvio de função= ao prestar concurso e adentrar em um determinado cargo, o servidor não poderá exercer atribuições de outro cargo.
	As regras do concurso estarão dispostas em edital, a lei do concurso. Deve ele seguir o que prevê a lei.
	O edital deverá tratar todos os candidatos de forma isonômica. No entanto, caso o cargo exija, é possível que haja algum requisito discriminatório.
	Ex: Agente carcerária de presídio feminino precisará ser mulher; altura mínima para cargos de segurança; limite de idade;
	O edital deverá ter antecedência mínima de 60 dias da realização da prova, em regra. Poderá ser diminuído, desde que motivadamente.
	NOTA = O edital poderá sofrer modificação, mesmo que durante o concurso. No entanto só será possível para a inclusão, ou em decorrência de legislação nova !
Tanto a administração pública quanto o judiciário serão responsáveis por controlar o concurso. Assim é possível que haja, por parte destes, a anulação do concurso em casos de ilegalidade. 
	NOTA= STF já entendeu que não poderá o judiciário anular questões objetivas, salvo se a mesma conter erro grosseiro, por exemplo, se a resposta, dita como certa pelo gabarito, for contrária à CF. Ou, ainda, se a questão versar sobre matéria diversa da listada no edital. Nestas hipóteses o judiciário poderá anular questões.
A validade do concurso é de 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos, sendo esta prorrogação ato discricionário, ou seja, se for conveniente e oportuna.
**CONTROVÉRSIA!!
CF= Diz que no prazo de 2 anos de validade é possível que seja realizado um novo concurso, desde que as pessoas aprovadas no concurso posterior, não sejam chamadas antes das pessoas aprovadas no concurso anterior.
LEI 8112/90= Diz que não poderá haver novo concurso até o término do prazo de 2 anos.
	Quanto à nomeação, desde 2011, o STF passou a entender que as pessoas aprovadas dentro do número de vagas previstos no edital, têm direito a nomeação, direito subjetivo de serem chamadas. 
	OBS: Serão nomeadas as pessoas que dentro do número de vagase não aquelas que passaram no cadastro de reserva. Tendo em vista que podem haver concursos para vaga, para cadastro e para vagas + cadastro.
	No tocante aos concursos que prevejam apenas vagas para cadastro de reserva, o STF entende que haverá o direito subjetivo de nomeação apenas para o primeiro colocado.
** DEFICIENTES:
CF (art. 37, VII) = Diz que devem ser reservadas vagas para pessoas com deficiência, nos concursos públicos.
LEI 8.112 = Diz que, pelo menos, nos concursos federais, serão reservadosaté 20% das vagas para pessoas com deficiência.
	*ATENÇÃO= É até 20%!! Em caso, por exemplo, de concurso que preveja apenas duas vagas não será possível a aplicação deste percentual, já que, nesse caso seria 50% dasvagas, ultrapassando o estipulado em lei.
	As pessoas deficientes deverão se inscrever para as vagas condizentes com suas limitações.
Cargo Público (Lei 8.112/90, § 3º)
	É conjunto de atribuições e responsabilidade previstasna estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
	São acessíveis à todos os brasileiros e estrangeiros, quando possível, são criados por lei, com denominação própria e vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
	*Caráter efetivo= pessoas que passou em um concurso.
	*Comissão= cargos de livre nomeação e exoneração. Teoricamente qualquer pessoa poderia ser indicada ao cargo em comissão. Como muitas autoridades nomeadoras passaram à nomear parentes, ferindo o Princípio da Moralidade e cometendo nepotismo, o STF editou SÚMULA VINCULANTE.
	Sum. Vinculante 13, STF = A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou do servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função gratificada na administração púbica direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designação recíproca ( acordos; troca de favores), viola a CF.
	NOTA= A exoneração, do cargo em comissão, não é punição é apenas o desligamento da pessoa do quadro da administração pública. Por ser livre, a exoneração nem mesmo precisa ser motivada.
A forma punitiva de desligamento seria a demissão.

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