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�PAGE � �PAGE �2� UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA MATHEUS FERREIRA DINIZ ARAÚJO ANALISE DA MIGRAÇÃO GEOGRAFICA DA POPULAÇÃO INDÍGENA XAVANTE PARA A CIDADE DE BARRA DO GARÇAS – MT Barra do Garças – MT 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA MATHEUS FERREIRA DINIZ ARAÚJO ANÁLISE DA MIGRAÇÃO GEOGRAFICA DA POPULAÇÃO INDÍGENA XAVANTE PARA A CIDADE DE BARRA DO GARÇAS – MT Pré Projeto apresentado ao Curso de Licenciatura em Geografia do Campus Universitário do Araguaia - UFMT, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Geografia. Sob a orientação do Profª. Barra do Garças – MT 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 03 2. HIPÓTESES............................................................................................................... 04 2.1 QUAL FOI A MOTIVO QUE OS ÍNDIOS XAVANTES MIGRARAM PARA OS HÁBITOS E COSTUMES DE BARRA DO GARÇAS – MT?............................................... 05 3 OBJETIVO................................................................................................................... 06 3.1 GERAL....................................................................................................................... 07 3.2 ESPECIFICO.............................................................................................................. 07 4.METODOLOGIA........................................................................................................ 08 5. CRONOGRAMA........................................................................................................ 09 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 10 INTRODUÇÃO Os indígenas que migraram para as cidades brasileiras é uma realidade que não precisa ser dita, pois convivemos com ela a quase todo momento. Vemos nas ruas, nas escolas e instituições acadêmicas a cada dia, os grandes centros urbanos ou até mesmo em cidades do interior podemos diferir a grande quantidade de habitantes indígenas e de várias tribos que nelas habitam. Buscam por socialização, por aprendizagem, modernidade e de certo modo muitas pessoas crêem que a forma urbanizada dos Indígenas nas cidades brasileiras acaba por emprobecer sua cultura e deste modo suas raízes se tornam esquecidas na incorporação dos costumes dos não índios. Contudo, como Baines (2001) aponta, esses questionamentos se baseiam no preconceito de que o índio pertence à mata e lá deve permanecer colocando-os como estagnados no tempo e no espaço. Os índios buscam por saberes e seu engajamento por novos costumes dos quais possam colocar a nova geração em torno da sociedade capitalista em que vivemos. A cada dia que passamos a sociedade se torna mais globalizada e com isso vemos a sua evolução, a busca por tecnologia, uma geração de seres humanos conectados com o mundo interno e externo. Essa perspectiva advém do pensamento evolucionista, que considera os povos indígenas como culturas em estágios inferiores, cujo único fim seria a integração e assimilação à cultura global (LUCIANO, 2006). Os Índios Xavantes se situam a cidade de Barra do Garças por vários motivos, tais como: o trabalho, o estudo tanto do período fundamental ao ensino médio como o acadêmico, para acompanhamento dos que estudam, buscam tratamento médico pois em seus costumes não se tem tanta disponibilidade, pensões, aposentadoria e também para questões judiciais, já que a cidade possui uma comarca. Muitas vezes os índios mudam de sua aldeia para o centro urbano como uma forma de necessidade, mas vemos que têm uma resistência em se interagir bem com os membros do centro urbano, pois o medo de serem discriminados é enorme, mudar para um ambiente desconhecido com uma cultura que é a oposta da sua se torna um período de sofrimento que deve ser enfrentado a fim de proporcionar conhecimento aos indígenas. Migrar para a cidade não é visto como uma mudança definitiva e sair da aldeia não é mudar de vida. Sair da aldeia, para o Xavante, implica somente um deslocamento espacial temporário, visto que o objetivo maior é voltar para a aldeia e aplicar o conhecimento apreendido com a sociedade não indígena (PALADINO, 2006). HIPÓTESES QUAL FOI A MOTIVO QUE OS ÍNDIOS XAVANTES MIGRARAM PARA OS HÁBITOS E COSTUMES DE BARRA DO GARÇAS – MT? No ano de 1995, os índios Xavantes, ou A’uwẽ, como se autodenominam em sua língua vivia um momento crucial de reorganização e de tentativa de adaptação a uma nova situação de relacionamento com a sociedade brasileira. Após longas décadas de recusa ao contato com os “brancos” (ou warazu, como se referem em sua língua aos estrangeiros em geral), período em que, à busca de liberdade e autonomia, migrou para o oeste do rio Araguaia, estabelecendo-se na região da Serra do Roncador em Mato Grosso, ali consolidando a imagem nacional de índios guerreiros e bravios, os Xavante, finalmente haviam se dado por vencidos e capitulado diante dos termos de paz propostos pelo órgão indigenista (na ocasião, o Serviço de Proteção aos Índios - SPI), representante do Estado brasileiro. (Carlos E. A. Coimbra Jr. e James R. Welch, 2014). Nos dias atuais o motivo para sua migração está em torno de estudar e ter uma profissão para ser bem sucedido no meio de seus familiares, pois na aldeia precisa – se de um administrador, de um médico, de agrônomo. Os xavantes que mudaram para a cidade tentam manter o padrão de vida que tem na aldeia mesmo sendo muitas vezes um ato falho, pois esse costume é quebrado pela forma citadina do meio ambiente dos não indígenas. Em questão dos xavantes que buscam manter seus costumes no meio urbano afirmam que esquecer suas tradições é impossível em questão de suas tradições serem tradicionais, ou seja, passada de pai para filho e que podem ser adequadas no espaço citadino. Depois de um tempo que a criança xavante frequenta a escola, ela compreende o código escolar cultural e ético do branco ela entende que as regras devem ser seguidas, ou seja, do mesmo modo que uma criança não indígena segue as regras que regem toda uma base institucional a criança indígena também entra em contato com este meio e segue as regras que são impostas. Grande parte das crianças indígenas não se misturam com os brancos pois preferem convivem com os membros de sua aldeia, e os rapazes ficam de um lado e as meninas de outro, pois nesta fase eles estão passando por um processo de mudança e assim mesmo longe de sua aldeia ainda respeitam os modos tradicionais exceto quando as atividades extras curriculares impõem , nas quais essa aproximação é inevitável. Os indígenas que convivem na sociedade Barragarcense são de uma abrangência conservadora e com isso suas buscas por conhecimento e o respeito imposto por eles em se situar numa cultura tão longe da sua, com valores e crenças divergentes dos seus nos fazem acreditar que eles merecem todo o respeito daqueles que não são índios, os homens brancos. Por mais que o modo de vida que levamos não seja correto para eles o determinismo de cada sociedade deve ser respeitado, assim como Voltaire citou: “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Motivo que impulsionou os índios xavantes para esta cidade está no mesmo motivo que muitas pessoas buscam um lugar melhor, com condições de vida melhor, voltada para a aprendizagem e adaptação de novos conceitos.OBJETIVOS Geral Analisar do motivo pelo qual os índios xavantes migraram para a cidade de Barra do Garças – MT, e se os seus costumes de certo modo ainda estão sendo prevalecidos mesmo longe das aldeias, como o modo de vida citadino agiu no meio ambiente em que eles vivem 3.2 Específicos Porque os indígenas não se sentem à vontade no ambiente urbano? Identificar os motivos da migração para no município de Barra do Garças - MT; Os modos de vida dos não indígenas afetam o modo de vida cultural e tradicional dos índios xavantes no ambiente escolar ou em qualquer outro ambiente? METODOLOGIA Todo o trabalho foi desenvolvido focado na pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, que se trata de uma pesquisa básica, que tem como foco principal explorar o tema, em questão da migração dos índios xavantes para Barra do Garças – MT. Uma técnica que parte de questionamentos básicos, baseada em teorias e hipóteses interessadas à pesquisa, com isso dá-se abertura a dúvidas que possam surgir espontaneamente. A análise dos motivos de sua migração e os valores e costumes abordados no modo de vida citadino até então. O estudo também foi baseado nos conhecimentos do cotidiano que presenciamos, nos determinismos e nos valores culturais indígenas e não indígenas, os hábitos e costumes que abrangem deliberadamente a sociedade não indígena e que de certo modo acaba sendo preconceituoso e seletivo, onde aquilo que desconhecemos se torna algo errado, bárbaro, pois o conhecimento a que nós falta é o, mesmo conhecimento que os indígenas buscam para utiliza – lo com o seu povo a fim de uma melhoria e igualdade no seu meu externo e interno das quais as qualidades de vida não é de uma boa condição. Assim, a adoção do método dedutivo no qual permitira a análise e observação das partes como método de procedimento e reconhecimento de uma nova cultura, acredita-se que o método comparativo é o que melhor se citou, por permitir a observação dos fatores, explicando-os segundo suas semelhanças e suas diferenças entre os meios divergentes. CRONOGRAMA MESES Fev. Mar. Abr. Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Escolha do Tema de pesquisa Encontro com o Orientador Leituras Objetivos Gerais Específico Metodologia Justificativa Quadro Teórico Entrega PP X Elaboração Inicial da Tese Entrega da Versão Preliminar Pesquisa Campo Ajustes Finais Depósito da Tese Defesa REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAINES, Stephen. G. As chamadas “aldeias urbanas” ou índios na cidade. Brasil Indígena, Brasília, v. 2, n. 7, p. 15-17, 2001. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2012. LUCIANO, Gersem dos Santos. O Índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006.. PALADINO, M. Estudar e experimentar na cidade: trajetórias sociais, escolarização e experiência urbana entre “Jovens” indígenas Ticuna, Amazonas. 2006. 352 f. Tese (Doutorado em Antropologia) - Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, E. A. Coimbra Jr, Carlos e R. Welch, James. Antropologia e História Xavante em Perspectiva. http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Acoimbra-jr-welch-2014-antropologia/Coimbra%20e%20Welch_Antropologia%20e%20Hist%C3%B3rio%20Xavante_2014.pdf ARAÚJO DE OLIVEIRA, Natália. Ser Xavante, morar e estudar na cidade 36º ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS GT11 - Estudos rurais e etnologia indígena: diálogos e intersecções http://www.anpocs.com/index.php/papers-36-encontro/gt-2/gt11-2/7967-ser-xavante-morar-e-estudar-na-cidade/file ARAÚJO DE OLIVEIRA, Natália. Xavantes, Pioneiros e Gaúchos: Identidade e Sociabilidade em Nova Xavantina – MT. http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/2161/NataliaOliveiraCienciasSociais.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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